segunda-feira, outubro 31, 2005

Top 6

Em conversa com uma amiga (és minha amiga, não és?), decidimos, muito ao jeito do Nick Hornby, fazer um post com o Top 5 das nossas músicas favoritas de sempre. E eu, tudo bem, vou juntando esta e aquela, e tal, e começo a fazer uma lista.

Como não consigo dar uma ordem à coisa, vou escrevendo as que me vêm à cabeça.

- Thunder Road (Bruce Springsteen), na versão do “Live 75-85”
Ouvi-a a primeira vez na noite de 30 de Outubro de 1986, quando passei a noite a gravar uma emissão da Rádio Cidade que transmitiu integralmente, aquele quíntuplo LP. Recordo-me que o dia seguinte era um Sábado e foi a primeira vez que fui vender para a Feira da Ladra. E já nessa manhã, essa musica não me saía da cabeça. Mas tem de ser nesta versão. Na de 1975, ao vivo, só com o som da harmónica e com o piano do Roy Bittan. Maravilha!

- Heaven (The Rolling Stones)
É do Tattoo You. Para mim será sempre a terceira do lado B. O melhor lado de sempre de um disco dos Stones, um lado fantástico que tem também o Worried About You, o Tops, o Waiting on a Friend e o Ain’t no Use in Crying.

Apesar de muito trabalho de estúdio, a voz do Jagger, sempre naquele irrepreensível falsete, está soberba. E esta faixa tem uma letra que puxa logo um ganda pirafão. É sexo puro e duro. É muita língua, é muita saliva. É Stones, pronto!

- Boys of Summer (Don Henley)
Vinha numa cassette de que uma amiga me deu que tinha o Hotel Califórnia, o Wasted Time, o I Can’t Tell You Why, o Boys of Summer e terminava com o Broken Wings dos Mr. Mister. Mas aqueles acordes iniciais de guitarra, aquele ritmo das baquetas a baterem no rebordo dos tambores da baterias, aqueles sons a imitarem as gaivotas. Ui, passo-me completamente!

- Brass in Pocket (Pretenders)
Sou fã, da cabeça aos pés da Crissie Hynde. É das poucas gajas de jeito do rock. Tem muita pinta – sem ser gira -, é morena, fica bem de guitarra e de ténis Converse (apesar de com ténis daqueles cheirar de certeza a chulé) e diz asneiras. Adoro a parte em que ela diz: Gonna use my, my, my ‘magination…

- So Long (Fisher’s Z)
Recorda-me o programa da Comercial, apresentado pelo Júlio Isidro, a Febre de Sábado de Manhã (que era transmitido do cinema Nimas), o primeiro programa que me fez passar a ouvir rádio – mais ou menos na mesma altura do Pão com Manteiga.

E faz-me lembrar também o primeiro concerto que eu não pude ir ver. Precisamente um Febre de Sábado de Manhã especial, transmitido do Estádio de Alvalade, com a presença, além dos Fisher’s Z, dos UHF, dos Táxi, eventualmente dos Iodo, dos Grupo de Baile, provavelmente os CTT, os Salada de Frutas (ainda com a Lena de Água) quando ainda eram futuristas ou o António Variações e mais um porradão de gente boa. Lembro-me ainda que o bilhete para esse concerto custava 300$00.

Se estiverem, comigo no 2001 e passar esta música, é escusado falar comigo. Eu estou a fazer carreirinhas (como quem apanha ondas) ao som daquela batida.

- Bette Davis Eyes (Kim Carnes)
Fazia parte do Jackpot 81, o primeiro disco do resto da minha vida. Aquela voz, rouca, mas sem ser roufenha. Passo-me com esta música, passo-me mesmo a sério.


E facilmente chego às cinco, seis músicas.

Mas depois olho para esta lista e começo a pensar onde é que posso enfiar o Rock & Roll dos Led Zepellin (os melhores 3 minutos e 34 segundos da história do Rock); o Family Snapshot e o Here Comes the Flood do Peter Gabriel; o At My Most Beautiful e o Perfect Circle dos REM; O If Leaving Me is Easy e o Together Again do Phill Collins; o Left in the Dark da Barbra Streisend; o Landslide e o Beautifull Child dos Fleetwood Mac; o Love and Regret dos Deacon Blue; o Say What You Want dos Texas; o Taken In dos Mike and The Mechanics; o Shake the Desease dos Depeche Mode, o Total Eclipse of the Earth da Bonnie Tyler, o Natural Woman da Aretha Franklin, o Just the Way You Are do Billy Joel, o Two Out of Three Ain’t Bad do Meat Loaf; o Wasted Time e o Pretty Maids All in a Row dos Eagles; o That Was Yesterday dos Foreigner; o When Your Heart is Weak dos Cock Robin; o One of these nights dos Eagles (gonna find out, hum fa-fa-fa-find out); o Creep dos Radiohead; o Downstream dos Supertramp; o Everybody Wants to Rule the World dos Tears For Fears, o Lately do Stevie Wonder, o Tonight is What it Means to be Young dos Fire Inc.; o Lobo Hombre en Paris dos La Union; o Run Baby Run da Sheryl Crow ou o Send Her my Love e o Open Arms dos Journey, entre outras, entre muitas outras mesmo!

Pois, parece que Top 5 não é suficiente.

E isto sem contar com as musicas brasileiras que são realmente um mundo à parte.

Wild Thing



Se eu fosse gaja, não encontrava nada mais sexy e cool, do que ouvir o Jimmy Hendrix a cantar, naquela parte em que diz: wild thing, I think you mooooove me.

Si, cariño!

Quando o meu cunhado instalou a primeira parabólica em sua casa e me começou a mostrar os canais que conseguia sintonizar, apresentou-me um, da tv polaca, em que nos filmes, era sempre o mesmo gajo que fazia as dobragens para todos os personagens: quer fosse homem, mulher, crianças, velhotes, … tudo. Chegava ao ponto de dobrar as vozes dos animais.

Lembrei-me desta história enquanto fazia o meu zapping final antes de desligar a televisão para me deitar. No canal Viver já não está a dar o auto-negócios. Estão a dar aquelas cenas em que o pessoal fala em espanhol (mas no mundo inteiro, só se dão brelaitadas nas gajas a falar espanhol?) e reparo que o gajo que dobra os homens é sempre o mesmo (o tal que diz: Chupa-mé-lo, pequeña!) e tem sempre uma voz muito grave e grossa e, a gaja que faz as dobragens das meninas (a tal que diz: Vamos cambiar de postura, que me gusta valiente, cariño!) tem sempre a voz muito nasalada e sintonizada no som “êêêêhhhhhhhhhh”.

Devem ser modas…

Seportein

É uma 1h42 na noite, na RTP Memória, jogam Boavista contra o Sporting. O jogo é do ano de 1993.

Os leões são treinados pelo Bobby Robson (o melhor treinador que passou por Portugal, durante a década de 90), o Manuel Fernandes e o José Mourinho (o melhor treinador do Mundo, do século XXI) e têm nas suas fileiras Peixe e Paulo Torres (dois dos três melhores jogadores do Campeonato do Mundo de Sub-19 de Lisboa), Luís Figo, Paulo Sousa, Capucho, Cherbakov, Balakov, Iordanov, Valcks, Juskowiak, entre outros. Neste jogo do Bessa, perderam por 2-1.

Continuo a não perceber como é que esta equipa não foi campeã nacional.

Pedragulhos



A razão porque não fui ver os The Rolling Stones a Coimbra, prende-se com o facto de já os ter visto em 1990 e em 1995 (este último um dos concertos da minha vida, até deram o Gimme Shelter, porra!) e do Brigdes to Babylon ser mesmo, o pior disco deles.

Os The Rolling Stones (atenção que aquele artigo definido, o The é importantíssimo, ok?) são a minha banda favorita de sempre. Umas vezes com mais frequência, outras mais raramente, a verdade é que volta e meia pego na minha pastinha dos discos dos Stones (escolho assim uns 10 ou 12) e espeto com eles no carro, donde não saiem durante umas boas 2 ou 3 semanas.

Apesar de terem passado uma meia dúzia de anos sem darem uma prá caixa, quando eu menos esperava, aquela cambada de jimbras, lembra-se de ganhar juízo criativo, e mandam cá para fora um dos seus melhores discos das 3 últimas décadas. Mas, à confiança do amigo, ok? É mesmo bom. Confesso que a principio não estava com muita vontade de ouvi-lo, porém as críticas eram tão boas (imaginem, até os gajos da revista Blender gramaram o disco) que eu me vi na situação de comprar o cd. A verdade é que o meu cunhado se antecipou, comprou-o e, assim que tive oportunidade, pirateei logo a coisa.

E pronto, finalmente pus as orelhas a escutar o A Bigger Bang. Ouvi, ouvi e re-ouvi e não me cheirou lá muito bem. Mas a minha irmã, que tem a sabedoria dos velhos, disse-me logo: “Não gostaste? Toininho! É porque não estás a ver bem a coisa, mas vais ver que a seguir já gostas” E pronto uma semana depois voltei a ouvi-lo, assim como não quer a coisa, e realmente, bom, realmente a coisa é mesmo boa.

Os The Rolling Stones, são mesmo um caso à parte. Não se esqueçam que este é o trigésimo e tal álbum de originais. É muita música, é muito ano, é muita droga naquelas veias, é muita gaja comida (Bom, quer dizer, a Marianne Faithfull, foi a chamada geraldina. Deu numa de poupanças e para salvar a média, rodou por todos os 5).

Chegarem a este disco com esta qualidade não é para todos. Estes tipos ainda têm o melhor vocalista de rock da actualidade (já nem o Bono consegue fazer falsetes como o do Streets of Love) – porque o Robert Plant já perdeu a voz toda –, têm o melhor guitarrista de rock and roll/blues – porque o Jimmy Page não arranja uma banda decente para tocar desde aquela tournée com os Black Crowss - e têm aquela secção rítmica que não ficou nada abalada com a saída do Billy Wyman, porque o Daryl Jones é um baixista que se entende às mil maravilhas com o Chalie Watts.

Parece que nesta tournée o concerto em Portugal é no Estádio do Dragão. Pois, para ir ver o meu clube eu não tiro o cu do sofá, mas para ir curtir ao som dos velhotes, parece que vou ter de largar umas lecas valentes. Ainda por cima – já andei a cuscar na net – a set-list inclui o She’s so cold e o Live with me, imaginem só.

Vai ser sempre a rasgar.

My name is Mode, Depeche Mode



Demaneirasqueéassim, quanto mais eu ouço o Playing the Angel, mais eu sinto a falta do Alan Wilder nos Depeche Mode.

Mas tudo bem, eu sinto que o problema não é deste disco, o problema é mesmo meu.

Se for ver bem as coisas, quando o Vince Clark saiu em 1983, já eu apanhei uma decepção do caneco. Logo na altura que tinha aprendido a tocar, no órgão lá da igreja, o
tan-tantaram,
tan-tan-tan-tan tantaram,
tan-tan-tan-tan tantaram,
tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan
dos primeiros acordes do I just can’t get enough, o gajo dá de frosques?

Nah, cheirou-me logo a esturro. A coisa não podia ficar lá muito bem. Mas a verdade é que ficou, e até melhorou. Uns anos depois, fizeram o Some Great Reward que eu até considero um dos meus discos favoritos dos Depeche Mode. Porquê? Bom, todos nós sabemos que os DM são um grupo de sons, de barulhos. Barulho da respiração, do coração a bater, de pratos a rodar até cair no chão, de pessoas a fungar, de martelos a malhar no ferro, etc. E eu acho que esse disco é o que apresenta o melhor equilíbrio entre os tais barulhos e um bom conjunto de canções. Já o Playing the Angel tem barulhos do mais irritante possível.

Depois, qualquer bom disco que se preze dos DM, tem de ter pelo menos, duas musicas que possam passar na rádio (assim numa comercialona, tipo RFM) e numa discoteca para um gajo dançar, como o People are People ou o Master and Servent e pelo menos uma em que se acendam isqueiros durante o concerto, como o Somebody. Ora o Some Great Reward tem isso tudo. E tem muito mais. Pessoalmente, já o referi, é o disco dos DM que eu mais gramo.

E perguntam vocês, então e o Music for the Masses e o Violator? Pois, é que esses são tão bons que não precisam de defesa. Um disco que em 8 ou 9 músicas, tem aí umas 6 que deram (ou dariam) Top 10’s, não precisa de defesa. Aliás, o facto de eu ainda estar à espera que surja um Violator II, como quem espera pelo D. Sebastião, é um dos meus problemas para não conseguir gramar decentemente qualquer disco que tenha surgido depois de 1989. Enquanto o Dave Gahan teve aqueles RayBan à la Jack Nicholson, a coisa ainda se foi aguentando, mas depois, deixou crescer a guedelha, meteu-se a injectar droga naquelas partes do corpo onde anda o sangue e quase que lhe deu o badagaio.

O Songs of Faith and Devotion, ainda foi um bom disco (aquele Walking in my shoes, o Judas ou o Condemnation, jogavam em qualquer disco da Liga dos Campeões). Mas o Ultra, o Exciter e este agora, são francamente fraquinhos. Quero acreditar – e acredito – que é pela ausência do Alan Wilder. Mas isto sou eu que o digo. Para mim, era o elemento nivelador do grupo. E a sua saída foi a segunda forte decepção que estes gajos me deram. Ele era o Makelele da banda. Se o David Gahan é o gajo que está lá à frente a marcar os golaços e o Martin Gore é o Zidane que cria aquelas jogadas fabulosas, o Alan era o Makelele. Era o responsável por segurar as coisas lá atrás e fazer a transposição da bola lá para a frente. Mas isto sou eu a falar. Eu que sou parvo e gosto destes gajos à minha maneira.

A terceira e última decepção aconteceu em 1993, após o concerto, no bar 24 – actual Mão e ex-Gringo’s – onde vi o Martin Gore a mamar os canecos. Cheguei-me à sua beira, ele sorriu para mim e foi então que vi que tinha uma cremalheira tão suja (assim, tipo Miguel Portas) que dava a ideia que tinha acabado de se refastelar com uma pratada de chocos com tinta. Tive de fingir que fui cagar e saí dali a sete pés.

E demaneirasqueéassim, à pois é, eu estou-me para aqui a queixar, mas a verdade é que há já 2 meses que tenho o bilhete para o concerto, não é? E é certinho que vou estar mesmo lá à frente a abanar o capacete, a acender isqueiros no Freelove (agora acho que a moda é ligar os telemóveis), a abanar os braços no Never let me down e a amparar o rabinho das gajas que vão desfalecendo (com carinho, ok?) à medida que o David for abanando a peida, vestido com aquelas Levi’s 501 brancas, que usou no 101.

terça-feira, outubro 25, 2005

Sebastião come tudo, tudo, tudo

O Sebastian Loeb ganhou todos, repito todos os troços do Rallye da Córsega. Daaaaassse!!!!!

O Factor V.I.P.

A propósito de mais um "post de categoria" que só esta chavalita consegue fazer, pus-me a pensar nas famílias das minhas namoradas e na forma como me "acolheram".

Escolhi a palavra acolheram porque mais cedo ou mais tarde, acabamos por ir jantar em casa delas, por ir ao casamento dos seus irmãos, por ir ao baptizado dos seus sobrinhos, por ajudar nas mudanças dos cunhados, etc.

E passando em memória as famílias das meninas da minha vida, tenho de afirmar que não me posso queixar muito. O chamado Factor VIP (Vem Incluído no Pacote), à excepção de um ou outro caso, sempre me foi bastante favorável e sem grandes razões de queixa. Os pais delas sempre me trataram como se eu fosse filho deles.

Do meu lado, os meus pais sempre tiveram um sentimento uniforme em relação às catraias que apareceram lá em casa, atreladas à minha mão. Ou seja "coitadas das miúdas que o têm de aturar". Por isso os meus pais - mas principalmente a minha mãe que me aturou bem mais que o meu pai - sempre mostraram muito carinho e amizade por elas, sentimento esse que foi sempre preservado, para além dos finais dos namoros. Continuam(os) amigos, sem duvida.

A coisa funcionou sempre de uma forma pragmática e também muito prática. Por isso, quando eu fui viver com a minha mulher, não houve nunca aquela conversa, que eu julgava que iria ser contrangedora "mãe, pai, eu vou sair de casa!". Foi tudo muito mais simples. Quando levei a miúda a conhecer os meus pais, a minha mãe que topou que eu lhe iria dizer qualquer coisa, simplificou logo tudo e, à despedida, já prevendo o suplício de vida que a minha mulher iria ter dali para a frente, entrega-lhe 4 bifes e um pacote de Skip. Como quem diz, "Toma lá para aliviar as vossas despesas alimentares e tem lá paciência com as meias e as cuecas do gajo!"

segunda-feira, outubro 24, 2005

Bentinho

Não, não vou escrever sobre o nosso Santo Padre. Hoje vou mais uma vez ao baú das memórias, para recordar os meus tempos na Escola Secundária Rainha Dona Leonor.

O maior rival do Rainha era o Padre - ou seja a Escola Secundária Padre António Vieira - e por alturas do Carnaval, era habitual aparecerem lá à porta do Rainha, para uns lançamentos de ovos. Estas actividade era bastante lúdica e proporcionavam "alegres convinvências" entre as duas escolas. Tudo muito querido, portanto.

Noutras alturas, o pessoal do Padre aparecia lá pela escola para fazerem uns desafios de futebol contra a selecção do Rainha. Mais uma vez, o Rainha era pródigo em levar grandes arreais de futebol e pancada da selecção de futebol do Padre.

Lembro-me muito bem que havia nessa selecção do Padre, um miúdo bem mais novo que os outros jogadores que corria meio amarrecado e com os braços meio abertos, mas que tratava a bola mesmo por tu. Era um craque dos diabos e apesar do aspecto de chavalito, era o principal responsável pelas valentes goleadas que o Padre infligia à nossa escola.

Chamavam-lhe Bentinho, era odiado por todo o pessoal do Rainha, esta semana chegou a treinador principal do Sporting e eu espero profundamente que o meu clube me vingue e lhe aplique umas boas goleadas.

Estações



Definitivamente, eu não gosto do Outono nem da Primavera!

Não me venham cá com coisas que as folhas das árvores com as cores assim e assado, com os campos verdes e o caneco. Não, é escusado. É que um gajo não sabe nunca o que há-de vestir com um tempo destes, não é?

Que gaita, pá! Para mim, quer o Outono quer a Primavera são uns coninhas. Não se afirmam nem para o frio nem para o calor. Que gaita, mas então em que é que ficamos.

Ora está frio de manhã e depois fica um calor do caraças à tarde ou começamos com um sol radioso e acaba a tarde com uma chuvada diluvica. Nah, não tenho paciência para tempos destes.

Fique o Sol e o calor ou venha a chuva e o frio, mas porra, decidam-se tá bem?

Centros açucarados

Mau, mau! Eu já estava à espera.

Mas então os jornais de ontem falavam nos centros açucarados do Nélson e hoje não falam dos centros açucarados do Quaresma?

sexta-feira, outubro 21, 2005

Mandatários



Ontem apanhei uma desilusão do caneco.

É que pensei que o Cavaco Silva é que era o mandatário nacional da candidatura do João Lobo Antunes e não o contrário.

Oh, Diabo!

quinta-feira, outubro 20, 2005

Separados à nascença?

Para os meus amigos e amigas da Pluri:

O Córdoba do Inter de Milão está cada vez mais parecido com o Albano.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Senhor doutor

No escritório, recebo uma chamada de uma senhora que quer apresentar a sua empresa:
- Boa tarde, estou a falar com o senhor Dr. Pedro Jaime?
- Mais ou menos. Está a falar com essa mesma pessoa, mas sem o Dr. no início.
- Ah, compreendo. Senhor Dr. Pedro Jaime eu gostaria de marcar uma entrevista consigo para fazer a apresentação da nossa empresa.
- Peço desculpa, mas gostaria que não me tratasse por doutor. Não sou doutor. Trate-me apenas por Pedro.
- Muito bem. Diga-me então, Dr. Pedro Jaime, em que dia e hora lhe daria mais jeito.
- Já lhe disse que não sou doutor. A sua empresa é de quê?
- É de artes gráficas, senhor doutor.
- Menina electricista, estamos bem servidos nessa área e não queremos mudar.
- Electricista? A nossa empresa é de artes gráficas, não é de electricidade.
- É como lhe digo, menina electricista. Estamos bem servidos. Não quero receber nenhuma visita vossa.
- Mas eu não sou electricista.
- E eu não sou doutor.
- Aaaah. Não?
......

Desliguei, quase com estrondo.

Cão Pino!

Sabem aquela cena Pintodacostiana de gostar de mostrar a todo o mundo que qualquer treinador (Robson, Mourinho) ou jogador (Kulkov, Maniche, Deco, etc.) rejeitado ou enjeitado pelos clubes da capital, podem ter sucesso no FCP? Sabem?

Pois eu tenho medo que o Pinto da Costa se lembre de ir buscar o Peseiro no final (ou no Natal, não é?) da época.

Ai, é melhor é estar calado.

Tadinho do menino!

Alguém me consegue explicar porque é que o Bruno Alves só apanhou dois jogos de suspensão?

Porque é que ele teve uma suspensão idêntica a quem é expulso, por discutir um lance com uma cotevelada, por exemplo?

Não tenho paciência para este nacional porreirismo. Este "não podemos crucificar os jogadores" ou o "não nos podemos esquecer que tudo aconteceu no calor do jogo", faz-me subir as paredes. Chamo a isto falta de tomates dos juízes.

É que não estamos a falar só da cabeçada. É preciso não esquecer do lance (ou lances) que antecederam a cabeçada). Aquilo é uma cena do mais «futebol distrital» possível. O gajo quis simplesmente foder uma perna (ou as três pernas, mesmo) ao Nuno Gomes. Como quem diz, marcaste-nos dois golos, toma lá que é para aprenderes! Se aquilo fosse num jogo de futebol lá da minha rua, acrdita, menino Bruno, que tinhas levado um enxerto de porrada do pessoal todo (ciganos incluído).

Bruno Alves, tu ,como o Amoreirinha aqui há uns anos ao serviço da nossa selecção, és um cabrão!

terça-feira, outubro 18, 2005

Ser anti qualquer coisa

Já o disse mais que uma vez, o meu clube é o Porto. E não sou de mais nenhum, Nem sou anti nada. Estou-me, mais ou menos, marimbando para os resultados de todoas as outras equipas.

Faço aqui um parêntesis para dizer que as minhas raízes clubísticas estão mais fixadas noutro clube, no Vitória Clube de Liboa. Agremiação (andei que tempos para conseguir utilizar esta palavra num post) do meu bairro natal, a Picheleira, onde cheguei a jogar (ao mais baixo nível, diga-se de passagem) e a única por quem sofri, gritei e vibrei com veemência, em dezenas de jogos quer em casa, quer fora.

No entanto, para as competições europeias e mundiais (desculpem, para estas últimas só tem jogado o FCP, he he) o meu clube é Portugal e todas as equipas portuguesas. Não me venham é pedir para aplaudir os golos do Benfica contra o Villareal ou contra o Lille. Não, isso não faço. Mas fico contente que ganhem, pôrra! O que não fico é triste se perderem. É para o lado que melhor durmo..

É pois por isso que me chateia saber que o Simão e o Petit andaram a gritar "Yes, yes!" no bar do hotel Solplay (local onde não se deve andar a gritar), quando o Porto encaixou o terceiro golo do Rangers (o tal do Prso sobre o Baía). E ainda por cima, como bons conhecedores das regras do desporto que praticam, diziam, novamente alto e em bom som, que o golo era mesmo válido.

O que mais me chateia ainda é que estes procedimentos não saõ exclusivos dos jogadores do Benfas, são apanágio dos jogadores de todos os clubes nacionais, sem excepção. Os mesmos jogadores que depois se abraçam cheios de "carinhos", antes e depois dos jogos de futebol.

Hipócritas!!!!

segunda-feira, outubro 17, 2005

Eu show Nico!

Confesso que gosto do Nicolau Breyner. Pronto, não sei, acho o gajo fixolas.

É simpático, é bom conversador, de vez em quando tem piada, está sempre a contar histórias porreiras, etc.

Agora não me venham dizer que o gajo é bom actor. Isso não. Acho que faz sempre o papel de Nicolau Breyner. Olho para qualquer personagem que ele interpreta e só me lembro do personagem Nicolau Breyner.

Noutro dia, vi num programa a Marisa Cruz a entrevistá-lo (reparem só no verbo, ela estava entrevistá-lo. não estava a fazer trabalho de manequim ou de assistente de concurso televisivo. Houve alguém que achou que ela poderia ter um programa de entrevistas. fantástico!) e disse-lhe que o considerava o Robert de Niro português. Fiquei estarrecido!

Mercado em ascenção

Juntamente com as almofadinhas para o cu, as bandeiras, os cachecóis, as bifanas, os coiratos ou as minis, sugiro que haja à porta dos estádios, barraquinhas que vendam lenços brancos.

É que achei confrangedor, ver adeptos do Porto e do Sporting, acenar aos treinadores com folhas de papel A4 (nem sequer eram A3, ok?).

Aliás, foi por isso que o Co não viu os lenços brancos, ele viu foram bocados de papel. Está certo!

Quinje a Jero!



No dia 29 de Abril de 1991, tinha 22 anos, dirigi-me à cidade do Porto, para iniciar o meu Serviço Militar Obrigatório. As semanas que antecederam essa data foram passadas com alguma tristeza, por saber que me ía afastar da minha família, da minha namorada, dos meus amigos, etc. No entanto, tinha uma pontinha de curiosidade em saber como seria contactar com gente do Porto. Como é que era estar num meio onde, por ser Portista, não faria parte de uma minoria, assim, pequenina. E assim foi.

No entanto, e para cúmulo da ironia, um dia antes, o Benfica foi jogar às Antas e, em 4 minutos, pôs o César Brito a espetar dois secos no galinheiro do Vítor Baía. Ainda para mais esse jogo decidiu o título de 1990/1991 para o Benfica. Foi a estocada final.

Como devem imaginar, naquele quartel, e durante os 3 meses que lá vivi, passei o tempo a ouvir o pessoal encarnado a gritar, "César!", ao que logo de seguida um grupo respondia em coro "BRITO! BRITO! BRITO!". E nós, os portistas, sempre de orelhas murchas.

Ora, para um Portista nado e criado em Lisboa, não é propriamente o sonho de uma estadia na terra do seu clube, não?

Ainda por cima, essa vitória é uma das bandeiras que os benfiquistas utilizam, quando me querem azucrinar o juízo: "Olha lá, lembras-te do César Brito?". E de nada serve retorquir com os 5-0 na Luz para a Supertaça, ou para as vitórias do tempo do Jardel ou do Mourinho. Nada disso serve. Só falam no raio do César Brito.

Vem isto a propósito da derrota do meu clube contra o Benfica neste fim-de-semana. Com tanta coisa que aquele jogo teve de negativo, vejo também ali, naquele insucesso algo de positivo. Quero acreditar, duma vez por todas que vou deixar ouvir falar no César Brito. A partir de agora vou passar a escutar "NUNO GOMES".

Enfim....

terça-feira, outubro 11, 2005

Há dois anos...



... mais coisa menos coisa, entrei finalmente num Le Corbusier.

Cariñito, obrigado pela dica!

Mini-férias em imagens

Quinta das Lágrimas

Costa Nova

Palheiros da Tocha

Torreira

Poço do Inferno

Pinhão
Douro
Douro
Douro
Mateus
Mateus
Mateus

Pizzaria Bruno André

Há cidades que nos ficam entranhadas no corpo pelas mais diversas razões: ou porque têm edifícios majestosos, ou porque têm vistas magníficas, ou porque têm (ou tiveram) bares e discotecas com um grande ambiente, ou porque lá mora (ou morou) alguns dos nossos melhores amigos e amigas (e outras coisas que tais), etc, etc, etc.

Coimbra reúne todoas essas coisas e mais algumas: tem (nalguns sítios) a melhor cerveja preta de Portugal e tem a melhor pizzaria do mundo. Estou a falar da cerveja Onix e da Pizzaria Bruno André. Que pizzas fantásticas!

E atenção, meus amigos, esta observação não é motivada pela sorte de num determinado dia, me ter calhado uma pizza porreiraça. Nada disso. É fruto de uma periódica e regular visita,
desde há pelo menos 18 anos, a esta catedral das pizzas.

Fica no Calhabé e é imperdível.

Breakfast Club



Ontem à noite, quando já na cama fazia a minha última volta pelos canais da televisão, deparo-me com um dos meus filmes favoritos de sempre, o Breakfast Club (está ao nivel do St. Elmo's Fire). Apesar de o ter em dvd e de já não pegar nele há muito tempo, deixei-me ficar ali a ver. E claro, adorei!

Para mim, está ali tudo o que diz respeito aos anos 80, os ténis Nike azuis com a onda laranja do Anthony Michael Hall, a pinta e o estilo do Judd Nelson, a betinha do liceu da Molly Ringwald, o blusão do Emilio Estevez, o Don't You dos Simple Minds, uma das melhores musicas de sempre e, claro, a Ally Sheedy. Quando eu voltar a ter 16 anos, quero namorar com a Ally Sheedy do Breakfast Club (e não me interessa que ela more longe cumó caraças!)

Já agora e se não estiver a abusar muito, quando eu tiver 14 anos, quero namorar com a Natalie Portman do Beautiful Girls, ok?

Beatas



E porque já chega sem dificuldade aos cinzeiros do Cascaishopping, descobri ontem que a minha filha prefere as beatas aos cigarros inteiros.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Mini-férias

Coimbra, Figueira da Foz, Quiaios, Tocha, Mira, Aveiro, Vila Nova do Ceira, Loriga, Covilhã, Torre, Manteigas, Seia, Viseu, Castro Daire, Vila Real, Peso da Régua, Pinhão, Tua.

2000 Kilómetros, 5 dias sem a minha filha.

Portugal tem realmente coisas muito bonitas, a minha filha é mesmo um doce!

Alegrias eleitorais

A maior alegria da noite eleitoral de ontem aconteceu em Lisboa: o Santana Lopes (seguramente o pior presidente desde o Abecassis) saiu finalmente da Câmara Municipal!

Noites eleitorais



- O Miguel Sousa Tavares está cada vez mais parecido com o pai.

- A Constança Cunha e Sá é, de longe, a tia com mais pinta de todos os canais da tv cabo (serviço Funtastic Life incluído) (mas o que é que a gaja viu - ou via- no Vasco Pulido Valente?)

- A Inês Serra Lopes além de ser feia (apesar de não ter culpa) e vestir mal cumó caraças (com culpas no cartório), não usa brincos nas orelhas, usa uns baloiços!

Caciques

As vitórias da Fátinha, do Valentão e do Tino (entre outros, entre muitos outros) confirmam duas coisas que eu já desconfiava há muitos anos (muitos mesmo):

- a democracia é apenas o menos mau dos regimes políticos;
- a justiça não é para todos. Se assim fosse, as consultas dos advogados custavam todas o mesmo valor.

terça-feira, outubro 04, 2005

Letss luque et dah treilâr



Como dizia o Miguel Esteves Cardoso no Escrítica Pop, uma das funções da música é preencher aqueles bocados dos filmes em que os personagens não dizem nada. É precisamente sobre esses bocados que me apetece falar hoje.

Há realmente alguns filmes que dá vontade de carregar no botão de avaço rápido de imagem (vulgo fast-forward), só ver aquelas partes mais porreiras. Então agora com o advento dos dvd's a sua visualização tornou-se bastante mais facilitada. Não são raras as vezes em que acordo num Domingo de manhã, dirijo-me para a sala e, enquanto que com uma mão estou ainda a coçar as partes, com a outra, vou controlando com o comando do dvd, para ver aquela cena, daquele filme, que tem aquele som bestial.

Estou-me a lembrar, por exemplo, do Billy Elliot a dançar ao som do Town Called Malice dos Jam; da Rachel Ward com a lagriminha ao canto do olho, a ver o Jeff Bridges a partir, no fim do Against All Odds com o Phil Collins a cantar "How can I just let you walk away..."; da Diane Lane a gritar em plenos pulmões (em playback, claro!) no Streets of Fire "Let the rebels begin, let the fire be started, we're dancing for the restless and the broken-harted"; da banda do Almost Famous a cantar o Tiny Dancer do Elton John, enquanto o Patrick Fugit avisa a Kate Hudson que "I have to go home" ao que ela lhe responde "You are home"; do monólogo da Bette Midler antes do "When a man loves a woman" no filme Rose; do Paul McCrane a cantar "Is it ok if I call you mine?" no Fame; do Maurice e do Gregory Hines a fazerem sapateado ao som do Crazy Rhythm já perto do fim do Cotton Club; do Robert de Niro, do John Cazale, do John Savage, do Christopher Walken e do George Dzundza a cantarem o "Can't take my eyes off of you" enquanto jogavam snooker numa das melhores cenas do Caçador; do Jack Black no High Fidelity a cantar o Let's Get it On; do John Cusack no Say Anything à porta da casa da namorada enquanto segurava um cantante que debitava a altos berros o "In Your Eyes" do Peter Gabriel; do grupo de stripers do Full Monty a dançarem o Hor Stuff na fila do Centro de Emprego; o Keith Carradine a cantar o "Don't get around here much anymore" nos Amantes de Maria e da Cavalgada das Valquírias no Apocalipse Now.

No entanto, os meus momentos musicais favoritos são os do Big Chill: o "You can't always get what you want" tocado no órgão, durante o funeral do Alex; o "Natural Woman" quando a Glenn Close empresta o marido à Mary Kay Place; o "Bad Moon Rising" durante o passeio de jeep; o "Gimme Some Lovin'" durante o futebol americano e o "Ain't too proud to beg" quando estão a levantar a mesa. Adoro.