Black Limousine
Brown Sugar
Emotional Rescue
Far Away Eyes
Fool to Cry
Gimme Shelter
Harlem Shuffle
Heaven
Indian Girl
It's Only Rock'n Roll (But I Like It)
Let It Bleed
Let's Spend The Night Together
Little T&A"
Live With Me
Melody
Memory Motel
Miss You
No Use In Crying
One Hit (to the Body)
She Was Hot
She's So Cold
Start Me Up
Sweet Virginia
Sympathy for the Devil
Time Waits For No One
Tops
Tumbling Dice
Under My Thumb
Waiting On A Friend
Wanna Hold You
Wild Horses
Worried About You
Para alguns isto parece ser um conjunto de boas músicas, para outros (sacrilégio) isto não quer dizer nada, para mim seria o alinhamento ideal dum concerto dos Stones. Não foi o caso deste que ocorreu aqui há uns dias na cidade do Porto.
Mas significa isto que então, o concerto foi uma decepção? Não, nada disso. Uma das coisas boas que os Stones têm, tiveram e, se Deus Nosso Senhor tiver paciência, terão, é o cuidado em fazer set-lists onde não faltem as mais famosas músicas da banda. E isso deixa o povo contente. E é isso que faz das tournées dos Stones um enumerar de concertos esgotados. Simplesmente porque eles nos dão aquilo que os fãs querem: rock and roll.
Depois de já ter assistido a dois concertos - o de 1990 e o de 1995 - o que eu queria deste era mais do mesmo e mais o She's so cold.
Felizmente tive o She's so cold mas não tive mais do mesmo. Tive melhor. Perante a oportunidade de assistir ao concerto, situado na estrutura do palco, não hesitei. Saberia que iria ficar atrás das colunas, que o som iria ser péssimo, que não desfrutaria do espectáculo visual daquela gaita toda, mas porra, iria estar dentro do espectáculo.
E foi essa questão que fez mexer cá dentro: como é que é estar dentro da máquina dos Rolling Stones?
Pois, é realmente fantástico.
E ficou cá dentro, gravado para sempre que:
- o Chuck Leavell é o maestro da coisa (como também já foi no unplugged do Eric Clapton). o Mick Jaegger não faz nada enquanto este teclista não der "ordens" (atenção a estas aspas).
zé, de cima é que se vê bem, o gajo faz coisas que até parece o Johnnie Johnson - que Deus tem, juro-te, pá;
- o Charlie Watts é cada vez mais o velhinho venerado da banda - sem exageros, sem exuberâncias, vindo da cura dum câncro na garganta. e sempre ali, com aquele ar de quem não faz parte duma banda mas sim de quem tem um emprego como baterista numa banda. sempre a cumprir. um senhor.
- o Bobby Keys é mesmo um saxofonista do caraças. o gajo já anda com aqueles malucos há mais de 35 anos, porra. e há ali uma química qualquer com o keith richards que não existe com o resto da banda. terá sido alguma cumplicidade que ficou, depois de terem ambos mandado aquela televisão lá da varanda dum hotel, nos idos anos 70? quem sabe?
- a lisa fisher tem um aspecto bélico temível. a gaja não tem só uma voz do camandro. ela tem um par de tetos (atenção que eu vi mesmo de cima) que trata deus por tu. estamos entendidos?
- o ronnie wood é
buddy da banda. é o bacano do grupo que toda a gente gosta. sem dúvida.
- o darryl jones não é tão cool e feio como o bill wyman, mas é francamente melhor baixista. e, juntamente com o carlitos, forma uma secção rítimica que é a gasolina daquela máquina toda.
- o jaegger é mesmo o patrão da coisa. e só mesmo um gajo daqueles consegue, naquela idade, fazer um concerto tão poderoso e que chegue a todos, mas todos os cantos do estádio.
- o keith richards estava meio em baixo, mas é o diabo da banda. malhas do caneco c'u cabrão do velho ainda dá!
Pois bem, por estas e por outras, mesmo não tocando aquela lista de canções que eu coloquei no início deste post, é que eu vou continuar a gramar estes gajos. porque hei-de sempre arrepiar-me cada vez que ouvir o jaegger a cantar "... but what buzzling you is the nature of my game.", quer o gajo esteja a 3 metros de de mim - de chapéu alto na mona e capa à diabo -, quer esteja lá longe, atrás dum par de alto-falantes.
E depois houve o she's so cold: a minha canção, da minha banda, no meu estádio, numa cidade de caralho p'ra cima.
Respeito!