quarta-feira, fevereiro 28, 2007

ér cât

que me perdoem os puristas, eu continuo a achar que o maior contributo que os metallica deram para o hard-rock, heavy metal, rock fm e coisas parecidas, foi terem feito um corte de cabelo colectivo aquando do lançamento do load.

já reparam que desde essa altura, 90% das bandas da pesada, decidiram apresentar-se sem aquele l'oreal-style?

e ainda se fala mal do pânque-roque. sinceramente.

blum

terá já havido alguém que tenha iniciado uma frase com as seguintes palavras: "é pá, vi ontem no canal bloomberg uma coisa muita gira, ......"?

terça-feira, fevereiro 27, 2007

outra vez o gordo.

há coisa de uns 15/20 anos, estava com um grupo de amigos e amigas (um gajo agora tem de mencionar os dois sexos se não está lixado) no arroz doce do bairro alto.

a ti rosa andava por ali, para trás e para diante, a servir-nos pontapés na cona - para os mais distraídos ou desconhecedores do espaço, é o nome duma bebida - e de cada vez que passava pelo nosso grupo para alcançar uma outra mesa que estava lá mais para o fundo, como o espaço de passagem era mais exíguo, ela batia com as suas banhas na cabeça duma das minhas amigas. ela ia a passar e pimba, lá a minha amiga abanava a carola. isto, meus amigos, sucedeu seguramente, umas 3 ou 4 vezes. aquilo pareciam calduços.

às tantas, a ti rosa não esteve de modas e disse (quem conhece a velhota sabe que tipo de linguagem vem a seguir, quem não conhecer não se assuste, por favor):
- ó filha, vê se te chegas uma bocado para a frente quando eu for a passar, que eu já estou farta de roçar a testa da cona aqui no ferro da cadeira, ó caralho!

e de pianinho, a minha amiga lá se encolheu mais um bocado de forma a que a ti rosa pudesse passar mais à lagardere por detrás dela. curiosamente, nas passagens seguintes, deixou de roçar com as partes pudibundas para passar a bater-lhe com as mamas na nuca.

lembro-me sempre desta cena quando estou com pessoas recentemente gordas. ou seja, pessoas que foram magras a vida toda e que dum momento para o outro perdem a noção do seu diâmetro. estão por isso ainda em calibragens.

o problema maior reside no facto desse período de calibramento durar eternidades e nalguns casos nunca chegar a terminar. e quem se lixa é aqui o je, pois volta e meia tem de levar "pançadas", "ancadas", "coteveladas" (com risco de levantar logo ali um sumaríssimo) ou "ilhargadas" quando tenho de me cruzar com essas pessoas.

se estou, por exemplo, num corredor qualquer e sei que lá à frente se encaminha para mim um gordo, é certinho cumódestino que o gajo não se vai pôr de lado para passarmos os dois. nah, nada disso, como ainda está a passar por um processo de calibragem julga que ainda dá para passarmos os dois lado a lado. e depois, tunga!, lá vem abanão.

nos restaurantes apertadinhos é a mesma merda. naqueles movimentos que antecedem o "sentar" - puxar a cadeira, pendurar casaco, cumprimentar quem está - há de haver sempre uma altura em que levamos um encosto qualquer.

porra, será que perdem também a sensibilidade?

passo-me com isto, pá!

punhetada

tecto de abrir, ar condicionado inteligente, porta copos, mudanças automáticas, desembaciador no espelho retrovisor, cruise control, pedais e manete das mudanças desportivas, espelho interior anti-reflexo, porta-luvas refrigerado, luz de presença com dim, etc, etc.

eu acho estas coisas uma valente paneleirice. o que eu queria mesmo era ter um volante com um punho, assim como nas empilhadoras, para me ajudar a fazer inversões de marcha.

isso é que era!

tolices

eu já dei para o peditório "ah e tal mas ele em privado é muito diferente do que demonstra em público e na imprensa".

a saber:
eu acho que o mourinho é, presentemente, o melhor treinador do mundo.

eu acho que o mourinho é um gajo sem classe - níbel, portantos* - rigorosamente nenhuma**.

* isto não é nenhum erro, é para ser assim mesmo, com ésse no fim.
** as guerrinhas parvas com o wenger, com o pacheco, com o manuel josé, com o ferguson, com o rijkaard, com o scolari e etc, são isso mesmo, guerrinhas de miúdos que se resolviam com um par de lostras nas ventas. vejam, por exemplo, os casos do fernando santos, do jesualdo e, em parte, até do camacho, com estes senhores, que não lhe dão trela, ele não tem (nem teve) muita sorte nas suas guerras.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

trol hey

ó lénia,

fui sexta-feira ao jumbo comprar umas cenas. imagina que utilizei por lá uns cestos de compras com rodinhas e com uma asa extensível que os transforma em trolleys.

e olha que gostei de andar ali a arrastar a coisa.

um dia destes passas a gozar comigo mesmo "à séria". será? ai, estou mesmo tentado. é que me doem tanto os costados, pá.

abaixo o gordo

todos nós, pelo menos uma vez na vida, tivemos um gordo na turma. podia não haver turmas com gordos, mas houve sempre uma das nossas turmas que tivesse o malfadado gordo.

o gordo da minha turma era o augusto (pronuncia-se ógusto). era grande, mais velho que todos nós, cabelo seboso a lembrar molho escabeche, fumava, bebia café, bebia cerveja, óculos muito colados aos olhos, caspa, blusão muito coçado e sujo e armava-se em pai da malta. mas não era mau gajo. era "o gordo", pronto!

curiosamente, imagino o augusto, actualmente, bem mais magro, com o cabelo aparado, uma prol de filhos e uma gaja boa como esposa. é a chamada vingança do chinês.

nas minhas aulas lá do ginásio há também quase sempre um gordo. a diferença para os meus velhos tempos de escola é que este gordo é magro, giro e tem um piquinho a azedo (para os menos informado: dá ares de atracar de popa.

e porque é que um espécime tão bem apessoado é assim caracterizado de gordo?
bom, é porque por mais elegante que ele esteja, parece mesmo um gooooordo!

eu explico: este gordo não sei porquê, posiciona-se sempre na linha de visão que vai entre mim e a professora. fica ali, mesmo em frente ao estrado e mesmo que nós vagueemos por toda a sala de forma a tentarmos ver o que a professora está a fazer, nada feito, é escusado, ele lá está entre nós e o estrado.

este gordo, tem sempre coisas a dizer à professora, tem sempre comentários a acrescentar ao que ela diz. este gordo sabe sempre as coreografias todas e gosta de mostrar que sabe. normalmente está sempre um passo à frente do que estamos a fazer de forma a mostrar que não precisa de olhar para a professora para saber o que vem a seguir.

este gordo tem um problema pior quando, om professor é do sexo masculino. excita-se muito, gosta de falar com ele, atrasa a continuação da aula, ri-se muito (no modelo "hiena"), e comenta. está sempre a comentar.

este gordo, por mais estranho que pareça (ou talvez não) faz-se sempre acompanhar por uma amiga. por norma, essa amiga é bombshell (é a única coisa de jeito que nós gostamos no gordo) além de confidente do gordo: no final de cada música comentam sempre um com o outro "ai que canseira, safa!". quando não está acompanhado, vemo-lo volta e meia a dizer adeus às amigas que passam do lado de fora da aula.

nós, os outros, os realmente gordos e pançudos (ok, falo por mim), ai à 2ª música já estamos com a nossa camisola com publicidade à compal completamente encharcada. o gordo, esse, acaba o treino com o seu equipamento susana gateira, imaculadamente seco. um mimo.

mas entenda-se, o que mais me chateia, o que me tira mesmo do sério, é o facto do gordo, por mais magro que seja, esteja sempre a fornicar-me a visão dos rabos das gajas.

abaixo o gordo!

domingo, fevereiro 25, 2007

sugestão

evitem, repito, evitem agitar as garrafas de iogurte líquido após as mesmas terem já sido abertas.

evitem, repito novamente, evitem deitar leite no biberão quando o mesmo ainda se encontra fechado.

em ambos os casos, e falo por experiência própria, aquilo fica um cagaçal dos diabos.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

desculpem-me mas eu não me conformo

o meu clube conseguiu um honroso (sim, também não foi muito mais do que isto, ok?) empate diante o bi-campeão inglês. hoje, o record dava destaque (página inteira) ao assédio do sporting ao coentrão. sem dúvida a notícia do dia. recordo-me até de estar de manhãzinha no wc e a minha mulher ter-me interrompido a cagadeira matinal para me dizer: "morzinho, morzinho, o coentrão está a ser assediado, pá!" imagine-se, falaram dum condimento culinário.

hoje o benfica e o braga passaram brilhantemente, repito, brilhantemente (duas vitórias em casa e duas fora) aos oitavos de final daquela competição que o meu clube venceu e que mais nenhum clube português conseguiu conquistar (ok, eu sei que esta parte era desnecessária. aceito, pessoal) e eu estou para ver de quem o record irá falar. será do noz-moscadão?

ueide róbçon



um dia (em breve, muito em breve) todos nós vamos dançar assim.

respeito, muito muito respeito!

celse

- não era suposto o chelsea jogar mais?

- não era suposto o quaresma "tocar-se" de cada vez que o mourinho se chegava à linha para lhe mandar umas bocas quando ele enfrentava o diarra? então porque é que ele crescia sempre mais? porra até ratas ele deu ao preto.

- não era suposto o porto estar já arrumado? e não está já?

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

loxt e fáunde

estes gajos já andam a encher chouriços, não é?

lá em casa

há por aí uma blogger que já meteu a boca no trombone e contou tudo ao mundo.

eu, pronto, reconto a coisa:

- a minha filha limpa o cu com papel eugéninho.
- quando falamos muito alto diz que não quer óguitos.
-
e larga de vez em quando (felizmente muitas poucas vezes. ai que vergonha, porra!) um fôda-si! e, quando a chateamos muito, um tá calada!

e já estou com saudades vossas outra vez

sexta feira, adega das gravatas, a famosa turma outra vez.

a primeira coisa realmente engraçada da noite foi quando vejo que o meu querido pratas (tu fazes-me o favor de voltar a escrever lá no teu blog, pá?) tinha convidado a nossa professora de história da arte.
a segunda coisa realmente engraçada foi quando reparo que não me lembro rigorosamente nada dela. e disse logo à assistência:
- ó minha cara senhora, deixe-me cumprimentá-la. mas deixe-me dizer também, a si e aqui ao resto do pessoal, que eu acho que não fui seu aluno, eu até fiz a história da arte noutra escola.
diz logo ela:
- eu digo-te, ó jaime, que não só me lembro de ti, como me lembro do lugar onde estavas sentado e como me lembro também do lugar para onde eu te mandava de castigo quando te portavas mal. eras um insurrecto, pá!
- insurrecto?
- sim, sim. e lembro-me até que uma vez, quando estava a falar do grande cisma do oriente fiz referência a constantinopla e tu, levantaste logo a voz e disseste: "constantinopla não, stora. diga antes, istambul!". e eu achei que o que tinhas feito tinha sido um misto de palhacice e de cultura geral e acabei por achar piada à coisa. mas eras um graaande insurrecto!

percebi então que não havia engano, tinha sido mesmo minha professora.

a terceira coisa mesmo engraçada da noite foi quando o pratas confidenciou, em voz alta note-se, que a professora tinha, entre nós, a alcunha de "gremlin". a senhora, coitada, já velhota, achou que a alcunha tinha sido outra e respondeu à letra:
- kremlin? olhem, por acaso conheço. já lá estive. conheço muito bem.

e pronto, o resto foi o habitual: muita história, muita recordação, muita coisa boa.

e de repente dou por mim, por nós todos aliás, a fazermos confidências uns aos outros que não lembram nem ao diabo.

e de repente aquele grupo de pessoas que não víamos há um porradão de tempo, passa de antigos colegas, a fiéis depositários dos segredos, das alegrias e dos pesadelos que nos foram atormentando a vida.

e de repente tudo parece encaixar perfeitamente, todos esses segredos e histórias fazem sentido serem contados àqueles personagens e a mais nenhuns outros.

e de repente é naquele grupo que encontramos um inusitado conforto em despejar todas aquelas histórias.


e se calhar sou só eu que vi a coisa nestes modos..

pelo sim pelo não,
ò odete, continuo a achar que o mira deveria ter intervindo na tua história. não digo um par de socos, entendes. mas um puxãozinho de orelhas se calhar não tinha sido mal pensado.

e já estou com saudades vossas outra vez, pessoal.

gosto muito de vocês.

lobices



o último li-o primeiro, o primeiro li-o por último.
o primeiro tem óptimos textos, o segundo textos óptimos tem.
o primeiro tem uma história de merda, o segundo tem uma história do caneco.
o primeiro tem a história muito mal encadeada, muito confusa, a requerer muita concentração.
o segundo (obrigado lénia) é o livro "não loboantuniano" (não deixando de o ser) mais perturbante que já li em língua portuguesa. (obrigatório em todas as mesinhas de cabeceira)

venham mais.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

cul, man!




ai , gaita!

gosto tanto desta música, gosto tanto desta cena, gosto tanto deste filme.

tanto tanto, porra!

(seguramente o filme mais cul de sempre)

even better than the real thing



zombaram de mim, fui humilhado, duvidaram da minha palavra, achincalharam-me, espezinharam-me, chamaram-me toininho, palhaço, mentiroso, reles e aldrabão.

gente que me devia tratar nas palminhas das mãos, gente que eu acolhi em minha casa, gente por quem eu era capaz de dar um braço (ou dois, até), gente que eu fui parvo em chamar de amigo.

duvidaram das minhas capacidades mas no sábado eu provei-lhes. sábado foi o dia em que eu dei a famosa bofetada de luva branca.

meus amigos, eu sei fazer baileys'.

(está provado ou não, caneco?)

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

freud

tive uma colega de trabalho que era psicóloga. volta e meia via-me calado e dizia, sempre sempre com uma voz nojentamente melosa:

- pitx, como é que é? hoje não estás nos teus dias. o que é que se passa.

e sempre, mas sempre mesmo, eu estava, apenas, isso mesmo, apenas calado.

- nah, pá nada disso, estou só calado.
- hum, não me enganas, pitx. vá, diz lá. o que é que tens?
- a sério, não tenho nada.
- oh, lá estás tu. eu vejo que não estás bem.
- eu repito, a sério, eu estou bem.
- olha, vês, já te estás a arreliar. eu não digo que estás mal? estás, claro que estás.
- ..... (silêncio).
- sabes, é uma das coisas que falamos lá na faculdade. os gestos, as posições, a postura que as pessoas assumem, quando estão aborrecidas. e eu vejo que é o teu caso agora.
- olha, minha querida, eu não estava, mas tu és tão chata com essas perguntas, tão chata com essas merdas das psicologias de bolso que conseguiste que te desse uma resposta para a tua primeira questão: eu estou assim porque às vezes és tão chata com essas perguntas que me deixas muito muito fodido. podes-te calar?

hoje aconteceu isso outra vez. será que temos de ir ao polígrafo quando alguém nos tenta dizer que estamos chateados, quando na realidade não estamos? a partir de quando é que acreditam? à terceira vez que dizemos que não? com uma declaração da câmara?

ajudem-me.

ai que chato que este gajo é com o raio da imprensa desportiva, porra!

se tivesse sido o benfica a ganhar ao parma, por um a zero, a 10 minutos do fim, com um golo do, digamos, beto, será que a capa da bola falaria também em grande destaque do drama do nuno gomes?

vamos lá a ver, bem sei que a ideia é vender e não informar, tudo bem é uma empresa comercial e tal, aceito. mas não será uma notícia mais apelativa, mesmo para o pessoal do benfas, a vitória do braga sobre o parma do que a crise de golos e exibições que atormenta o nuno gomes?

é que se ainda estivessemos a falar duma onda de sucesso do jogador amarantino, ainda vá que não vá. agora duma crise????

eu não gosto muito do jornal a marca. mas porra, basta um marreco espanhol qualquer fazer o melhor tempo numa meia-final dos 800 metros dum meeting de atletismo qualquer, para vir logo em grandes parangonas e com fotos a cores na primeira página: nuestra patria!

porra, mas estes gajos dos jornais desportivos não têm orgulho? será que ninguém ainda percebeu que o braga está em pé de igualdade com o benfica na taça uefa?

bom bom, foi quando o porto e o boavista chegaram ambos às meias finais da taça uefa, como eram dois clubes "menores", pronto, lá dividiam os rodapés das capas dos jornais a meias.

não entendo.

lapidar

"pela sua própria natureza, pelo conceito que encerra, uma puta cara não está, convenhamos, ao alcance de qualquer um."

há um capítulo dum livro do guedes de carvalho que começa com estas, digo eu, sábias palavras.

e pronto, eu poderia estar para aqui a divagar sobre o assunto mas não, não vejo divagação possivel. está lá tudo. é como quem diz: puta fina, não se encontra na serafina. puta grossa, na carteira não faz mossa.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

porta-luvas

haverá alguém que ainda coloque luvas naquele compartimento designado por porta-luvas?

ou será que se referem àquela quantia de dinheiro que se entrega aos árbitros dos jogos do fcp?

bófias

no dia 16 de abril de 1980, dia do meu 11º aniversário, fui com o meu pai ao centro comercial de alvalade, munido com dois cheque-disco, para escolher dois disquinhos. escolhi o i was made for lovin' you dos kiss e o message in a bottle dos the police.

tempos depois, o meu colega e amigo dias, levou para a escola a notícia que o seu irmão tinha comprado o don't stand so close to me. com o pretexto de que iria jogar subbutteo, fui a sua casa e consegui ouvir o don't stand so close to me, seguramente umas 4 vezes seguidas.

a pobreza desses anos que se seguiram não permitiram que pudesse comprar os discos deles que pretendia. na verdade, houve outros valores que se levantaram - estou-me a referir obviamente aos talk talk, aos abc, aos taxi, os omd, os spandau ballet, etc...

ainda assim, recordo-me que o meu primo luis de cascais saiu um dia da loja do pai da virita na calçada, com o zenyatta mondatta. e havia uma gaja da calçada do carrascal

porra que não me consigo lembrar do nome dela. ó zé tu sabes quem é, pá? eu acho que ela morava no prédio dos radiadores. dava-se com aqueles dois irmãos que até geriram o saraiva, pá. o jorge e o outro, que jogou no vitória. com o escuna e isso. eh pá, ó je, tu lembras-te de certeza, caneco. a gaja até trocava umas palavras contigo, sócio. seria glória? graça? deu-me a branca, porra.

que gostumava passear-se com o ghost in the machine (capa do caneco) pela perry vidal abaixo. e eu ficava olhar para essas pessoas com uma certa inveja, confesso: ihhh aqueles têm discos dos pólísse!

há coisa de 10 anos, num rasgo de loucura, comprei os 5 discos deles, assim duma assentada. e volta e meia deposito-os no meu porta-luvas e andam por lá aí umas duas ou três semanas.

dia 11, estes três maduros, lembraram-se de se abeirar do palco dos grammys awards e gritaram: ladies and gentleman, we are the police and we are back! depois disso foi sempre a roxanar durante 3 minutos e meio (porque é que as músicas agora são maiores que isto?). reparem bem no copeland. que me perdoe o bp hurding, mas este louro é o meu baterista favorito. show!

vai haver uma tourneé. e cheira-me que não vêm a portugal (era fruta a mais) mas era uma coisa gira ir ver estes gajos. ó môr, alinhas?

deixo-vos aqui o video lá dos gajos na américa. para os mais impressionáveis, eu sugiro que não deixem a boca aberta quando virem o copeland a dar-lhe nas baquetas. banda do caneco. os gajos que deixaram o rock onde ele nunca deveria ter saído, em 1985.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

ilivador

eu tenho uma inveja de morte dos pais que vivem em prédios com elevador.

home (almost) alone - dia 4 (só o niquinho da manhã)

de manhã ronha, muita muita ronha. queria dormir e nem sequer o leitinho bebia.

as abluções foram feitas ao ritmo de choro, o xixi saiu a custo, a construção do seu fashion outfit foi um martírio. tu sabes, não é? foi mais ou menos como se a estivesse a vestir em cima da girafa do carrossel 8 (aquele que tinha a bola da catchumbo, lembras-te?).

depois, lá a sentei na cama e fui à minha vida.

vinha todo lampeiro a sair do bb (banho e barba) a cantar em altos berros, com esta voz de rouxinol da cova da piedade, o i can't quit you baby (tens de me ouvir a fazer o baby baby baby baby baby baby i think i'm gonna put you dooooooown for a while.., pareço mesmo o plant, pá!) quando ela me disse um sonoro e sentencioso "chhhhhhhiu, pái!!!" é que estava a ver o fimi e não conseguia ouvir nada.

pronto, lá fiquei a ver o fimi enquanto me vestia. era a tal floribela. ela gosta mesmo daquilo. eu dei uma atenção inusitada à coisa: não sabia que havia generosos decotes na floribela. mas, atenção, há!

lá lhe expliquei que te arrependeste da cena de nos teres abandonado (tu sabes que foi isto que eu disse, não sabes?) e que regressas hoje. disse que se ela se portasse bem a levava quando fosse buscar a mãejinha. não ligou muito à coisa. estava mais ligada no dói-dói que a floribela tinha.

depois do beiijinho na testa do 'ntónhio chegámos à escola. tinha pedido para levar os lápix e um livro da camila para mostrar à lina e assim foi. lá levou o livro. a lina não estava na sala mas estava a catina. a catina pediu para falar comigo à parte.

agora prepara-te: disse-me que ela está um espectáculo: participa, ajuda, arruma (arruma?????), brinca, está gira, faz miminhos, etc. disse ainda que não se cansa de elogiá-la, que até tem medo que ela se arrependa deste comportamento e venha por aí abaixo. sabes que eu não ligo muito a estas coisas, não é? mas como sei que isto para ti é como colírio para os olhos (ai que frase mais floribelada, caraças) cá está o relato.

bem, vê se não te pões a galar os gajos com pinta de executivos que a gente está cá fora à tua espera. não demores, vale?

beijos gaaaaaandes. mu-to mu-to, mãezinha!

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu to voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar...Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltando
Pega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar... pode se preparar porque eu to voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu to voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar... Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

home (almost) alone - dia 3

podia ter sido um dia sem surpresas nem sobressaltos. contudo, logo de manhã instalou-se-me um pânico corpo acima que nem queiras saber: sem querer, abalroei a cómoda e, no instante seguinte, as roupinhas que tinhas deixado devidamente escalonadas por dias, estavam completamente dispersas, espalhadas pelo chão. foi o bom e o bonito para conseguir voltar a colocá-las como se encontravam.

e agora a million dollar question: achas que me atrapalhei? não, porque tinha tirado uma foto às roupas e foi só voltar a revê-la para as conseguir pôr como estavam. sou ou não sou uma puta muito batida, hein? ok, não gozes. já apaguei a foto e tudo.

daí em diante foi tudo sem sobressaltos: pediu para levar, "xe faz favori" os lápis para a escola; exigiu beijinhos na careca do antónio (bom, foi um gesto tão doce. já ontem ele bateu-nos à porta e também pediu o mesmo) e disse à lina "não vi tê carro".

entretanto cruzei-me com a mãe das gêmeas (não sei o nome da senhora):

- pai, pai, olha a mãe da sofia e da outra sofia. vai lá dar um beijinho.
- deixa estar filha. não se justifica.

à noite jantarada em casa da avó (ai pai, quero também carnhi! - isto quando tentei dar-lhe uma colherada só com arroz), antecedido pelo habitual banhinho, sempre acompanhada do belo do seu baton.

no regresso a casa, mudávamos a água dos peixes quando fomos interrompidos pelo toque da campainha. era uma tipa, simpática, que me perguntou se ali morava a paula. disse-lhe rapidamente que não. obviamente raciocinei a tempo para emendar: está fora. mora sim, senhora!

era uma colega do liceu (pelo paula deu logo para entender). a principio ainda julguei que fosse algo relacionado com sexo e coisas desse género (acho que há um episódio da gina que era mais ou menos assim. não, minto, era da tânia). mas falou-me numa demonstração da bimby e percebi que não teria sucesso. convidei-a para entrar, viu a beatriz e fez uma festa, falámos da susana narciso (que é sempre a minha tábua de salvação nestas conversas de liceu) e do capê e prometeu-nos um bimby jantar. estive para sugerir uns pezinhos de coentrada mas não sei se a bimby faz aquilo. faz?

a cuca meteu-se na cama sem grandes espigas.

agora tem outra nova: quando a deito e lhe dou o leite pede-me o seguinte (prepara-te que vai ser um choque dos diabos):

- paizinho, tapa-me com o cobertor, sim?

(o que é que se passa com a tipa pá?)

p.s.:
1) ainda não há notícias de xixis nem cocós nas cuecas. volto a inquirir: será que é desta?

2) não te esqueças das revistas aí de london, california. se tiveram gajas com tetos espetados nas capas, trás. se não tiverem, trás na mesma.

3) sim, hoje tenho mesmo saudades. (amo-te muito, porra)

4) e agora, prison break.

5) amanhã, quando sais lá das portas do aeroporto, viras para a esquerda, não é? em direcção ao parque de estacionamento, certo?

ruca

de manhã, principalmente de manhã, a minha filha vê uns desenhos animados dum tal ruca.

é seguramente o puto dos desenhos animados mais mal enjorcado que eu conheço.

e aqueles pullover dos pais. e dos avós. tudo muito bloquista, muito "militantes da fp-25", muito prec.
e a mãe? vocês já repararam naquilo? a barriga e tal...
não que seja mau ter barriga, atenção. coitada da senhora. mas gaita, ao menos podia usar umas camisolas que disfarçasse a coisa!

isto digo eu, claro.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

padrinhices

a atlético, clube que apadrinhou a fundação do vitória da minha picheleira, eliminou o meu porto.

o varzim, primeira filial do meu porto, eliminou o benfas.

o pitbull, marcou o golo que eliminou o atlético.

é isto é que é o sistema?

(e o golo do liedson? foooooooooda-se!!!!! espectáculo, porra!)




eu juro, se fosse do sporting e estivesse naquele estádio, tinha também entrado campo dentro como aquele maduro fez, só para dar um abraço no cabrão do preto. que show!

home (almost) alone - dia 2

a primeira coisa que a tua mãe me perguntou quando a vi de manhã foi "ela dormiu bem durante a noite?". respondi-lhe que não fazia a mínima ideia.

pois, já devias imaginar a coisa, não é? pode até o porto perder durante o meu sono que eu não dou por nada. com a filha foi a mesma coisa. também me estou um bocado marimbando para a coisa; se ela estiver muito mal, se lhe acontecer alguma coisa de grave, tenho a certeza que me aparece lá à beira da cama.

de manhã continuou com a calma que caracterizou o seu comportamento durante o domingo. bebeu o leite, vestiu-se muito bem disposta e não fez fitas. toma agora nota de mais uma destas preciosidades dela: pediu-me para a deixar levar dois lápis para a escola. eu passo isto para discurso directo só para veres melhor a coisa: paijinho, poxo levar doix lápis para a 'scola?

o que é que se passa com ela? será que a situação monoparental é a única viável para ela? a miúda está parva, pá. posso levar? mas o que é isto? posso? deu-lhe agora para a educação e a espartanice. é óbvio que não pude recusar tal pedido.

à noite a coisa já foi feita acompanhada por uma birrita aqui outra ali. mas tudo muito soft.

toma lá nota doutra dela: chegou a casa e agarrou-se a uma das bonequinhas, daquelas pequeninas, a dizer: anda cá meu bebé bijou. vês pai, este é o meu bebé bijou. anda bijou, anda tomar banhinho. não percebi se me estava a dar baile (muito provável) se estava só a curtir o bebé (bijou).

e ali esteve, debaixo do duche e tal. uma maravilha.

a jantarada foi com sopinha e lombinho que a minha mãe me deu. olha outra. estava no messenger com a ti cariño (realmente, apanho-te fora e é logo isto. não tenho remédio) e ouço-a lá dentro: ó paaaaaaai, tenho fomi! quelo sopinha lalanja!

desta vez não consegui que jantasse comigo. quis ficar a ver o ví-dê. mas tudo bem, ela merece esta abébia.

eram 9 e meia e esteve cá o fernando (depois conto-te, não é nada de especial) e a rusa. é claro que a ida para a cama foi adiada uma boa meia hora. que se lixe! deixei-a ver o fi'me até ao fim (na realidade andei para a frente uns 15 capítulos e aguardei que a bomba rebentasse).

já dorme, tudo tranquilo.

só mais uma coisa que eu sei que te deixará contente: ainda não fez uma única vez xixi nem cocó nas cuecas. será que é desta?

coisas más: já começam as incomodar as saudades. principalmente do teu cheiro (e dos pés bons (e bonitos, claro) à noite). entre outras coisas. hoje ao jantar foi um desses momentos. digamos que se aplica a frase: a tua presença nesta cerimónia teria sido desejável.

coisas boas: que bom que é cozinhar e não encontrar lixo, cascas e afins no lava louça. que bom que é andar aqui pela cozinha e não ter a louça suja espalhada por ali, que bom que é essa mesma louça estar apenas à distância de um cúbito e um úmero. que bom que é a música sempre a bombar em altos berros....

(fica descansada, isto está tudo sob controle) (e confirma-se: a filha na nossa ausência, está-se realmente cagando para nós dois. vou começar a roubar-lhe o abono de família. alinhas?)

vou-me deitar. tenho que ir ali ver uns 3 ou 4 episódios do prison break.

home (almost) alone - dia 1

depois de teres bazado já não consegui dormir mais. podia aqui dizer que era saudade mas tu saberias logo que era tanga minha. fiquei a ver o prision break, ali, a papar episódios atrás de episódios. aí pelas nove a tipa a aparece-me no quarto, vinha satisfeita e carregada com a mana e um outro boneco qualquer, acho que era o nemo. subiu para a cama e reparou que não estavas. saiu de imediato e ia a dirigir-se para a casa de banho enquanto falava em voz muito alta:

- ai, ai, ai, tenho de dar beijinho na mãe. mãe, tás a fajer xixi ou cocó?
- não, filha. a mãe não está.
- e foi adonde?
- olha, temos de ter uma conversa.

lá lhe expliquei que nos abandonaste de vez e que neste momento te encontras no hawai, em grandes enrolanços com o santoro, num gasto monumental de saliva. ela não acreditou e eu lá lhe contei a verdade: tinhas ido trabalhar e só voltavas na quarta-feira. ficou mais descansada. não voltou a falar no assunto

comeu, comi, e voltámos para a ronha. eu para o prison break, ela para a pintura.

a banhoca foi a dois (nem estrabuchou). e cada vez que eu ia para debaixo do chuveiro, segurava-me na perna para eu não cair. um show. agora vê só isto: quis que lhe limpasse as ramelas e lhe aspirasse o nariz. eu repito: quis!

o almoço foi na vó raquela e no vô daniz. peixinho, obviamente. a seguir votamento (andavas tão tristinha por não participares nesta votação porque o sim não iria ter o teu voto e tal mas olha, deixa lá, ganharam mesmo sem ti. tranquilo) na escolinha do pápa - como gosta de dizer, assim com o acento na primeira sílaba - e regresso a casa.

ali pelo túnel do areeiro já ia a choinar. maravilha.

em casa, voltámos para a ronha. na nossa cama, ela quis ir para o meu lugar e despachou-me para o teu lado. pormenor muito importante, quis ir para dentro dos lençóis. eu, obviamente, adormeci, ela não: filmes atrás de filmes.

às tantas acordo e são 6 horas. não houve lanche. ou melhor, dei-lhe um lanche ajantarado. a saber: os dois iogurtes, a maçã, a sopa foram ingeridos na caminha a ver uma daquelas coisas dela e, agora rói-te de inveja, comeu o arroz e o borrego na cozinha comigo, sem refilar nem nada.

enquanto eu tratava da loiça e ficava naquele tríptico da ronha copo de vinho/fruta/computador ela amansava e à hora do costume foi para a cama, sem estrilho nem nada.

queres melhor?

e finalmente isto já acabou...

...com a pior declaração de vencido que eu já vi numa noite de contagem de votos: dr. joão paulo malta.

a fazer lembrar as prestações do abc*.

ridículo e pouco inteligente.

deveria ter havido uma concertação qualquer que tivesse determinado que do lado do não, só usaria a palavra a laurinda alves. todo o resto do pessoal abanaria a cabeça para cima para baixo, para um lado para o outro - consoante o caso - de cada vez que ela falasse.

do lado do sim a escolha já seria bem mais difícil. mas pronto, o engº sócrates não seria de certeza absoluta. a fernanda câncio idem idem aspas aspas e o bloco de esquerda.....



* álvaro barreirinhas cunhal

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

o meu batizado

hoje, numa loja da kodak, vi um álbum de fotografias com o título "o meu batizado".

eu não sei quem foram os responsáveis pela criação daquele título, mas gostaria de lembrar que o senhor que baPtizou jesus, chamava-se joão baPtista e não batista.

compreendidos?

fim da procura

ó cariño, acabou-se a procura.

pronto, já encontrei o modelo de casa que eu quero para mim. quero uma casa igual à que o souza oliveira fez para ele. olha aqui as fotos que estão na revista do sol. fixe, não é?





e olha aqui mais fotos



e olha aqui neste post.

que tal, achas que consegues uma coisa igual?

mesmo por trinta mil contos? achas que não? ihhhh, é pouco, é?



e se for em lego?

uótx

hoje deram-me um relógio. uma coisa gira, bruta, toda artilhada, graaaande. e eu que não uso relógio há uns bons 5 anos decidi pôr este no pulso.

eh cum caraças, fico outro homem, porra.

maravilha: a bracelete grossa, o relógio grande, parece um prato daqueles das quiches, uma cebolona, pá.

não fico outro homem, fico mesmo um homenzasso. uma coisa "à séria".

saio para a rua e vejo que as mulheres me olham doutra forma. vejo que trocam olhares, segredam comentários, veêm em mim uma coisa máscula, viril, é isso, olham para mim como se fosse uma "love gun". eu até juro que vi que algumas me olhavam para o pulso e logo de seguida para o escroto. algumas não continham os risos envergonhados.

porra, pareço o rocco, um jeremy ou até um holmes.

é melhor tirar esta merda. não me habituo ao cabrão do peso no braço. já me dói o ombro e tudo.

olha, elas é que perdem.

ciomenta

passo-me dos carretos quando ela se põe com aquelas birras parvas, prolongadas, chatas e desata a gritar "ahhhhínnn ahhhhínnn ahhhhín", num sotaque meio esquisito, numa coisa incompreensivel, parece, assim, o son das gatas quando estão com o cio.

o pior é que é todos os dias.

vá, não exageremos: é só pela manhã, ao fim da tarde e depois à noite.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

não me venham com merdas...

...com tipos como este, qualquer dia o pessoal do gato fedorento está no desemprego.

mas é certinho comó destino.



eu ainda me estou a rir (até me dói a pança, porra!) com: "mourinho já nom é aquele guerrilheiro do álneário e o selse nom bai ser campion".

Obrigado, ó gonssalves.

teledisco

um chavaleco chanfrado (como é mesmo que tu dizes e adoro, pá? chalado, não é? é isso, chalado dos cornos!), como eu, tem sempre dificuldade em adaptar-se aos novos tempos. com a música, por exemplo, eu sou um atraso dos diabos. entre outras coisas tenho dificuldade em dizer "remix" e digo sempre "versão maxi-single". video-clip será sempre teledisco, etc. parvoíces, como vocês todos já repararam que eu volta e meia digo e faço.

hoje quero falar dum teledisco que me anda a impressionar imenso. aliás, dois telediscos. dois telediscos da mesma canção. diga-se de passagem uma canção bestial.

window in the sky. é esta a música. e eu não consigo decidir qual das versões gosto mais:

- se desta aqui. a melhor homenagem a todos nós (isto digo eu). todos nós que somos fanzocas desta coisa louca que é a música. todos nós que já tivemos este ou aquele ídolo; todos nós que já gravámos passagens do "quando telefone toca. a frase é: na frineve..." só para relembrarmos o safety dance; todos nós que já comprámos o blitz porque tinha aquela reportagem dos dead can dance; todos nós que já comprámos a bravo para ficarmos com aquele autocolante dos depeche mode;etc.. este teledisco é o melhor teledisco deste século. ando banzado, pá.

- ou desta aqui. a versão que é uma visitação ao passado iconográfico e fotográfico dos u2. e que passado! um passado que é também o meu. banda do catano. vocalista do catano, baixista do catano, baterista do catano. guitarrista do camandro!

nível!


(lembrem-me para um dia fazer um post sobre estes malandros. este maduros que eu um dia amparei nos meus braços - literalmente!)

terça-feira, fevereiro 06, 2007

pois

quando se perguntava aos concorrentes do big breda sobre qual tinha sido a motivação que os fez entrar naquele concurso, muitos deles disseram que seria uma forma de eles compreenderem como é que reagiriam àquelas condições. queriam conhecer-se melhor.

julgo que há também pessoas que estavam mortinhas que houvesse um referendo para também perceberem de que forma reagiriam a uma campanha pelo tal referendo.

se há coisas que este referendo teve (ou tem) o condão de me proporcionar, uma delas, não foi concerteza o esclarecimento (estava mais que esclarecido).

por outro lado, faz-me uma vez mais entender de que é que realmente são feitas certas pessoas.

isto, às vezes até é giro.

farmácias

existirá alguma farmácia cujo(a) director(a) técnico não tenha menos de 6 nomes?

isto está tudo ligado

há dias, o meu sogro pediu-me para lhe arranjar os novos discos da bruni e da filha do ravi shankar.

começo agora a compreender em que tipo de ambiente cresceu a minha mulher.

tadinha.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

não?

passa por mim na rua, um skinhead com um crachat do mirn (imagine-se, do mirn, porra!) e com um autocolante a dizer "aborto, não! vida, sim!"

apeteceu-me perguntar-lhe se o "vida, sim!" também dizia respeito aos pretos que levam bastonadas nos cornos dele e dos amigos dele.

esta gente, só ao estalo!

body attack - os videos


ela tem o bts no sangue!


já completamente enturmada.


o suor começava a escorrer.


alongamentos finais.
dizia-me ela: não gosto desta música.
disse-lhe eu: nem eu!

tempo de antena

uma merda duma cesta cheia de roupa por engomar, "obrigou-me" a estar defronte da televisão na altura dos tempos de antena do referendo.

duas coisas a reter:

o pessoal do "sim" fundamenta a sua opção na mulher. o pessoal do "não" fundamenta a sua na criança.

vejo fundamentações válidas de ambos os lados. mas não encontro sinceridade plena nesses mesmos lados.

o que eu gostaria, por exemplo, era ver alguém do lado do sim ter coragem para dizer coisas mais ou menos como esta: "eu sei que aquilo, o feto, já é um ser vivo. eu sabia que corria o risco de engravidar, mas desculpem, eu não vou foder a minha vida, nem tenho dinheiro para criar um filho agora. sacrificios? nah, não me apetece fazer sacrificios por mais um filho, por isso, e mesmo sabendo que me custa muito, prefiro abortar."

entretanto ambos os lados continuam a fazer ataques parvos e doentios. já vi coisas ridículas serem proferidas pelo pessoal do não. neste momento, o que mais me chateia é o pessoal do sim não entender (nem respeitar) que o pessoal do não acha, duma forma consciente, que já está ali um ser vivo. confesso que me chateia.

body attack

sábado, fui habitual aula de body attack.

a minha filha veio também comigo. por não aguentar mais ver o pai pelo vidro, 10 minutos depois da aula começar, já ela estava lá dentro a pular e a dançar ao meu lado.

um show (lê-se, "chó"!). só visto!

em breve, haverá aqui, videos da façanha. estejam atentos.

10 semanas? hum, como as coisas andam, acho pouco.

em tempos, quando andava à rasca dumas úlceras - uma coisa horrivel, umas dores dilacerantes, uma coisa que me atormentava a alma e a barriga desde os meus 14/15 anos -, decidi ganhar juízo e tratar de me curar de vez. estávamos no mês de novembro dum ano qualquer.

como não era rico o suficiente para ter um seguro de saúde lá passei pelas etapas todas:

primeiro, marcação de consulta com o médico de família (agendada para dali a 3 semanas).

no dia da consulta com o médico de família, ele baldou-se (maravilha). ficou agendada outra consulta para dali a mais duas semanas.

uns tempos mais tarde, finalmente a tal consulta. estive no centro de saúde desde as 7 da matina porque a consulta era às 9 da manhã. às 10 lá o senhor apareceu. entrou no gabinete acompanhado por uma paciente que tinha chegado ali com ele. obviamente, levantei-me da cadeira e disse:
- ó senhor doutor, ouça lá, olhe que há pessoas à frente dessa sua amiga.
- mas a senhora não é minha amiga, nem vem para consulta, vem só tratar dumas coisas.
- então tratará das coisas na vez dela, depois destas 23 pessoas estarem atendidas.
- nah, é só mesmo uma coisa rápida.
- uma coisa rápida uma merda, ou isto vai pela ordem de chegada ou então há merda da grossa.

(aparte dito pelo edgar fotógrafo: vê-se mesmo que és filho do diniz. é assim mesmo, pá!)

foi pela ordem.

lá me passou uma credencial para ir ao gastroenterologista. tive consulta dois meses depois.

do novo médico recebi ordem para ir fazer uma endoscopia ao hospital particular. dois dias depois estava deitado, com uma argola na boca e um tubo com uma câmara de video que me entrava pelas goelas e chegava quase ao cu (pelo menos era o que eu sentia) que não me deixava respirar e que me fez vomitar baba e coisas amarelas.

agora teria de ir mostrar o resultado disto aos doutores.

mas, atenção, nova série de marcação de consultas e tal.......

(...)

5 meses depois do tal mês de novembro (o que dá umas 20 semanas), desisti. cansei-me e desisti. tratei-me, anos mais tarde quando já tinha o abençoado cartãozinho da multicare.

a pergunta que eu faço é a seguinte: se o referendo der uma vitória do sim, uma mulher consegue mesmo abortar em menos de 10 semanas? ou a coisa continuará uma merda do caraças que as tais mulheres pobres continuarão a ir à "zézinha das agulhas da praceta" e as ricas passarão a ir à nova dependência da clínica dos arcos?

desvia que é facho!



há coisa de 5, 6 anos, havia na rtp um bestial programa do hernâni carvalho chamado "histórias da noite". para quem não se lembra, basicamente, a coisa era tão simples como andar noite fora com uma equipa de reportagem da rtp dentro dum carro da psp.

roubos, assaltos, rusgas, acidentes, tudo passava por aquele programa. sempre que havia oportunidade, o hernâni carvalho lá entrevistava um ou outro personagem da noite.

ora, foi precisamente num desses programas que eu presenciei aquele que eu considero ter sido o meu momento televisivo do século XXI - o do século XX foi, se calhar, o enorme melão dos elementos da candidatura de pequim aos jogos olímpicos de 2000, quando ao ouvirem o nome das cidades derrotadas - entre elas a de pequim - desataram aos pulos quando escutaram o nome da sua cidade. só perceberem mais tarde que o apresentador estava a falar nas cidades derrotadas e não na vencedora..

de maneiras que há uma noite, em que a polícia é chamada a intervir na resolução dum acidente automóvel, ocorrido quando um mercedão, não parou num semáforo vermelho e embateu violentamente num outro carro. o condutor do mercedes, um velho, gordo e muito bêbado, recusava-se a sair do carro, trancando-se lá dentro. após ter sido convencido por um agente da psp, lá vai o bacano do hernâni carvalho encetar conversa com o senhor:

isto é tudo dito de memória. o mais certo é as palavras não terem sido estas. espero, dentro em breve, conseguir transcrever na íntegra o diálogo entre os dois homens. até lá, fiquem com o mito.

- boa noite, foi o senhor que provocou o acidente?
- (silêncio).

o homem, gordo e velho, continuava impávido (mas sem estar sereno, note-se) e com aquele ar de quem comeu cumó caraças e ainda esvaziou uns 3 cálices de ponte de marante ou mesmo umas são domingos.

- o senhor bebeu?
- não.
- não bebeu nada?
- não, nada.

(pausa)

- e o acidente, sabe como aconteceu?
- (silêncio)
- lembra-se de alguma coisa?
- hum... não!

(pausa)

- e então, porque é que não queria sair do carro?
- eu? ninguém me disse que era preciso sair?
- então mas o senhor trancou-se lá dentro depois do embate.
- quem, eu? tranquei-me? estava a descansar. não sabia que era preciso sair, não saí!

(pausa)

às tantas o homem começa a reparar nas câmaras e pergunta ao hernâni:
- os senhores são da televisão?
- sim, este é um programa de televisão sobre a polícia, a noite, e tal...
- e o senhor é da rtp?
- sou.
- conhece o ramiro valadão?
- conheço.
- é seu pai?
- não.
- é seu avô?
- não.
- sabe, no tempo do senhor ramiro valadão, aquilo é que era.
- (silêncio)
- agora aquilo é tudo comunista. é comunas em todo o lado.

- você é comunista?
- não.
- então, é jornalista?
- sou.
- ahhhhhh...

e depois remata:

- eu, para mim... sabe.... o ramiro valadão foi a pessoa.... sei lá..... com mais classe... da nossa... olhe, sei lá... da nossa CIVILIZAÇÃO!

lembro-me sempre desta história quando reparo que o salazar continua à frente (imagine-se!) na votação do melhor português de sempre.

maravilha!!!

Nota: para os mais distraídos, o tal Ramiro Valadão, foi presidente da rtp durante o estado novo. uma jóia de pessoa, portanto! o josé mensurado que o diga.

estranho

houve dois lagartões que passaram por mim e cumprimentaram-me duma inusitada forma: com o braço no ar, mão bem aberta e os cinco dedos bem esticados:

- jaiminho, como é que é? o teu fim-de-semana, tudo bueno?

em 2007...

... uma vitória (contra o último classificado), uma derrota para a taça e duas para a liga.

venham-me agora dizer que não temos tido um ano regular. vá, venham. venham, se têm coragem!