não é só por ser ali à porta. não é só por ser pequenina. não é só por ter uns pavilhões daqueles que a gente anda lá dentro a passear e a puxá-los das prateleiras para os folhear apoiados numa credência feita com o rádio e o cúbito esquerdo. não é só também porque tem muitos alfarrabistas que me fazem lembrar logo dele e dos tempos em que, miúdos com poupa sobre a testa, andávamos a excitarmo-nos quando víamos lombadas em pele de livros escriptos assim. não é ainda porque havia lá uma banca com um caixote cheio com, e vou enunciar de cor: four, jackpot 81 (onde tudo começou), rio, can't slow down, amor em maxi, the riddle, hungry like the wolf em maxi single (com uma versão inatingível do careless memories ao vivo), business as usual, from lengley park to..., duran duran (lado a: girls on film, planet earth, anyone out there, to the shore e o careless - tão underrated, deus do céu - a fechar), agent provocateur ou o lexicon of love. mas é porque podes não encontrar o «a criação de canários sem segredos» - edição de 1982 -, mas até encontras o tratado das paixões da alma, a morte do carlos gardel e a ordem natural das coisas.
e porque a noite estava boa e até dava para ir ao santinni ver se ainda havia o doce de ovo com pinhões e tudo. mas já tinhamos repreendido a miúda que hoje não havia rajás para ninguém. e não houve.
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