há cerca de cinco ou seis dias que todas as manhãs abro a torneira da casa de banho e de lá nada corre.
há cinco ou seis dias que aquela primeira hora e meia da manhã é constituída por uma série de sprints à volta de deslocações a balneários, roupa em sacos do continente, pequenos almoços de fingir, entra no carro, sai do carro...
há cinco ou seis dias que o senhor do atendimento da água têm um caso com a minha mulher, já lhe conhecendo a voz e a calma que inusitadamente empresta (odeio empresta) a estas situações.
há cinco ou seis dias que os senhores da água esventram trincheiras e substituem canos, os quais, com uma precisão suiça, rebentam no início da madrugada.
há cinco ou seis dias que eu acho que o que eu ganho já «nem dá para o gasto» em restaurador olex, tal é o número de cãs que vou ganhando à medida que o tempo passa.
há cinco ou seis dias que o pessoal daquela coisa chamada «máquina autárquica» ainda não entendeu que deve pôr mão à coisa.
há cinco ou seis dias que...
apesar de morar onde moro há uns dez anos - e enquanto me for possível - faço questão de votar na minha terra natal. é que, sabem, é sempre bom saber em quem é que votamos (conhecer-lhes as caras, sabem?) por que sabemos onde é que os gajos moram.
(e há sempre um ou outro vizinho que, de picareta - ou pá, como a que o fã tinha no seu bólide - em riste, lidera uma arruada em direcção à casa dessas pessoas em quem votamos. sejam vogais da assembleia de freguesia, sejam o gajo que andou a colar cartazes.)
pré-resposta a eventuais comentários construído à volta das frases «relativiza a tua situação, vê isso pela positiva, pensa nas populações que nem luz têm, pensa na fome em áfrica e nas planícies...»: ide levar com meio quilo de caralho por esses regos do orelho acima, ok?
há cinco ou seis dias que aquela primeira hora e meia da manhã é constituída por uma série de sprints à volta de deslocações a balneários, roupa em sacos do continente, pequenos almoços de fingir, entra no carro, sai do carro...
há cinco ou seis dias que o senhor do atendimento da água têm um caso com a minha mulher, já lhe conhecendo a voz e a calma que inusitadamente empresta (odeio empresta) a estas situações.
há cinco ou seis dias que os senhores da água esventram trincheiras e substituem canos, os quais, com uma precisão suiça, rebentam no início da madrugada.
há cinco ou seis dias que eu acho que o que eu ganho já «nem dá para o gasto» em restaurador olex, tal é o número de cãs que vou ganhando à medida que o tempo passa.
há cinco ou seis dias que o pessoal daquela coisa chamada «máquina autárquica» ainda não entendeu que deve pôr mão à coisa.
há cinco ou seis dias que...
apesar de morar onde moro há uns dez anos - e enquanto me for possível - faço questão de votar na minha terra natal. é que, sabem, é sempre bom saber em quem é que votamos (conhecer-lhes as caras, sabem?) por que sabemos onde é que os gajos moram.
(e há sempre um ou outro vizinho que, de picareta - ou pá, como a que o fã tinha no seu bólide - em riste, lidera uma arruada em direcção à casa dessas pessoas em quem votamos. sejam vogais da assembleia de freguesia, sejam o gajo que andou a colar cartazes.)
pré-resposta a eventuais comentários construído à volta das frases «relativiza a tua situação, vê isso pela positiva, pensa nas populações que nem luz têm, pensa na fome em áfrica e nas planícies...»: ide levar com meio quilo de caralho por esses regos do orelho acima, ok?
1 comentário:
A mim também me irrita o "empresta" :P
Mas também há tanta coisa que me irrita que o próprio facto de me irritar já me irrita!
Gostei deste blogue. Conto voltar e lê-lo com mais vagar (vagar é antiquado, mas eu gosto porque me lembra uma senhora que me acompanhou na infância).
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