sexta-feira, outubro 29, 2010

e porque alguém falou ali na dolly parton...

 

... nada melhor que recordar as sábias palavras do kiff e do mick.

«she said, "my breasts, they will always be open. baby, you can rest your weary head right on me. and there will always be a space in my parking lot. when you need a little coke and sympathy".»

isto não é muito importante para vós....

... nem para ninguém. mas é para mim! é uma matéria que me diz muito. falo-vos de atacadores. isso, atacadores, aqueles baraços que passam pelhas ilhós dos sapatos e tal.

é que ultimamente tenho apanhado com atacadores do mais reles possível. sim, muito bonitinhos e isso, mas que me obrigavam a baixar as costas e levantar o cagueiro (merdas que as operações à coluna provocam) (já repararam que seriam uma óptima solução para certas gajas? ali o cagueiro delas empinadote enquanto faziam aqueles laços bonitinhos nos sapatos e tal...) de duas em duas horas porque se desfaziam os nós e um gajo ficava sujeito a tropeçar podendo partir um úmero.

bem, o que gostava muito de dizer, não só para mim nem para os 38 que me lêem mas sim para o todómundo, é que eu hoje tenho os melhores atacadores do hemisfério norte!

caramba, que maravilha! ali certinhos, castanhos, um tecido forte e tal. isto é mesmo muito bom, não me lixem. 

quinta-feira, outubro 28, 2010

«ahhh, mas tem chaaaaaarme. olha, gostei, sabe?»

a verdade é que eles eram ao todo uns 8 ou 9 e agora já só resta ele.

devias era ter-me dado umas reguadas com a cinco olhos. agora emails, nahhh, isso é para meninas, pá!

recebo um email dum amigo, gente da velha guarda, que me alerta para um parvo e desesperante erro de português que fiz no post anterior.

respondo-lhe assim:

(nos tempos que correm já ninguém corrige ninguém. cada vez me convenço mais que é mesmo uma questão de amor.)
 
(obrigado)
 
é uma mera opinião pessoal, não liguem
 

mais livros

não sei se são os bons livros que escasseiam. sinto, contudo, que escasseiam é os livros que são bons para mim.

estou agora com um desses «bons».

e é giro como uma coisa que não se liga à corrente, algo quase arcaico nos dias de hoje, tem este «poder» de sedução e de distracção tão penetrante.

não liguem, ando a reflectir demais.

o livro lá da cabeceira deve ter umas quatrocentas e tal páginas. devo ir, agora, lá pela sessenta e tal. estou «cheio de medo» por achar, por sentir, que está quase a acabar, imagine-se.

(tenho saudades do tempo em que me seduziam os jogos de computador) 

quarta-feira, outubro 27, 2010

even better than the real thing

o site viagogo anuncia um concerto dos fleetwood mac em portugal.

mas, ao que parece, quem aí vem são uma banda de covers dos fleetwood mac.

bom, eu ia escrever um parágrafo todo supimpa a fechar este post mas... como é que eu hei-de dizer, também houve pessoas que em últimas eleições votaram no num partido, imagine-se, socialista, não é? foram quê, enganadas por um site de venda de bilhetes, foi? 

foi um dia bonitinho, foi. cheio de notícias belíssimas e tal...

e hoje não faço mais nada. leio mais três ou quatro pegelas dos turcos, fecho a luz e amanhã (daqui a pouquinho, diga-se!) cá estarei.

terça-feira, outubro 26, 2010

e já estive mais longe de vir aqui pôr tubos do nyman (credo, deus me livre e guarde!)

and when love comes along, it's just the catcher in the rye.... it's hard to make those long term plans

como dizia ele, é estar ali entre o vírus e a bactéria:

os que nasceram em 69 já não são bem a trick of the tail mas por outro lado também ainda não são just like heaven. cada vez mais me convenço que ficámos ali, no meio dumas quantas coisas, sem nunca termos aterrado em cheio numa coisa das grande.

éramos ainda putos para o thick as a brick ou o close to the edge e se calhar já estávamos com idade para ter juízo quando apareceu o doolitle ou o beat dis.

a única coisa boa, confesso, e defendo com orgulho, foi estarmos na idade do armário quando apareceram bandas inglesas que usavam collants. achar isso estranho ou ter vergonha dessa fundação musical é algo que me faz impressão.

ou acham que foi bonito ou motivo de orgulho dizerem que folhearam a coquete ou a bravo (consoante a carteira de cada um)? foi? pois eu acho que foi, sim senhor.

o que realmente eu não consigo perceber é como é que há pessoas que têm mais que 19 anos (algumas ali já a roçarem os 48) e ainda assumem um ar de chá das 5 perante alguns gostos musicais. pior, perante algum passado musical!

 

um comentador, engraçadíssimo (sem ironias), adjectiva-me de sofrer de coprolalia...

... ora se há coisa que a coprolalia não me faz é sofrimento. acredite, caro(a) anónimo(a), ninguém sofre com isto. 
 como não posso dizer ilíaco a torto e a direito (foi por isto, não foi?) ai não? hummm...), por aí, às pessoas que  pessoalmente contactam comigo, vingo-me nos 27, que diariamente, aqui vêem ler estas tolices.

(portei-me bem agora?) 

caixa de pandora

ahhhh, adoro acabar o dia enconado com a cgd e começar um novo dia, imagine-se, enconado outra vez com a cgd. que maravilha!

(e não, não me irritei com a menina da caixa ou com o moço que nos entrega os cheques. não, é mesmo com os senhores que decidem que certas coisas (da cgd) deverão ser feitas desta ou daquela maneira.

e fode-me, mas fode-me até ao ilíaco, esta frustração de já nem podermos mudar para este ou aquele banco por que desconfiamos que ficaremos melhor servidos. não, há uma impotência geral em relação a estas coisas.)

segunda-feira, outubro 25, 2010

sim, sim, pois claro, até porque depois viria logo um gajo qualquer que nos diria «não, unificar não é bem a mesma coisa....é que...»

descobri que anda por aí a palavra desduplicação. ao que parece é uma invenção do pessoal informático que trabalha com bases de dados e tal.

(até ver, nada contra. eles lá sabem...)

mas desduplicação não soa, assim, um bocado a odorico paraguaçu?

e se o bloco de esquerda ou a ilga já tivessem posto olhos nisto tenho a certeza que pelo menos uma vigília ou uma parada até aos restauradores já tinha sido organizada

fico com a impressão que é mais complicado e desaustinante para as pessoas ouvirem a frase «não, não bebo café. para mim é chá.» do que verem dois rabetas a beijarem-se no centro comercial vasco da gama.

sexta-feira, outubro 22, 2010

...like in that movie, you know the one where martin sheen waves his arm to the girl on the street



ahhhh, tinha tantas referências antigas ao filme - o mallick, o sheen, os deus, até mesmo (mesmo desconfiando que não tem relação alguma) o springsteen... - que andava há uns anos para conseguir descobri-lo, nas amazons desta vida.

descobri-o num saldo da fnac, imagine-se!

gostei tanto. é um filme de pormenores.

ou pormaiores, pronto! 

quarta-feira, outubro 20, 2010

há pessoas que gostam mais da apple que do benfica

e quem diz do benfica diz do meu clube ou doutro qualquer. é que não entendo como se pode gostar mais duma marca que dum clube.


(ah, os que não gostam de desporto não contam!)

 

terça-feira, outubro 19, 2010

tangas que podem ser aplicadas em reuniões de amigos e que ninguém, no seu mais perfeito juízo, se dará ao trabalho de contestar: maternidade

por coincidência, a primeira criança que nasceu na mac chamava-se alfredo.

bom, estas coisas também adoro nos portugueses. bom, pelo menos nos portugueses, lá está.

podemos dizer mal de nós, do nosso governo, do sócrates, dos ministros (não podemos dizer mal dos ex-ministros porque esses, afinal têm todos razão), podemos dizer mal do nosso futebol, dos nossos árbitros, podemos dizer mal da nossa função pública, do nosso ensino, da nossa justiça, do saramago, do lobo antunes, do trânsito do i cê dezanove, da televisão, dos batanetes, da bota botilde, dessa trampa toda.

se dissermos mal disto teremos os nossos amigos de hissope em riste aspergindo-nos com a concordância geral da humanidade.

porém - já cá faltava - não podemos nunca, repito, nunca, enunciar que queremos sair daqui para outro país ou que temos pena de cá ter nascido.

ui, isso nunca!

podemos dizer mal de tudo o que escrevi ali em cima mas a ideia é aguentarmo-nos à bronca, não vale fugir, isso não.

ah e tal, mas na suiça não há filas: então baza daqui. se estás mal vai para lá viver que não fazes cá falta nenhuma.
ah e tal mas se fosse a justiça amaricana (é assim que se escreve, não é?) nada disto tinha acontecido: ai sim, então vai lá para américa ou para o raio que o parta ingrato do catano!
ah e tal, mas o futebol inglês atrai-me mais e não tem nem metade desta sujidade, destas polémicas e tal...: ai o benfica não te serve, não, meu vendido? só pensas no dinheiro. já não há amor à camisola.... no meu tempo é que....

coisas que eu adoro nos portugueses. bom, pelo menos nos portugueses.

não conheço bem o mundo, mas por incrível que pareça além de já ter ido a alguns países (poucos, é certo) conheço, porém, pessoas que nasceram noutros países que não o nosso e que falam, nalguns casos, uma língua que não é a nossa.

e vai daí, estive aqui a tentar pensar o melhor que posso e cheguei à conclusão que não conheci povo mais nariz empinado com o uso da língua estrangeira por outrem que o nosso.

uma pessoa pode esgalhar umas palavrinhas em inglês, pode ir lá fora, à inglaterra por exemplo, e safar-se na boa sem passar fome, mas se houver um português ao lado, é certo que seremos gozados porque nos escangalhámos todos a pedir um simples hot dog. ou porque não aspirámos o agá, ou porque dissémos óte-dogue, plize e o que deveríamos dizer era outra merda qualquer, ou porque outra merda qualquer também.

todas as pessoas do mundo (desde que portuguesas) falam «estrangeiro» melhor que uma pessoa qualquer que seja apanhada a falar uma língua qualquer estrangeira. quer seja ele o saramago, o sócrates, o «mon ami mitterand», o barroso, o mourinho ou o rónaldo (tem acento no ó, não tem?)

somos realmente os maiores. que não haja dúvidas nisto. mesmo que a comunicação tenha resultado, não chega, deveríamos ter falado, como se fossemos ou ian mckellen. mesmo que só estivéssemos a apontar para o nosso cigarro e a pedir lume.

já se for o oposto, somos todos uns queridos: somos queridos para o mortimore, para o robson, para a senhora moldava que nos limpa os pintelhos do bidé ou aquele gajo que esteve casado com a alexandra lencastre.

agora com os que arranham estrangeiro.... 

segunda-feira, outubro 18, 2010

cheira a bertrand



nem a barata da avenida de roma (quer a antiga «ó shôr barata, já chegou o livro do pedro almiro neves?», quer a actual); nem a lello da rua do carmo; nem a portugal um pouco mais acima (que tinha revistas de formula um no primeiro andar, ali junto de umas prateleiras que estavam na janela que dava para o pilar do elevador de sta. justa); nem a buchholz (onde nunca me senti à vontade, confesso), nem a sá da costa (que parece que cheira a casas mortuárias); nem os alfarrabistas que eu tanto adorava (o do largo trindade coelho, da nova da trindade ou o da calçada do carmo (que teve o guia de lisboa em segunda mão, muito antes da feira da ladra)), não, nenhuma destas. a livraria de lisboa que tem o melhor cheiro de todó sempre e o mantém o inalterado desde os últimos, pelo menos, 28/30 anos, é mesmo a bertrand do chiado.

e perdoem-me a veleidade mas é um cheiro do caraças! cheira a antigo: cheira ao papalagui, cheira aos mishima, cheira aos richard bach, cheira ao sul de nenhum norte do buckowski, cheira aos principezinhos desta vida.

eu não quero ser ingrato e cuspir no prato da sopa, mas as fnacs não têm cheiro nenhum de jeito, pois não? 

tangas que podem ser aplicadas em reuniões de amigos e que ninguém, no seu mais perfeito juízo, se dará ao trabalho de contestar: ponte salazar

«um conhecido meu, com quem já não contacto há muitos anos, foi o primeiro a passar a ponte com uma roulote atrelada ao seu carro.»

tangas que podem ser aplicadas em reuniões de amigos e que ninguém, no seu mais perfeito juízo, se dará ao trabalho de contestar: sousa tavares



«sabem, o meu patrão, quando comecei a trabalhar em puto,  foi o gajo que fez um estribo, assim com as mãos, para ajudar o sousa tavares a subir para cima da guarita do largo do carmo»

tangas que podem ser aplicadas em reuniões de amigos e que ninguém, no seu mais perfeito juízo, se dará ao trabalho de contestar: hopper



«sabem, tenho um tio que quando emigrou para a américa trabalhou para o filho do senhor que está de costas nos falcões da noite»

domingo, outubro 17, 2010

é uma recepção tropical

no sitio onde faço ginástica1 há uma das senhoras da recepção tem por hábito chamar as pessoas à «recessão». bem sei que é brasileira e acredito que isso «desculpe»2 alguma coisa. Mas, mesmo assim, dá-me vontade de rir quando a ouço, pelos auto-falantes, «pede-se ao paulo brito da manutenção, o favor de dirigir-se à recessão».

dá ideia que com a crise, o estado chama, uma a uma, as pessoas, para lhes anunciar que estão oficialmente em recessão. e fazem-no ali, na recepção lá da coisa3.

1 parece que agora fica mal dizermos que andamos num ginásio.
2 desculpa uma ova!
3 ver nota 1. 

quinta-feira, outubro 14, 2010

10, 12, sei lá 15? 15 anos depois? será?

a aramis voltou a comercializar o new west. que saudades do catano, meu deus! estou em transe desde a hora do almoço.


(eu nem sonhava que tinha tantas saudades daquele cabrão!)


«um dia vestido,
de saudades vivas...




nota: nem esta canção me recorda o perfume, nem o perfume me recorda alguém com esta canção. acontece é que, por ter pulverisado a mão esquerda - tão parvo, deveria ter besuntado era o corpo todo - sinto-me mesmo vestido de saudades vivas.

terça-feira, outubro 12, 2010

salva-se o bennett. sempre!


sério, a culpa não é «vossa» nem «nossa», é mesmo minha. é o que acontece quando fico mais longe da net e mais perto do mundo. fico com vergonha, sabem?

vergonha do que escrevo aqui, vergonha do que leio por aí, vergonha do meu reader, vergonha dos comments, vergonha do facebook, vergonha de sermos pequeninos, vergonha de nos julgarmos pequeninos, vergonha de nos julgarmos grandes...

vergonha deste post*, assim, simples, bonito, perfeito. uma coisa que nos (me) identifica tão bem. vergonha de quando digo mal. vergonha das coisas que digo bem...

vergonha do que me ralo, vergonha das coisas com que as pessoas se ralam. vergonha do futebol, vergonha da religião do futebol, vergonha da política e do seu beco sem saída...
 
isto passa-me, não liguem.

* é um elogio, ok?

sexta-feira, outubro 01, 2010

já alguém reparou que...

...isto existe?

(eu já vi e tudo.)

(babei-me, confesso.)

dizem-me....

... que virei de lá diferente.

(tenho dúvidas. vim diferente - diferente, diferente também não, mas pronto... diferente, ok! - foi, sim, lá do outro lá.) 

tive que tirar aquilo do reader...

... porque às tantas... cansa.

anos 80

this is england 86

há realmente coisas bem feitas: uma cena que vi lá na série e que me deixou tão, mas tão, à nora que 12 horas depois ainda não me recompus.




(há actores, argumentistas, realizadores e coisas assim tão, mas tão, bons que até faz impressão!)


(e ando a pensar que se calhar é melhor andar na net à procura de fotografias, assim, dos bastidores - em que depois eles aparecem já com cortes de cabelo e roupas actualizados, sabem? - e dos meiquingue ofe, para conseguir, pelo menos, uma em que apareça o actor que faz de pai e a que faz de filha, assim, agarrados e em amena cavaqueira... é que doutra forma não vou lá. não vou mesmo)