terça-feira, julho 31, 2007
deverão ser livros, concerteza
há livros que nos marcam para a vida. há livros de verão (livros de verão, para mim, são livros que calharam terem sido lidos por alturas do verão, nada mais que isso) que marcam alguns verões.
five man acoustical jam
eu não gosto dos tesla. eu até nem conheço muito bem os tesla. mas algures na década de noventa, assim, lá para 93 ou 94, aconteceu estar em casa duma colega de faculdade a fazer noitadas a cagar os dedos com tinta da china (vejam lá bem há quanto tempo isto foi) enquanto terminava os meus trabalhos de composição e desenho urbano e, lá para as três ou quatro da matina, desata a passar na rádio (talvez na energia) um disco, assim com umas guitarradas do caneco.
(e como na balada do augusto gil) fui ver e era uma coisa chamada tesla. eh pá, isto parece-me ser interessante, gandas malhas. tu queres ver que tenho de ir comprar isto? vai na volta, não é?
e comprei.
e é dos discos mais tocados nestes últimos dez anos.
e pouca gente conhece (infelizmente) (tu conheces, não é, ó neves?)
e agora lembrei-me do paradise e também deste love song.
malha do camandro. isto assim visto daqui até parece que é fácil de tocar. mas não é, não é...
So you think that it's over,
Say your love has fin'lly reached the end.
Any time you call, night or day,
I'll be right there for you if you need a friend.
It's gonna take a little time.
Time is sure to mend your broken heart.
Don't you even worry, pretty darlin'.
I know you'll find love again. Yeah.
Chorus:
Love is all around you.
Love is knockin' outside the door.
Waitin' for you is this love made just for two
Keep an open heart and you'll find love again, I know.
Love is all around you.
Love is knockin' outside the door.
Waitin' for you is this love made just for two
Keep an open heart and you'll find love again, I know.
Chorus / Outro:
Love will find a way.
Darlin', love is gonna find a way,
Find its way back to you.
Love will find a way.
So look around, open your eyes.
Love is gonna find a way.
Love is gonna, love is gonna find a way.
Love will find a way.
Love's gonna find a way back to you, yeah,
I know. I know. I know
(e como na balada do augusto gil) fui ver e era uma coisa chamada tesla. eh pá, isto parece-me ser interessante, gandas malhas. tu queres ver que tenho de ir comprar isto? vai na volta, não é?
e comprei.
e é dos discos mais tocados nestes últimos dez anos.
e pouca gente conhece (infelizmente) (tu conheces, não é, ó neves?)
e agora lembrei-me do paradise e também deste love song.
malha do camandro. isto assim visto daqui até parece que é fácil de tocar. mas não é, não é...
So you think that it's over,
Say your love has fin'lly reached the end.
Any time you call, night or day,
I'll be right there for you if you need a friend.
It's gonna take a little time.
Time is sure to mend your broken heart.
Don't you even worry, pretty darlin'.
I know you'll find love again. Yeah.
Chorus:
Love is all around you.
Love is knockin' outside the door.
Waitin' for you is this love made just for two
Keep an open heart and you'll find love again, I know.
Love is all around you.
Love is knockin' outside the door.
Waitin' for you is this love made just for two
Keep an open heart and you'll find love again, I know.
Chorus / Outro:
Love will find a way.
Darlin', love is gonna find a way,
Find its way back to you.
Love will find a way.
So look around, open your eyes.
Love is gonna find a way.
Love is gonna, love is gonna find a way.
Love will find a way.
Love's gonna find a way back to you, yeah,
I know. I know. I know
m80
apesar das esperas por bebidas atingirem os 45 minutos, duas das pessoas que carinhosamente atendiam os nossos pedidos tinham um aspecto peitoral bélico.
baristas das discotecas com valentes pares de tetos? sou a favor!
baristas das discotecas com valentes pares de tetos? sou a favor!
m80
sábado, festança fantástica da m80 no bar do guincho. música do belo.
espaço a abarrotar, noite muito quente.
nos bares a espera chegava aos 45 minutos. a maior parte desse tempo era gasto, imagine-se a servir caipirinhas. ora caipirinhas, não são propriamente coisas que se tirem em 12 segundos como as imperiais.
caipirinhas* em discotecas? sou desesperadamente contra!
* sim, eu sei que é ofensivo chamar àquilo caipirinhas. mas era a palavra que eles utilizavam.
espaço a abarrotar, noite muito quente.
nos bares a espera chegava aos 45 minutos. a maior parte desse tempo era gasto, imagine-se a servir caipirinhas. ora caipirinhas, não são propriamente coisas que se tirem em 12 segundos como as imperiais.
caipirinhas* em discotecas? sou desesperadamente contra!
* sim, eu sei que é ofensivo chamar àquilo caipirinhas. mas era a palavra que eles utilizavam.
isto realmente
há dois dias úteis (e mais um domingo e meio sábado) que estou sem filha.
há dois dias úteis (e mais um domingo e meio sábado) que ela anda a curtir que nem uma perdida, junto com os avós, nas terras quentes (aquilo até tem fragas que fervem os pés como as de trás-os-montes) do alto alentejo.
há dois dias úteis que saio de casa, paro o carro em frente à escola, olho para o lado e.... mas onde é que está o raio da miúda?
ai esta cabeça!.....
não me consigo habituar a viver sem ela.
há dois dias úteis (e mais um domingo e meio sábado) que ela anda a curtir que nem uma perdida, junto com os avós, nas terras quentes (aquilo até tem fragas que fervem os pés como as de trás-os-montes) do alto alentejo.
há dois dias úteis que saio de casa, paro o carro em frente à escola, olho para o lado e.... mas onde é que está o raio da miúda?
ai esta cabeça!.....
não me consigo habituar a viver sem ela.
segunda-feira, julho 30, 2007
2001
havia um empregado da pastelaria roma, o baptista, que era mais coisa menos coisa a versão portuguesa do john belushi. uma certa noite, quando me preparava para pagar seis sagres preta e dois cafés (estava acompanhado por um velho irmão) ele perguntou-nos:
- então, vão para as docas?
- nah... hoje é noite de ir para o dois!
o gajo fez um
- para o dois mil? ahhhhhhhh...
ficou a olhar para o tecto com um ar pensativo e seguiu a sua vida. passados dez segundos regressou à mesa:
- vão mesmo?
- vamos!
- ihhhh, que espectáculo. foda-se, as saudades que eu tenho daquilo. estava lá sempre batido. ainda está bom?
- claro que está!
- vocês não estão a ver bem aquilo, vinha gente de tódóládo. éramos milhares a caminhar para lá. ai que sódádes. até s'a fodia lá dentro, man! aquilo era a catedral!
foi a primeira vez que ouvi a designação de catedral para o dois. e merece o epíteto. é claro que este último conjunto de frases que ele pronunciou são o máximo: imaginar clientes do 2001 a virem, aos milhares, de todo o lado como se fossem formigas agrupando-se naquela alameda do autódromo para conseguirem entrar e, já lá dentro, a produzirem valentes fornicamentações naqueles belos sofás ao som do whole lotta love é algo que me tira do sério.
eu não sou dos que frequenta o dois desde sempre, ou seja, desde que aos 18 anos o poderia tecnicamente frequentar. nada disso. para já porque tecnicamente o meu pai não me deixava ir a discotecas cuja última música tocasse depois do telejornal das oito e depois porque aos dezoito anos eu com certeza que não iria curtir aquele som.
aquele som, começou por me dizer alguma coisinha após umas visitas ao news lá para 89/90 e só acabou por se entranhar definitivamente após a tropa. o chico mestre, velho camarada de armas, tinha uma cassete gravada duma emissão da velha rádio marginal (estão a ver a secante rádio marginal actual? pois não tem nada a ver) que tinha como alinhamento as seguintes músicas:
- gimme your good lovin dos diving for pearls
- fire woman na versão la rock mix dos the cult
- just another night (extended remix) do jagger
- not dead yet dos styx
- you shok me all night long dos ac faísca dc
- rebell yell do billy idol
e terminava com o i found love dos lone justice.
que set do camandro. meus amigos, porra, a quantidade de vezes que eu vim de campanhã até santa apolónia, feijão-verdamente fardado a ouvir esta cassete no meu uólquemen. jasus, ouvi esta cassete milhares de vezes. e o mestre dizia-me: se gostas disto, larga o news e mete-te a caminho do dois. aquele "larga o news", assim como quem diz "larga a coca", fazia sentido para mim. mas acabei por andar agarrado ao news durante mais uns anos.
mas eu considero aquela cassete a minha epifania. o dois mil veio uns meses depois numa noite muita louca mas não entranhou logo.
a coisa só aconteceu, por um feliz acaso, algures em meados dos anos noventa, após muito treino conseguido com a audição dos discos dos meus camaradas de oeiras, depois de algumas idas ao bauhaus (porque raio os betos da linha dizem bá-áus?), depois de muita coisa desse género. a verdade é que com esse treino todo, quando então voltei ao dois, algo se tinha passado. toda aquela música passou a fazer sentido para mim. e realmente ainda faz.
o dois mil é mesmo a melhor discoteca que eu conheço. porque é imutável. e isso, acreditem é bom. é bom que não haja imperiais mas sim médias; é bom que não haja garrafinhas de água mas sim, grandes litradas de água de luso (garrafa de vidro); é bom que eu me sinta seguro até ao tutano lá dentro;
aliás, a segurança do 2001 é outro dos mitos urbanos que para aí se fomenta. acreditem, há (houve) muitas mais mortes, esfaqueamentos, socos e afins em 18 (20?) anos do kremlin do que em 35 anos do 2001. mas de caras. tentem um dia armar-se aos cucos no 2001 e vão ver o que é o remédio para a tosse.
é bom que nós saibamos que aquela música, infelizmente, já só se ouve ali; é bom que ninguém ligue ao que levas vestido; é bom que tu saibas que entras lá queres vá com 5 gajas ou com 10 maduros; é bom que não haja preconceitos rigorosamente nenhuns com o teu aspecto; ali convivem os motards, com os janados, com os freaks, com as matronas lá daquelas terras com nomes como cacém e serra das minas, ostentando penteados estilo puta dos anos setenta (vide madonna no tempo do music), com tias da linha (cada vez mais), com pitas da moda (estranhamente, cada vez mais), é bom .... tudo!!!!! tudo ali é bom!!!!!
e é bom porque tem um início com música dos eighties muito à maneira (há quanto tempo não ouvem o airport dos motors numa discoteca?); e é bom porque tem, ali por volta das 2h40, abertura de pista com fumos e strobs como já não voltou a haver em mais lado nenhum; e é bom porque uma vez o dj me disse: "entra aí na cabine porque eu não te estou a ouvir muito bem. queres que eu ponha o quê?" e que a minha vontade foi descalçar-me por achar que estava a pisar terreno sagrado; e é bom porque um dos djs certa noite atendeu ao meu pedido para ouvir o she's so cold (quantas discotecas dão o she's so cold? meus amigos, quantas?) afirmando "eh caralho, se queres ouvir o she's so cold és old skool, man!, vou já tratar disso!" e é bom porque a noite termina sempre, sempre, sempre da mesma forma:
e nessa altura não há nada a fazer, é juntarmos os cacos e rezar para que a bêtê não tenha trabalhado nessa noite!
siga! para a semana há mais!
- então, vão para as docas?
- nah... hoje é noite de ir para o dois!
o gajo fez um
- para o dois mil? ahhhhhhhh...
ficou a olhar para o tecto com um ar pensativo e seguiu a sua vida. passados dez segundos regressou à mesa:
- vão mesmo?
- vamos!
- ihhhh, que espectáculo. foda-se, as saudades que eu tenho daquilo. estava lá sempre batido. ainda está bom?
- claro que está!
- vocês não estão a ver bem aquilo, vinha gente de tódóládo. éramos milhares a caminhar para lá. ai que sódádes. até s'a fodia lá dentro, man! aquilo era a catedral!
foi a primeira vez que ouvi a designação de catedral para o dois. e merece o epíteto. é claro que este último conjunto de frases que ele pronunciou são o máximo: imaginar clientes do 2001 a virem, aos milhares, de todo o lado como se fossem formigas agrupando-se naquela alameda do autódromo para conseguirem entrar e, já lá dentro, a produzirem valentes fornicamentações naqueles belos sofás ao som do whole lotta love é algo que me tira do sério.
eu não sou dos que frequenta o dois desde sempre, ou seja, desde que aos 18 anos o poderia tecnicamente frequentar. nada disso. para já porque tecnicamente o meu pai não me deixava ir a discotecas cuja última música tocasse depois do telejornal das oito e depois porque aos dezoito anos eu com certeza que não iria curtir aquele som.
aquele som, começou por me dizer alguma coisinha após umas visitas ao news lá para 89/90 e só acabou por se entranhar definitivamente após a tropa. o chico mestre, velho camarada de armas, tinha uma cassete gravada duma emissão da velha rádio marginal (estão a ver a secante rádio marginal actual? pois não tem nada a ver) que tinha como alinhamento as seguintes músicas:
- gimme your good lovin dos diving for pearls
- fire woman na versão la rock mix dos the cult
- just another night (extended remix) do jagger
- not dead yet dos styx
- you shok me all night long dos ac faísca dc
- rebell yell do billy idol
e terminava com o i found love dos lone justice.
que set do camandro. meus amigos, porra, a quantidade de vezes que eu vim de campanhã até santa apolónia, feijão-verdamente fardado a ouvir esta cassete no meu uólquemen. jasus, ouvi esta cassete milhares de vezes. e o mestre dizia-me: se gostas disto, larga o news e mete-te a caminho do dois. aquele "larga o news", assim como quem diz "larga a coca", fazia sentido para mim. mas acabei por andar agarrado ao news durante mais uns anos.
mas eu considero aquela cassete a minha epifania. o dois mil veio uns meses depois numa noite muita louca mas não entranhou logo.
a coisa só aconteceu, por um feliz acaso, algures em meados dos anos noventa, após muito treino conseguido com a audição dos discos dos meus camaradas de oeiras, depois de algumas idas ao bauhaus (porque raio os betos da linha dizem bá-áus?), depois de muita coisa desse género. a verdade é que com esse treino todo, quando então voltei ao dois, algo se tinha passado. toda aquela música passou a fazer sentido para mim. e realmente ainda faz.
o dois mil é mesmo a melhor discoteca que eu conheço. porque é imutável. e isso, acreditem é bom. é bom que não haja imperiais mas sim médias; é bom que não haja garrafinhas de água mas sim, grandes litradas de água de luso (garrafa de vidro); é bom que eu me sinta seguro até ao tutano lá dentro;
aliás, a segurança do 2001 é outro dos mitos urbanos que para aí se fomenta. acreditem, há (houve) muitas mais mortes, esfaqueamentos, socos e afins em 18 (20?) anos do kremlin do que em 35 anos do 2001. mas de caras. tentem um dia armar-se aos cucos no 2001 e vão ver o que é o remédio para a tosse.
é bom que nós saibamos que aquela música, infelizmente, já só se ouve ali; é bom que ninguém ligue ao que levas vestido; é bom que tu saibas que entras lá queres vá com 5 gajas ou com 10 maduros; é bom que não haja preconceitos rigorosamente nenhuns com o teu aspecto; ali convivem os motards, com os janados, com os freaks, com as matronas lá daquelas terras com nomes como cacém e serra das minas, ostentando penteados estilo puta dos anos setenta (vide madonna no tempo do music), com tias da linha (cada vez mais), com pitas da moda (estranhamente, cada vez mais), é bom .... tudo!!!!! tudo ali é bom!!!!!
e é bom porque tem um início com música dos eighties muito à maneira (há quanto tempo não ouvem o airport dos motors numa discoteca?); e é bom porque tem, ali por volta das 2h40, abertura de pista com fumos e strobs como já não voltou a haver em mais lado nenhum; e é bom porque uma vez o dj me disse: "entra aí na cabine porque eu não te estou a ouvir muito bem. queres que eu ponha o quê?" e que a minha vontade foi descalçar-me por achar que estava a pisar terreno sagrado; e é bom porque um dos djs certa noite atendeu ao meu pedido para ouvir o she's so cold (quantas discotecas dão o she's so cold? meus amigos, quantas?) afirmando "eh caralho, se queres ouvir o she's so cold és old skool, man!, vou já tratar disso!" e é bom porque a noite termina sempre, sempre, sempre da mesma forma:
e nessa altura não há nada a fazer, é juntarmos os cacos e rezar para que a bêtê não tenha trabalhado nessa noite!
siga! para a semana há mais!
sexta-feira, julho 27, 2007
adriano
se o adriano voltar a ser o melhor marcador do clube, eu juro que me desmancharei a rir de gozo, de escárnio e de maldizer.
o adriano é bem capaz de ser o novo secretário (o "nódoa" como muito bem o apelidávamos cada vez que o ia ver ao restelo), só que em bom: estava sempre na lista dos despensáveis mas acabava sempre a titular.
outra coisa, eu só acredito que ele fica mesmo, depois do fecho das inscrições (no fim de agosto, não é?) mas para mim a melhor contratação do porto é feita com a manutenção do quaresma. meu deus, e aquilo ontem? que centro de sonho. e o cabrão do brasileiro? a bola vem lá do lado esquerdo com uma bolina de camandro e ele lembra-se de matá-la no peito e espetar-lhe uma bicla para o fundo das malhas?
poooooorra!
o adriano é bem capaz de ser o novo secretário (o "nódoa" como muito bem o apelidávamos cada vez que o ia ver ao restelo), só que em bom: estava sempre na lista dos despensáveis mas acabava sempre a titular.
outra coisa, eu só acredito que ele fica mesmo, depois do fecho das inscrições (no fim de agosto, não é?) mas para mim a melhor contratação do porto é feita com a manutenção do quaresma. meu deus, e aquilo ontem? que centro de sonho. e o cabrão do brasileiro? a bola vem lá do lado esquerdo com uma bolina de camandro e ele lembra-se de matá-la no peito e espetar-lhe uma bicla para o fundo das malhas?
poooooorra!
spv
aqui há dias, "encontrei" na net uma ex-namorada. patá-patá para um lado, patá-patí para o outro, e "está tudo bem contigo?" para um lado e "está tudo bem contigo também?" para o outro e logo de seguida a pergunta sacramental:
- como é que andam os teus pais? e a tua mãe?
isto é certinho cumó, já não querem saber pormenores se ainda ando direitinho, já não querem saber se ainda mijo para as paredes ou se já mijo para os pés (ou para os joelhos, não é?), nada disso. o que querem saber é da minha mãe.
a minha mãe é uma espécie de reserva moral para elas. da minha mãe (nestes quase 20 últimos anos) todas ficam amigas. e todas ficam com saudades.
no caso das minhas ex-namoradas, a minha mãe é o meu "serviço pós-venda".
e tem livro de reclamações (coitada, as coisas que ela ouve delas).
- como é que andam os teus pais? e a tua mãe?
isto é certinho cumó, já não querem saber pormenores se ainda ando direitinho, já não querem saber se ainda mijo para as paredes ou se já mijo para os pés (ou para os joelhos, não é?), nada disso. o que querem saber é da minha mãe.
a minha mãe é uma espécie de reserva moral para elas. da minha mãe (nestes quase 20 últimos anos) todas ficam amigas. e todas ficam com saudades.
no caso das minhas ex-namoradas, a minha mãe é o meu "serviço pós-venda".
e tem livro de reclamações (coitada, as coisas que ela ouve delas).
quinta-feira, julho 26, 2007
atlético de madrid de paulo futre
finalmente uma alegria neste defeso: o simão vai para a arganzuela.
os colchoneros estão loucos porque não era bem o simão que queriam mas sim o quaresma. eu já não digo nada. mas na dúvida, antes o simão lá que o cigano.
ainda assim, verifico que a época transacta terminou sem que eu tivesse decorado a cara de todos os jogadores do meu clube. cheira-me que vou levar dois anos a decorar o nome só das contratações que se fizeram nestes últimos dois meses.
e continuo a aguardar a saída do jorginho. mas ninguém dá nada por ele? sei lá, o bolton, o sion, o besiktas, o huelva, equipas assim, coisas de renome, pá! quem sabe o vilafranquense, não?
os colchoneros estão loucos porque não era bem o simão que queriam mas sim o quaresma. eu já não digo nada. mas na dúvida, antes o simão lá que o cigano.
ainda assim, verifico que a época transacta terminou sem que eu tivesse decorado a cara de todos os jogadores do meu clube. cheira-me que vou levar dois anos a decorar o nome só das contratações que se fizeram nestes últimos dois meses.
e continuo a aguardar a saída do jorginho. mas ninguém dá nada por ele? sei lá, o bolton, o sion, o besiktas, o huelva, equipas assim, coisas de renome, pá! quem sabe o vilafranquense, não?
quarta-feira, julho 25, 2007
quem não tem cão...
ao longo da minha vida tive um único cão. os mais puristas poderão dizer que ele não era meu. poderão dizer que a minha família era fiel depositária do animal. aceito. mas para mim, era meu!
viveu comigo durante uns bons 5/6 anos, até ao dia em que foi atropelado, vindo a lerpar dias depois. para mal dos meus pecados, morreu-me nos braços, algures entre a barão de sabrosa e a rotunda das olaias, durante a viagem de regresso do veterinário. nessa noite, baldei-me às aulas e pespeguei-me em frente das montras da loja dos animais do centro comercial de alvalade a chorar baba e ranho por causa do pobre bicho.
é a vida.
por causa disso, prometi (a mim, apenas a mim) que nunca mais teria cães. o sofrimento da perda do bicho é um pincel do caneco. mas claro, adoro cães. e porque sei que me afeiçoo a eles com facilidade é que não quero voltar a ter nenhum. são os bichos do melhor que há. e são estúpidos, trocam tudo, tudo e tudo apenas por um molhinho de festinhas diárias. não há mais nenhum animal assim.
como disse, nunca mais voltei a ter cães. desde que o meu morreu, há cerca de 20 anos, que tenho cumprido sempre com este meu trato. uma das minhas alegrias é o facto de a minha filha ter vindo com o chip programado para gostar de animais. principalmente de cães. dá-me um profundo gozo saber que não faz parte do grupo de crianças parvas e cheias de paneleirices por causa da proximidade dos inofensivos animais.
este "parvas e cheias de paneleirices por causa da proximidade dos inofensivos animais" não é nenhuma indirecta a ninguém. é mesmo uma directa a mim. se um dia me virem junto a um gato, compreenderão o que vos digo.
alguns jogadores do clube são uns valentes substitutos dos cães que nunca voltei a ter. julgo que o deco e o anderson foram os mais agonizados nas suas partidas para outros clubes. já lá estão não quero voltar a falar nisso.
mas é verdade, afeiçoo-me aos cabrões dos jogadores e depois quando partem fico ali amuadinho, quase de lágrima no canto do olho, em frente dos videos do iu tube, a recordar outras velhas jogadas.
bom, escrevi este post porque estou com medo. estou com medo de me afeiçoar a este cão. é que já estou a ver o filme todo. já estou já!
ó meu deus, será que este gajo me vai por a fazer aqueles sorrisinhos que dei quando vi estas coisas?
viveu comigo durante uns bons 5/6 anos, até ao dia em que foi atropelado, vindo a lerpar dias depois. para mal dos meus pecados, morreu-me nos braços, algures entre a barão de sabrosa e a rotunda das olaias, durante a viagem de regresso do veterinário. nessa noite, baldei-me às aulas e pespeguei-me em frente das montras da loja dos animais do centro comercial de alvalade a chorar baba e ranho por causa do pobre bicho.
é a vida.
por causa disso, prometi (a mim, apenas a mim) que nunca mais teria cães. o sofrimento da perda do bicho é um pincel do caneco. mas claro, adoro cães. e porque sei que me afeiçoo a eles com facilidade é que não quero voltar a ter nenhum. são os bichos do melhor que há. e são estúpidos, trocam tudo, tudo e tudo apenas por um molhinho de festinhas diárias. não há mais nenhum animal assim.
como disse, nunca mais voltei a ter cães. desde que o meu morreu, há cerca de 20 anos, que tenho cumprido sempre com este meu trato. uma das minhas alegrias é o facto de a minha filha ter vindo com o chip programado para gostar de animais. principalmente de cães. dá-me um profundo gozo saber que não faz parte do grupo de crianças parvas e cheias de paneleirices por causa da proximidade dos inofensivos animais.
este "parvas e cheias de paneleirices por causa da proximidade dos inofensivos animais" não é nenhuma indirecta a ninguém. é mesmo uma directa a mim. se um dia me virem junto a um gato, compreenderão o que vos digo.
alguns jogadores do clube são uns valentes substitutos dos cães que nunca voltei a ter. julgo que o deco e o anderson foram os mais agonizados nas suas partidas para outros clubes. já lá estão não quero voltar a falar nisso.
mas é verdade, afeiçoo-me aos cabrões dos jogadores e depois quando partem fico ali amuadinho, quase de lágrima no canto do olho, em frente dos videos do iu tube, a recordar outras velhas jogadas.
bom, escrevi este post porque estou com medo. estou com medo de me afeiçoar a este cão. é que já estou a ver o filme todo. já estou já!
ó meu deus, será que este gajo me vai por a fazer aqueles sorrisinhos que dei quando vi estas coisas?
segunda-feira, julho 23, 2007
vendedores
nutro um certo carinho por vendedores. não me refiro aos competentes, aos craques, aos que fazem o que querem com um cliente ou potencial cliente. refiro-me aos cromos.
é certo que também há craques que são uns valentes cromos. o beto saraiva da picheleira era um deles. encontrei-o há uns 20 anos num casamento. nessa altura, já não falava com ele há uns tempos bons:
- então beto, o que fazes agora?
- chefio uma equipa de vendas do círculo de leitores.
- e então? dás-te bem?
- oh, se me dou bem? eu estava sempre no top dos vendedores da europa, pá.
- sério?
- eu fazia assim, olhava para um prédio de quinze andares, por exemplo. e depois dizia para comigo, tenho de fazer 10 novos sócios. e fazia, pá!
- mas tinhas técnicas?
- era o instinto? eu batia à porta e se me abrisse uma gaja era certinho que fazia a cliente.
- certinho?
- sim, pá. as gajas gostam de horóscopos. e eu dizia-lhes logo: a senhora está visto que gosta de ler. e gosta de ler coisas sobre signos, não é? pois, eu vi logo. a senhora é leona, não é?
- leona? dizias leona?
- dizia! dava outra classe. elas desmanchavam-se todas?
- e se não fosse? e se fosse caranguejo?
- mas achas que há mulheres que não sejam leonas? mesmo quando são virgens são umas autênticas leonas, pá!
pronto, o beto era um cromo - mas um dos fixes, atenção? haja respeito! - mas também era, profissionalmente, um craque.
o que me dá mais gozo é encontrar aqueles vendedores que inventam tudo e mais alguma coisa para justificar uma venda. certa ocasião fui com o meu pai comprar um fato. não havia o modelo que eu gostava e ainda gosto: três botões na frente e duas rachas a trás. experimentei um jaquetão - odeio de morte -, mirei-me no espelho e ouço a voz do vendedor atrás de mim:
- esse é que lhe fica bem. assenta que nem uma luva. você é alto e tal...
ora o "você é alto e tal...." é que me tirou do sério. principalmente do alto dos meus cento e setenta centímetros, comparado com os seus cento e oitenta e tal.
quinta-feira fui jantar fora com a minha mulher. para regar um bestial polvo à lagareiro, deixei-me levar pela sugestiva (foi o menu que me sugeriu) sangria. pergunto:
- vocês têm aqui jarros e mini-jarros. os mini-jarros são muito mini?
- são de meio litro.
- ah, então venga jarro inteiro.
a minha mulher não bebe álcool. (não comentem, por favor) e este pormenor é muito importante para o desenrolar da história.
ora imbuído pelo álcool que já me corria no sangue, entro numa loja e desato a comprar ti chartes em atacado:
- olha, quero comprar esta aqui? bom pensando bem, levo estas quatro.
estou a apalpar as camisolitas quando me ponho a falar sozinho:
- este algodão não é nada mau...
- é algodão peruano. veja aqui "hecho en peru".
- ahhhh, e isso é bom?
- é claro! é o melhor algodão que há.
- dizem que o algodão brasileiro também é bom.
- sim, mas o peruano é melhor. falta-lhe o deserto ao brasil para produzir um algodão como o que temos no peru. mas não é mau, atenção.
- entendo. eu tive uma vez uma ti-charte bestial, era algodão do egipto.
- concordo. sim, o melhor algodão é o do peru, do brasil e do egipto.
é pá, então o gajo vai dizer bem de todos os algodões que eu inventar? deixa-me cá experimentar?
- a minha irmã também fala bem do algodão do paquistão...
- sim, é o algodão do peru, do brasil, do egipto e do paquistão!
olha, resulta! com a bebedeira que trazia no bucho, ainda estive para fazer referência ao algodão norueguês e ao andorrenho, mas estava com medo de me rir muito alto.
e as pessoas que me conhecem sabem que quando me rio muito alto...
bom esqueçam!
é certo que também há craques que são uns valentes cromos. o beto saraiva da picheleira era um deles. encontrei-o há uns 20 anos num casamento. nessa altura, já não falava com ele há uns tempos bons:
- então beto, o que fazes agora?
- chefio uma equipa de vendas do círculo de leitores.
- e então? dás-te bem?
- oh, se me dou bem? eu estava sempre no top dos vendedores da europa, pá.
- sério?
- eu fazia assim, olhava para um prédio de quinze andares, por exemplo. e depois dizia para comigo, tenho de fazer 10 novos sócios. e fazia, pá!
- mas tinhas técnicas?
- era o instinto? eu batia à porta e se me abrisse uma gaja era certinho que fazia a cliente.
- certinho?
- sim, pá. as gajas gostam de horóscopos. e eu dizia-lhes logo: a senhora está visto que gosta de ler. e gosta de ler coisas sobre signos, não é? pois, eu vi logo. a senhora é leona, não é?
- leona? dizias leona?
- dizia! dava outra classe. elas desmanchavam-se todas?
- e se não fosse? e se fosse caranguejo?
- mas achas que há mulheres que não sejam leonas? mesmo quando são virgens são umas autênticas leonas, pá!
pronto, o beto era um cromo - mas um dos fixes, atenção? haja respeito! - mas também era, profissionalmente, um craque.
o que me dá mais gozo é encontrar aqueles vendedores que inventam tudo e mais alguma coisa para justificar uma venda. certa ocasião fui com o meu pai comprar um fato. não havia o modelo que eu gostava e ainda gosto: três botões na frente e duas rachas a trás. experimentei um jaquetão - odeio de morte -, mirei-me no espelho e ouço a voz do vendedor atrás de mim:
- esse é que lhe fica bem. assenta que nem uma luva. você é alto e tal...
ora o "você é alto e tal...." é que me tirou do sério. principalmente do alto dos meus cento e setenta centímetros, comparado com os seus cento e oitenta e tal.
quinta-feira fui jantar fora com a minha mulher. para regar um bestial polvo à lagareiro, deixei-me levar pela sugestiva (foi o menu que me sugeriu) sangria. pergunto:
- vocês têm aqui jarros e mini-jarros. os mini-jarros são muito mini?
- são de meio litro.
- ah, então venga jarro inteiro.
a minha mulher não bebe álcool. (não comentem, por favor) e este pormenor é muito importante para o desenrolar da história.
ora imbuído pelo álcool que já me corria no sangue, entro numa loja e desato a comprar ti chartes em atacado:
- olha, quero comprar esta aqui? bom pensando bem, levo estas quatro.
estou a apalpar as camisolitas quando me ponho a falar sozinho:
- este algodão não é nada mau...
- é algodão peruano. veja aqui "hecho en peru".
- ahhhh, e isso é bom?
- é claro! é o melhor algodão que há.
- dizem que o algodão brasileiro também é bom.
- sim, mas o peruano é melhor. falta-lhe o deserto ao brasil para produzir um algodão como o que temos no peru. mas não é mau, atenção.
- entendo. eu tive uma vez uma ti-charte bestial, era algodão do egipto.
- concordo. sim, o melhor algodão é o do peru, do brasil e do egipto.
é pá, então o gajo vai dizer bem de todos os algodões que eu inventar? deixa-me cá experimentar?
- a minha irmã também fala bem do algodão do paquistão...
- sim, é o algodão do peru, do brasil, do egipto e do paquistão!
olha, resulta! com a bebedeira que trazia no bucho, ainda estive para fazer referência ao algodão norueguês e ao andorrenho, mas estava com medo de me rir muito alto.
e as pessoas que me conhecem sabem que quando me rio muito alto...
bom esqueçam!
franchising
eu tenho para mim que a pessoa que inventou as praxes universitárias foi também a mesma que inventou as despedidas de solteira. repito, para não haver dúvidas, de solteira.
digo isto, com toda a certeza, porque ambas roçam - roçam uma ova, são a essência - o ridículo.
sobre as praxes não há mais nada a acrescentar. basta afirmar que são fomentadas por pessoas que andam de farda e tocam pandeireta com os calcanhares ou encavados ao colo de outros que empunham uma bandeira. está tudo dito.
agora as despedidas de solteira? não entendo, confesso que não entendo o que vai na alma daquelas mulheres.
vamos lá a ver uma coisa. a ideia é o mulherio juntar-se num bloco e fazer um valente pandã, com copos à mistura, certo? parece que sim. depois toca de zombar com a eleita porque passa a fazer parte da equipa dos casados, abandonando - é claro que ninguém abandona, mas... - o farrobadó que é apanágio da solteirice. ora, até aqui a coisa é parecida com o que se passa no nosso lado macho.
eu não consigo perceber são algumas coisas que.... ora bem, não entendo, poça!
para que raio ides vós colocar, na noiva, um avental com palavreado parvo? quererão dizer que de futuro a vida da dita senhora será passada em actividades da restauração?
porque raio toda e qualquer referência a uma pichota é motivo de alegria, júbilo e risota de hiena?
pois, estas coisas eu não entendo. mas há outras que me fornicam o cérebro. parecem o barulho esganiçado do giz a riscar uma ardósia. custa-me ver-vos obrigar uma noiva a beber cerveja por uma espécie de biberão com o formato duma pichota. por várias razões:
- para já porque não se bebe cerveja por uma palhinha. por mais grossa que a palhinha seja, é óbvio que isso estraga o sabor da cerveja.
- depois porque se a ideia é treinar a noiva para o futuro uso da pichota do marido, então deixem-me vos dizer que nenhum de nós quererá ou obrigar-vos-à a beber a nossa urina. não me digam que a ideia era simular um bico? era? oh meu deus, tanta ignorância. seria muito mais proveitoso as amigas da noiva levarem um dvd portátil, repleto de filmes pornográficos, por onde a noiva poderia aprender a trabalhar, cuspo-linguamente falando, o dito mangalho. acreditem, ninguém fica intumescido se o vosso trabalho for feito dessa forma.
- pensem no seguinte, julgam que nas despedidas de solteiros vamos pôr o noivo a beber caipirinhas por uma rabadilha de vaca?
outra coisa que não lembra o diabo é o bolo em forma de.... vá tentem adivinhar... de pichota, isso mesmo! ai que giro que é ver a vossa excitação quando dão uma trincadela dum colhão de chantilly. sim senhor, maravilha. vão por mim, minha amigas, os colhões ou se esfregam ou se lambem. a pichota, tudo bem, é para lamber, não é uma máquina de tirar imperiais e muito menos não esfregam com força e sofreguidão, a nossa tolinha no céu da vossa boca. amiguinhas, isso dói!
vejamos, gostam de woody allen? aprendam com o mestre, então.
digo isto, com toda a certeza, porque ambas roçam - roçam uma ova, são a essência - o ridículo.
sobre as praxes não há mais nada a acrescentar. basta afirmar que são fomentadas por pessoas que andam de farda e tocam pandeireta com os calcanhares ou encavados ao colo de outros que empunham uma bandeira. está tudo dito.
agora as despedidas de solteira? não entendo, confesso que não entendo o que vai na alma daquelas mulheres.
vamos lá a ver uma coisa. a ideia é o mulherio juntar-se num bloco e fazer um valente pandã, com copos à mistura, certo? parece que sim. depois toca de zombar com a eleita porque passa a fazer parte da equipa dos casados, abandonando - é claro que ninguém abandona, mas... - o farrobadó que é apanágio da solteirice. ora, até aqui a coisa é parecida com o que se passa no nosso lado macho.
eu não consigo perceber são algumas coisas que.... ora bem, não entendo, poça!
para que raio ides vós colocar, na noiva, um avental com palavreado parvo? quererão dizer que de futuro a vida da dita senhora será passada em actividades da restauração?
porque raio toda e qualquer referência a uma pichota é motivo de alegria, júbilo e risota de hiena?
pois, estas coisas eu não entendo. mas há outras que me fornicam o cérebro. parecem o barulho esganiçado do giz a riscar uma ardósia. custa-me ver-vos obrigar uma noiva a beber cerveja por uma espécie de biberão com o formato duma pichota. por várias razões:
- para já porque não se bebe cerveja por uma palhinha. por mais grossa que a palhinha seja, é óbvio que isso estraga o sabor da cerveja.
- depois porque se a ideia é treinar a noiva para o futuro uso da pichota do marido, então deixem-me vos dizer que nenhum de nós quererá ou obrigar-vos-à a beber a nossa urina. não me digam que a ideia era simular um bico? era? oh meu deus, tanta ignorância. seria muito mais proveitoso as amigas da noiva levarem um dvd portátil, repleto de filmes pornográficos, por onde a noiva poderia aprender a trabalhar, cuspo-linguamente falando, o dito mangalho. acreditem, ninguém fica intumescido se o vosso trabalho for feito dessa forma.
- pensem no seguinte, julgam que nas despedidas de solteiros vamos pôr o noivo a beber caipirinhas por uma rabadilha de vaca?
outra coisa que não lembra o diabo é o bolo em forma de.... vá tentem adivinhar... de pichota, isso mesmo! ai que giro que é ver a vossa excitação quando dão uma trincadela dum colhão de chantilly. sim senhor, maravilha. vão por mim, minha amigas, os colhões ou se esfregam ou se lambem. a pichota, tudo bem, é para lamber, não é uma máquina de tirar imperiais e muito menos não esfregam com força e sofreguidão, a nossa tolinha no céu da vossa boca. amiguinhas, isso dói!
vejamos, gostam de woody allen? aprendam com o mestre, então.
sexta-feira, julho 20, 2007
creta
não fiz nem 1/100 das viagens que imaginei fazer quando era criança.
eu, conhecido como o menino dos mapas - em francês, pierre descartes -, imaginei dezenas e dezenas de viagens quando deitado, de barriga colada naquelas línguas de papel colorido que o meu pai foi paulatinamente comprando nas papelarias da baixa.
eram tempos em que digamos, não havia electricidade nas nossas brincadeiras. nem sequer cor havia nos desenhos animados.
olhava para aqueles nomes daqueles locais e ficava fascinado com o que haveria naqueles sítios. que tipo de gentes habitariam aquelas terras.
houve entretanto alguns acontecimentos que fizeram aguçar o meu apetite pelo contacto com esses locais mais remotos: o envio de postais que a minha tia lurdes sempre fazia; um dominó constituído por bandeiras de países e fotos das respectivas capitais; a colecção alfa estudante; o grande atlas das selecções, umas fantásticas aulas do meu quinto ano da faculdade ministradas por um inusitado e brilhante professor portuense, etc, etc
é por causa desses pequenos pormaiores que, sem outra razão aparente, fiquei com vontade de ir à galleria vittorio emanuel II, a siracusa, ao bairro judeu de praga, ao salto del ángel, tanto tanto lugar...
uma vez entrou na oficina dos meus pais um dos seus fornecedores. chamava-se américo, era uma simpatia. curiosamente e sem ninguém combinar isso, a sua visita acontecia por volta do são martinho. numa dessas vezes, vinha com uma novidade, tinha ido à grécia. ihhhhh, grécia. porra, no meu imaginário ninguém ia à grécia. ia-se a badajoz, a ayamonte ou a andorra. à grécia era uma coisa muito para lá. que coisa maravilhosa. eu, do baixo dos meus 5 anos, estava perante alguém que tinha estado em locais diferentes daqueles onde tinham estado todas as pessoas que eu conhecia.
- e onde esteve, senhor américo?
- em creta. conheces?
- não mas vou saber onde é.
e fui, abri o mapa no chão, deitei-me sobre ele e comecei à procura. descobri, era uma ilha. tinha um formato giro.
e desde esse dia que também passei a querer a creta. e estranhamente passei a ligar-me a essa ilha que nem sei se é bonita, se vale a pena a visita, se nada. não sei nada! sei que vejo algumas fotos e fico com uma vontade louca de partir, de lá aterrar e beijar o seu solo como o papa. e noutras vezes fico com medo de afinal aquilo ser só um sonho.
um sonhos desses que vamos tendo.
um sonho de viagens.
ainda assim, ficarei sempre com vontade de partir para lá. ver o que aquilo tem de bom.
(raio do senhor américo. raio de ilha!)
eu, conhecido como o menino dos mapas - em francês, pierre descartes -, imaginei dezenas e dezenas de viagens quando deitado, de barriga colada naquelas línguas de papel colorido que o meu pai foi paulatinamente comprando nas papelarias da baixa.
eram tempos em que digamos, não havia electricidade nas nossas brincadeiras. nem sequer cor havia nos desenhos animados.
olhava para aqueles nomes daqueles locais e ficava fascinado com o que haveria naqueles sítios. que tipo de gentes habitariam aquelas terras.
houve entretanto alguns acontecimentos que fizeram aguçar o meu apetite pelo contacto com esses locais mais remotos: o envio de postais que a minha tia lurdes sempre fazia; um dominó constituído por bandeiras de países e fotos das respectivas capitais; a colecção alfa estudante; o grande atlas das selecções, umas fantásticas aulas do meu quinto ano da faculdade ministradas por um inusitado e brilhante professor portuense, etc, etc
é por causa desses pequenos pormaiores que, sem outra razão aparente, fiquei com vontade de ir à galleria vittorio emanuel II, a siracusa, ao bairro judeu de praga, ao salto del ángel, tanto tanto lugar...
uma vez entrou na oficina dos meus pais um dos seus fornecedores. chamava-se américo, era uma simpatia. curiosamente e sem ninguém combinar isso, a sua visita acontecia por volta do são martinho. numa dessas vezes, vinha com uma novidade, tinha ido à grécia. ihhhhh, grécia. porra, no meu imaginário ninguém ia à grécia. ia-se a badajoz, a ayamonte ou a andorra. à grécia era uma coisa muito para lá. que coisa maravilhosa. eu, do baixo dos meus 5 anos, estava perante alguém que tinha estado em locais diferentes daqueles onde tinham estado todas as pessoas que eu conhecia.
- e onde esteve, senhor américo?
- em creta. conheces?
- não mas vou saber onde é.
e fui, abri o mapa no chão, deitei-me sobre ele e comecei à procura. descobri, era uma ilha. tinha um formato giro.
e desde esse dia que também passei a querer a creta. e estranhamente passei a ligar-me a essa ilha que nem sei se é bonita, se vale a pena a visita, se nada. não sei nada! sei que vejo algumas fotos e fico com uma vontade louca de partir, de lá aterrar e beijar o seu solo como o papa. e noutras vezes fico com medo de afinal aquilo ser só um sonho.
um sonhos desses que vamos tendo.
um sonho de viagens.
ainda assim, ficarei sempre com vontade de partir para lá. ver o que aquilo tem de bom.
(raio do senhor américo. raio de ilha!)
segunda-feira, julho 16, 2007
há quatro anos...
... que não fumo.
custou-me imenso, faz-me bem à saúde e tal....essas merdas, não é? mas tome atenção os que ainda fumam: é muito bom fumar. acreditem, é mesmo muito bom.
se querem mesmo deixar o vício, aviso-vos já: olhem que ainda se arrependem. é que tirando as tosses, o catarro, as paredes amareladas, os dentes à miguel portas, a falta de força na verga, o mau hálito e o cancro, sim, tirando isso, fumar é mesmo muito bom. tenho tantas saudades e faz-me tanta falta, pá.....
há quatro anos que não bebo café. blhec, que nojo! o café não faz falta a ninguém!
custou-me imenso, faz-me bem à saúde e tal....essas merdas, não é? mas tome atenção os que ainda fumam: é muito bom fumar. acreditem, é mesmo muito bom.
se querem mesmo deixar o vício, aviso-vos já: olhem que ainda se arrependem. é que tirando as tosses, o catarro, as paredes amareladas, os dentes à miguel portas, a falta de força na verga, o mau hálito e o cancro, sim, tirando isso, fumar é mesmo muito bom. tenho tantas saudades e faz-me tanta falta, pá.....
há quatro anos que não bebo café. blhec, que nojo! o café não faz falta a ninguém!
irmãos
há qualquer coisa de parecido entre o marques mendes e o josé couceiro.
ainda não estão a ver a coisa?
ainda não estão a ver a coisa?
picheleira - morte lenta
na freguesia da minha terra houve vinte e nove pessoas que votaram no manel monteiro e vinte cinco que votaram no senhor do cartaz dos gato fedorento.
são pequenos sinais que indiciam que aquilo sempre foi uma terra de malucos.
são pequenos sinais que indiciam que aquilo sempre foi uma terra de malucos.
margarida rebelo pinto
no dia em que a o carmona consegui três vereadores surgiu na net um novo vídeo do bin laden.
meus amigos, não há coincidências.
meus amigos, não há coincidências.
ai, melher!
a helena roseta, afirmou que se deveria ter votado nela, nem que fosse pelo facto de ser mulher.
perdão? por ser mulher? expliquem-me o que é que um urinol a menos e um bidé a mais traria de bom a esta presidência?
perdão? por ser mulher? expliquem-me o que é que um urinol a menos e um bidé a mais traria de bom a esta presidência?
e agora?
fez ontem dois anos, por causa dumas dores do caraças, levei um dose de morfina pelo corpo dentro.
ontem, descobri que o carmona ficou em segundo e a helena roseta meteu dois vereadores na cambra.
eu gostava de voltar a sentir o raio da morfina para os próximos dois anos. no mínimo.
ontem, descobri que o carmona ficou em segundo e a helena roseta meteu dois vereadores na cambra.
eu gostava de voltar a sentir o raio da morfina para os próximos dois anos. no mínimo.
sexta-feira, julho 13, 2007
tá bonito, tá
a ficha de evolução escolar da minha filha, tem dois erros ortográficos graves. pronto, foi escrito por pessoas - com um curso superior, é certo - que a vão ensinar a limpar o cu ou a fazer picotados mas felizmente não a ensinarão a escrever.
barbies
acordo e ligo a televisão.
fico ali naqueles cinco minutos em que ainda não sei se estou a dormir ou se estou acordado, com uma mão a passar canais de televisão, enquanto que a outra vai coçando a tubaração.
paro num canal com um senhor simpático, careca e bigode, aparentemente psicólogo ou coisa parecida, não sei o nome. é americano. está a entrevistar a mãe duma criança que passa a vida em concursos de beleza para crianças.
a miúda deve ter aí uns 5 ou 6 anos.
estou boquiaberto com as coisas que aquela mãe vai debitando. a plateia também. o apresentador idem, idem.
não consigo compreender estas mães. esta mania de continuarem a brincar com as filhas como quem brinca com bonecas. juro, não percebo.
noutra escala, não entendo, não percebo as mães, os pais ou até os avós que gastam dinheiro atrás dinheiro para verem a/o filha/o na capa duma revista qualquer.
noutra escala não percebo as grávidas, as mães, as tias, o caralho a sete que julgam que esta coisa da maternidade é uma brincadeira de bonecas (é a escolinha, é a fraldinha, é o carrinho, é o bordadinho, é a fitinha, é nomesinho, é ....) - dêem uma vista de olhos por uma mão cheia de blogs e compreenderão o que eu digo.
há coisas nas mães (e nos pais) que não entendo.
fico ali naqueles cinco minutos em que ainda não sei se estou a dormir ou se estou acordado, com uma mão a passar canais de televisão, enquanto que a outra vai coçando a tubaração.
paro num canal com um senhor simpático, careca e bigode, aparentemente psicólogo ou coisa parecida, não sei o nome. é americano. está a entrevistar a mãe duma criança que passa a vida em concursos de beleza para crianças.
a miúda deve ter aí uns 5 ou 6 anos.
estou boquiaberto com as coisas que aquela mãe vai debitando. a plateia também. o apresentador idem, idem.
não consigo compreender estas mães. esta mania de continuarem a brincar com as filhas como quem brinca com bonecas. juro, não percebo.
noutra escala, não entendo, não percebo as mães, os pais ou até os avós que gastam dinheiro atrás dinheiro para verem a/o filha/o na capa duma revista qualquer.
noutra escala não percebo as grávidas, as mães, as tias, o caralho a sete que julgam que esta coisa da maternidade é uma brincadeira de bonecas (é a escolinha, é a fraldinha, é o carrinho, é o bordadinho, é a fitinha, é nomesinho, é ....) - dêem uma vista de olhos por uma mão cheia de blogs e compreenderão o que eu digo.
há coisas nas mães (e nos pais) que não entendo.
no elevador...
...do ginásio, dois velhotes conversam:
- hoje acaba a campanha eleitoral.
- já não era sem tempo. esses gajos não dizem nada de jeito.
- e já viste que agora só fazem campanha em lisboa? não se viu nada aqui para os lados de cascais....
- eh! eles querem é tachos!
- hoje acaba a campanha eleitoral.
- já não era sem tempo. esses gajos não dizem nada de jeito.
- e já viste que agora só fazem campanha em lisboa? não se viu nada aqui para os lados de cascais....
- eh! eles querem é tachos!
quinta-feira, julho 12, 2007
a minha cabeça...
... tem de perceber que se devem reduzir meramente ao indispensável, os comments* em blogs de pessoas** que não se conhece pessoalmente.
é só chatices e maçadas.
* os comments feitos por MIM, obviamente!
** que EU não conheço pessoalmente!
é só chatices e maçadas.
* os comments feitos por MIM, obviamente!
** que EU não conheço pessoalmente!
a minha cabeça....
... nunca entenderá o fenómeno das caixas de comentários dos blogues administradas por pessoas que não são do género masculino.
é sempre a aviar
em frente ao meu local de trabalho há um cruzamento onde se cometem, certamente, mais de 30/50 infracções diárias.
se a minha estimativa pecar, será por defeito. nunca por excesso.
a polícia - que podia aproveitar para ganhar uns cobres em multas - em vez de aproveitar, não, passa no local e comete as mesmas infracções que os outros praticam.
maravilha!
se a minha estimativa pecar, será por defeito. nunca por excesso.
a polícia - que podia aproveitar para ganhar uns cobres em multas - em vez de aproveitar, não, passa no local e comete as mesmas infracções que os outros praticam.
maravilha!
branquinho
ao que parece (adoro dizer esta frase) há uma casa de meninas na minha rua. segundo rezam as crónicas (contou-me a minha mulher) algumas dessas meninas frequentam um café onde a minha filha habitualmente vai cravar sandes de fiambre e são extremamente simpáticas com a minha herdeira.
hoje, à hora do almoço, uma das operárias desse afamado comércio local - pelas roupas e pelas altérrimas sandálias envergadas, eu diria que a senhora não era funcionária do departamento administrativo - trocou olhares e sorrisos comigo. eu que estava preocupado a resolver telefonicamente uma situação bancária não lhe pude dar toda a atenção que a situação requeria.
quatro ou cinco minutos depois, continuava eu ao telefone com o meu problema bancário por resolver, quando a referenciada senhora volta a surgir no meu horizonte, fazendo a sua viagem de regresso, certamente com a sua bica no bucho.
a sete metros de distância, inicia o seu sorriso nº 6, quando passa por mim abre a boca - calma pessoal, não foi nada disso que estão a pensar - e diz boa tarde.
não podendo responder - eu continuava ao telefone - aceno com a cabeça e sorrio.
fico a olhar para ela à medida que se afasta - estava preocupado com a rapariga. imagine-se que tropeçava e esfolava um joelho, quem é que a socorria, não é? - e olho depois para um envelope que tenho na mão com dois mil contos em cash e penso... ora, penso na quantidade de marisco que poderia comprar com ele - quem sabe lá para os lados de fernando noronha -, o que é que haveria de pensar?
vá deixa-te disso, vai lá pagar aos maçons que te estão a esventrar a casa.
e fui.
mas um cu protegido por umas justas calças brancas é sempre um cu de apreciar.
hoje, à hora do almoço, uma das operárias desse afamado comércio local - pelas roupas e pelas altérrimas sandálias envergadas, eu diria que a senhora não era funcionária do departamento administrativo - trocou olhares e sorrisos comigo. eu que estava preocupado a resolver telefonicamente uma situação bancária não lhe pude dar toda a atenção que a situação requeria.
quatro ou cinco minutos depois, continuava eu ao telefone com o meu problema bancário por resolver, quando a referenciada senhora volta a surgir no meu horizonte, fazendo a sua viagem de regresso, certamente com a sua bica no bucho.
a sete metros de distância, inicia o seu sorriso nº 6, quando passa por mim abre a boca - calma pessoal, não foi nada disso que estão a pensar - e diz boa tarde.
não podendo responder - eu continuava ao telefone - aceno com a cabeça e sorrio.
fico a olhar para ela à medida que se afasta - estava preocupado com a rapariga. imagine-se que tropeçava e esfolava um joelho, quem é que a socorria, não é? - e olho depois para um envelope que tenho na mão com dois mil contos em cash e penso... ora, penso na quantidade de marisco que poderia comprar com ele - quem sabe lá para os lados de fernando noronha -, o que é que haveria de pensar?
vá deixa-te disso, vai lá pagar aos maçons que te estão a esventrar a casa.
e fui.
mas um cu protegido por umas justas calças brancas é sempre um cu de apreciar.
caros sportinguistas
... digam-me com franqueza: estão ou não estão contentes por o labreca ter ido para sevilha?
estão, não estão?
estão, não estão?
quarta-feira, julho 11, 2007
o cérebro onde?
terça-feira, julho 10, 2007
tás lixada, filha!
infelizmente, de tanta coisa gira que da mãe herdou, foi logo ter unhas dos pés iguais ao pai.
tadita, vais sofrer até ao resto da vida, pá.
tadita, vais sofrer até ao resto da vida, pá.
apesar de tudo...
... isto. percebo que houve uma evolução na minha condição humana porque ainda me recordo dos tempos em que me ria com histórias iniciadas por:
- estava o samora machel a falar para o povo...
- estava o bocage a cagar...
- estavam três gajos: um francês, um inglês e um português...
- estava o samora machel a falar para o povo...
- estava o bocage a cagar...
- estavam três gajos: um francês, um inglês e um português...
e às tantas estava o bocage a cagar...
eu não consigo estar junto de pessoas que estão sempre a contar anedotas.
se essas pessoas se lembram então de contar a anedota duas e três vezes, simplesmente porque não nos rimos da primeira vez, julgando que não tínhamos entendido a piada, então nessas alturas perco-lhes o respeito.
se essas pessoas se lembram então de contar a anedota duas e três vezes, simplesmente porque não nos rimos da primeira vez, julgando que não tínhamos entendido a piada, então nessas alturas perco-lhes o respeito.
milhões
o pepe rendeu 30 milhões. o menino foi por outros 30. o que é que vem a seguir?
ai como eu odeio esta merda das pré-épocas.
ai como eu odeio esta merda das pré-épocas.
bombeiro
ela é de cantar. canta tudo e mais alguma coisa. normalmente aquelas coisas dos filmes que vê
não queiram saber a delícia que é aquele úúuuuuúuuuuúuuu inicila da música da bela e monstro. aquele úuuuuúuuuúuu que vem mesmo antes do era uma vez, contaram-me assim...
mas é muito trapalhona, troca as letras, zanga-se se cantamos com ela. uma desbunda.
um dia, out of the blue sai-se com alguma coisa relacionada com um bombeiro e um capacete e com juízo. andámos dias e dias para que repetisse a actuação. nahh, fazia-se de moita. ontem vinha bem disposta, sabia que iria receber a visita de familiares que adora e estava ao rubro. ontem voltou a cantar, a repetir e até fez uns encore. deu para gravar e tudo:
o bombeiro de capacete
vai salvar o que é preciso.
vai no carro como um foguete
vai seguro e com juízo.
a caminho da escola fomos o tempo todo nesta estrofe. um mimo.
não queiram saber a delícia que é aquele úúuuuuúuuuuúuuu inicila da música da bela e monstro. aquele úuuuuúuuuúuu que vem mesmo antes do era uma vez, contaram-me assim...
mas é muito trapalhona, troca as letras, zanga-se se cantamos com ela. uma desbunda.
um dia, out of the blue sai-se com alguma coisa relacionada com um bombeiro e um capacete e com juízo. andámos dias e dias para que repetisse a actuação. nahh, fazia-se de moita. ontem vinha bem disposta, sabia que iria receber a visita de familiares que adora e estava ao rubro. ontem voltou a cantar, a repetir e até fez uns encore. deu para gravar e tudo:
o bombeiro de capacete
vai salvar o que é preciso.
vai no carro como um foguete
vai seguro e com juízo.
a caminho da escola fomos o tempo todo nesta estrofe. um mimo.
ela..
... vinha sob uma birra tremenda. trazia a mana ao colo e a chucha na boca. chega à escola e a educadora do respeitinho está a estacionar o jeepaço
ela tem duas educadoras. uma faz o papel de bruxa (a do respeitinho) a outra faz o papel de anjo (a do carinho).
- olha, olha, está ali a cristina. vai-te ver de chucha e tudo.
- toma, toma, pai. esconde, esconde pa'iela num ver!
- pa'iela num ver? deves pensar, deves. vou-me já chibar!
ela tem duas educadoras. uma faz o papel de bruxa (a do respeitinho) a outra faz o papel de anjo (a do carinho).
- olha, olha, está ali a cristina. vai-te ver de chucha e tudo.
- toma, toma, pai. esconde, esconde pa'iela num ver!
- pa'iela num ver? deves pensar, deves. vou-me já chibar!
rosinha
os comentários à camisola rosa do benfica realçam aquilo que eu já supunha: há por aí muita gente com medo da sua sexualidade.
meus amigos, qual é o vosso problema?
repito, expliquem-me por favor qual é o vosso problema? ficam menos machos é? estão com medo de receberem um apalpãozeco lá nas enchentes das entradas e saídas do estádio? tenham juízo. se o katsouranis tivesse dado a cacetada no anderson envergando a rosinha aquilo tinha sido o quê? uma maricada em vez duma trancada? deixem-se de paneleirices, sim?
eu achei a ideia da direcção uma coisa brilhante: os maricas que gostem da coisa comprarão porque sim. as meninas comprarão porque sim, os homens que gostam de mostrar que não têm complexos de marialvismo comprarão, obviamente, porque sim.
e depois, porque a camisola é mesmo gira.
e sim, pimenta no cu dos outros para mim é refresco.
meus amigos, qual é o vosso problema?
repito, expliquem-me por favor qual é o vosso problema? ficam menos machos é? estão com medo de receberem um apalpãozeco lá nas enchentes das entradas e saídas do estádio? tenham juízo. se o katsouranis tivesse dado a cacetada no anderson envergando a rosinha aquilo tinha sido o quê? uma maricada em vez duma trancada? deixem-se de paneleirices, sim?
eu achei a ideia da direcção uma coisa brilhante: os maricas que gostem da coisa comprarão porque sim. as meninas comprarão porque sim, os homens que gostam de mostrar que não têm complexos de marialvismo comprarão, obviamente, porque sim.
e depois, porque a camisola é mesmo gira.
e sim, pimenta no cu dos outros para mim é refresco.
eu, por mim...
... proibia as mulheres de levarem as crianças à escola de automóvel. simplesmente, as mulheres não sabem estacionar.
pronto, já disse.
não, não tem a ver com a eventual perícia que possam ter para conseguir enfiar uma viatura num lugar vago. nada disso. estou-me a referir ao facto de nem sequer pensarem que daria jeito a muita gente, estacionarem nos lugares vagos. mas não, são ignóbeis em quantidades descomunais para fornicarem toda e qualquer lógica no estacionamento.
- ou estacionam em cima da passadeira, precisamente no momento em que 23 crianças se preparam para atravessar a dita cuja.
- ou estacionam em cima da passadeira, precisamente no momento em que 23 crianças se preparam para atravessar a dita cuja e ainda dizem: o qu'é que foi? estão a olhar p'radonde? se não há lugar para deixar o carro, tenho mesmo d'o'deixar aqui!
- ou estacionam em segunda fila, quando não há ninguém estacionado em primeira fila.
- ou estacionam em segunda fila, quando a pessoa que está estacionada em primeira fila se prepara para sair e ainda assim têm lata suficiente para dizer: sim, sim, eu reparei que havia um lugar vago aqui ao lado. mas preferi deixar aqui porque está mais perto da escola.
- ou ainda por cima acrescentam à resposta anterior: sim, sim, eu não demoro nada.
- ou ainda por cima o eu não demoro nada traduz-se numa espera de 13 minutos.
- ou ainda por cima os 13 minutos não são 15 ou 20 porque alguém a descobriu a conversar com uma outra mãe "sobre uma coisa muito importante, sabe?" relacionada com a cobertura cromática das unhas dos seus pés.
- ou apesar de fazerem estas coisas todas, entram para o carro e resmungam: antipáticos!
- ou apesar de fazerem estas coisas todas, entram para o carro e resmungam: egoístas!
eu juro que contei. juro, estava um vento do caraças, estava até a ficar com frio mas contei. apesar destas coisas terem sucedido no espaço de 15 minutos, havia lugares para estacionar a 44 passos de distância.
minhas amigas, na altura da gravidez, caguem para os brazelcoisos, para as fraldas bordadas , para os gorros, as fitas e mais o caralho a sete. na altura da gravidez, façam viagens de reconhecimento aos arredores das futuras escolas dos vossos rebentos. indaguem, verifiquem se a 50 passos de distância da porta da escola não há lugar para estacionar. vão ver que sim. pois decidam estacionar nesses lugares. vão ver que não custa nada. e esses 100 passos (para as mais burras, estive a contabilizar uma viagem de ida com outra de volta. ainda não estão a ver a coisa? pois eu ajudo: então, pega-se em 50 passos e soma-se outros 50, estão a ver? dá 100. isso! o quê ainda não vêem? ok, então façamos doutra forma: são duas viagens, uma para lá outra para cá, cada viagem tem 50 passos. então temos 50 passos vezes duas viagens dá 100. ainda não? pronto, esqueçam!) que dão todos os dias vai-lhes permitir abater as eventuais peidas flácidas.
vale?
pronto, já disse.
não, não tem a ver com a eventual perícia que possam ter para conseguir enfiar uma viatura num lugar vago. nada disso. estou-me a referir ao facto de nem sequer pensarem que daria jeito a muita gente, estacionarem nos lugares vagos. mas não, são ignóbeis em quantidades descomunais para fornicarem toda e qualquer lógica no estacionamento.
- ou estacionam em cima da passadeira, precisamente no momento em que 23 crianças se preparam para atravessar a dita cuja.
- ou estacionam em cima da passadeira, precisamente no momento em que 23 crianças se preparam para atravessar a dita cuja e ainda dizem: o qu'é que foi? estão a olhar p'radonde? se não há lugar para deixar o carro, tenho mesmo d'o'deixar aqui!
- ou estacionam em segunda fila, quando não há ninguém estacionado em primeira fila.
- ou estacionam em segunda fila, quando a pessoa que está estacionada em primeira fila se prepara para sair e ainda assim têm lata suficiente para dizer: sim, sim, eu reparei que havia um lugar vago aqui ao lado. mas preferi deixar aqui porque está mais perto da escola.
- ou ainda por cima acrescentam à resposta anterior: sim, sim, eu não demoro nada.
- ou ainda por cima o eu não demoro nada traduz-se numa espera de 13 minutos.
- ou ainda por cima os 13 minutos não são 15 ou 20 porque alguém a descobriu a conversar com uma outra mãe "sobre uma coisa muito importante, sabe?" relacionada com a cobertura cromática das unhas dos seus pés.
- ou apesar de fazerem estas coisas todas, entram para o carro e resmungam: antipáticos!
- ou apesar de fazerem estas coisas todas, entram para o carro e resmungam: egoístas!
eu juro que contei. juro, estava um vento do caraças, estava até a ficar com frio mas contei. apesar destas coisas terem sucedido no espaço de 15 minutos, havia lugares para estacionar a 44 passos de distância.
minhas amigas, na altura da gravidez, caguem para os brazelcoisos, para as fraldas bordadas , para os gorros, as fitas e mais o caralho a sete. na altura da gravidez, façam viagens de reconhecimento aos arredores das futuras escolas dos vossos rebentos. indaguem, verifiquem se a 50 passos de distância da porta da escola não há lugar para estacionar. vão ver que sim. pois decidam estacionar nesses lugares. vão ver que não custa nada. e esses 100 passos (para as mais burras, estive a contabilizar uma viagem de ida com outra de volta. ainda não estão a ver a coisa? pois eu ajudo: então, pega-se em 50 passos e soma-se outros 50, estão a ver? dá 100. isso! o quê ainda não vêem? ok, então façamos doutra forma: são duas viagens, uma para lá outra para cá, cada viagem tem 50 passos. então temos 50 passos vezes duas viagens dá 100. ainda não? pronto, esqueçam!) que dão todos os dias vai-lhes permitir abater as eventuais peidas flácidas.
vale?
segunda-feira, julho 09, 2007
gigi galli allez
não é pela imagem (que é má), não é pelo carro (que não se vê), não é por nada do que se consegue ver.
quem lá esteve (comigo) sabe do que falo.
este post é só porque estou com uma saudade enoooooorme daqueles 4 dias, meus cabrões de merda.
saudades do pó, do chulé, da cerveja, dos peidos, das matulona de um metro e noventa que comeu o amigo do ciclista, de jantares de 5 horas (somos horríveis, é que eram desde as 6 e pouco até às 11 e tal), de concursos a ver quem conseguia pronunciar melhor redundant array of independent disks,....
domingo, julho 08, 2007
súócus
a coisa má - ou boa - de já ter passado por cinco décadas é que me recordo com afinco das coisas más que foram surgindo no mundo.
socas, meus amigos, socas foram seguramente a pior coisa que surgiu desde 1969, vá talvez em exequo com o penteado do ronaldo no mundial de 2002 na coreia-japão.
se há coisa que a minha alma guarda, no mesmo horripilante departamento onde já se encontra o barulho agudo do giz nas ardósias, é o barulho das socas de madeira nos corredores da minha escola primária. recordo-me da manela, uma cigana que chegava sempre atrasada, porca e a cheirar mal lá na segunda sala do primeiro andar. 30 segundos antes dela bater na porta da sala, já se ouvia aquele tóc, tóc, trloc, trolc que fazia parar toda e qualquer actividade que estivessemos a desenvolver. ai qu'irritante!
agora voltaram com aquele mesmo absurdo aspecto mas felizmente mais silenciosas. ainda assim, francamente feias. agora sinto-me rodeado por batalhões de cirurgiões médicos.
feio, muito feio!
sexta-feira, julho 06, 2007
doll
quando cheguei hoje a casa tinha no escorredouro do lava-louças uma boneca nua a secar.
tenho para mim que não era bem isto que eu previa encontrar quando quis ser pai.
tenho para mim que não era bem isto que eu previa encontrar quando quis ser pai.
um primo,...
...uma pessoa de quem gosto muito, disse-me um dia que há assuntos com quem não devemos discutir com ninguém: política, religião e desporto.
não concordo.
há realmente pessoas com quem podemos discutir estas coisas. o problema é que são poucas. a maior parte delas confunde fé com racionalismo o que é uma carga de trabalhos. e já não estou para aborrecimentos, somente quem não troca estes sentidos merece - sim, a palavra que me ocorre é merece - conversar comigo sobre qualquer um daqueles três temas. mas são pouco, sim, são poucos.
perdão?
estavam a comentar que sou convencidão? sim, nestas coisas sou convencidão, elitista e snob.
é a vida.
não concordo.
há realmente pessoas com quem podemos discutir estas coisas. o problema é que são poucas. a maior parte delas confunde fé com racionalismo o que é uma carga de trabalhos. e já não estou para aborrecimentos, somente quem não troca estes sentidos merece - sim, a palavra que me ocorre é merece - conversar comigo sobre qualquer um daqueles três temas. mas são pouco, sim, são poucos.
perdão?
estavam a comentar que sou convencidão? sim, nestas coisas sou convencidão, elitista e snob.
é a vida.
quinta-feira, julho 05, 2007
aaaaaaaaaaai pepita pepita de mallorca
novamente uma castelhanada. desta vez do paraguai, terra de luiz alberto del paranà. este gajo nasceu numa cidade chamada altos e era personagem central dum disco muito tocado em minha casa.
era um éle pê, pertencia à minha mãe e tinha uma música que eu adorava. o disco, como já devem estar a ver, chamava-se luiz alberto del paraná e los paraguayos. uma coisa muito anos cinquenta e sessenta que a minha mãe tanto gostava.
a mim, toca-me porque me transporta para outras eras. tempos em que eu tinha cabelo enorme, pelos ombros, muitíssimo louro, com um ar a roçar o vadio e sempre dum lado para o outro a bater nas portas e a sussurrar: toc, toc-toc pepita, toc toc-toc, pepita ábreme la puerta.
era um éle pê, pertencia à minha mãe e tinha uma música que eu adorava. o disco, como já devem estar a ver, chamava-se luiz alberto del paraná e los paraguayos. uma coisa muito anos cinquenta e sessenta que a minha mãe tanto gostava.
a mim, toca-me porque me transporta para outras eras. tempos em que eu tinha cabelo enorme, pelos ombros, muitíssimo louro, com um ar a roçar o vadio e sempre dum lado para o outro a bater nas portas e a sussurrar: toc, toc-toc pepita, toc toc-toc, pepita ábreme la puerta.
quincho barrilete
todos nós sabemos que durante os anos setenta, primeira metade dos oitenta - não me venham falar nos anos sessenta que eu não assisti, ok? - o festival eurovisão era um dos momentos altos do ano. pronto são aquelas coisas que toda a gente também já sabe: os abba, o johny logan, o gengis khan, o aba-ni-bi - também ridicularizado como abana'áqui que faz calor -, o paulo de carvalho, o sobe sobe balão sobe, o dai li dou, o cid, o paião, as doce, etc...
o que pouca gente se lembra é que o festival da oti - também conhecido como Gran Premio de la Canción Iberoamericana - também tinha que se lhe diga. não esquecer que o cid em 1979 obteve um terceiro lugar com aquela coisa da cabana junto à praia - aquilo para mim era um toldo no tarquínio, mas pronto deu-lhe para chamar cabana à coisa - e a adelaide ferreira um segundo lugar com uma coisa que eu não me lembro - também não interessa.
ora bem, em 1977, altura em que havia uma proliferação de anúncios "califa - camisas formula 1" houve um maduro nicaraguano chamado eduardo guayo gonzàlez que ganhou este festival com uma canção chamada "quincho barrilete".
e agora vocês perguntam: mas por carga de água é que eu me recordo disso?
bom é que a quincho barrilete foi escrita, curiosamente pelo carlos godoy, contando a história dum chavalo que trabalhava nas ruas de nicarágua. era um hino honrando todas as crianças que eram vítimas do trabalho infantil, não só na nicarágua como também em toda a américa latina.
o já referido eduardo guayo gonzàlez, apresentou-se em madrid, na gala do festival, acompanhado por um punhado de chavalos que faziam parte dos coros dessa música. a coisa teve um sucesso imediato e venceu, como já disse o festival.
e eu recordo-me tão bem dessa noite como se estivesse a acontecer agora. eu e o meu pai assistindo àquilo, comentando um para o outro:
- ó pedro, não achas que este gajo tem uma camisa fórmula 1?
- ó pai, não é só ele, os miúdos é também a mesma coisa. está tudo vestido com o patrocínio da califa, não é?
dias depois o meu pai aparece-me em casa, certamente vindo da frineve do areeiro com um single na mão:
- comprei-te o disco do "califa - fórmula um".
- boa!
e nas semanas seguintes, era ver-me de punho erguido - lá em casa, proliferava muito este símbolo - cantando a seguinte canção:
o que pouca gente se lembra é que o festival da oti - também conhecido como Gran Premio de la Canción Iberoamericana - também tinha que se lhe diga. não esquecer que o cid em 1979 obteve um terceiro lugar com aquela coisa da cabana junto à praia - aquilo para mim era um toldo no tarquínio, mas pronto deu-lhe para chamar cabana à coisa - e a adelaide ferreira um segundo lugar com uma coisa que eu não me lembro - também não interessa.
ora bem, em 1977, altura em que havia uma proliferação de anúncios "califa - camisas formula 1" houve um maduro nicaraguano chamado eduardo guayo gonzàlez que ganhou este festival com uma canção chamada "quincho barrilete".
e agora vocês perguntam: mas por carga de água é que eu me recordo disso?
bom é que a quincho barrilete foi escrita, curiosamente pelo carlos godoy, contando a história dum chavalo que trabalhava nas ruas de nicarágua. era um hino honrando todas as crianças que eram vítimas do trabalho infantil, não só na nicarágua como também em toda a américa latina.
o já referido eduardo guayo gonzàlez, apresentou-se em madrid, na gala do festival, acompanhado por um punhado de chavalos que faziam parte dos coros dessa música. a coisa teve um sucesso imediato e venceu, como já disse o festival.
e eu recordo-me tão bem dessa noite como se estivesse a acontecer agora. eu e o meu pai assistindo àquilo, comentando um para o outro:
- ó pedro, não achas que este gajo tem uma camisa fórmula 1?
- ó pai, não é só ele, os miúdos é também a mesma coisa. está tudo vestido com o patrocínio da califa, não é?
dias depois o meu pai aparece-me em casa, certamente vindo da frineve do areeiro com um single na mão:
- comprei-te o disco do "califa - fórmula um".
- boa!
e nas semanas seguintes, era ver-me de punho erguido - lá em casa, proliferava muito este símbolo - cantando a seguinte canção:
De la marimba de chavalos de la Tirsa
este tal Quincho se las gana a los demás
con sus diez años no cumplidos todavía
es hombre serio, como pocos en su edad.
Mientras su mama se penquea en la rebusca
Quincho se faja como todo un tayacán
mañana y tarde vende bolis en los buses
para que puedan sus hermanos estudiar.
Que viva Quincho, Quincho Barrilete,
héroe infantil de mi ciudad,
que vivan todos los chavalos de mi tierra,
ejemplo vivo de pobreza y dignidad.
Que viva Quincho, Quincho Barrilete
su nombre, no se olvidará,
porque en las calles, plazas, parques y barriadas
el pueblo lo repetirá.
este tal Quincho se las gana a los demás
con sus diez años no cumplidos todavía
es hombre serio, como pocos en su edad.
Mientras su mama se penquea en la rebusca
Quincho se faja como todo un tayacán
mañana y tarde vende bolis en los buses
para que puedan sus hermanos estudiar.
Que viva Quincho, Quincho Barrilete,
héroe infantil de mi ciudad,
que vivan todos los chavalos de mi tierra,
ejemplo vivo de pobreza y dignidad.
Que viva Quincho, Quincho Barrilete
su nombre, no se olvidará,
porque en las calles, plazas, parques y barriadas
el pueblo lo repetirá.
Joaquín Carmelo viene a ser solo un membrete
que le pusieron en la pila bautismal,
pero su nombre de combate es Barrilete
le cae al pelo, con su personalidad.
Allá en el Open, vive desde el terremoto,
a hacer lechuzas este Quincho es un campeón,
por un chelín, te hace un cometa prodigioso
para ponerle un telegrama al colochón.
El tiempo sigue, incontenible, su camino
y el chavalito que vivió en el Open tres
no volvera a ponerse más pantalon chingo
ni la gorrita con la visera al revés.
Un dia va a enrrollar la cuerda del cometa
y muy feliz mirando al sol se marchará
enfrentará las realidades de su pueblo
y con los pobres de su patria luchará.
que le pusieron en la pila bautismal,
pero su nombre de combate es Barrilete
le cae al pelo, con su personalidad.
Allá en el Open, vive desde el terremoto,
a hacer lechuzas este Quincho es un campeón,
por un chelín, te hace un cometa prodigioso
para ponerle un telegrama al colochón.
El tiempo sigue, incontenible, su camino
y el chavalito que vivió en el Open tres
no volvera a ponerse más pantalon chingo
ni la gorrita con la visera al revés.
Un dia va a enrrollar la cuerda del cometa
y muy feliz mirando al sol se marchará
enfrentará las realidades de su pueblo
y con los pobres de su patria luchará.
julho
por mais estranho que isto possa parecer, está um calorzinho assim, parecido com o calorzinho de... ora bem.... calorzinho de julho, pronto!
é oficial:
não há ninguém como o aaron sorkin para nos mostrar relacionamentos amorosos entre duas pessoas. juro, não há mesmo.
ele já tinha feito o mesmo no west wing, agora volta a repetir no studio 60 on sunset strip.
aquilo que acontece entre este gajo...
e esta gaja...
... é uma coisinha só vista. vejam bem: ex-namorados mas com um "clima" ainda muito presente, voltam a trabalhar juntos, admiração e ciúme total, eles andam ali e tal. ele dá aquele ar... ela ali à espera, com a sua boca a três cms da dele e... nada. ela diz-lhe coisas como: you knock my socks off, que eu acho que não é uma frase, é um frasão!
o ar que esta
fez quando este
lhe anunciou que estava apaixonado por ela, é outra que tal. ela gravidíssima do ex-namorado, um gajo que curiosamente "dedou" - adoro estas traduções brasileiras - este agora e mostrou ao povo que ele era um ex consumidor de coca. ela de boca cheia com umas sandes por causa do apetite que a faz comer, literalmente, por e para dois. ele ali a debitar a informação que queria ser o pai da criança que está dentro dela. repito, aquele ar, só mesmo visto.
já para não falar da forma como este, apaixonadíssimo,
convidou esta
para um date.
isto, meus amigos, é sublime. é perfeito!
é francamente incrível como é que esta série foi engolida pelas audiências e teve um final prematuro. sinceramente, não entendo.
só saiu uma série? pronto, é o que se arranja. mas o que se arranja, é fantástico. coisinhas bem escritas, coisinhas bem interpretadas, coisinhas infelizmente pouco divulgadas.
ele já tinha feito o mesmo no west wing, agora volta a repetir no studio 60 on sunset strip.
aquilo que acontece entre este gajo...
e esta gaja...
... é uma coisinha só vista. vejam bem: ex-namorados mas com um "clima" ainda muito presente, voltam a trabalhar juntos, admiração e ciúme total, eles andam ali e tal. ele dá aquele ar... ela ali à espera, com a sua boca a três cms da dele e... nada. ela diz-lhe coisas como: you knock my socks off, que eu acho que não é uma frase, é um frasão!
o ar que esta
fez quando este
lhe anunciou que estava apaixonado por ela, é outra que tal. ela gravidíssima do ex-namorado, um gajo que curiosamente "dedou" - adoro estas traduções brasileiras - este agora e mostrou ao povo que ele era um ex consumidor de coca. ela de boca cheia com umas sandes por causa do apetite que a faz comer, literalmente, por e para dois. ele ali a debitar a informação que queria ser o pai da criança que está dentro dela. repito, aquele ar, só mesmo visto.
já para não falar da forma como este, apaixonadíssimo,
convidou esta
isto, meus amigos, é sublime. é perfeito!
é francamente incrível como é que esta série foi engolida pelas audiências e teve um final prematuro. sinceramente, não entendo.
só saiu uma série? pronto, é o que se arranja. mas o que se arranja, é fantástico. coisinhas bem escritas, coisinhas bem interpretadas, coisinhas infelizmente pouco divulgadas.
terça-feira, julho 03, 2007
painted by numbers
são suecos, são de helsingborg - juro, isto não é nenhuma provocação para o pessoal da bola - e a gaja é boa! é boa e tem um pernão do caneco!
são tipicamente new wave. há quem diga que fazem lembrar os blondie. eu ouço aquilo e a minha memória vai direitinha para a kim wilde, principalmente o éle pê de 1981 ou mesmo o select.
e porque já não se fazem bandas de niú ueive como antigamente - e esta até se parece com as de antigamente - e porque é sempre bom ver telediscos com gajas que dá vontade de.... ai como é que aquilo se chama.... fornicar, é isso!, aqui estão os the sounds
são tipicamente new wave. há quem diga que fazem lembrar os blondie. eu ouço aquilo e a minha memória vai direitinha para a kim wilde, principalmente o éle pê de 1981 ou mesmo o select.
e porque já não se fazem bandas de niú ueive como antigamente - e esta até se parece com as de antigamente - e porque é sempre bom ver telediscos com gajas que dá vontade de.... ai como é que aquilo se chama.... fornicar, é isso!, aqui estão os the sounds
la folie
e o la folie também, claro!
como é que eu poderia esquecer o la folie?
(é certo que é em francês e eu não pesco nada do que ele diz. mas gosto, pronto!)
como é que eu poderia esquecer o la folie?
(é certo que é em francês e eu não pesco nada do que ele diz. mas gosto, pronto!)
strange little girl
lá por volta de 1982/83, estava com o canina na esplanada do vavá
francamente: com 14 anos, sentados na esplanada do vavá, meus amigos, visto daqui do ano de 2007, estávamos-nos nitidamente a armarmos-nos em bons. mas de caras, de caras!
quando dum terraço da estados unidos da américa, começámos a ouvir umas batidas fortes duma bateria. eh pá, já não era a primeira vez que ouvíamos aquilo. normalmente a meio da tarde,
ok, não perguntem o que é que estávamos a fazer a meio da tarde no vavá
lá ouvíamos a bateria, tum, tum, tum, tum, tum...
- ó jaime, vamos lá ver aquilo?
- bute!
fomos, batemos à porta e dissemos:
- podemos assistir?
- na boa, entrem.
eram dois ou três gajos a tocar umas coisas. chamar-se-iam anos mais tarde sétima legião. dois ou três deles andavam no rainha. o rodrigo era mais bacano connosco, putos do sétimo ou oitavo ano. ele e o pedro oliveira, já andavam, aí pelo 12º ou coisa parecida. nos ensaios seguintes, penso que já por lá andava o paulo marinho com a gaita de foles. talvez esteja a confundir datas. talvez, talvez.
nós gostávamos todos daquela onda: os joy division, os u2, os simple minds, os cure, os the sound, etc. o som deles era a mesma onda. era bestial estar ali no terraço com eles. mais para mais porque estávamos no cumbíbio com pessoal do 12º ano. níbel do caraças!
lembrei-me disto por causa das coisas que eles também gostavam. um dos amigos deles que lá estava a assistir, tinha um crachá na lapela do perfecto de ganga dum personagem esquisito:
- ó sócio, que crachat é esse?
- é do báuí!
ora o david bowie era algo que eu não sabia que se podia ouvir até surgir o let's dance. pronto, sabíamos que ele tinha músicas, sabíamos que existia mas nem ligávamos.
lá dentro da casa, havia um outro tipo que estava sempre a ouvir o mesmo disco. o disco em questão era este
eu, que nunca tinha ouvido nada daquilo, perguntei-lhe:
- estamos a ouvir o quê?
- stranglers, pá. enquanto eu aqui estiver, só se ouve straglers.
aquilo era uma barulheira do caraças. para mim, em 1983, stranglers era uma barulheira despegada.
o rock and roll dos led zeppelin - os 3 minutos e 43 segundos mais perfeitos de sempre - também era uma barulheira dos diabos mas já deixou de ser há muitos anos. o pessoal vai evoluindo, né?
e ainda é. há excepção de quatro ou cinco músicas, há ali qualquer coisa que não entra. e não sei se um diz entrará.
o que entrou um dia e nunca mais saiu foi esta música. adoro-a. é triste, é melancólica. é linda. lembro-me sempre da história do strangler's fan quando a ouço. deu este fim-de-semana no vê agá um.
francamente: com 14 anos, sentados na esplanada do vavá, meus amigos, visto daqui do ano de 2007, estávamos-nos nitidamente a armarmos-nos em bons. mas de caras, de caras!
quando dum terraço da estados unidos da américa, começámos a ouvir umas batidas fortes duma bateria. eh pá, já não era a primeira vez que ouvíamos aquilo. normalmente a meio da tarde,
ok, não perguntem o que é que estávamos a fazer a meio da tarde no vavá
lá ouvíamos a bateria, tum, tum, tum, tum, tum...
- ó jaime, vamos lá ver aquilo?
- bute!
fomos, batemos à porta e dissemos:
- podemos assistir?
- na boa, entrem.
eram dois ou três gajos a tocar umas coisas. chamar-se-iam anos mais tarde sétima legião. dois ou três deles andavam no rainha. o rodrigo era mais bacano connosco, putos do sétimo ou oitavo ano. ele e o pedro oliveira, já andavam, aí pelo 12º ou coisa parecida. nos ensaios seguintes, penso que já por lá andava o paulo marinho com a gaita de foles. talvez esteja a confundir datas. talvez, talvez.
nós gostávamos todos daquela onda: os joy division, os u2, os simple minds, os cure, os the sound, etc. o som deles era a mesma onda. era bestial estar ali no terraço com eles. mais para mais porque estávamos no cumbíbio com pessoal do 12º ano. níbel do caraças!
lembrei-me disto por causa das coisas que eles também gostavam. um dos amigos deles que lá estava a assistir, tinha um crachá na lapela do perfecto de ganga dum personagem esquisito:
- ó sócio, que crachat é esse?
- é do báuí!
ora o david bowie era algo que eu não sabia que se podia ouvir até surgir o let's dance. pronto, sabíamos que ele tinha músicas, sabíamos que existia mas nem ligávamos.
lá dentro da casa, havia um outro tipo que estava sempre a ouvir o mesmo disco. o disco em questão era este
eu, que nunca tinha ouvido nada daquilo, perguntei-lhe:
- estamos a ouvir o quê?
- stranglers, pá. enquanto eu aqui estiver, só se ouve straglers.
aquilo era uma barulheira do caraças. para mim, em 1983, stranglers era uma barulheira despegada.
o rock and roll dos led zeppelin - os 3 minutos e 43 segundos mais perfeitos de sempre - também era uma barulheira dos diabos mas já deixou de ser há muitos anos. o pessoal vai evoluindo, né?
e ainda é. há excepção de quatro ou cinco músicas, há ali qualquer coisa que não entra. e não sei se um diz entrará.
o que entrou um dia e nunca mais saiu foi esta música. adoro-a. é triste, é melancólica. é linda. lembro-me sempre da história do strangler's fan quando a ouço. deu este fim-de-semana no vê agá um.
segunda-feira, julho 02, 2007
o que mais me enfurece...
... nestas coisas dos apitos dourados não são as tais acusações ao presidente. já o disse aqui e repito: que não lhes doam as mãos quando for a altura de dar umas reguadas ao gajo. se a ideia é tirarem-nos campeonatos que se tirem. se a ideia é relegar-nos para as divisões inferiores que releguem.
mas o que mais me enfurece é o presidente ter tratado muito mal das coisas: como é que no auge do apito dourado aquele campeonato vai para o benfica? como é que o boavista foi capaz de ser campeão? porque raio esteve o porto três anos sem conquistar o título nacional?
desculpem, fico fodido!
mas o que mais me enfurece é o presidente ter tratado muito mal das coisas: como é que no auge do apito dourado aquele campeonato vai para o benfica? como é que o boavista foi capaz de ser campeão? porque raio esteve o porto três anos sem conquistar o título nacional?
desculpem, fico fodido!
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