domingo, janeiro 11, 2009

este campeonato está viciado*

e no final dum jogo de que já não me recordo, o vítor manuel, entra no campo a correr, vai em direcção ao árbitro e trocam ali umas palavras. as imagens mostram gestos exaltados entre os dois homens e vêem-se no final uns cumprimentos de cortesia.

no flá chinterviú o jornalista mete veneno nas palavras e pergunta-lhe:
- viu-se ali mosquitos por cordas entre o senhor e o árbitro, quer comentar?
- nahhhh, nada disso. tão simplesmente eu abeirei-me do árbitro e disse-lhe «ó olegário, filho, aquilo ali era penálti, porra! falhaste naquele lance»...

reparem bem no uso do «filho». um dos logótipos deste treinador.

... e ele depois disse-me «ó vítor, se falhei foi sem querer.» e pronto, e são coisas do futebol, eu sou muito amigo do olegário e ele, certamente continuará a ser meu amigo.

hoje voltei a recordar-me desta famosa cena com este treinador - pelo menos para mim. e atenção que há outras - quando ouvi as declarações do jesualdo no fim do jogo de hoje.

não sei se o porto teve azar, não sei se o porto mereceu ganhar. sei que falhou muitas bolas e fez uma primeira parte de cáca. houve alguns lances onde foi prejudicado. o jesualdo teve razão na apreciação. já não esteve tão bem quando aludiu o desempenho da arbitragem do jogo do benfica. fica-lhe mal. e fica-lhe mal porque - e eu meto um colhão no cepo e tudo - eu tenho a certeza que daqui até ao final do campeonato, existirão outras arbitragens que beneficiarão o clube e prejudicarão os adversários. e nessa altura não ouviremos o jesualdo dizer que «ah e tal e a nossa equipa foi beneficiada pelos erros da arbitragem». não ouviremos o jesualdo, nem o bento (a quem um dia ouvi dizer que «as más decisões a seu favor existiam para compensar as que acontecem injustamente contra o sporting.» palavrinhas bonitas, não é?) nem o quique, nem o silvio cerdan.

uma chapelada para as declarações do capitão do trofense, não sei quê do ó, relativamente à sua expulsão bem perto do fim do jogo.

níbel!

* uma das cuspidelas para o ar ditas pelo sílvio cervan.

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