quinta-feira, setembro 30, 2010

coisas que recomendo qualquer homem que se preze

almoçar num shopping com a caderneta da hello kitty fashion (tem que ser a fashion. a outra não dá) esparramada ali ao lado do tabuleiro. 

é giro.

se há coisa que provoca sentimentos díspares é uma caderneta daquelas:

- as meninas pequeninas olham-nos com um ar de: «ena, ganda pinta!
- as outras meninas, mais grandinhas, olham já com aquele ar pragmático de «eh pá, tenho que ir comprar aquilo para a miúda. onde é que o gajo terá comprado?
- há umas outras meninas, também grandinhas lá está, que fazem um ar de «ohhhh, que querido... comprou para a filha, na certa. que querido!» sem imaginarem que necessitei de escrever num papelinho o nome da caderneta (perguntando primeiro se era a única caderneta da kitty que havia para não me enganar), industriado pelas informações da minha mulher.
- há depois os gajos que nos olham com aquele ar de «traidor! não tinhas nada que comprar isso. são tarefas delas, porra! andas a fazer recados para a mamã, andas?»
- e finalmente, 90% dos homens olham com aquele ar de «olha-me para aquele paneleirão!»

é a tal cena do method acting, percebem?

oo nacional provincianismo provoca algumas coisas que, no mínimo, são ridículas. 

vejam por exemplo aquelas entrevistas, de fundo (é tão giro dizer «de fundo») -  assim como as dos programas de televisão que dão ao sábado à hora do almoço ou lá no cinco para a meia-noite -, a actores portugueses que vão estudar para nova iorque.

invariavelmente vem sempre o tal diálogo:
- conta-nos, tu foste estudar para nova iorque não foi?
- ...
- e foi produtivo? achas que vieste um melhor actor?
- ...


e é então que em nove de cada dez entrevistas aparece a pergunta:
- mas deixa-te lá de modéstias e conta lá aos portugueses que andaste na mesma escola por onde lá passou o marlon brando, o de niro... o al pacino e...

dá ideia que por lá terem andado, por exemplo, esses dois senhores, o entrevistado vem de lá com o talento dos actores consagrados.

e aquilo, acreditem, fornica-me os cabrões dos fusíveis. é que é tão, mas tão provinciano referir isso, como dizer que o malkovich já almoçou (ou é contabilista ou lá o caralho) lá no restaurante de santa apolónia que agora não me lembro o nome.


que merda, eu andei no rainha e fico com vergonha de pensar que andei na mesma escola de umas pessoas que eu cá sei. sério, tenho medo de ficar famoso (acontece a todos, acreditem.) e alguém me perguntar:
- andaste no rainha, não foi? conta lá, andaste na mesma escola do rui pedro soares e da ana drago, não foi?

ou pior:
- andaste na antónio arroio (odeio quando confundem arroio do senhor antónio com arroios lá da praça do chile), não foi?
- sim.
-  e cruzaste-te com o josé castelo-branco?

(o pior é que sim, realmente cruzei)



um gajo por ter andado na mesma escola não quer dizer que...

ou quer?

quarta-feira, setembro 29, 2010

pilares da terra

diz-me uma amiga - aparentemente credível: 

- eh pá, tu tens que ler isto. tem o «mais pior mau» dos vilões de todos os vilões.

vi que havia em série. saquei. já tentei ver umas quatro vezes.

sou eu que não percebo a série ou é a minha amiga que não me percebe a mim?

(ó c. eu juro que tento mais umas duas vezes, combinado?) 

mostrem-se interessados

a sério, mostrem-se, mostrem-se sempre interessados.

a sociedade (dizer «a sociedade» é uma coisa do caraças, não é?) não está preparada para os desinteressados. e pior, não consegue compreender os indiferentes.


por isso, mostrem-se sempre interessados, mesmo que depois não concretizem interesse algum. treinem caretas, usem o espelho, preparem-se sozinhos, no silêncio, sem ninguém estar a topar. até os gestos corporais que acompanham as caretas podem ser necessários, sabem? aquilo com os ombros, os braços com aspecto alipotente, um movimento brusco dos ombros para trás...


o que não podem é serem (mostrarem-se) indiferentes, isso nunca!


têm que se interessar: por plantas, por body pump, pelo orçamento, pelo passos coelho, pela ar tv, pelos radiohead, pelo jornal público, pelo grupo cofina, pelo big brother, por blogs arrolados no weblog, pelo medina carreira, pela inocência do carlos cruz, pelo di maria, pelo sousa martins, pelo peixoto ou pelo tordo, pela proliferação de pipocas na blogosfera, pela ana drago, pelo windows 7, pelos (inserir aqui um qualquer nome de cantor que já tenha ido ao sudoeste, rir, optimus alive ou vilar de mouros), pelos cronistas da única, pelo 5 para a meia noite, por esoterismo, pelo camilo lourenço, pela balda do cavaco ao funeral do saramago, pelas actrizes de telenovelas... e também, sempre, pela elsa raposo.

sinal de maturidade...

...ou do que lhe queiram chamar. é sinal de quem já é, digamos uma puta muita batida: encolher os ombros!

(cada vez mais, cada vez mais.)

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque me recorda benidorm e as figuras que fazíamos no heartbreak, aos pulos com esta música. e porque éramos o único grupo que disputava com as pole dancers a atenção dos turistas que por ali estavam «partia-t'essa c*** toda olé, olé!»

e porque é com essas mesmíssimas pessoas que eu vou também saltar em coimbra.

(assim espero) 

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque me recorda a faculdade.

(e está ali taco a taco com o trying na disputa de mais melhor boa.) 

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque é a minha favorita, ora!

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque temos sempre a esperança de voltarmos a ouvir: ok edge, play the blues!

(este solo é, digamos, épico!) 

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque ao vivo é imperdível.

(e porque o zé, na altura, contou-me que quando foi ver o rattle ao tivoli, nesta canção, o povo todo do cinema se levantou e pulou como se estivesse num concerto. e eu, achei aquilo uma ganda ventarola!)

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque eu acho que é a última canção com sonoridade pré-joshua tree. para mim fecha um ciclo. e porque, claro, me recorda para sempre o zé vieira e o seu wide wake in america (lado b).

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem




porque me recorda, claro, o live aid «we´re an irish band, we come from dublin city, ireland. like all the cities...», e me abriu os ouvidos para os velvet underground e o lou reed, porque até ali eu nunca tinha ouvido o walk on wild side e o satellite of love nem o ruby tuesday ou o sympathy dos stones.

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem



porque me recorda o pio (que deus tem) que andava a passear este éle pê pelo rainha e recorda aquela primavera/verão de 1984 passada a ouvir este disco, gravado pela carla  (não te linko por que agora fica mal linkar bloggers, assim, como tu, com muitas visitas e tal) numa cassete ferro basf.

u2 day - canções que eu gostaria que cantassem




porque me recorda o pedro quadros (canina) e o joão quadros (mano do meio) e porque é a minha mais remota memória dos u2: 1982.

(lembro-me que havia lá no rainha um maduro que andava no 12ª 5ª e que os tinha ido ver a vilar de mouros, o que na altura, para nós, era uma ventarola das grandes.)

terça-feira, setembro 28, 2010

preciso de um spa!

odeio, repito, odeio, mas odeio, atenção, de caralho para cima, dizia, odeio aquele caralho das bugigangas da pandora e do cagaçal que fazem em seu redor.

é que já não bastava aquele claque, claque, claque irritante dos tacões dos saltos ainda tenho que sofrer com o chinfrim do pulseirame.

foda-se, acho que prefiro estar a ouvir o bicho ou a lambada o dia todo.

um documentário sobre «ses...»

segunda-feira, setembro 27, 2010

e quem diz aguarrás diz permanganato de potássio

é dum egoísmo paternal gritante, alguns nomes que os pais escolhem para os filhos.


o nome não pode ser apenas «um significado», «uma homenagem», um «ai, pá, sabes? gosto tanto do nome...». não pode, não pode ser apenas isso. tem que ser também, algo, digamos, "conveniente".


eu sou a favor que as mães e os pais, chegados ali aos 13/14 anos, deveriam escrever num papelinho os nomes que mais gostam para usarem mais tarde. é que nessa altura andam na escola, presenciam a crueldade da juventude e assistem ao tipo de gozos que acontecem  por aquele ou aquela terem o nome que têm.


é que depois, bem mais velhos, chegados à altura em que precisam de nomear a criança, esquecem todas essas situações e, tunga, chamam-lhes com as mais estranhas bizarrias.


sério, não há-de faltar muito para que alguém se lembre de chamar à filha, sei lá, aguarrás!

subvalorizado


subvalorizada


otamendi

eu considero que a compra que o clube fez para o lugar do bruno alves não só, acredito e espero, será bom para a equipa como também para todo o resto do país.

sim, disse mesmo, do país.

reparem, quando jogam ao stop, em quantas hipóteses pensam quando têm que preencher a coluna «jogadores de futebol» e vos calha a letra o? em poucas não é?

pronto, daqui para a frente, a coisa está resolvida.

agradeçam ao pinto da costa.

domingo, setembro 26, 2010

se já os originais eram bons, então estas covers....

... são divinais!

e mostram também por que é que é eu sinto que tenho razão em não gostar das covers dos nouvelle coiso.


guglem, investiguem, ouçam, saquem, compram, façam qualquer coisa. mas evitem ficar indiferentes. isto é mesmo bonito.

sexta-feira, setembro 24, 2010

SOU MULHER E TENHO BRAÇOS GORDOS E QUERO AJUSTAR MEU ABADÁ?

houve pelo menos uma pessoa que chegou ao meu blog, depois de ter questionado o google desta forma.

seja bem-vinda.

ai uónt tu live laique cómon pipâl

eu acho que vou lá almoçar

e acho que me vou arrepender.

se eu não escrevo a pensar no meu sáitemitâr porque raio vou então escrever a pensar no sáitemitâr deles?

por vezes calha bater com os olhos num ou noutro post meu, já antigo, sobre outros blogs ou outros bloggers.

confesso, se na altura aquilo me fazia sentido, agora, visto à luz do presente, sinto uma beca de vergonha.

se quando dizem mal sobre mim nunca acertam na mouche por que raio terei eu a veleidade de achar que haveria de acertar na mouche deles?

(ainda não consigo mentalizar-me muito bem que um blog não é uma pessoa.)

(ou é?)



(bom, se até as empresas são as pessoas que lá trabalham...)


(agora fiquei confuso.)

isto está tudo a engendrar, tudo a engendrar...

o reader sugere que o meu blog é mais coisa menos coisa como um outro blog que eu cá sei mas não digo aqui.


o face sugere-me iniciar amizade com a pessoa que escreve no blog acima referido.


eu não gosto das coisas que aparecem escritas no blog lá de cima.


eu não conheço a pessoa que escreve lá no blog mas depois fico com medo que se for amigo dela, me desate a falar das coisas que lá escreve.


será que é isto que se chama um complou?


ou será que estas coisas das sugestões, regem-se pelas teorias que tinham as meninas que foram lá à escola no nono ano dizer-nos que afinal não tinhamos vocação nenhuma para sermos como o john watson ou o dider pironi.


(é que eu não tenho prazer nenhum na leituro do raio do blog, entendem?)

a tolerância...

... é o valor (não sei de que forma hei-de chamar a isto.) mais sobrevalorizado da actualidade.

quinta-feira, setembro 23, 2010

alguém conhece alguém que não vá aos u2?


e eu continuo a avisar

os depeche mode já têm no forno o dvd desta última tour.

podem comprar à vontade, não é, felizmente, o chou do atlântico.

a ver se me sai a rifa da quermesse para passar a ir ver concertos noutras terras...

depois não digam que eu não avisei

é uma série.

ingalesa*.

chama-se this is england '86.

só sairam dois ou três episódios.


promete.


* e como não há legendas ainda para ninguém para perceber aquilo que eles dizem é uma aventura do caneco. fó fóque seique!

é que o cu dum faz-me lembrar a cara do outro

as meninas dos coros do not now john são as mesmas dos coros do johnhy be good do tosh?

cheap trick

to love me, to need me, to want me, to beg me.

frustra-me não saber a correcta ordem com que os cheap trick cantam estes «desejos».

se é importante? não. mas dáva-me jeito, pronto.

(chateia-me enganar-me e estar sempre a disfarçar quando estou a cantar isto em voz alta)

para quem conheceu: mete a voz da sandra bagaço a um canto!

estou a ouvir uma senhora a falar ali na rua e posso vos garantir que é das piores vozes que já ouvi na península ibérica.

a pergunta que eu faço é: mas por quê, foda-se?

quando tinha 13 anos, por razões que agora não interessa explicar, fazia um pijaminha com meia dúzia de situações de pessoas que eu conhecia, apresentando-as como minhas, perante os meus colegas.

assim, desde ter um caniche, até ter umas puma maradona, passando pelo facto de ter estado no maracanã, possuir o business as usual ou até já ter visto fuuga para a vitória e o emmanuelle, tudo isto foi dito em benefício próprio. tinha, como se pode ver, neste capítulo, uma fértil imaginação.


vim a saber, anos mais tarde que aquela minha pedra no sapato era, afinal, uso corrente do mercado adolescente. pelos vistos eu, tosco, acreditava nos pijaminhas deles e eles, obviamente, cagavam para o que eu dizia.


coisas da canalhada.

ou não. verifico que há pessoas que após os quarenta continuam com este tipo de expedientes.

encheste as prateleiras, não foi? agora bebes-los tu que é para aprenderes!

estou quase quase a acabar aqueles pacotes de chá, que compramos imediatamente após aquele pensamento que nos assalta quando estamos defronte da prateleira deles, lá no supermercado «ah! levo também estes assim para quando lá forem a casa pessoas mais velhotas...»

estou há 4 anos à espera que lá vão as pessoas velhotas.

esgalhanço

uma pessoa que eu não conheço descreveu uma coisa que eu fiz como «bem esgalhado».

poderia ter dito «mal esgalhado» que a coisa ia dar no mesmo. ia dar porque o que eu gostei foi que tivesse sido usado o verbo esgalhar.

há coisas que só mesmo um homem compreende.

recordo-me que a primeira vez que ouvi esse verbo aplicado desta forma foi no meu terceiro ano lá daquilo a que alguns designam como faculdade. (tretas!) «esgalhem-me um projecto decente! não me venham para cá com coisas a imitar a arquitectada do porto!»

quarta-feira, setembro 22, 2010

é que estou farto de estar aqui a abanar a cabeça para que o raio do zumbido páre de vez!

alguém sabe algum truque para que a lâmpada ali do candeeiro deixe de fazer interferências aqui com os auscultadores?

(e se me vêem com merdas do género «ah, apaga a luz.» ou «ah, desvia o candeeiro.» ou ainda «ah, aguenta-te à bronca!», eu juro que me vou a eles duma forma desaustinada!)

olha, apanham-me num dia bom, apanham!) 

coisas que fazem sentido mas que eu não gosto

o maneater vir sempre a seguir ao right between the eyes.

oh lord where have i seen this before

oh lord when will i feel it again

....

oh man, as light as the air and floating...

mas como é que se perde uma coisa destas?

alguém viu as minhas calças de ganga?

quase sem dar por ela...

... tive que escrever a palavra contraproposta. e eu não sei escrever a palavra contraproposta sem me lembrar de outras contrapropostas...






olhem, é esta mesma.

e não se podem exterminar?

há uma cena no lock, stock and coiso (ou será no snatch?) em que o vinnie jones esmaga a mona dum gajo entalando-a na porta dum carro. um miminho, portanto.


é disso que me lembro, que me vem à memória, quando, por estes dias, assisto às cenas dos gajos das tunas ou dos veterenos ou lá o que aquela merda é, a pastorear rebanhos de caloiros pelas ruas do tamariz.

eu até julgava...

... que a telefonia estava sintonizada na romântica fm (nada contra. obviamente, nada contra), mas não, lá no displei dizia rádio clube português.

(que não sei se faliu, se vai falir, se tem lá o filho do dono a pôr os diascos e a receber o senhor que vem cobrar a luz e o gás e tal....)

pus mais alto para ver se percebia que era mesmo aquilo que estava a dar.

e era, era mesmo. há pouco, no rcp, estava a dar o hermes aquino. sim, isso mesmo, o hermes aquino.

e agora? sim, agora quando eu ouvir alguém dizer que trabalhou no rcp a que é que eu vou associar esse curriculo? ao hermes, não é?

ui!

duma vez por todas...

... a faca do pão é para se lavar com esfregão, água quente e detergente ou basta passar pelo pano da louça a seco?

(na realidade eu passo com a faca é aqui, assim, de lado, na coxa. ou seja, não é bem um pano da louça, é ganga. é mau fazer isto, não é?

nem sendo ganga de marca?

nem assim?) 

alguém me explica...

... por que é que as bolachas de água e sal se escavacam todas, mas todas mesmo, quase que apenas com o nosso olhar?


não há maneira de conseguir encetar uma que venha inteira, porra!

oh meu deus, e quando os convidados vêm com aquela coisa da tradição cultural... coitadinhos, meu deus, são tão escorraçados...

vamos imaginar um debate, por exemplo, sobre erros dos árbitros em jogos do porto, medeado, vamos lá ver, pelo bruno prata, tendo como convidados, deixa cá ver, o pôncio, o o guilherme aguiar e aquele tipo que canta nos blindcoisa e de que nunca me lembro o nome.

estão a ver a coisa?

é mais ou menos a mesma coisa com todos, repito, todos, mas todos os debates ou reportagens sobre ciganos.

sério, da próxima vez venham comigo e eu dou uma volta com o jornalista numa viagem engraçada.

eles andem aí! (mas nã se vêem, e nã se ouvem....)

já não havendo retornados há mais de trinta anos 

agora nós é que retornamos, não é?

a quem é que culpamos por haver piolhos nas escolas?

e depois o gajo, o trevor, produzia coisas, assim, imaculadas. mas muito, muito à frente

o trevor horn estava tão mas tão à frente de tanta gente...

terça-feira, setembro 21, 2010

traz-me aí o cif, por favor. trazes?

 um comment? 

dois comments? 

espera, três? aqui há gato. deixa cá ver melhor por que razão isto acontece.


hummm, entendi.



bom, já agora, deixa cá reler o que deixei escrito nos últimos dias... assim como quem limpa a casa quando vem alguém sem avisar: oh meu deus, mas quéisto? ai tantos erros, meu deus!


taaaaaaantos!!!


oh que vergonha. mas então recomendam a nossa casa e nós temos isto de pantanas?


(desculpem qualquer coisinha. sim?)

é que não estão a ver bem o meu sofrimento

estou aqui perdido de fome, com um cliente chatérrimo à minha frente e, imagine-se, a minha alma está a pensar no cheiro duma morcela que tratava deus por tu e que eu comi, mais coisa menos coisa, em 1995, no coreto de carnide, seguida dum naco de carne.... (caralho, desxculpein, ficquei com ú teckklahhado todu babbahdu...) tendo depois sequência num final de noite na kapital.

(acho que aquilo era super bem!)

(mas tinha uisque  marado que tresandava a bagaço. mas do bagaço mais ranhoso. nem como o são domingos aquilo era.)

(eu fumava português suave sem filtro.)

(estou tão esganadinho de fome!....)

os amigos da net.

às vezes olho para aquelas seguradoras que funcionam por telefone e tal... e fazem-me lembrar aquela espécie de amigos que temos na internet, no messenger, no facebook... por aí.


(calma que não estou a dizer nem a pensar mal, nem de uns nem de outros.)

da mesma forma também não estou a dizer mal dessas seguradoras. alías, até haver sinistros funcionam na perfeição: são mais baratas, são limpas, os anúncios - gosto também da palavra reclamos - têm meninas e meninos desinfectados e bonitos, os sáites da internet são imaculados e coloridos... em suma, perfeitas.

as amizades da net também são assim: fazem-nos comentários bonitos, cheiram bem (acredito que sim!), cumprimentam-nos afectuosamente, preocupam-se connosco, entendem a mesma linguagem que nós («ai pá, aquilo que escreveste é mesmo aquilo que eu sinto, pá! não estás mesmo a ver... juro!»)...


o pior é quando acontecem sinistros com as nossas apólices: nunca ninguém nos atende, não temos um balcão para nos dirigirmos, não sabemos se receberam os nossos papéis, pedem-nos para ligar mais tarde, afinal aquilo não estava coberto, aquilo ali também não estava coberto... afinal o barato, por vezes, sai carote, bem carote... pois é..


com as nossas amizades da net também é assim: um email mal entendido, um update mal gerido, uma merda qualquer mal compreendida e, afinal, até mesmo aquelas coisas giras que escrevíamos, vai se a ver melhor e não têm piada nenhuma. ou mesmo aquele vídeo do demmis roussos, que lhes fazia lembrar um tio de corroios, afinal é uma prova que a foleirice está em todo lado. mais, os tais erros ortográficos que dávamos (e damos) vai na volta, a ver bem assim de perto, não são coisas rústicas, reais e engraçadas, mas são, isso mesmo, falta de escolaridade e a vingança certa por termos gozados na escola os gajos de óculos e, sei lá, gordos, pronto!


pelo sim, pelo não, que não haja confusões... nem acidentes!

(ou então, pronto, invistam em seguradoras mais caras mas com uma «cara» com quem possamos falar - e não uma voz, com quem falamos ao telefone; ou não contem demasiado com as tais amizades (nada contra, repito) da net).

segunda-feira, setembro 20, 2010

era a 3ª do lado bê

sim, explica-me lá:

e no entanto, custa!

já me custa muito ser pai quando não sei se devo fazer isto ou aquilo.

mas acho que me custa mais, quando sei o que deve ser feito mas, lá está, dói-nos uma bocado cá dentro ter que o fazer.


(caramba, a vontade que me dá quando a vejo, assim, meio abandonada e triste lá na sala de aula, de pegar nela, pirar-me dali e deixá-la ir para a rambóia.


mas segundo dizem, é importante isto de aprender e tal...


pode muito bem um dia chegar a jornalista da sábado, não é?


é importante, ora!)

sexta-feira, setembro 17, 2010

há quanto tempo é que não dá o never let me down again na telefonia?

bem vistas as coisas, no fundo, no fundo, isto somos é todos muito bons menos todos os outros

e quando outros bloggers e comentadores desatam com frases em que usam coisas como «ah, todos nós, no fundo, somos um bocado narcisistas»; ou «um bocado egocêntricos», «um bocado auto-sobrevalorizados» ou um bocado alguma outra coisa qualquer que dá ideia que é uma característica do emissor e não do(s) visados?


é giro, não é?

éfe érre á, xiribitatatatá

o nuno santos, questionado numa entrevista em relação ao social, às revistas em que apareceu e ao facto de ser casado com uma apresentadora, aparentemente (não duvido) bonita, respondeu ele, quase laconicamente, com uma outra pergunta, se deveria antes ter como mulher uma engenheira química.

eu não sei se foram estes palavras, nem me interessa saber o texto de cor. mas fico a pensar se será mesmo assim. ou seja, se és bonita vais para apresentadora da sic. se és feia, pronto, aguente-se, vais para química e é bem bom! 

talvez o formol te transforme e te safes com um gajo de astrofísica, nunca se sabe.

bebia tanto ali entre 1990 e, vá lá, 1995

é impossível de voltar a beber cerveja onix, não é?

meu deus e vamos ouvir o bicho, o short dick man ou a la puta de la cabra e isso?

se o mundo tiver o desenvolvimento radiofonico-social que tem tido nos últimos anos, há grandes probabilidades de dentro em breve, coisa de cinco ou sete anos (ou menos, quem sabe), desatar a haver festas revivalistas dos anos noventa?

será que se estava a candidatar àquele lugar de comentador da benfica tv?

e reparem que eu até cheguei tarde a casa.
e reparem que eu até cedi espaço televisivo com o dartacão (ou a patti ou lá o que era) à minha filha.
e reparem que eu até lhe fui ainda ler uma história (uma horrível que ela adora e me custa muito a contar): ó pai, conta mais esta. aqui, deste livro aqui... este, vês? este!

e mesmo assim, eu não me lembro já muito bem, mas o gajo da sic fartou-se de confundir o nome dos jogadores do clube com o do jogador gaitán. eu às tantas estava mesmo mesmo a ver que ele ainda dizia «gooooooooooooooooolo do ben-fi-ca!».

(é que pelo menos golo de gaitán ele ainda chegou a dizer.)

e, reparem, é uma dúvida que me acompanha há uns bons anos

eu gostava muito de saber porque é que se mandarmos num email um ficheiro de 1 mb, esse mesmo email passa a ter, por vezes, uns 3 mb?

serão despesas alfandegárias? 

quinta-feira, setembro 16, 2010

para alguns uma informação pertinente, para outros meramente mais uma das minhas provocações

apesar da chuva e do dia farsola que esteve ontem, a água do mar continua com uma temperatura assupimpada!

odeio repetir erros antigos

- não voltar a comer, mesmo que com muita fome, naquela espécie de mcdonalds japonês lá do cascais villa.

abuso do que não quero, abuso do que me faz mal e acho que só gosto mesmo é dos montes de arroz com uma beca de salmão lá por cima.

(adoro a palavra vila com o éle dobrado)
(fica chique, não é?)
(pindéricos do caralho!)

(eu sei que vou voltar a falhar.)


- não voltar a comprar revistas portuguesas de viagens (pelo menos as portuguesas), mesmo que julgue que «desta vez é que é. eles agora já não as fazem como antigamente».

em portugal (pelo menos em portugal) não se fazem revistas de viagens, fazem-se revistas com fotografias tiradas em viagens. e normalmente boas fotografias. (odeio-te, manel! invejo-te tanto, cabrão dum caralho!). pergunto, porque razão, quando queremos ir a angkor wat, necessitamos de ver uma revista com fotos de um cozinheiro a preparar uma mistela qualquer, dentro da cozinha de um daqueles hoteis féxãns, transportando no rosto um daqueles plásticos sorrisos orientais?

quarta-feira, setembro 15, 2010

depois disto, agora é sempre a descer

que giro, descobri que fui plagiado.

(coitados(as), tinham-me pedido que eu escrevia uma coisa diferente só para ele(a), não é?) 

bem sei que beber chá é amaricado mas mesmo assim...

aquelas manchas que ficam nas paredes da minha caneca do chá indiciam que os dentes estão a ir pelo mesmo caminho?

(ou esfregando aquilo passa?)

mas, então e têm as mocas lá guardadas naquele anexo que dá para o media market e não as usam?

deixem-me ver se eu entendo: então há um jogador que leva umas assobiadelas duns adeptos, depois marca um golo e manda-os calar?

e depois pede desculpa?

(estão a imaginar se isto acontecesse no meu clube? passa pela cabeça de alguém, sei lá, o fernando macaco ser mandado calar, por exemplo, pelo guarin? é que eram vidros, espelhos retrovisores, pneus, auto-rádio, era o carro todo c'u caralho!


- mas estavas a mandar calar quem? desculpa? desculpas não se pedem, evitam-se!)

(são todos tão fofinhos, não são?)

terça-feira, setembro 14, 2010

ele há malucos para tudo

não é só o «não gosto de tatuagens» é mesmo o facto de não compreender como é que há um determinado momento em que alguém decide que quer uma coisa daquelas e, apos isso acontecer, há milhares de determinados momentos em que alguém decide que está feliz por ter feito a tatuagem.

há pouco, na praia, vi uma pessoa com uma tatuagem na perna. não era uma coisa escrita em árabe, não era uma coisa escrita em cirílico, não era escrita com carateres ocidentais, não era a cara da mãe no dia do casamento, não era um desenho daqueles das tribos da oceania. era, imagine-se, uma cassete.

sim, uma cassete, daquelas, imagino, de 90 minutos. tdk, basf, ferro, crómio, metal e tal..


* perceberam que a ideia era mesmo escrever alguma coisa que contivesse aquelas duas, aparentemente, inocentes palavrinhas «na praia, na frase que pespeguei ali em cima.

 

segunda-feira, setembro 13, 2010

e não podemos fazer ppr's para nos protegermos disto, pois não?

já não é a primeira nem segunda vez que entra aqui na loja. eu, que quase nunca me lembro das pessoas que atendo, desta não me esqueço.

primeiro porque quando entra, acompanha-a um cheiro fétido a tabaco. não um cheiro a tabaco, digamos, normal. mas daqueles cheiros que se entranham não só nas roupas mas também na pele, entupindo todos os poros. sente-se à distância. o cabelo, vê-se, já teve melhores dias e melhores cores. apresenta um louro, estranho, antigo, velho, gasto. a composição fica completa com umas pinturas características das madrugadas das putas. apesar de tudo, é de uma simpatia inatacável e dá ideia que já teve outras «vidas».

treme, treme muito quando comigo fala ou quando se prepara para escrever o que lhe vou pedido «aqui, nesta linha mesmo, aqui, dona glória...»

tem uma caligrafia de instrução primária. uma caligrafia igual às que as nossas mães têm: bonita, certinha, quase barroca.

quando olho para o bê i, tirado há não muitos anos, vejo na foto uma outra criatura, com um aspecto saudável. gira, com menos 10 anos de idade mas com menos 40(!) de aspecto.

conta-me, a certo trecho, que a filha morreu nesta luta contra «outras forças que não conseguiu vencer... o meu marido já se tinha ido embora... e a droga continuava a entrar lá em casa mesmo quando a minha atenção estava redobrada, compreende?». «sabe, desisti! ela foi-se e eu não a consegui ajudar a aguentar-se...»

desistiu, sem dúvida. de outra forma não poderia ter sido. e depois de desistir da filha «foram muitos anos a lutar, sabe? só deus sabe o que eu sofri com a minha filha...» é fácil de perceber que desistir dela própria era quase uma inevitabilidade, coitada.

«eu era um valente borracho, o senhor não acha?»

(sorri, não só porque achei piada à pergunta, à palavra borracho e porque sim, ela era mesmo um valente borracho)

por outro lado, recordo-me duma peça com o ruy de carvalho chamda minetti. pois, isto é uma coisa diferente. ok?

a ideia é ser divertido e brincar com a situação (ou não) mas há quem vejo o acontecimento duma outra forma. falo-vos do tal video sobre o minete, inspirado numa crónica da ana anes.

quem não conhece, quer o video quer a autora, eu faço o resumo: a ana é daquelas pessoas que volta e meia escreve sobre pinocada. e isto tem alguma coisa de mal? não, nada disso. muito longe de ter algum mal.

a ana é esperta. usa um público alvo fácil de convencer, as gajas. estão a ver as crónicas do ricardo araújo pereira sobre futebol? estão a imaginar o que sente um benfiquista a ler aquilo? pronto, as mulheres ao lerem as crónicas da ana anes sentem o mesmo.

(ninguém está a imaginar homens a lerem crónicas de sexo, pois não?)

e como se faz isso? bom, pega-se num tema sexual qualquer e escreve-se aquilo com um ar brincalhão (ou não) dando a ideia de «nós, gajas, é que a sabemos toda. eles, gajos, não valem um caralho» isto escrito com o tom «iá, é assim mesmo, a gente, as gajas, também já falamos sobre foda e isso, assim como eles falam. somos livres, somos modernas e gostamos de pinocar. iá, somos realmente malucas». e volto a dizer, isto não tem mal nenhum. aliás, graças (a deus e) à ana anes, temos agora, finalmente, um alibi para continuarmos a gabar, avidamente, os tetos da jamie lee curtis.


adiante.

desta vez pegou no tema minete. (já tinha pegado, eu bem sei, mas não tinha passado para video, pronto!). lá está, espeta com aquele ar de «sofremos tanto com a iglorância deles, caramba!» e justifica, com auxílio de umas quantas actrizes (a mais velha - bailarina, não é? - faz aquilo tão bem..... está tão giro), porque é que nós, gajos, não sabemos fazer uma trombada de jeito.

e querem saber mais? se elas dizem que não sabemos é porque não sabemos, MESMO!

o que elas não sabem (e a ana anes deve saber. mas não lhe interessa porque assim as crónicas não tinham piada nenhuma) é que há uma razão histórica para isso ser assim. 

eu explico:

as mulheres não sabem, não se lembram, ou nunca repararam, mas a nossa vida sexual começa com sarapitolas. é isso mesmo. durante uns valentes anos, com auxílio das devidas publicações do género (eu nem quero imaginar como que teria sido se já houvesse internet em 1981), enquanto nós ouvíamos aquele cliché «as meninas iniciam a puberdade - ou pura verdade, pronto! - mais cedo que os rapazes», sem perceber muito bem o que aquilo queria dizer, nós sacudíamos os ardores da alma, abafando a costeleta, com vigorosos gestos de punho.

e que viamos nós para acompanhar isso? moças em pose descarada nos posters do barbeiro e do sapateiro (naquele tempo, não íamos a oficinas); histórias, narradas em revistas tamanho a5, sobre mulheres que satisfaziam cunhados aquando da viagem da irmã a uma feira no porto; ou, simplesmente, os tetos e o pintelhame da madonna. (aviso, nunca fizémos nada à pala do mato que a madonna carregava nos sovacos).

só anos mais tarde, com a divulgação massiva do vhs, é que vimos «em movimento» aquelas coisas que tínhamos observado, durante anos, em duas dimensões estáticas: canzanas, missionários, doses duplas, bicos com fartura e, num ou noutro caso (estamos nos anos oitenta, não se esqueçam. as húngaras ainda não tinham chegado ao mercado), raro, é certo, cu!

trombada também víamos. mas vamos lá perceber uma coisa, os filmes pornográficos não tinham sido feitos para elas gostarem e sim para nós gostarmos. as gajas não viam filmes daqueles. por isso, nós víamos a trombada, não como uma coisa de «vamos lá então fazer-lhes uma coisa boa», mas sim uma espécie de fetiche, um complemento, um «olha, vamos beber um uisquezito enquanto o jantar não fica feito». a última coisa que nos passava pela cabeça era que elas gostavam que lhe passássemos o corredor a pano.

credo!

depois, mesmo que fosse bom para nós, é uma questão visual, técnica e cinematográfica. quem olhar para as trombadas dos anos oitenta, vê um gajo com a boca enterrada num matagal amazónico. ou seja, não fazíamos a mínima ideia se ele estava ali a cheirar ou a lamber. ora, se estivesse a cheirar, estava a cheirar o quê? e cheirava a quê? por estarmos a cerca de 8 a 10 anos do nosso primeiro contacto conal, digamos, ouvíamos dizer que cheirava a bacalhau. nunca ligámos muito a isso mas usávamos o pregão. o que suspeitávamos era que, no mínimo ou pelo menos, cheirava a mijo. e por isso tínhamos como heróis os actores pornográficos, não só porque comiam gajas, porque as comiam e recebiam ordenado e porque, caramba, punham a boca no sítio de onde lhes saia o mijo. ah heróis!

assim, é fácil de depreender que fomos educados sem fazer a mínima ideia como raio se faz uma trombada. imáginávamos que se usava a língua mas e usava-se como? e chupava-se? e punhamo-la dura? mole? e isso fazia diferença? assim, não nos peçam milagres quando nem religião temos.

e como não havia gajas (bom, claro que havia. havia, como também há pessoas que ainda votam no pctp-mrpp) a verem filmes destes e muito menos connosco, nunca soubemos muito bem o que é que aquilo queria dizer ou para que é que servia. 

lamber? que coisa!

com as gajas era diferente. as ousadas que tiveram a sensatez de ver algumas cenas de alguns filmes, apesar de eles homens, naquele tempo, ainda não raparem a penuge, puderam ver valentes bicos, ali, com boa iluminação e em cenas o mais explícitas possível. com elas não há desculpa para o mau sexo oral. nós, perdoem-nos estes problemas históricos, podemos não ter também desculpa, mas temos uma atenuante igual a alguns penaltis julgados pelos comentadores futebolísticos: as imagens não eram explícitas!

sabemos lá nós como é que aquilo se faz. se é para chupar, se é para lamber, se é para trincar, se é em cima, se é de um lado para o outro, se é assim, se é assado... fazemos o que podemos e sem grandes certezas. fazemos à explorador!


assim, da próxima vez que lhes der vontade de gritar «irra, que o tójó é que me sabia chupar em condições. este cabrão que para aqui está, não se safa nem quando voltar o comunismo!» falem, vão dando indicações, conversem como nós conversamos «foda-se, ó fernanda, faz essa merda com jeitinho, caralho! ou pensas que tens nuvens no céu da boca? essa merda que tens aí, é osso e por isso, dói!», vão dando indicações, tenham pena de vós e destas nossas «dificuldades históricas».

sério, custa-vos estar a dar indicações? vocês é que perdem, pá. preferiam que a coisa acontecesse, assim, naturalmente? nahh, vão por nós, as imagens não são explícitas e nós homens, como já devem ter visto noutros casos, nunca pegamos nos manuais de instruções dos nosso brinquedos. é defeito mesmo. 

queixam-se que depois têm que simular orgasmos. mas isso é uma pescadinha de rabo na boca: vocês fingem, a gente está se cagando para a coisa (quer se venham quer não) e fica tudo na mesma. acho que ainda não perceberam muito bem que o «ao que vamos» não é conciliável com o «deixa cá ver se ele faz como eu quero e gosto».


mas por outro lado não se esqueçam duma coisa importante, tenham humildade para perceber isto: é certo que todas vós sabeis fazer bicos. ninguém duvida disso. mas não se esqueçam que têm que aprender a fazer bicos que nós gostemos e não bicos que vocês supõe que nós gostamos.


ok?


(toca a todos, minhas meninas)

(não contem a ninguém...

... mas a praia continua boa.)

estão a ver os livros do larsson?

não estão? aqueles três calhamaços que liamos, assim, com um pedal dos diabos... consumíamos 100, 150 páginas de cada vez sem dar por nada?

estão a ver agora? ok.

agora estão a ver os filmes baseados nos tais livros? estão? pois, não tem nada que ver.

sábado, setembro 11, 2010

cul-de-sac

o que fazer depois do pior (menos bom, pronto!) livro do meu escritor favorito?


partimos para uma coisa bem diferente? vamos para um valor seguro - obviamente jorge amado - porque já não tenho tempo para invenções? seguimos indicações alheias? vamos ao acaso? atacamos uma daquelas obras que nos ensinaram na escola e que não achámos piada nenhuma?


eu bem tenho ali uma adega com uns vale meão, mas não os queria abrir enquanto não estivesse mesmo de mãozinhas atadas...


acho que vou pegar em revistas... ou ver filmes do sean penn, daquele período pré-porrada em fotógrafos.

sexta-feira, setembro 10, 2010

é oficial

afinal não ouço assim tão mal. 

por isso, façam-me o favor mas é de começarem a falar mais alto.

esta cabeça....

ó pá, eu hoje ouvi três de seguida na csb e queria ter feito um post sobre uma delas. mas esta cebecinha....

sei que deu o guilty (e é aqui que se vê que não estou a ouvir a m80 porque se não teria dado, sei lá, o never again) e o the fire inside (e é aqui que se vê que não estou a ouvir a m80 porque se não teria dado, sei lá, o against the wind ou o inenarrável like a rock) mas houve uma.... ai pá... já não vou lá, nou vou mesmo.

quinta-feira, setembro 09, 2010

a coisa boa de ter tido amigos vegans é que quando havia festas, na divisão da conta, como eles comiam só saladeca, aquilo dava uns 300$00 a cada um


estão a topar aquela cena do giz guinchar quando escrevmos no quadro?

é, mais coisa, menos coisa o que sinto quando vou a reuniões escolares e alguém usa uma das seguintes duas palavras ou expressões: "valências" e "métodos/processos cognitivos".

é o cheirame a funcionar

entrou e vinha a cheirar bem. (o que é uma vantagem logo de caras)

conheço-a aí há uns 25/28 anos.  

porra, tanto tempo! caramba, para mim ainda é aquele miúda pequenina que tinha, sei lá, 4 anos, pronto!

mas não, está uma matulona do caneco.

 e continua tão gira....


agora aquele cheiro... parece o defunto new west da aramis, pá! 

p'ruque sim, ora!

ali ao lado da minha sanita, há um molho de revistas (de cultura, foda-se!) que jaz num daqueles chiques cestos devidamente identificados para acolher aquele tipo de material.

juntamente com aquela literatura mais corriqueira - não deixando de ser de cultura. quem já lá cagou sabe que eu não estou a mentir - esteve durante uns valentes dias um daqueles livros sobre dúvidas de português.

(dizem que ajuda nas prisões de ventre)

ao longo de todos os referidos dias, consultei bidiariamente a secção do porque/por que e cheguei à conclusão que a partir de hoje, nove do nove, deixarei de me ralar com aplicação correcta da regra que destingue cada uma destas expressões.

assim, quero deixar aqui exarado em acta que em vez de escolher o "porque" ou o "por que", passarei a usar o que me der na bolha, sabendo de ante-mão que terei 50% de hipóteses de acertar na resposta correcta.

anda tanta, tanta gente a discutir o acordo ortográfico e não há ninguém que dê um soco numa mesa e diga «passa a porque (ou a por que) em todas as ocasiões»!


mais, desafio quem quer que seja que me apresente provas que sabe esta merda desta regra na ponta da língua. ou seja, que acerte em 15 de entre 15 frases.

ele disse mesmo «espoletou»?

oh meu deus, que níbel do caralho!

coisas que, mais ou menos, todos estamos de acordo:

estamos todos em acordo que podemos comentar num blog.
estamos todos em acordo que não podemos comentar num blog se for para dizer mal.

estamos todos em acordo que podemos comentar num blog, anonimamente, desde que seja para dizer bem.

estamos todos em acordo que se for para dizer mal, aí meus amigos, temos que dar a cara,  o nome, indicar o nº de sócio do clube de video do centro comenrcial arco iris e apresentar o aval assinado pelos pais.

estamos todos em acordo que ao comentarmos estamos a mostrar que vivemos num país que é livre e tem uma coisa que se chama «liberdade de expressão».
estamos todos em acordo que se for para dizer mal, estamos a acorrentar a tal «liberdade de expressão» e por isso o melhor é não voltar ao indesejado blog.

estamos todos em acordo com estas e outras coisas. menos eu que não concordo nada com esta merda.

tão crescido que eu estou, meu deus!

acontece-me, amiúde, beber coisas um niquinho açucaradas e pensar: carai, está tão doce!

eu estou quase lá, estou quase, quase.

já não me bastava conhecer pessoas que lêm o correio da manhã ou que assinam a sábado

fiquei a saber no domingo que tenho um familiar muito próximo que foi às exéquias (isto não é aquela cena de dois concorrentes terminarem uma prova com o mesmo número de pontos. pode ser uma palavra parecida mas não é bem a mesma coisa. ok?) do cunhal.

(e ninguém tem pena de mim, foda-se?)

paneleirices

passei pela escola dela. a janela da sua sala estava aberta e tudo.

juro que me apeteceu estacionar e ir lá dizer-lhe um adeus. 

quarta-feira, setembro 08, 2010

e depois descobria-se que um tinha casado com a filha do outro e tal e a alexandra lencastre usava decotes faraónicos e coisas assim

eu não estou a dizer que são iguais mas, lá está, dá ideia que quem fez esta andou também a ouvir durante uns tempos esta.

isto até dava uma novela da tvi com gémeos separados porque a mãe teve que fugir para a venzuela e tal...

eu até diria que quem fez esta andou uns tempos a ouvir esta.

é o efeito le bon

fiz, recentemente, uns quantos comentários (ainda por cima sem serem anónimos, ali à mostra de todo o povo e tal...) dos quais não me orgulho nada, mas nada mesmo.

se os poderia apagar? claro que poderia. mas é melhor ficar lá pespegado para me ir lembrando que, por vezes, nem sempre.... bom, vocês sabem, não é?

pelo sim, pelo não, abrandemos

a prudência diz-nos que devemos abrandar a velocidade quando passamos junto a uma escola. às vezes custa porque vamos com pressa. nessas alturas o desespero é atenuado porque há sempre uma mãe, de saltos e de peida empinada e virada para a estrada, a colocar, distraidamente a sua criança no banco de trás.

mariquinhas pé de salsa

a vida ensinou-me a evitar dizer «está tudo acabado. vou desarriscar-te da lista de meus amigos»

(é que depois acabamos por fazer as pazes e o tempo é sempre uma borracha de apagar do caneco... e...)

mas de vez em quando amuo com este e com aquele. às vezes nem meus amigos são e eu amuo na mesma.

e, confesso, nessa altura escondo-os do meu facebook e/ou desarrisco-os* do google reader. 

* não sei escrever desinscrevo-os

terça-feira, setembro 07, 2010

eu acredito que só pode ser um prenúncio de coisa boa

no caminho de regresso, apanhei os semáforos da parede e de são pedro abertos.

(e mesmo naqueles intermédios, não houve nenhum caralho que tenha passado a abrir, accionando o vermelho)
(é claro que apanhar também o de são joão aberto já era muita fruta, não é? já só faltava olhar para o lado e encontrar, sei lá, a raquel prates a dizer «ó borrachinho, queres ir beber um traçadinho de branco? pago eu.» )

segunda-feira, setembro 06, 2010

eu não me quero alongar muito sobre este assunto

há cerca de 30 minutos estava a mandar duas cacholadas na rata.

(que água do caneco!) 

não contem, por favor, a ninguém

eu julgava que 30 seconds to mars fosse o nome de uma série de televisão.

afinal sempre vou fazer um comentário à cena dos gansos

com esta coisa dos recursos dá ideia que a leitura da sentença funciona assim a modes que a emissão de uma factura por uma empresa. fica tudo feliz porque facturou e tal...

mas a emissão do recibo é que é já é outra louça! 

chiuu, não contem a ninguém...

... mas naqueles posts com um vídeo do youtube com apenas os botões à mostra, eu faço sempre questão do abrir no youtube para saber que música se trata e não apanhar com surpresas.

mania parva, não é?

não liguem a isto

gosto tanto da permanente solenidade e nos gestos imaculados dos agentes funerários.

oh, pedro pedro... tu...

hoje estive uns bons minutos junto da minha professora da primária.

há qualquer coisa de místico ou paranormal nesta coisa do ensinamento, da passagem de sabedoria, nesta coisa da educação.


foi o que pensei, assim meio enleado pelas memórias do passado, durante uma missa de corpo presente, enquanto observava em silêncio, a sua nuca, ali dois metros à minha frente. a mesma pessoa que que mais reguadas me deu entre 1975 e 1979 (era o prec, lá está!...) é também a que melhores memórias me deixou.

minutos depois, abraçado a ela ao mesmo tempo que me acarinhava com uns maternos beijos, arrepiava-me com a sua presença ou até a sua existência. sinto-a como que uma estátua viva. deu-me tanto e tantas coisas boas que dá ideia que necessito de fazer uma permanente homenagem. é isso mesmo, quando de tempos a tempos a vejo, só me apetece fazer aquele gesto solene que os governantes fazem, ao deporem uma coroa de flores junto do monumento dos restauradores....


gosto tanto dela...


gostei tanto quando me segredou «tenho sabido notícias tuas, sabes?».


não são todas as pessoas que nos ensinam a distinguir o quilo do quimo.

e gostei dum pormenor que não tenho lata de dizer aqui neste blog.

as professoras primárias têm noção das coisas boas que deixam na memória dos seus alunos?

sexta-feira, setembro 03, 2010

medo

tenho medo de ler, assim como que sem querer, os resultados, as posteriores opiniões, os posts que virão, os entendidos que surgirão a divagar sobre as pessoas que enfiaram pilinhas na boca, nas mãos e no rabo dos chavais da casa-pia.

cinco! pronto, acabou-se

porque o único defeito do video é o senhor já ter morrido e a simone ter gravado coisas depois de 1985.

 

e só faltam duas

eu quero que se foda o facto de dizerem que é comercial e mais não sei o quê. eu sei é que o dan brown sabe mesmo fazer livros com cola. aqueles livros que se agarram às nossas mãos e depois não saem «é só mais um capítulo e depois apago a luz».

nem sempre os finais são jeitosos. acho que, até ao fim só gostei mesmo do deception point. mas caramba, aquilo não são livros, são filmes escritos, pronto!

e sim, li este último nas férias.

e três

se o google earth foi uma pedrada no charco, este site aqui, é uma malha do caneco.


é a minha ferramenta de férias. 

esta é a segunda

pessoas que realmente sabem comentar futebol em portugal: paulo garcia, david borges e andré villas-boas.


pré-comentários a quem vier mandar bocas sobre o andré e mais o facto de ser treinador do clube: eu não conheço o trabalho dele como treinador, nunca me deu para ver jogos da académica. até ver a única coisa de jeito que ele fez como treinador foi ter ganho uma supertaça, coisa que, por exemplo, até o rui barros conseguiu. este post é sobre comentadores. e a comentar futebol, coisa que já não o vejo fazer há uns três ou quatro anos.

hoje quero dizer bem, pelo menos 5 vezes

o carlos vaz marques não é o melhor entrevistador de portugal, é o único.

o pessoal... e transmissível tem momentos que deveriam ser ensinados nas escolas. há qualquer coisa ali que, por milagre ou não (quando ouvimos as entrevistas que são feitas por outras pessoas, até dá ideia que o que acontece ali só pode ser milagre), põe as pessoas a falar. isso, a falar. com calma e sem apertos.


pelo amor da santa, vão ao site da tsf e saquem uma mão cheia dessas emissões. é maravilhoso para ouvir, por exemplo, enquanto lavam a louça e esperam que o chá arrefeça.


(de quem é a banda sonora do genérico?)

quinta-feira, setembro 02, 2010

aviso exotérico

acontece-me isto todos os anos. além de não conseguir decorar os nomes das novas contratações do clube, mesmo quando sei que existiram, que há malta nova, ainda assim, só lá para a 10ª jornada é que consigo ligar, não só a cara com o nome mas também a cara, o nome e o sítio lá no campo onde habitualmente jogam.

noutro dia descobri, imagine-se, que existe um james, um ukra e um walter. caramba, mas estes gajos vão jogar, assim, mais ou menos, no lugar onde habitualmente joga quem? 


já agora, pergunto aos lagartos, o moutinho é mesmo bom ou nem por isso? e depois avisem-me, o nuno coelho joga bem ou é outro tonel? não, não estou a gozar. é que sinceramente não faço a mínima ideia se fizeram bom negócio ou não. ou acham que mesmo quando os jogadores das outras equipas estão a jogar contra o meu clube eu lhes dou alguma atenção? deves... deves, deves.

é que se têm perguntado há uns anos se o postiga valia 3,5 milhões... eu teria dito qualquer coisa. não precisavam de ter esperado tanto tempo.

é que se não há dinheiro para contratarem um revisor ao menos que comprem o flip ou uma merda dessas, pá!



eu tenho obrigação de escrever sem erros. tenho obrigação pela mesma razão que tenho obrigação de conduzir bem. (ok, foi uma má comparação) (mas estou a escrever isto à pressa...). andei na escola, tive português. tive a melhor professora de português do mundo, tenho livros sobre o assunto, tenho dinheiro para os comprar, por isso os erros que eu dou não têm desculpa.

eu não sei distinguir o porque do por que (eu acho que até leio a regra todos os dias e mesmo assim...), eu vou sempre ao diccionário quando quero saber se se escreve perspectiva ou prespectiva, se se escreve demais ou de mais, se as palavras terminadas em eis são acentuadas ou não, tanta tanta coisa que me recorda que nem eu nem ninguém sabe tudo sobre isto. é a vida, tento melhorar, nem sempre tenho sucesso mas ainda assim não é isso que me impede de vir aqui queixar-me quando vejo pessoas que deveriam escrever, não digo sem erros ou lapsos, mas pelo menos, sem alguns "erros".

como por exemplo este erro da foto. caramba, há erros o corrector do windows não detectará, como  quando escrevemos cozido quando pretendíamos escrever cosido. agora quando o mesmo erro aparece duas vezes seguidas...

oh meu deus, anda a asae a fornicar o juízo por tudo e por nada e não há um caralho duma entidade governamental qualquer que trate de emitir umas multazecas a este tipo de prevaricadores?

notícia choque das férias: existe uma revista chamada cuore

a ver se nos entendemos, eu dou de barato revistas de gajas. coisas de moda, de televisão, merdas assim. na boa, não tem mal nenhum. já torço o nariz às revistas cor-de-rosa mas o que é que havemos de fazer? nada, não é? além disso há pessoas que gostam de lá aparecer, há uma industriazeca que gira ali à volta da coisa. e se o povo é cusco por natureza (e não, não é exclusivo dos senhoras. se fosse, o octávio machado não era convidado regularmente para programas sobre futebol) então demos-lhe o que eles querem.

a cuore... bom, sério, não entendo aquilo. aqueles conteúdos estão para lá da cusquice, estão para lá de tudo.

ou não?

caramba, há revistas sobre tudo e mais alguma coisa. há quem se interesse por aeromodelismo, há quem se interesse por bordados, por animais, por astronomia, por tatuagens, por história, por política, por desporto... e por isso há revistas sobre isso tudo. e toca a vender. nada contra. caramba, eu até acredito que há gente que se interessa por bombas para piscinas, ora.

agora a cuore?

sério, não entendo.

qual é o gozo? qual é o prazer? quem é que gosta daquilo? e gostam do quê? e por quê?

eu desato a comer favas ou passo a questionar seriamente o mundo em que vivemos se a cuore durar mais que a kapa.

(vai durar, não é?)