há uma mania masculina, quase um tique nervoso, quando caminhamos juntos, abraçados - sei lá, quando há uma proximidade com um outro qualquer homem - de deixar ali demonstrado, quase por bula papal, que a homossexualidade não é para ali chamada e que estão na presença de dois belos machos prontos para escavacar a 'gaija' mais desprevenida que lhes apareça à frente.
e mesmo as prevenidas... vai lá vai!
sabem aquela altura da nossa vida em que decidimos fumar tabaco de enrolar porque..... - ora, vocês sabem! - e temos uma necessidade, quase doentia, em informar o mirone que não nos tira a vista de cima, que aquilo «é mesmo tabaco! é de enrolar! isto não é ganza, ok? eu não sou drogado! (deve-se pronunciar drógado.)», sabem? pronto, é quase igual.
lembrei-me disso porque ando a acompanhar, via facebook, a amizade entre dois mancebos e, caramba, quase que me comovo com a forma desassombrada com que pregam aos quatro cantos (e mais uns outros que agora não contabilizei) que gostam um do outro.
é bonito, porra!
(pronto, é isto, vão para dentro! )
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