- ... e eu até tinha comentado com a minha mulher no outro dia em que aqui estivemos, o pedro deve ser moçambicano. e ela até perguntou «achas que sim, vítor?». e eu disse que sim, que achava que só podia ser moçambicano. a ginga, a forma de falar, a forma como falou comigo, contigo. disse-lhe mesmo, o pedro é moçambicano. e agora está a dizer-me que não é e eu fico triste. e sei que aqui a minha mulher vai se meter comigo por eu ter-me enganado. mas eu fico na minha: o pedro, para mim, é moçambicano. não se importa, pois não?
- claro que não, senhor vitor. se é um carinho, até agradeço.
- vês, eu bem te dizia, o pedro é dos nossos.
e ela sorria, em silêncio, com aquele ar de quem o atura (mas até gosta) há uns 20 ou 30 anos.
e eu fiquei contente, claro.
- claro que não, senhor vitor. se é um carinho, até agradeço.
- vês, eu bem te dizia, o pedro é dos nossos.
e ela sorria, em silêncio, com aquele ar de quem o atura (mas até gosta) há uns 20 ou 30 anos.
e eu fiquei contente, claro.
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