segunda-feira, abril 21, 2008

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em tempos, apanhei na estrada da luz um táxi:

- é p'rá picheleira, se faz favor!

o fugas foi caladinho o tempo todo. estranhei, tinha ar de quem me ia bombear com conversa sobre o governo e os impostos e...

mas não, o silêncio imperava.

contudo, na avenida das forças armadas, ao passarmos em frente da embaixada dos estados unidos da américa rebenta a bomba e ele então dispara:

- olhem-me bem estes cabrões duns filha da puta do caralho! olhem-me bem para este palácio que estes caralhos construíram aqui. isto tem algum jeito? tem, foda-se? que caralho de prédio mais feio que estes cabrões foram construir... é aqui e em todo o lado. os amaricanos, pegam num prédio qualquer, desatam a esburacá-lo com obras e fazem dele uma casa feia. é aqui e em todóládo. aqui, ali... na lapa, por exemplo, os gajos pegam nos palacetes, fazem-lhe obras com marquises e destroem a estatística toda do prédio!
- estatística?
- sim, caralho, a estatística que o arquitecto luso, portugues, cá da gente, tinha idealizado, caralho!
- compreendo!

1 comentário:

tcl disse...

convenhamos que os taxistas moderam mais a linguagem com as senhoras. mas a estatística do prédio? credo! fez-me lembrar uma que me disse uma vez lá onde trabalho que era preciso respeitar as anarquias. enfim...