quarta-feira, dezembro 30, 2009

12 passas


ora, então expliquem-me lá, 12 passas, uma a cada badalada e isto tudo em cima de uma cadeira? e então, no fim, não caímos da cadeira? ai não? é só para quem pode, não é?

pronto, já percebi.

terça-feira, dezembro 29, 2009

conselhos

neste blog escreve-se, infelizmente, com erros ortográficos. primeiro porque não sei fazer melhor e depois porque não estou para andar a rever textos. é escrever e postar. também, para quem é, bacalh...

durante o natal, na televisão, vi escrito conselho, referindo-se a um concelho. e li traz referindo-se a uma coisa que não tinha nada que ver com o verbo trazer.

lá está, se aqui neste blog - ou noutro qualquer - tolero (e mesmo que não tolerasse...) os erros ortográficos, meus amigos, na televisão, nos jornais, nos professores de português ou em coisas dessas, aí já acho que uma benficada - quem foi à tropa sabe o que é isto - era o mínimo que deveria ser feito ao produtor destes erros de cáca.

pergunto, não há um director de canal que contrate, por 200 contos, por mês, um maduro qualquer que fique lá na redacção a puxar os coiratos aos jornalistas que não saibam distinguir um conselho dum concelho ou, sei lá, a estrada da beira da beira da estrada?

histórias

aterrou na casa de banho lá de casa, precisamente num caixote onde se depositam os jornais que nos acompanham nos momentos mais complicados que a família ali passa, uma revista com uma coisa chamada contos. ou seja, decidiram pedir a um molho de pessoas que escrevessem umas histórias.

o que poderia ser uma colectânea porreira, pelos vistos transformou-se numa coisa muito estranha e que, não só prolifera pelos livros actuais - ditos modernaços -, como também nalguns blogs.

ora bem, julgava eu que isto aqui dos blogs era uma coisa amadora. ou seja, vínhamos aqui pespegar uns dois ou três linguados e pronto, da mesma forma que há sites com fotos de casais amadores no truca-truca, também nós, patetas bloggers, fingíamos ser pessoas letradas e aqui deixávamos uns paragrafozecos com umas tolices nossas. depois, claro, quem gostasse dizia que sim, quem não gostasse dizia que não ou desligava a coisa. sabia eu também que se quisesse uma coisa em condições, sem erros nem nada, teria que comprar um livro, esse sim, já escrito por alguém com juízo e com capacidade para fazer umas histórias porreiras. sabem, aquela coisa que aprendemos na preparatória: o início... o meio, o fim..., por aí fora.

mas ao que parece, a coisa não é bem assim. o que fica bem e é modernaço é alterar esta coisa toda. o que fica bem é, pronto, alinhavar uns parágrafos e tal... deixar o texto o mais confuso possível, escrever umas coisas, assim, tipo, pensamento profundo, nomeadamente sobre os desencontros de amor ou sobre a dor duma manhã de chuva e pronto, vuálá - se se engatilhar umas frases ou palavras em estrangeiro, fica sempre bem -, aqui temos um conto. conto, é mais bem que um romance. romances, a bem dizer, até as actrizes das telenovelas os escrevem.

e assim, vamos lendo na diagonal - se os ler na horizontal adormeço e tenho medo de cair da sanita, assim, na diagonal sempre a coisa vai com mais balanço - os tais contos e aquilo, é uma salganhada de... bom, eu sinto-me velho a ler aquilo. velho e pouco actual. não quero ser injusto até porque não pesco rigorosamente nada, nem de literatura nem de edição jornalística ou livreira, mas cum raio, é aquilo o melhor que se consegue, dadas as circunstâncias?

eu já não peço que me apresentem histórias como as do luís fernando veríssimo mas não teria piada se tentassem, sei lá, ser criativos? dá ideia que toda a gente que é literada tem capacidade de escrever. e mesmo dentre os que conseguem escrever, nem todos, infelizmente, sabem imaginar uma história. eu poderia estar aqui a descrever, num conto, a entrada dum cliente aqui na loja e a forma como ele se senta defronte da minha secretária, mas isso, acreditem, se não tiver outros elementos à mistura, não tem interesse nenhum, nem revela alguma criatividade.

mas pronto, lá está, da mesma forma que fica bem tirar fotos a preto e branco, parece que o que é modernaço é contar histórias - sofridas, é bom que sejam sofridas para dar valor à coisa - sem interesse nenhum, desde que o começo da história aconteça lá pelo meio do conto e, muito importante, não tenha nem conclusões nem fins, nem nada, pronto. desde que venha sem erros...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

rei mago baltasar

quando recolhia a minha filha na creche cruzo-me com um dos colegas dela lá da escola. ele cumprimenta-me eu faço-lhe um «campeão, como é que é? bate aí mais cinco, pá!». atrás do moço, vinha o pai, o qual, calha de caminho, ser alguém conhecido aí nos quatro cantos do mundo. trocamos olhares, um sorriso e um aceno de cabeça.

mais tarde, estou já no escritório, de frente de um computador e, ligado-me à internet, consigo descobrir fotos do pai lá do rapaz:

- ó filha, anda cá ver se conheces este homem.
- ahhhh, é o pai do lucas! mas tu és amigo dele?
- não, pá!
- não? então porque é que tens fotografias do pai do lucas no teu computador?

(pertinente questão)

seguimos para o supermercado e às tantas a minha filha está à beira de um cartaz lá do continente com um presépio. faz sinal com os olhos em direcção ao cartaz.

- o que é que tem, filha?
- não estás a ver?
- não.

fazendo um ar de frete, aponta com o dedo o rei baltasar e sentencia «então não vês que é o pai do lucas?»

(estou com pena mas vou ter que lhe explicar com mais calma que nem o lucas é príncipe nem o pai do moço é rei).

segunda-feira, dezembro 21, 2009

informações francamente inúteis

a palavra copenhaga dita em dinamarquês (confirmei isso na semana passada) é aterradora. eu juro que fiquei com a ideia que meio osso da moamba que a emissora estava a comer se tinha alojado na traqueia, no esófago ou em ambos.

terá isto que ver com o eventual fracasso da cimeira?

coisas que me aborrecem com a derrota do clube:

1) ficar sem saber, pelas capas dos jornais, qual a próxima contratação do benfica.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

casamentos de fressureiras e de maricas

ora, ao que parece, mesmo depois dos alertas que os maridos e mulheres desta vida lá foram largando, os pessoal já pode casar entre sexos.

eu sou desde já contra. não sou contra o casamento lá dos gajos e das gajas. eu sou contra o facto do ps não ter salvaguardado lá com uma alínea ou coisa parecida o facto de, pelo menos estarmos livres de lhes oferecermos presentes aquando da realização da aliança. isto a crise anda complicada e por isso deveriam lá ter escrito: iá, na boa, os presentes não são obrigatórios.

eu começo por mim, aqui há tempos uma amigo casou pela segunda vez e eu avisei-o logo: no primeiro gastei um balúrdio, tive que aturar um molho de benfiquistas extasiados com a vitória na volta a portugal (imagine-se!) e por isso, desta vez, dou um carinho especial à tua mulher que não tem culpa nenhuma mas de resto não te dou mais nada.

isto comigo é assim!

por outro lado - e isto veio de fonte fidedigna - houve uma forte pressão das associações dos comerciantes no sentido de se incluir a adopção das crianças aqui na nova lei. ao que parece serão milhares os euros que se deixarão de gastar na realização dos baptizados dos petizes adoptados pelos maricas (as fufas, ao que parece, são mais espertas e sabem que uma criança é uma trabalheira, principalmente quando vemos que chegam aos quarenta e tal anos e ainda acreditam no pai natal como é o caso da elsa raposo): ele é as velas, os vestidinhos rendados, a toalinha para secar a mona do garota, a touquinha, o envelope para o senhor padre, os belos dos pãe de leite mistos que se comem depois...

repito, estamos em períodos de crise.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

venha o diabo e escolha. a mim, confesso, faz-me rir

o que é que é pior (não vale dizer «sã as duas coisas»): alguém que plagia textualmente um texto de opinião ou alguém que pega num texto de opinião, troca-lhe os cobertores, bota uma capa de edredon nova e pronto, olha lá aqui a minha opinião tão lindinha. fui eu que fiz. sozinha. sem ninguém me ditar nada!

terça-feira, dezembro 15, 2009

arrobas




tenho saudades, confesso, do tempo em que os gajos tinham valor porque jogavam bem à bola e eram fortes na porrada e que as gajas eram boas porque, ora, porque eram boas.

os tempos modernos apresentaram-nos gajas com sucesso porque escrevem bem e não porque são giras e boas e, imagine-se, gajos que têm imensas visitas e seguidores porque fazem posts, sei lá, assim sobre filmes da jugoslávia ou livros de pessoas que ganham prémios nobel, assim como o fo ou o pamuk.

eu acho que isto dos blogs e do facebook - não conheço o twitter - deveria levar uma volta. sugiro, por exemplo, que os posts devam ser apresentados com a caligrafia de cada um dos autores.

aí sim, aí queria ver quem brilhava. ah pois é.

era, com certeza, uma nova classificação, uma nova ordem mundial. acredito até que alguns diálogos como o seguinte passariam a ser possíveis:
- ahhh e o pessoa do 31 da armada?
- qué'que tem?
- ainda não viste?
- não.
- os gajo desenham umas arrobas tão mal paridas que aquilo parecem pentelhos.
- tchéééeee, ca vergonha!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

presentes de natal

não é bem a tal cena do natal - aquela coisa do presentes, sabem? - calhar, imagine-se, quando nasceu o menino e com tudo o que isso acarreta: a loucura dos presentes, a entrega pornográfica de presentes às crianças... é já daquelas coisas que evito olhar, assim como não olho para as escarretas dos tuberculosos.

o que me fode é incluírem-me nessa fantochada. sim, não é um exagero, é mesmo uma fantochada. eu odeio presentes. repito, odeio presentes. é raro - mas quando digo raro, é assim, num rácio de 2 para 100, vá lá - receber coisas que realmente gosto, ou quando acertam, que realmente preciso. muito muito raro.

eu bem tento espalhar a notícia: não dou presentes, não quero presentes. não participo nestas coisas. mas há sempre, sempre alguém que parece querer romper com os meus desejos natalícios e lá desata, num misto de «vá, toma lá uma recordação», com «ahhh, mas é natal, ele tem que receber e mainada» e finalmente com «dou-lhe estas coisas culturais, coisas que eu gosto e que sei que é bom e que por isso, se é bom para mim, será também para ele».

por essas e por outros, chega ali à meia-noite e o começo naquele nervoso miúdo: ai será que me escapo desta? e daquela, não? ai...

porque convenhamos, o que raio as pessoas viram em mim que lhes indiciasse que eu iria gostar de ler a cal do josé luis peixoto; o homem introvertido ou lá o que é, do saramago; o ondjaki; o agualusa; o gonçalo tavares... coisas que eu acredito, ficam bem noutras bibliotecas mas não na minha que não tenho paciência para coisas dessas. mas não fica por aqui: o hell freezes over seria uma boa ideia em 2001 quando o não tinha, mas era de supor, claro, que uns anos depois eu já o tivesse. dois dvd's dos coldplay, iguais, um ano atrás do outro, é, claro, muita fruta, precisamente para mim, que nem nos elevadores sou capaz de os ouvir... e pronto, lá me oferecem estas coisas, sem talão para troca, nem nada.

uma porra!

tenho pena de não ser criança, para os receber com aquela placidez com que dizem: «não gosto» ou então «eu disse que não quero nada!»

o josé luis peixoto? coldplay?
e logo dois? mas está tudo parvo? e que tal guardarem o dinheiro para vós?

quarta-feira, dezembro 09, 2009

vácina. gosto muito de dizer vácina. é isso e dizer cristiano rónaldo, assim, com acento no ó.




a parte má destas férias de dezembro, foram, claro, a ausência de sol, praia, calor e chinelas nos pés.

a parte boa é que fui vacinado.


não, não estou com a gripá. é que calhou ir ao hospital de portalegre e, às tantas, em conversa com um médico das urgências, ele lá me falou que seria melhor levar uma vacina contra o tétano. é que, segundo consta, uma vez que o senhor me iria coser a orelha e o lábio, parece que era melhor levar a referida pica. fiz também uns raio-x à peitaça e aqui à asa esquerda pois, estava a explicar ao tal médico, isto doía-me cumó caraças. e até se podia dar o caso de estar partido. mas não, estava tudo impec. outra das boas ideias que o médico teve foi fazer-me uma tac. é que diz ele, quando um gajo cai com os cornos no asfalto, sempre que a mesma queda é impulsionada pelos quase oitenta e cinco quilos de banhas que vão atrás, fazendo com que o quadro geral se desligue e um gajo fique aí uns 10 minutos (previsão minha) inanimado e estendido ali na estrada que vai de marvão (de marvão e não do marvão como eu, chavalo estúpido e citadino, dizia. lá a senhora que me fez umas análises - lá está, não vá um gajo estar sem ponta de sangue ou essas coisas... - fez-me o favor de me educar, informando-me que o marvão não é aquela terra lá no cimo. isso é, apenas, marvão, sem o, nem os. o marvão realmente existe, mas ao que consta é um enfermeiro lá da pediatria.) até à portagem, ocupando, pelo diâmetro aqui da minha banha, na boa, as duas faixas de rodagem. então, lá fui eu fazer a tal tac. e pronto, estou como o aço. agora o que mais me aborrece é que a puta da cosedura aqui na boca originou não uma afta, mas sei lá, uma zona aftal assim do tamanho do buraco da defesa do atlético de madrid, apenas comparada com a defesa do póvoa e meadas, ali na época de 2006/07. é isso da afta e também o facto de andar a gastar mais litros de betadine aqui no caralho dos esfolamentos das costas e joelhos, que a gasolina que o carocha do meu pai consumia quando íamos à terra lá para o concelho de mirandela. e já agora, o olho negro não tem nada que ver com alguma acção do david luiz (cada um tem o bruno alves que merece). sou mesmo eu que tenho a mania de andar mascarado de panda, de panda bingo, pronto! pareço, a modes que quando andamos a imitar os amaricanos lá com o alô uín. quem quiser saber, é ver esta foto aqui cá do je, a levar umas pinceladelas da anabela. ó anabela, bem vistas as coisas tu tens um pincel com uma valente categoria, já viste?

sexta-feira, novembro 27, 2009

lustro

disseram-me hoje de manhã ao ouvido que este blog fez ontem cinco anos. pelos vistos, para o ano já vai para a escola primária. espero nessa altura já escrever um português em condições sem o asneiredo do costume.

a ver vamos.

por ora, e para verem que eu também sou um homenzinho em condições, sempre a propósito, fica aqui uma canção mûto, mûto bonita que está dentro dum album chamado lustro.

isto está tudo ligado, pessoal, vão por mim.


sexta-feira, novembro 20, 2009

simpatias inacabadas

a fortuna, o destino - a gratidão também, é certo - e algumas outras coisas que para aqui não são chamadas, querem, quase à força, instalar-me no campo pequeno para ver os massive attack.

ora ataques destruidores e campo pequeno, juntos na mesma frase, é coisa que me arrepia desde aqui, do sítio onde tenho as placas e os parafusos, até ali, pertinho da atlas.

deixem-se lá disso. há praias que não são para o meu pé. para adormecimentos já me chegam os actifed amiúde. sinceramente, tento evitar os lorenins musicais.

(vá, sou um puto de coisas comerciais, não se zanguem, gosto do protection por causa da tracey thorn e uma outra cantada por uma preta. não, já não encontro tanta beleza para a elizabeth frazer.)


quinta-feira, novembro 19, 2009

está tudo velho



esta coisa da idade tem que se lhe diga. comenta-se, à boca cheia, a passagem dos 40, a andropausa, a menopausa ou, sei lá, a simples pausa. por tudo e por nada, em conversa de amigos e não só, comentamos as transformações que ocorrem no nosso corpo.

mas afinal, quando é que somos realmente velhos? antigamente, quando era miúdo, eu olhava para pessoas de trinta e tal anos e considerava-os, uns verdadeiros adultos, pais de família, responsáveis e mais não sei o quê. os primos afastados de sessenta e tal anos, já se configuravam como velhos retintos. caramba, agora aos quarenta, essa percepção altera-se por completo. repete-se aquela sensação que temos quando voltamos, trinta e tal anos depois, àquele corredor onde andávamos de triciclo e julgávamos ter, não os
reais 3 metros de comprimento mas, sei lá, uns 15 ou 20. aquilo antigamente, visto do assento do triciclo era compridíiiiiiiiiiiissimo.

ora bem, não são bem os cabelos brancos - o meu sobrinho com 12 anos já tinha mais cabelos brancos que o clooney (sim, estou a exagerar) -; não são aqueles barulhos/sons que fazemos quer ao sentar, quer ao levantar das cadeiras ou dos sofás - principalmente esses modernaços onde literalmente nos afundamos -; não são as dores de estômago - essas já vêm da adolescência; podemos referir a proeminente barriguinha ou o gosto da taça de tinto às refeições e aí já sou capaz de dar o braço a torcer. mas convenhamos, não nos transforma em velhos, cum raio!

eu acho que o barómetro, o instrumento que nos diz realmente se estamos mesmo velhos ou não é a televisão. sim, disse bem, a televisão. a verdade é que em vez de parar uns meros 15 décimos de segundo em cada canal de documentários quando faço zapping, tenho reparado que nalguns estou a demorar mais do que devia. pior, esta semana dei por mim a gastar mais que 20 minutos num documentário sobre as obras de construção do estádio dos dallas cowboys.

é isso mesmo. percebemos, duma vez por todas que atingimos uma certa plataforma etária, quando já fazemos aquela figura que os velhos faziam, pespegando-se no gradeamento de protecção das obras do metro da alameda, ali junto à extinta nova rede, e entupindo a nossa passagem. a diferença de 1998 para agora, está claro, é, digo eu, na existência de tv cabo que nos permite ver ali, com uma definição porreira, a construção da barragem do não sei quê , dum tunel de boston ou a remodelação do metropolitano de nova iorque (lá está, obras do metro).

quarta-feira, novembro 18, 2009

é da gripe, na certa!

a sic noticiava hoje a preocupação dos velhotes que se mascaram de pai-natal em relação à gripe a. tudo bem, é compreensível. um gajo está ali horas a aturar as birras dos pais que querem ter fotos dos petizes empoleirados no velhote e depois apanham de tabela com o raio da quarentena que os impede de irem passar o reviralho com o resto dos amigos.

agora não percebo é porque é que estava lá escrito pais natal e não pais natais? será que eu é que li mal a coisa e o senhor queria era dizer país natal?

nunca se sabe, nunca se sabe.

(nunca se sabe ou nunca se çabe?) (olha, agora deu-me uma branca.)

simplezinho

tenho um amigo que é escultor de areia, conheço alguns cozinheiros, um outro - de quem, ora bem, não sou propriamente amigo, mas como já me convidou para o ser através do facebook, já me pagou uns jantares em portugal e na sua casa no estrangeiro, para todos os efeitos, vá lá, pronto, sou amigo - é fotógrafo.

três pessoas, três profissões distintas.

é curioso verificar, como se comportam quando têm que efectuar acções, fora do horário de trabalho, que fazem parte das suas próprias tarefas profissionais.

nunca vi o meu amigo escultor, a fazer castelinhos para a filha na praia mas deve proporcionar uma inveja do catano nos pais das crianças das redondezas. e lá em casa, como serão as refeições dos cozinheiros? também a coisa lhes sairá mal?

acabo de ver no facebook
umas fotos duma apanha de azeitona, captadas pelo tal fotógrafo profissional. sem luzes, sem esperas, sem produção nenhuma, apenas com o enquadramento, vá lá, digamos, de quem sabe da poda.

que maravilha!

(é tão difícil fazer coisas simples, não é?)

estaremos trocados?

têm a certeza que a sexta-feira 13 não foi ontem?

terça-feira, novembro 17, 2009

and i am a fool once more

quando o mike fleetwood se viu perante a saída do bob welch, chegou à beira do lindsey e ofereceu-lhe emprego.

o moço avisou então o calmeirão: ó mike, sabes, eu a minha maria fazemos parte dum todo. é o chamado factor vip (vem incluído no pacote). para onde eu vou, ela também vai.

o mike lá lhe disse que «pronto, traz lá a gaja».

trouxe.

e com isso trouxe coisas boas e criou também o primeiro big brother em formato banda de rock de toda a história da música.


segunda-feira, novembro 16, 2009

significados que o meu pai me ensinou e eu nunca mais esqueci: tramela

filhadeputadeestrofemaismaisbemconseguida: a gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia



sem fantasia



não me interessa repetir aqui o óbvio: que é um disco importante na nossa vida por isto, por aquilo e pelo tanto mar.

adiante.

eu gosto deste vídeo não apenas porque é um óbvia repetição dos concertos do canecão de 1975 mas por tudo o resto. aqui tudo é perfeito. não sei se havia hipótese de ficar melhor, provavelmente sim. mas como dizem os parolos «o óptimo é inimigo do bom» (mas desde quando, porra?)

ele não surge assim, como que ao acaso. mas dá ideia que sim. mas não, na realidade ele aparece, precisamente, quando ela diz «vem, por favor não evites, meu amor meus convites...»

ele não entra por uma das laterais do palco, ele vem da própria plateia. assim, como um fã inconsequente que vai ali ao micro avisar que a adora ou como se ali fosse pedir, encarecidamente, ao proprietário do opel corsa, de 1985, (daqueles com rabinho) bórdô, o favor de comparecer junto ao mesmo.

ele vem magro, enxuto, seco de carnes. a camisa é limpa, alva, imaculadamente passada a ferro e, certamente, engomada nos colarinhos: duros, abertos, alipotentes.

a mão dela segurando-lhe a sua mão esquerda, ali, firme mas ao mesmo tempo distraída do uso da forma, soltando-o para abrir os braços e lhe dizer que o quer todo para ela.

«ai eu quero te dizer, que o instante de te ver...

e não há uma nota mais alta do que devia, e não há um esganiçado inoportuno, e não há nada que perturbe aquela subida, aquela escalada de emoções: é tudo - falsamente - sereno, «e agora que cheguei, eu quero a recompensa, eu quero a prenda imensa dos carinhos seus» é tudo tão óbvio, é tudo - e apesar de tudo - tão sofrido «só vim te convencer que eu vim p'ra não morrer»

domingo, novembro 15, 2009

surpresa boa



o dave gahan estava um bocado para o cansadote, não estava? quantas vezes utilizou ele aqueles 8 metros de passadeira que entravam pela plateia?

sexta-feira, novembro 13, 2009

waiting for the night

quando há cerca de 20 anos o david bowie veio dar o seu primeiro concerto em portugal decidiu - como já tinha sucedido com os restantes concertos da sua tourneé - deixar ao gosto dos espectadores as escolhas das músicas que iria cantar. tinha um grupo dumas 30 ou 40 canções e dentre essas, por votação na rádio ou lá o que foi, o povo dizia «quero esta, quero aquela» e não se pode dizer que as coisas sairam defraudadas.

dir-me-ão que o david bowie já estava velho e mais não sei o quê e que por isso, já tinha que fazer render a coisa para conseguir encher o estádio.

amanhã, os depeche mode vêm cá fazer o seu terceiro bailarico mas, ao contrário do bowie, tocam realmente o que lhes vai na bolha sem darem cavaco a mais ninguém.

ora, eu bem sei que isto não é propriamente o «quando o telefone toca» com o fabuloso patrocínio das lojas frineve, mas ainda assim, há coisas que não consigo compreender.

aceitar-se-ia, uma vez que lançaram um disco há pouco tempo, que a coisa fosse ali bem batida no songs of the universe, quer o povo gostasse quer não gostasse. tudo bem, nada contra. o que eu não entendo é como é que então, das 21 canções da setlist, apenas 4 (porreiro!) são deste disco e deixam coisas tão, mas tão, mas tão boas e imaculadas como o peace ou o jezebel. não entendo, confesso.

mais, o meu espanto é acentuado porque o peace é mesmo single deste disco.

(bom adiante.)

volto a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. se há mistério que eu não compreendo - a par, talvez, da contratação do secretário pelo real madrid - é a habitaul inclusão desta canção nos inúmeros concertos destes gajos. a gravidade acentua-se quando se verifica que, por exemplo, ao longo de todas as tours que já fizeram, já foi tocada mais vezes que o people are people, o freelove, o see you, o the things you said, o judas ou, credo, o question of lust. pergunto, alguém me consegue identificar 5 pessoas que me digam «ihhh, vão tocar o fly, ganda ventarola!» conseguem? pois, suponho que não.

dressed in black no regresso do encore. mas que merda é esta? estamos a brincar com a tropa?
nos regressos do encore, tocaram nesta tour: a question of lust, somebody ou o shake the desease, isto só para falar nos últimos 10/15 concertos. pergunto, porque caralho decidiram nos últimos quatro mexer onde realmente não deveriam mexer? se a ideia - já tínhamos entendido - era colocar alguma coisa cantada pelo martin gore, caramba, então que deixassem ficar o anódino somebody (já não a consigo ouvir, confesso. peço perdão se ofendo alguém.), agora o dressed in black?

dou de barato as outras escolhas. há quem goste de umas, há quem goste de outras, é normal. infelizmente, nem todos pensam como o rick astley que disse acerca do here and now «é um concerto onde só cantamos coisas que as pessoas gostam. não vamos buscar fundos de catálogo obscuros e festinhas ao ego. é divertir e dançar», por isso, temos pena, mas coisas sagradas como o strangelove, o strangelove ou o strangelove, lamentamos mas têm que ir à loja ali ao lado.

mas tudo bem, aceito. agora não peçam é para ficar indiferente ao facto de terem retirado do final do concerto - mas quem é que decide estas coisas? - o waiting for the night, que faria aquele momento de calmaria antes de sairmos em direcção ao senhor das castanhas que está ali por volta da escultura do daciano.

mas...

mas, a minha querida karla é que disse a coisa mais importante acerca dos depeche mode: «se eles não viessem era bem pior.». isto é uma bela e reflectida verdade. principalmente com estes gajos que no espaço de 3 anos já cancelaram 2 concertos na nossa terra.

e por isso, sim, por isso eu tenho é que me deixar de merdas e agradecer aos santinhos o facto de em quase 15 anos ter oportunidade de pela terceira vez ver estes malandros.

eu não sou fã desde o início. gostávamos deles - do see you, claro - como quem gostava, sei lá, do non-stop erotic cabaret. para nós era igual. a coisa comigo desenvolve-se, bem no fim dos oitentas, empurrado, claro, pelo music for the masses e, obviamente, pelo 101. daí para a frente a coisa foi sempre a abrir. e merecem.

não teremos os subvalorizados dada (meu deus, mas para quando um concerto qualquer, mesmo que num reles bar da praia de carcavelos?), não teremos os the bravery mas, teremos oportunidade de ir ao bar sacar uns traçadinhos quando o gomo estiver a fazer das suas.

eu estou para aqui a baldar umas postas de pescada mas é irritação de momento. eu sei é que amanhã, sim, amanhã vou ficar que nem um puto, ali aos saltos, a assistir aos malabarismos daquele que eu considero o melhor frontman do mundo (sim, eu sei que o jagger ainda está - e bem - no activo). e se dúvidas houver, tomem atenção ao que ele fizer no question of time, no enjoy de silence, naquele momento «music, literalmente, for the masses» que é o never let me down again, e, obviamente, quando já de tronco nú, estiver à beira do palco, com a mão em concha atrás do coirato esquerdo, apontando o microfone para o povo com a mão direita a puxar a malta a gritar riiiiiiiiiiiiitxautentâtxfaid!

por isso, como ele já não anda de 501 brancas, justinhas, para espevitar a bilha, como tamém eu não tenho barriga para poder ir de tronco nu e um mero colete à lá empregado do nicola, terei mesmo que arrancar, assim, à bruta, os botões dos punhos da minha camisa preta e bazar para o pavilhão depois de duas sandes de leitão da meta, para então armar-me em dave, ali durante o período exciter tour com as mangas da camisa desfraldadas sore as mãos.

In Chains
Wrong
Hole To Feed
Walking In My Shoes
A Question Of Time
Precious
World In My Eyes
Fly On The Windscreen
Sister Of Night (sung by Martin)
Home
Miles Away / The Truth Is
Policy Of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy The Silence
Never Let Me Down Again


Dressed In Black
Stripped
Behind The Wheel
Personal Jesus


esta, bem sei, não irão tocar, mas dava um final e pêras, não era? bom, alguém que tenha conhecimentos que me faça o favor de chegar aos senhores este humilde e sério pedido.


terça-feira, novembro 10, 2009

oh roberto, foda-se pá!




(e nestes casos fico sempre, mas sempre sempre a pensar, quando é que eles realemente desistiram? é que, na verdade, quando a coisa sucede, quando acontece mesmo o tal «long way down» já eles desistiram há uns bons tempos..)

(foda-se! passo-me com estas merdas!)

segunda-feira, novembro 09, 2009

bácoro




descobri que de quinze em quinze dias, à sexta-feira, há aqui uma casa que vende sandes de leitão. não é um leitão fora de série, também não é um leitão de se deitar fora. é leitão, pronto!

aguardo, religiosamente, a chegada do dia 20 de novembro!

depeche mode: ponta da situação

esta é só uma ponta da situação. a outra ponta (final) espero fazer umas horas antes do concerto. porém, até ver, tenho a dizer o seguinte:

- os malandros decidiram retirar o waiting for the night do final
do concerto, eventualmente daquele «número» em que o dave dá um beijinho na mona do martinho. estúpidos!) andou ali tão bem a fechar a latin america tour leg e tal, mas quando entraram na alemanha, boca! desapareceu.

- continuo a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. é daquelas canções que já existiu, salvo erro, no setlist de alvalade em 1993 e ninguém percebe porque é que eles insitem nela: é má, é datada, é feia, ninguém sabe a letra... dá ideia que é um pagamento duma promessa qualquer à nossa senhora da ladeira.

- o set list não é assim tão "mau como tudo". é certo que há pessoas que ainda vão lá à espera de ouvir o just can't get enough - o que é de lamentar -, outras esperam o pedalão do strange love - o que é de louvar - nenhum dos grupos sairá feliz. é a vida.

- felizmente não abusam muito deste último disco. tocam, digamos qb.

- infelizmente, o exciter - que não é mau de todo - é colocado de parte.

- definitivamente, os pontos altos serão: personal jesus e o never let me down again. eu, além desses, gozarei muito, mas muito mesmo com o a question of time.

- o world in my eyes esteve fora durante muitos concertos da américa e está de volta (yeahhhh).


domingo, novembro 08, 2009

mijinha

solidifica-se cada vez mais a solução para as vontades de mijar que ocorrem durante os jogos do clube: é ir quando o bruno alves pega na bola para ir marcar um livre directo.

cada sachadela, cada minhoca!

sexta-feira, novembro 06, 2009

a memória é uma coisa muito gira, não é?

leio por aí, escritos benfiquistas, zombando com esta coisa da saída do paulo bento.

ora o moço, que para alguns (aí cerca de 70%) dos sportinguistas foi um alívio tão grande ter saído porque já não suportavam ter que o defender - assim mais ou menos do tamanho do alívio que tiveram quando o ricardo abalou para espanha - não se pode dizer que tenha tido um trajecto assim tão, tão mau.

vamos lá ver: ficou sempre em 2º lugar, ganhou duas taças e duas supertaças de portugal e andou, mais ou menos (não muito mais, é certo), pela europa e tal..

pergunto aos inflamados e zombadores benfiquistas: durante o período de tempo em que o bento foi treinador do sporting, que títulos vocês ganharam? uma supertaça e uma taça da liga, certo? quantos 2ºs lugar? nicles! e mesmo assim, ainda houve um ano em que nem ao 3º lugar chegaram. se é para gozar, cum raio, gozem, sei lá, com o professor neca, ou coisa assim!

e já gora, a quantos treinadores, durante esse mesmo período, pagaram vocês valentes indemnizações?

(ainda por cima, quando ele veio de espanha, foram estúpidos os suficiente para não lhe abrirem as portas. estavam, pelos vistos, muito bem guarnecidos. estavam estavam...pelo uribe ou o ednilson não era?)

terça-feira, novembro 03, 2009

santa inocência


uma vez por ano (ou época) eu entusiasmo-me, grito golo e assusto a minha filha.

tudo começou há cinco anos com um caralho dum filha da mãe dum soberbo golo do rui costa e, paulatinamente, a coisa tem continuado.

armada aos cucos com a alegria de ainda estar acordada, a minha filha, lá foi vociferando vivas em voz alta: ehhh, o clube do pai ganhou, viva, viva!

às tantas tive pena dela: nem percebe o que é ser-se do clube do pai nem percebe o que é ser do scp (graças a deus).

mas pronto, dou o desconto, dentro de dez anos estará a fumar brocas com um energúmeno qualquer ali do núcleo da juve leo de tires, após o qual chegar-me-à a casa às 3 da manhã, depois de ir mandar bocas e impropérios a um bettencourt qualquer, à chegada da sua equipa à portela de sacavém.

é gozá-la enquanto posso, aqui à minha beira, a brincar com pecinhas de madeira e a construir estruturas de arranha-céus.

gosto tanto do senhor nuno luz. é um jornalista do caraças

eu não tenho meo. nem sei ver futebol sem ter carregado previamente no botão do mute e colocado umas músicas meio decadentes ali daquele período que vai desde não sei quantos até 31 de dezembro de 1989.

mas contem-me quem tem: o benfica tv é mais ou menos assim?


segunda-feira, novembro 02, 2009

mania dos chouriços

continuo a não entender porque é que se dá tanta importância e valor aos golos que nascem de petardos de fora da área.

principalmente quando se parecem com livres directos, marcados sem barreira.

(o histerismo que os senhores da sporttv ontem exteriorizavam após a marcação do golo do manu, era, no mínimo, patológico.)

(mas pronto, lá está, isto sou eu que tenho a mania que eu golo de jeito é aquele que é antecedido de pelo menos uns 3 ou 4 bons passes ou, pronto, de 4 ou 5 fintas do caneco!)

mania de você

eu sou por manias. todas elas parvas, claro. ora se são manias...

agora ando com a mania que o próximo treinador do clube há-de ser o villas boas. e olhem que não é uma mania recente, tenho-a, pelo menos desde 2006.

mas pronto, também ainda não desisti de julgar que o latvala vai ser um dia campeão do mundo.

lá está, manias!

xô sérgio

de maneiras que ao que parece finou-se o antónio sérgio.

de maneiras que ao que parece também fica bonito escrever qualquer coisa com aquele ar de «as inúmeras janelas que ele me abriu para o mundo musical e blah, blah, blah...»

lamento mas não me incluo nesse lote. a culpa, claro, não é do antónio sérgio, coitado.

bom, vamos por partes: se há grupinho "irritanchi à beça" no panorama da fauna musical portuguesa, são, obviamente os antigos vanguardas, posteriormente indies e actualmente alternativos. se há grupo com maior percentagem - cerca de 95% - de pessoas com aquele ar «isto aqui é que é bom, aquilo aí que tu ouves é foleiro e menor» são estes que referi atrás. sei do que falo, frequentei essas «zonas zoológicas» e realmente aquilo cansa. cansa porque tem coisas (musicais) muito, muito más.

pior, confundem alegria com brejeirice e confundem brejeirice com mediocridade. poderia dizer que os metaleiros e os clássicos (antena 2) também são um bocado assim. aceito, tudo bem. mas os alternativos metem essa malta toda num cantinho.

o problema é que entretanto essas pessoas crescem e não mudam. ora eu não peço que mudem de gostos, mas peço, cum raio, que deixem de vez a atitude pedante.

já não temos 16 anos. já lá vai o tempo em que ter uma t-shirt com a foto do garlands ou do porcupine era um santo e senha para se ser «aceite».

ora, todo esse grupinho, está hoje de luto pela morte do senhor sérgio. é claro que o senhor sérgio não tem culpa nenhuma das atitudes pedantes dos seus seguidores. não podemos culpar o menssageiro pelo efeito da mensagem. longe, muito longe disso e é certamente uma afronta eu falar sobre esta coisa no mesmo texto sobre o antónio sérgio. mas não resisti, confesso. foi mais forte que eu.

eu lamento a morte do antónio sérgio porque lamento o desaparecimento duma característica que ele tinha ao qual eu tiro o chapéu. ele foi o último dos moicanos, o último dos radialistas da sua geração (e da geração dos que punham discos na rádio quando eu ainda não tinha pêlos nas partes de baixo - nem nas de cima!) que não trabalhava com playlists. se há coisa que eu odeio são programas com playlists. ou melhor, eu tenho é pena de não haver mais programas daqueles em que os senhores que iam lá pôr música, pegavam num molho de discos escolhidos previamente e «olha, hoje toco estes.» assim, sem mais, apenas porque lhes deu na veneta.

e por isso, caramba, aqui fica a minha chapelada ao antónio.

(e não há um caralho dum vídeo no you tube com os xutos a tocarem o som da frente!)

quinta-feira, outubro 29, 2009

a walk in a park

estou aqui de telefone na mão a tentar falar com o instituto de seguros de portugal (estes "meus" dependem de que ministério, porra? isto era «olho na rua!» para estes gajos todos, foda-se!) e ao mesmo tempo ouço lá fora, os gritos da minha filha que anda por estas bandas no passeio semanal ao parque da sua aula da creche.

se eu podia viver sem isto? podia, mas não era a mesma coisa.!

(peguei no telefone, vim à porta, e gritei «cuuuuuca!», ela olhou, viu-me e não me ligou puto.)

(acho que estavam de volta dum cagalhão canino. digamos que há umas certas prioridades na vida, não é?)

(ser pai é isto.)


segunda-feira, outubro 26, 2009

ainda assim, não consigo desarriscá-lo dos escritores que me fazem tão bem à alma.

assisto com um misto de tristeza e de um outro sentimento esquisito e indescritível (mas que se assemelha àquilo que sinto quando olho para os tigres - tristes, cheios de peladas e cicatrizes - nas jaulas dos troleys dos circos) ao rol de entrevistas que o lobo antunes faz, cada vez que lança um livro.

não é bem o não gostar do «tipo de espectáculo» (também é, ok). é que gostava, por exemplo, de ler coisas... como é que eu hei-de dizer... ler coisas sobre o tal livro que ao que parece o senhor escreveu.

com estas entrevistas - sempre com aquele tom de «sabe, antónio, pode dizer as coisas, nós gostamos muito de si, não tenha medo de falar. e por favor, sim, por favor, não se arrelie e não nos mande a todos "para o caralho e mais a estas entrevistas que a minha editora me arranja!", nem baze daqui para fora porque o meu editor mete-me no olho da rua se não faço depois, assim, um texto em que falo sobre o seu quotidiano, as lombadas dos seus livros, o faulkner, o tchekov....», acaba-se por criar uma coisa menos jornal das letras e mais «na cama com», transformando o lobo antunes (que não escreve um romance em condições desde 1999) (ok, tudo bem, o legião é um "suficiente mais") numa espécie de personagem do tratado das paixões da alma.

tenho pena do senhor, só isto!

terça-feira, outubro 13, 2009

maitê

o que me preocupa não é o video da maitê proença, moça que eu sei, teve o condão de desencadear certamente algumas vigorosas sarapitolas durante os anos oitenta. adiante!

repito, o que me preocupa não é o vídeo. aquilo só revela aquele tipo de tentativa - manifestamente frustrada - de gozar e sair por cima. também não me preocupam as gargalhadas finais da turminha feminista do programa no final do vídeo. só quem nunca viu o programa pode achar a coisa estranha.

francamente, o que me preocupa são os comentários generalizados que depois se fazem ao resto da população brasileira. acho piada, confesso.

e acho piada porque, normalmente, vêm do mesmo grupo de pessoas - pronto, já agora também tenho direito a generalizar, não é? ai não tenho? então eu vou generalizar para verem como fico ridículo - que comete os mesmos erros: os portugueses.

ao que parece a senhora proença andou lá a mandar umas bocas cometendo alguns erros históricos. quando eu entrei na faculdade, num simples inquérito junto dos caloiros de história, repito, junto dos caloiros de história - ou seja, pessoas que iam tirar o curso de história e que têm, presumo, uma bagagem de história diferente dos que andam a assentar tijolos ou, por exemplo, a escrever em blogs - revelou que 30% dessas pessoas colocaram, numa ordem cronológica, o dom afonso henriques antes de jesus cristo. repito, 30%. para os que não sabem o que isto quer dizer eu elucido: em cada 100 pessoas que entraram no curso de história, havia 30 que julgavam que o jesus cristo tinha nascido após o dom afonso henriques. vale?

se calhar é um exemplo meio tolo. mas acreditem, não é. é um ramo basilar da cultura de um povo: a história. e se vejo pessoas ficarem muito chocadas porque a maitê disse que o salazar esteve (apenas) 20 anos no poder, já acho estranho que tenha havido poucos comentários ao facto dos que votaram, não no salazar como o melhor português de sempre, mas sim num dos actores das telenovelas da tvi. (ahh, são putos que votaram, isso não conta. são putos e o cérebro - cerco, como diz a minha filha - ainda não está desenvolvido.)

fode-me este tipo de generalizações. se um par de brasileiros assalta uma dependência do bes, logo todos os brasileiros são ladrões. se uns brasileiros convidam os portugueses a desvincularem-se de dez porcento do seu ordenado em nome do senhor, logo todos os brasileiros são uns místicos gatunos.

porém, ninguém generaliza em relação aos portugueses que vão ao teatro ver a teresa guilherme; que dizem museu dos "cóches" em vez de museu dos "côches" (devem julgar que é um museu de viaturas espanholas); que dizem «é assim» ou «portanto» no início das frases; que elegem para presidentes de câmara pessoas que quando terminam de
alcatroar a alexandre herculano, colocam placas (caras!) a dizer «fui eu que fiz»; que realmente não só cospem nos monumentos nacionais como também não sabem o que quer dizer «egrégios avós» ou «ínclita geração»; ou ainda que escrevem blogs tolos, cheios de vernáculo e erros ortográficos como este que agora ledes.

afinal a maite até tinha material para fazer um vídeo a dar baile aos portugueses. o pecado dela foi ter escolhido mal os temas abordados.

segunda-feira, outubro 12, 2009

ennnnnnlástico

imbuído pelo espírito da coragem, entrei shopping adentro com o intuito de, duma vez por todas, sair de lá com um par de calças novas.

dentre as calças que o senhor teve a amabilidade (eu odeio comprar roupa) de me sugerir, estavam umas que, tchan tchan tchan, além de muito justas eram elásticas.

cheiravam a 1985.

estive aí uns dois minutos a tentar espremer o meu corpo lá dentro (o moço tinha-me garantido que aquilo era o meu tamanho). quando me olhei no espelho vi uma coisa muito estranha e esquisita lá reflectida. além de estarem por lá umas pernas à la iggy pop, tinha a sensação que o colhões estavam colados... sei lá, às omoplatas!

sexta-feira, outubro 09, 2009

haja paz


não desfazendo o moço que hoje ganhou o nobel da paz, eu tenho para mim (há lá frase mais gira que «ter para mim») que enquanto o fernando nobre não levar para casa os tais não sei quantos milhares de euros que o obama vai levar por ter tido o engenho de ser um moço educado e sensato - ao contrário do seu antecessor (ai que observação mais injusta, pedro jaime!) (não esquecer que foi por terem colocado o santana lopes como primeiro-ministro que o senhor engenheiro ganhou, nas calmas, as eleições de há 4 anos.) - eu não encontro justiça no caralho da atribuição dos nobel da paz.

por outro lado, antes o obama que outro gajo qualquer. por mim, o moço até poderia receber um «nobel sem pasta». assim como os ministros sem pasta que havia naqueles governos que duravam 3 meses ou menos.

quarta-feira, outubro 07, 2009

banhinho


a minha ignorância, provincianismo, distracção e brejeirice é por demais conhecida dentre as pessoas que (coitadas) me estão mais próximas.

recordo, acerca do assunto que falarei a seguir (equipamento de casa de banho), que, apenas quando fiz as primeiras obras na casa onde fui morar há uns anos, percebi que existem diversos tipos (diferentes, atenção) de toalheiros, os quais, claro, eram devidamente escolhidos pelos proprietários. resumindo, julgava que o maçon que andava lá com o trolha a fazer as obras, deslocava-se à estância mais próxima e dizia:

- ó américo, ontem o teu palmense levou na pá do camarate, hein?
- não gozes, meu cabrão, andam a jogar com os júniores. já ninguém quer treinar. que queres da loja?
- avia-me aí umas merdas para pendurar toalhas e papel higiénico.

pronto, era assim.

fiz, entretanto, outras obras noutra casa e aí já estava um niquinho avançado na coisa (não muito, claro).

sexta-feira vou dormir a casa dum amigo. irmão velho, gente da minha criação, casa nova, tudo bonitinho, bem decorado e tal... casa à facho com uma prateleirinha sob o lavatório com toalhas para os convidados e tudo. numa palavra: níbel.

entro no duche (odeio banheiras) e estou, seguramente, uns 37 segundos para descobrir como raio se abria a puta da torneira. esperto como sou, lá descobri a coisa. banhinho quentinho, aquele ritual do gel na mão, a volta saloia pela colhoeira, sovaco e bilha. a atenção redobrada nos coiratos, o pezinho já a cheirar bem e tal.... um mimo!

e após a ronha da água quentinha, já a aproximar-se a hora em que previa um esperado grito do dono da casa «ó seu paneleirão, julga que isto é o balneário de chelas? gasta-me a água toda! toca a despachar, foda-se!», sucede aquilo que muitas pessoas assimilarão como uma disfunção patológica mas que eu, no meu espírito jovial (deves!), lhe chamo «deu-lhe o amoque!».

é que eu posso ter levado 37 segundo a descobrir como se abria a água. mas, que raio, descobri não é? porém, percebemos que a idade nos deixa num caco, quando queremos, depois, fechar a circulação da água e voltamos a demorar mais uns bons 30 segundos porque entretanto nos esquecemos de como a abrimos e por isso não sabemos como havemos de a fechar.

(nem me digam mais nada, por favor! são modernices, pá!)

sexta-feira, outubro 02, 2009

estão todos bem uns para os outros

todo o mundo critica - por vezes com razão - as bocas e os floreados que ele volta e meia presenteia os adversários.

desta vez meteu-se com o benfica por causa do falcao.

e o benfica ou todos os outros que vão na cantiga do jorge nuno quando manda estas bocas não são resistem, querem armar-se em superiores mas acabam por demonstrar ser da mesma cepa.

tenho pena de, neste caso, o rui costa não ter tido a educação que a minha mãe me deu: «filho, não respondas às coisas que o luís maluco te disser. são atrasadinhos, temos que respeitar a deficiência dos maluquinhos e não lhes respondermos na mesma moeda.»

lá está, outros tempos.

quinta-feira, outubro 01, 2009

radomel

antigamente, quando os jornais eram a preto e branco, a primeira página tinha normalmente uma foto dum jogador a rematar ou a cabecear para golo. pronto, ficava ali registado o momento em que tinha acontecido o que realmente interessa num jogo, o golo.

aos despois desataram a mostrar, não o golo, mas um cacho de jogadores a festejar um golo. eram os tempos em que os jogadores festejavam golos.

eu acho que agora nem isso mostram. aparece uma foto lá do meio do jogo e já é um pau! na realidade, se tiver jogado o clube o que realmente aparece é uma futura e suposta contratação do benfica ou então o jesus mascarado de arnaldo exterminador.

recordei-me desta evolução porque eu não tenho nenhuma pachorra para aquele tipo de festejos de golo em que um gajo enverga uma cagança tal - assim como se tivesse acabado de descobrir a penicilina - que nem festeja nem nada fica ali a olhar para todo o mundo à espera que lhe digam «sim filho, foi um golo porreiro, foi sim senhor», fazendo-me recordar o gama que jogou na subida do vitória lá da década de oitenta. é sabido que não é cantona quem quer é mesmo só quem pode.

não tenho também paciência para aqueles festejos em que se reunem dois ou, quanto muito, três jogadores - normalmente, um grupo que se reúne depois à noite nos elefantes desta vida a pagar copos de champanhe às north caroline que por aí há - e abraçam-se ou cumprimentam-se assim como quem pergunta em debates «então, seu maroto, foi para o algarve?»

festejo, para mim, não é festejo que se cinja ao relvado, festejo, para mim, é à toureiro, assim, em grande, agradecendo a quem lhe bate palmas. festejo, para mim, é uma coisa encenada, assim, um drama. é coisa de vida ou de morte. festejo, para mim, não são aquelas corridinhas para o gajo que lhe fez a assistência. festejo, para mim, não é mandar calar os adeptos adversário. para mim, festejo é uma corrida sem norte, ali às voltas, como que se quisesse abraçar todas as pessoas do estádio. é ir a correr para a bancada de braços abertos e, com humildade ou com cagança - aqui sim, já a tolero - gritar de pulmões bem abertos: é golo, caraaaaaaaaaaaaaaaaaalho!

irritavam-me aquelas paneleirices do lucho e do lixa - que saudades deles, caramba! -; eram ridículos aqueles festejos do sporting a imitar uma bomba atómica; aqueles sambinhas dos baianos são uma parvoíce; o movimento de embalo dum bebé só teve piada quando feito a primeira vez pelo bebeto. depois disso, são gestos confrangedores. uma cambada de tolos é o que todos eram e são.

adiante.

meus amigos, eu não sei se finalmente tenho um ponta de lança em condições - coisa que não tenho desde o mccarthy. eu tenho memória bem apetrechada e por isso tenho a alma muito queimada pela experiência da segunda época do pena. quero com isto dizer que não sei se com este falcao é que nós vamos lá. eu sei é que finalmente e de certeza absoluta, tenho um jogador que sabe festejar golos!

esqueçam a qualidade do golo de ontem. aquilo foi, perdoem-me, um valente chouriço. a única coisa com peso conta e medida foi mesmo o passe do meireles. daí para frente já acho que houve muito grão na engrenagem: o trabalho do hulk muito atabalhoado, aquele remate com um pé direito que tem a qualidade dum josé torres foi no mínimo risível. e, para mim, repito, o toque é à chouriço. podem-me dizer que não e mais não sei o quê, mas para mim, é uma chouriçada. e guardem por favor a memória do madjer para outras situações. ligar aquele toque de calcanhar com o do madjer em viena é mais ou menos como confundir a estrada da beira com a beira da estrada. quero com isto dizer, duma forma subliminar que o golo frente aos leões é muito, muito melhor que o de ontem.

porém, meus amigos, reparem no show que ele faz após a marcação. o gajo desata a correr como louco, o cabelo a bailar, os braços abertos... que maravilha. vê se que há ali influências da escola argentina da bombonera e da monumental de nuñez. estou mesmo contente com esta aquisição.

sim, sei que é uma parvoeira das antigas gostar dum jogador pela forma como festeja os seus golos. mas, caramba, se o jogador festeja os seus golos significa que os marcou. se o jogador é do clube então significa também que o clube marcou um golo. certo? certo, claro!

ai este falcao. repito, que maravilha estes festejos. que loucura, a boca aberta, os braços em vê, assim à kempes, a forma como aterra de joelhos. oléééééé!

venham mais destes!



é claro que não há realizadores de tv em portugal que nos deixem ver estes festejos como deve ser. ou mudam logo para a camara que está a focar o banco dos suplentes ou o camarote presidencial ou... ou uma outra merda qualquer, pronto!

romano

eu gostava de avisar que se algum adulto comer a minha filha quando ela tiver 13 anos vai mesmo de cana. se por acaso ele conseguir sobreviver ao flagelo dos cartuxos de sal enterrados na peida, disparados pela minha caçadeira e conseguir fugir para o estrangeiro, fique descansado que se voltar ao meu país, mesmo que 30 ou 40 anos depois, vai de cana. chame-se ele zezé camarinha, tomás de mello vasconcelos, tomás taveira ou roman polanski.

para mim dá no mesmo.

e mesmo que a parva da minha filha me venha a dizer, anos depois «eh pá, bem vistas as coisas também não sofri assim tanto, porra!»

repito, dá no mesmo!

terça-feira, setembro 29, 2009

markl

esta é a razão porque eu tenho vergonha de escrever - e como sabem eu acho que escrevo duas vezes por mês sobre os prefab sprout ou o steve mcqueen ou lá o que é - sobre estes meninos. é porque depois eu leio isto, sinto-me reduzido à minha insignificância e só me apetece ficar caladito e bater palminhas no fim

caro senhor markl, deixe-me, contudo dizer-lhe o seguinte, eu sou mais velho e por isso cheguei primeiro. ok, cedo no from lengley park... pode ficar com a taça, mas no que respeita ao steve mcqueen, ponha-se na bicha que eu sou o que gosta mais de todas as pessoas que há aqui na terra.


segunda-feira, setembro 28, 2009

já é um começo

o bruno alves este fim-de-semana marcou um livre directo cuja bola conseguiu ser direccionada para o rectângulo formado pelos três ferros e a linha de cal da baliza.

já é um começo, caramba!

a minha vitória de ontem

enquanto for ele a vencer, eu agradecerei a todos os santinhos.
enquanto for ele a vencer e continuar com a namorada que tem
, eu agradecerei a todos os santinhos.
enquanto for ele a vencer, continuar com a namorada que tem e ela aparecer para lhe dar um beijinho no nariz, eu agradecerei a todos os santinhos.
enquanto for ele a vencer, continuar com a namorada que tem, ela aparecer para lhe dar um beijinho no nariz e a televisão estiver lá para registar a coisa, eu agradecerei a todos os santinhos.
enquanto for ele a vencer, continuar com a namorada que tem, ela aparecer para lhe dar um beijinho no nariz, a televisão estiver lá para registar a coisa e as televisões portuguesas passarem as imagens, eu agradecerei a todos os santinhos.

(peço desculpa mas eu continuo a tentar encontrar a origem daquele "pcp em último lugar" que li esta manhã)


na terra do meu pai, em tempos, houve um moço que tinha dificuldades em dizer as letras "c" e "g". o som cê era normalmente trocado pelo som tê e o som guê era pronunciado como dê.

desta forma o moço cantarolava amiúde uma lenga-lenga que suposto ser assim:
ó figueira dá-me um figo
ó cacho dá-me um baguinho...

acabava por ser assim:
ó fideira dá-me um fido
ó tacho dá-me um badinho.

ó zé, faz lá um gráfico jeitozinho para as pessoas entenderem melhor esta coisa das eleições)


li hoje que o pcp tinha ficado em último lugar.

quinta-feira, setembro 24, 2009

haja campanha!

ouço todas as pessoas mandarem bitates acerca das eleições, da campanha eleitoral, do bloco, dessas coisas todas. uns a dizer mal, outros também, outros ainda também. contudo, não consigo compreender, e lamento esse facto, que ninguém, erga a voz e diga alto e bom som: obrigado senhor pê ésse por não incluir canções do vangelis nos comícios.

por outro lado, eu se mandasse, sei lá, no bloco - gente maluca e tal, armados em fornecedores de mortalhas (não têm categoria, lamento, para representar um charro a ninguém) - era gajo para incluir esta canção sempre que alguém do partido falasse.

(quem diz o louçã, diz a tal outra dos tetos bélicos. a que foi convidada lá para aquilo da droga ou lá o que é.)


quarta-feira, setembro 23, 2009

peter saville

recebo convites para tratar das hortas, pedem-me para ajudar os cães abandonados, solicitam-me que responda a questionários, querem que eu vá votar com base na avaliação que eu tenha feito sobre o político que melhor se tenha safado com o gato fedorento, exigem que jogue às cartas da mafia ou lá o que é, tudo muito bonito, tudo cheio de boa vontade. mas não há um caralho dum amigo que me tivesse dito: jaiminho, meu cabrão, sabes que o peter saville vem à experimenta design? 'bora lá ouvir o gajo, bute?

(já veio, já se foi embora. obrigadinho, seus caralhinhos, por se terem lembrado de me informarem!)
(mandem-me agora convites e fotos da horta que eu vos fornico a alma. olha, apanham-me em dia bom, apanham sim senhora!...)

terça-feira, setembro 22, 2009

os homens que odeiam as mulheres

a minha educação obriga-me a não falar nuns penaltis que têm aparecido por aí, reservando-me (bruxo!) para quando precisar de ir desenterrá-los (bruxo, bruxo) quando me der mais jeito.

e dá sempre jeito.

infelizmente, não há-de faltar muito tempo para que os senhores árbitros desatem a enganarem-se para o meu lado.

eu sei que isso ainda não aconteceu porque eu não leio os jornais mas dou uma vista de olhos nas primeiras páginas e, quando há molho nas arbitragens do clube, aparecem umas palavras assim, estilo escândalo (sabem lá bem o que é um escândalo), roubo e mais não sei o quê. e como só tenho lido coisas ligadas com braga e o bom jesus e mais não sei o quê, sei que está tudo no bom caminho.

maravilha!

bom, isto até parece um post de bola mas é mentira. eu só vim mesmo aqui num instantinho porque ando a ler a coqueluche lá do sueco que morreu e deixou a trilogia e o senhor que traduziu - não me apetece ir lá acima ver o nome do senhor - aquilo lá de estrangeiro para português é tão bom, mas tão bom tradutor, que todos, mas todos sem excepção, os "nada a ver" aparecem (bem) corrigidos para "nada que ver".

gostava de ver mais pessoas a escrever e a falar assim.

(eu por mim, lá vou educando a miúda a não dizer portanto ou «é assim:» no início das frases. aquele «é assim», meus amigos, trespassa-me a peida! a minha vontade é interromper as pessoas com um «é assim é a puta da tua mãe e mais os cornos do teu pai» mas depois vinha-me à memória as varizes da clotilde maluca (tenho que fazer uns posts sobre esta deusa!) da aldeia dadonde nasci e aosdespois parava-me a dingestão!

é melhor estar quietinho.)

segunda-feira, setembro 14, 2009

separados não à nascença mas, vá lá, 3 meses depois


eu não sou muito bom em política. estou, pois, ao nível da população nacional elegível e, por isso, sinto-me confortável neste meu grau de conhecimentos.

contudo, permitam-me fazer a seguinte pergunta: terá ocorrido algum fenómeno de mimetismo - provavelmente devido às inúmeras horas televisivas que passaram juntos - que tenha transformado o santana lopes numa espécie de parente gráfico do pôncio monteiro?



sexta-feira, setembro 11, 2009

o monhé dos arrabaldes

esta banda sonora é tão, mas tão subvalorizadinha, caneco!



(estávamos em plenos noventa. já não havia meias brancas mas ainda se viam muitas camisas com volutas)

quinta-feira, setembro 10, 2009

cróife


a esquire espanhola deste mês (há lá coisa mais chauvinista e armada aos cucos que fazer referências a revistas estrangeiras?) traz uma valente entrevista com o cruyff.

depois não digam que eu não avisei. custa praticamente tanto quanto a playboy portuguesa.

repito, pela vossa saudinha, leiam (e vejam) aquela revista.

e não se podem calá-los?

algures no verão do ano passado fui ver um jogo da nossa selecção à suiça. juntamente comigo, no mesmo avião, seguiam, empresários, actores de telenovela, directores de televisão, empresários de televisão, jogadores de futebol, etc.

a certa altura, esteve durante uns tempos à minha beira, o senhor polanco. topei-o de alto a baixo porque me estava a impedir a passagem para mudar a água às azeitonas. pedi-lhe licença e o senhor, sorriu-me, pediu desculpa pela distracção e deixou-me passar. vi naquele preciso momento que era nele que eu tinha que confiar para que deixasse de existir nas noites de sexta-feira da tvi, aquela mistura entre uma filial do correio da manhã e uma subsidiária da revista sábado. outros viam lá naquele noticiário a lola da rodrigues sampaio mas isso já é outra louça.

repito, como entretanto ganhei o hábito de deixar de ver televisão (obrigado, filha), estive-me cagando para o facto da manela ter ficado sem o seu brinquedo. e se houve realmente pressão do sócrates para acabar com o telejornal da sexta-feira, então, meu caro inginheiro, fizeste mais por nós do que realmente pensas. melhor que isso só mesmo o facto de teres deixado de fumar. agora já só te falta começares a governar este rectangulozeco.

adiante.

ontem ao ver a selecção, por estar demasiado cansado, não tive oportunidade de trazer para perto da minha mão o comando da televisão. vi-me pois impossibilitado de baixar o caralho do volume da televisão, tendo ficado com cerca de 14 milímetros cúbicos do cérebro para sempre fodidos com aquela coisa que é a presença vocal do vidrinhos que a tvi teima em deixar fazer comentários, apresentações de programas e relatos de futebol.

voltei a recordar-me do senhor polanco: caramba, tu que despachaste o moniz, que despachaste a manela, tens ou não tens cojones roxos para colocar aquele caralhinho do sousa martins a bater palmas aos programas do goucha?

livre directo para fora

eu quero aproveitar esta paragem do campeonato, não para falar sobre a selecção mas para dizer um enunciado que para mim é o maior mistério da actual liga de futebol:

alguém me sabe dizer quantos golos o bruno alves marcou de livre directo? sabe?

assim, de memória, recordo-me de um ao sporting, um outro ao estrela e, sinceramente, não me recordo de mais nenhum. estarei enganado? talvez. mas não me engano por muito.

faço agora outra pergunta, quantos livres directos marca ele por jogo? todos, não é? ora se, se calhar, ele marca cerca de, sei lá, 15, 20 livres directos por época, não era altura de começar a marcar mais golos?

é isto o melhor que o clube consegue arranjar para a marcação de livres? não há nada melhor? caramba, eu não peço um mihaijlovic, nada disso, não peço o céu, mas chegava-me um gajo que marcasse, sei lá, 6 ou 8 golos de livre por época, pronto
.

terça-feira, setembro 08, 2009

a idade da loba

enquanto zappingava, evitando a todo o custo os louçãs desta vida:
- ó pai, ó pai, espera. põe neste canal, neste.
- mas qual canal, naquele que ela estava a dançar?
- sim.
- este canal?
- não, o outro, o outro!
- ...
- esse, esse!
- ... (quase a babar-me com a shakira) (mentira, babei-me mesmo)


- ela não tem cuequinhas, pai?
- tem, mas são de cor, assim, sei lá, cor das pernas sabes?
- sei.
- ...


- deve ser bom estar ali pendurada naqueles ferros da jaula. eu gosto de a ver ali pendurada a dançar.
- olha, curiosamente o pai também gosta.




- ó filha, onde é que estás?
- aquiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!
- onde?
- aqui no guarda vestidos.
- do teu quarto?
- simmmmmm.
- (deve estar lá de volta dos vestidinhos toda peneirosa em frente ao espelho)

- ó filha. tu és louca?
- estava a dançar também...
- é pá, mas não te podes pendurar aí no varão se não isso cai tudo. ainda partes o ilíaco, pá.
- mas a menina da canção também estava...
- ó filha.... larga lá o varão, faz-me lá esse favor, sim?



(bem que me avisavam que era melhor ter tido um puto)

sexta-feira, setembro 04, 2009

nick frost

(poderia começar este post alastrando, artificialmente, a toda a população mundial, merdas que só eu tenho. assim, eu queria ter iniciado este maravilhoso parágrafo com a frase «como qualquer pessoa normal, também eu tenho as minhas manias», mas não, vou assumir a coisa de frente. cá vai.)

eu e somente eu, tenho umas quantas manias acerca de alguns povos: tenho a mania dos brasileiros e dos ingleses. tenho pronto. gosto das séries inglesas, gosto dos filmes ingleses, gosto das revistas inglesas, gosto de ir a inglaterra (não que vá todos os dias, mas pronto, fica bem dizer aqui). e com os brasileiros é a mesma coisa: os filmes, as revistas (bom, mais as de viagens - reparem que eu disse de viagens, não disse de turismo. as condé nest traveler, as blue ou as volta ao mundo desta vida são revistas de turismo. e até normalmente são revistas de fotografias de turismo. aquilo de viagens tem muito pouco -, a playboy, uma ou outra também porreira e, claro, a piauí, a rainha das revistas.

esse meu preconceito parvo faz-me bater palminhas, dar pulinhos na cadeira e soltar uns gritinhos de excitação cada vez que tenho oportunidade de ver um filmito, neste caso em concreto, inglês. ainda mais quando estamos a falar de coisas do richard curtis (que paradoxamente - para o início do meu post - nasceu na nova zelândia).

eu arrecordo-me (é igual ao alembro-me, mas com um pitadinha de requinte) de ter lido umas paneleirices acerca do seu último filme the boat that rocked, lá
com umas comparações em relação às outras coisas que ele já tinha escrito - convenhamos, é tentador achicalhar alguém que fez o blackadder ou o four weddings e depois "já só faz" o boat that rocked - e, fui na conversa deles, dos que escreveram lá as coisinhas, ficando com algum receio do que iria ver. mais a mais porque já tenho dificuldades em ver um filme de seguida, situação que piora se o visionamento for feito em casa. no cinema, confesso, vou tão poucas vezes que fico meio nervosinho de excitação de estar a sair de casa.

ena, ena, oba, oba!

e de maneiras que afinal não. afinal o filme é bestial, é divertido, tem tantos e tão bons actores. tem diálogos tão bem gizados, caramba. e dá para rir, imagine-se.

não sei, confesso, se foi pelo entusiasmo do filme ser inglês, não sei so foi pelos bill nighy ou kenneth branagh que eu gosto tanto, não sei se foi pelo facto do seymour hoofman não saber representar mal ou se simplesmente pelo facto de realmente o nick frost ser douuuuuuutro campeonato.

mas, lá está, isto sou eu e as minhas manias a falarem.



terça-feira, setembro 01, 2009

comigo nunca mexeu, confesso

o mexia é assim uma espécie de dave matthews band da minha blogocoisa: toda a gente gosta dele (nada contra, atenção) e eu não consigo entender porquê.

(mas percebo que o mal é meu.)
(sucede-me o mesmo com os coldplay. na boa, estou habituado. um dia, quem sabe lá para 2011 ainda venho a gostar deles. mas gostar "à séria". não é curtir uma ou outra música só porque sim. afinal eu gosto, assim de morte, do julia e tudo o resto que o cão do pavlov fez não me diz rigorosamente nada. e isso, como devem imaginar, não me faz gostar deles.)


segunda-feira, agosto 31, 2009

sweet jane

algures por volta de 1985, os xutos e pontapés foram à tv e apanharam com o carlos cruz. de chofre, perguntou ao zé pedro se os xutos eram uma banda ou uma forma de estar na vida. respondeu o simpático guitarrista, depois de meio segundo de reflexão, que eles eram uma forma de estar na vida.

meses depois, estava eu em casa do osguinha a ouvir em altos berros o sexo quando irrompe quarto adentro o irmão do meio e nos pede: podem baixar aí os forma de estar na vida?

assim fizémos. assim baixámos.

olhou para nós com um ar de desprezo/gozo e perguntou-me:
- também gostas dos forma de estar na vida?
- tem dias. nem por isso.
(mentira. isto de não gostar, foi, apenas, após 1987. até lá, eu gostava muito)
- então e qual é a tua banda favorita?
- neste momento?
(que contra-pergunta mais besta, não?)
- não, noutro momento qualquer.
- humm, talvez os velvet.
- e tens idade para gostar dos velvet?
- não sei.

não tinha. nunca terei. vai-se ouvindo, pronto.

quinta-feira, agosto 27, 2009

com uma abébia dos meus camaradas

rezam as crónicas (as femininas também) que o cristiano ronaldo tinha acabado de chegar ao sportem e, como era jeitozo, puseram-no a jogar com os júniores. ele era, presumo, ainda um minorca do caneco e ali estava ele a jogar já com malta bem mais velha, de pelo na venta e corpo de adulto.

porém, ele lá foi para dentro do treino e passados 12 segundos já ele estava a dizer «ó chavalo, passa mas é a bola, caralho!»

os anos passam e se há coisa que podemos verificar nos cristianos desta vida - e também muito no futre (que saudades) - é que se estão cagando e andando para o palco onde estão a actuar porque não são atacados por aquilo que o valdano designou como medo cénico: jogar no alvalade contra o vila chã de sapo ou no maracanã contra o brasil, para eles sempre deu no mesmo. queriam (e querem) era jogar à bola.

chegou-me à minha beira um bídeo dum moço que eu não sei se estava nervoso, se é um valente cagão, se tem boa voz (tem) ou se tudo o que escrevi está errado. o que sei - ou pelo menos dá ideia disso - é que não se vê ali nenhum medo cénico.

gostei

cliquem aqui

shattered

um abraço ao engenheiro quadros,

algures em 1983, acompanhado dum meu amiguinho dessa altura, entro em casa dele e deparámo-nos com um cagaçal dos diabos.

no hall, dirigimos a cabeça em direcção da porta da casa de banho e notámos que o som vinha lá de dentro. de lá de dentro vinha também, um cabo que atravessava a porta fechada e que, ligado a uma tomada bem perto da porta da dita casa de banho, fornecia energia a um tijolo, provavelmente onkyo, que emanava uma rockalhada do caneco.

- é o meu irmão zé. está a tomar banho e a ouvir o still life dos rolling stones.
- iá.
- ele foi vê-los a madrid, na final do espanha 82.

ora, este diálogo encerrava, duas ou três questões que, para mim, puto de muita tenrinha idade, eram coisas que poderíamos arrumar na diocesa: g'anda ventarola.

a saber:
- o facto de haver um tijolo lá em casa, quando na minha havia um picâpe dos antigos que me fodia e riscava os discos com uma limpeza dos diabos;
- o facto de haver alguém que gostava dos rolling stones, coisa muito, muito além, para alguém - eu - que submetia os seus gostos musicais à (boa) enxurrada comercial que o jorge pêgo (e a ana bola também) me mostrava no t.n.t (patrocínio do shampoo timotei de camomila);
- o facto de haver alguém, que eu podia tocar assim com um dedo e tal, que tinha ordeca dos pais para ir a concertos;
- o facto desse concerto ser, imagine-se, em madrid.

os rolling stones só se tranformaram na minha banda favorita uns sete ou oito anos mais tarde quando me rendi, não às coisinhas dos seus discos dos anos sessenta, mas sim, aos dos anos 70. black and blue, iorr, exile, emotional rescue, some girls, sticky fingers e por aí fora, esses sim é que são a minha praia. e claro está, o still life que o referido zé estava a ouvir em altos berros naquela casa da miguel bombarda.

da tourneé de onde foi extraído esse disco, lembraram-se os rolling stones de convidar um senhor chamado hal ashby (vão ao gugâl saber quem é) para fazer um filmezeco a que deram o supimpa nome de «bute mazé passar a naite cá com o je», no original «let's spend the night together».

ora esse filme ainda é o filme dos filmes no que toca a coisas de concertos, coisas de rock, ou coisas do musicól, digamos. poderme-ão dizer que há também o shine a light e tal, que o scorcese é que é, que aquilo está muito bem filmado... bom, quero que vão todos para o real caralhinho com essas opiniões. para mim, gosto mais de comer um prego cheio de molhanga e mais um traçadinho na tendinha do rossio que uma gaita qualquer num restaurante daqueles em que os empregados se chamam valdiney e cortam o cabelo em institutos de beleza. ou seja, o meu problema não está no trabalho do senhor scorcese mas sim nos rolling stones
em si. basta olhar para as imagens desse concerto dos idos oitenta para ver que eles ali estavam no pico dos picos.

é toda aquela envolvência: um estádio cheio, americanos doidos, uma coisa em tempe no arizona, bem no meio do deserto e tal, o jagger magérrimo, com calças apertadíssimas e joalheiras de skate, o kiff com aquele ar de joe strummer, ao piano ainda estava o ian stewart e tal... é perfeito, simplesmente perfeito. e o palco? que maravilha: cor, seco, rude, amplo. e depois tem aquele letreiro luminoso a dar um ar de carruagem do metro a anunciar as estações, daqueles antigos com as letras formadas por pontos vermelhos.

esta não é a minha favorita. mas é nesta em que se vê uma coisa que eu ador. está o jagger a mostrar o ombro, a dizer she do me, she do me, she do me, enquanto saltita tesourinhas, quando se vê o bill a sacar o isqueiro do bolso do seu blusão - uma coisa muito eighties, assim em schintz ou coisa parecida. idêntico a um que eu possuí e que tive o cuidado de foder, ao entalar uma das suas abas, no eixo dianteiro esquerdo do meu carro de esferas, numa daqueles excitantes provas realizadas nas traseiras do lote 20 barra 21 da mira fernandes - a acender o seu cacilho, enquanto a música já decorria. sem excitações nem compromissos, aguarda pelo acorde correcto, sem temer perder a vez ou entrar atrasado, fazendo-se ouvir o seu baixo, ali no momento em que o seu téni naique esquerdo começa a subir e a descer, marcando o ritmo do seu instrumento.


chama-se a isto, uma banda de níbel!



terça-feira, agosto 25, 2009

o fogo inesquecível

gente amiga foi há dias a londres ver os u2.

aosdespois, teve a lata de enviar um email a um grupo de amigos dizendo: foi espectacular. cliquem no link em anexo para ver os comentários no fórum e blah, blah, blah...

ou seja «pessoal, gostei. não sei escrever sobre este assunto por isso leiam o que os outros disseram».

o rapaz é parvo, claro! (aquele beijinho, meu conho!)

mas a verdade é que acabei por clicar lá no link indicado e dei uma vista de olhos. não li os comentários lá do referido fórum mas dei uma especial atenção à setlist da coisa. tomando em consideração que estamos em 2009 e que os moços já têm mais que uma dúzia de discos, deixem-me vou dizer que é um conjunto de canções supimpas. é uma lista do caraças. e digo isto por várias razões das quais destaco duas: porque tocam 7 das 11 canções deste último disco - definitivamente o melhor dos últimos 20 anos, a par, digo-o duma forma desinfectada, do achtung baby -; e porque entre outras, tocam o unforgettable fire. e acreditem, por mais setlists que se possam construir, haver uma que tenha o fogo inesquecível (e até tem o bad, camandro!) empurra logo a coisa para um valente concerto.



estou com inveja do meu amigo, não liguem!