quarta-feira, abril 13, 2005

Trinaranjus



A Alda (que daqui a uns tempos será uma senhora tratada por Dona Alda e quando for avó será a inevitável Vovó Donalda) tem um dos meus blogues favoritos. Hoje quando li este post lembrei-me de uma história ocorrida há um porradão de tempo.

Deveria ter os meus 5 ou 6 anos, quando surgiu no mercado o fantástico Trinaranjus. Pela primeira vaz, havia um sumo que por não ter bolhinhas, não picava na língua. E convenhamos, era uma vantagem do caraças.

Um dia, num restaurante em Castro Daire, disse ao meu pai que queria um óbvio Trinaranjus. Como sempre me incutiu o espírito do desenrrascaço, informou-me que teria de ser eu a pedir ao senhor. Levantei-me da mesa, dei-lhe um puxãozinho nas calças e falei bem alto: «Olhe, ó senhor, quero um Trinaranjus!». O empregado de mesa, não percebeu o que eu disse (eu era muito, mas mesmo muito sopinha de massa. muito mais do que sou agora.) e julgou que lhe estava a perguntar onde era a casa-de-banho. Apontou-me com o dedo para a porta do wc e disse. «É ali, chavalo!». E pronto, abri a porta do mijatório e gritei bem alto para quem, de costas para mim voltadas, fazia o seu xixi: «é um trinaranjus, ali prá mesa, tá bem?»

Como era de se esperar ninguém me serviu nada. Já íamos a iniciar a refeição, quando achei necessidade de apresentar queixa pelos maus serviços prestados por aquele estabelecimento. E disse ao meu pai: « o senhor disse-me que era ali (apontando com o dedo) e afinal não veio nada».

Moral da história: "de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada".

3 comentários:

sandra disse...

lolll.

Alda Benamor disse...

A vóvó Donalda aqui ainda não parou de se rir com este post!

Bjs
Alda

Anónimo disse...

Não consegui para de rir. Tentei ler o post para o meu marido e tive de parar duas vezes pois até as lágrimas me vinham aos olhos com o riso.