quinta-feira, junho 02, 2005

Aníbal

Há uns anos em Benidorm, uma história a que assisti juntamente com o meu querido Neves Pinto. Dois casais de portugueses, tripeirinhos de gema, os homens à frente, as mulheres atrás:
— Aníbal.
E o outro nada.
— Aníbal.
E o outro nada.
— Aníbal.
E o outro lá olhou para ele. E então continuou:
— Aníbal de suspensões, o meu Mercedes, dá balentes abádas a qualquer Bê Éme que por aí anda.

Vem isto a propósito de me lembrar de que "a nível" é das maiores poluições da língua portuguesa. Já não há ninguém que a não utilize. Ainda por cima, é uma expressão que pode ser substituída por nada. Rigorosamente nada. Nicles. Népia. Simplesmente não deve usar-se.

Está na mesma categoria poluidora do "é assim". Expressão muito em voga desde o primeiro Big Brother e que todas as pessoas acarinharam, como quem adopta um panda no jardim zoológico.

Lembro no entanto que nada consegue bater o ex-jogador Diamantino. Um dia, ao ser entrevistado no final de um jogo, utilizou por 17 vezes a palavra "portantos". Atenção, ao ter grafado a palavra no plural não estou a cometer nenhum erro de transcrição, foi mesmo assim que ele disse "portantos".

3 comentários:

S.A. disse...

Eheheeeh! ;p

Mãe Pipoca disse...

E que dizer do famosíssimo "prontos"??
Bjs

Teresa disse...

O teu blogue é mais antigo do que o meu, não tinha lido isto. Vou mandar-te uma coisa de que vais gostar. :)

Amanhã, se não te importas. Estou aqui numa luta com uma reunião que preciso de desgravar e são horas, e é preciso partir o ficheiro, e vou dar em doida. There, I sai it :)