segunda-feira, outubro 18, 2010

cheira a bertrand



nem a barata da avenida de roma (quer a antiga «ó shôr barata, já chegou o livro do pedro almiro neves?», quer a actual); nem a lello da rua do carmo; nem a portugal um pouco mais acima (que tinha revistas de formula um no primeiro andar, ali junto de umas prateleiras que estavam na janela que dava para o pilar do elevador de sta. justa); nem a buchholz (onde nunca me senti à vontade, confesso), nem a sá da costa (que parece que cheira a casas mortuárias); nem os alfarrabistas que eu tanto adorava (o do largo trindade coelho, da nova da trindade ou o da calçada do carmo (que teve o guia de lisboa em segunda mão, muito antes da feira da ladra)), não, nenhuma destas. a livraria de lisboa que tem o melhor cheiro de todó sempre e o mantém o inalterado desde os últimos, pelo menos, 28/30 anos, é mesmo a bertrand do chiado.

e perdoem-me a veleidade mas é um cheiro do caraças! cheira a antigo: cheira ao papalagui, cheira aos mishima, cheira aos richard bach, cheira ao sul de nenhum norte do buckowski, cheira aos principezinhos desta vida.

eu não quero ser ingrato e cuspir no prato da sopa, mas as fnacs não têm cheiro nenhum de jeito, pois não? 

2 comentários:

a_secretária disse...

as fnacs cheiram a pó (por causa da alcatifa)

Bic Laranja disse...

Vendes a Bertrand muito bem. E acabas por vender a Fnac também. Quando quiseres pode ir para lá ler à borla.
Cumpts.