quinta-feira, setembro 10, 2009

e não se podem calá-los?

algures no verão do ano passado fui ver um jogo da nossa selecção à suiça. juntamente comigo, no mesmo avião, seguiam, empresários, actores de telenovela, directores de televisão, empresários de televisão, jogadores de futebol, etc.

a certa altura, esteve durante uns tempos à minha beira, o senhor polanco. topei-o de alto a baixo porque me estava a impedir a passagem para mudar a água às azeitonas. pedi-lhe licença e o senhor, sorriu-me, pediu desculpa pela distracção e deixou-me passar. vi naquele preciso momento que era nele que eu tinha que confiar para que deixasse de existir nas noites de sexta-feira da tvi, aquela mistura entre uma filial do correio da manhã e uma subsidiária da revista sábado. outros viam lá naquele noticiário a lola da rodrigues sampaio mas isso já é outra louça.

repito, como entretanto ganhei o hábito de deixar de ver televisão (obrigado, filha), estive-me cagando para o facto da manela ter ficado sem o seu brinquedo. e se houve realmente pressão do sócrates para acabar com o telejornal da sexta-feira, então, meu caro inginheiro, fizeste mais por nós do que realmente pensas. melhor que isso só mesmo o facto de teres deixado de fumar. agora já só te falta começares a governar este rectangulozeco.

adiante.

ontem ao ver a selecção, por estar demasiado cansado, não tive oportunidade de trazer para perto da minha mão o comando da televisão. vi-me pois impossibilitado de baixar o caralho do volume da televisão, tendo ficado com cerca de 14 milímetros cúbicos do cérebro para sempre fodidos com aquela coisa que é a presença vocal do vidrinhos que a tvi teima em deixar fazer comentários, apresentações de programas e relatos de futebol.

voltei a recordar-me do senhor polanco: caramba, tu que despachaste o moniz, que despachaste a manela, tens ou não tens cojones roxos para colocar aquele caralhinho do sousa martins a bater palmas aos programas do goucha?

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