terça-feira, setembro 30, 2008

bss

acordo, estico o braço esquerdo - minto, foi mesmo o direito - e ligo a televisão. surge a sic radical, está a dar o cc.

levanto devagarinho o volume e aquilo desata a cascar um escarcéu do caraças. são imagens dos buraka a tocar ao vivo. o povo, nota-se, está ao rubro.

eu? eu fico pasmado a olhar para aquilo. é um barulho estupidificante, parvo, bruto. ao nível, diria, daquela claque das mulheres do estádio do nacional.

volta bonham, estás perdoado

se por acaso...

...sei lá, assim, por acaso, um gajo conhecido como o pacheco pereira, estiver a fazer um post, dar-lhe uma síncope e a cabeça cair em cima do rapo, precisamente quando este tem o ponteiro a vaguear sobre o «publicar mensagem», colocando on line o que escreveu, isto significa que a níbel de mortes e obituários, ganha ele, não é?

também não?

também quero fazer um post sobre o paul newman

é mesmo obrigatório fazer um post sobre o paul newman? é? é mesmo?

hum...

então se alguém morre, a gente, tunga, faz um post sobre esse alguém, é? compreendo.

então e se eu fizer um post todo bacano sobre, suponhamos, o james woods e, calha de caminho, dois dias depois ele lerpa. tenho de fazer outro?

tenho, não é?

e bom bom, é quando conseguimos fazer um post, antes de todas as outras pessoas fazerem, não é?

ou o que interessa é mesmo fazer uma coisa assim, estilo, "rest in peace" com uma fotografia, ou vídeo e tal, é isso? hummm...

então e se eu tiver feito um post sobre o james woods e depois o gajo morre. se o post for porreiro, pode-se dizer que fico a ganhar a todos. ou não?

tem mesmo de ser depois da morte, não é? que porra!

bom, bom, era conhecermos alguém nos hospitais e morgues e assim, não era? isso é que era!

bom, mas se calhar o melhor é ter a cnn sempre ligada. nunca se sabe.

se o manuel de oliveira morrer, a cnn sabe?

segunda-feira, setembro 29, 2008

e se fosse assim amanhã, hein?


o resultado do arsenal neste fim-de-semana, fez-me recordar um maravilhoso disco dos housemartins. banda cujo nome em português, significa, «a casa da família martins».




a dúvida ...

...persistirá na minha cabeça durante muitos mais anos, qual realmente é que é o melhor, se o st. elmos se o breakfast club.

eu gostava era de saber se os anos 00, ou até mesmo os anos 90, fizeram filmes assim como estes.

não, pois não?




praia em setembro, natal em dezembro

durante os primeiros anos de acção laboral (eh que expressão do camandro!) o meu verão, basicamente era: praia nos fins-de-semanas de julho e agosto, meses em que estava ainda a trabalhar, desforrando-me com put.. e vinho verde, nuns dias de setembro passados no fresco da terra da minha mãe.

é por essa razão que apanhar, já bem perto do fim de setembro, com dois dias de praia, meus amigos, é uma coisa do outro mundo.

dirão vocês «do outro mundo? isso é um exagero». e seria, é certo, não fosse o caso de a coisa se ter dado, à porta de casa, numa praia da linha, com areia porreira e água limpinha. mas limpinha mesmo, catano! havia peixinhos a debicarem-me o pelame das pernas, o que é que pensam?

eu acho que a última vez que tomei banho aqui na linha foi em 1989, salvo erro. ou seja, tinha o cristiano ronaldo quatro ou cinco anos.

desculpem o tema, mas soube-me bem, o que é que querem?


sexta-feira, setembro 26, 2008

vamos lá então levantar, duma vez por todas, o moral das tropas

a pedido de várias famílias (da parte masculina das famílias), cá vai a informação mais pedida. a gaja do teledisco do flashing lights - sim, refiro-me aquelas mamas que andavam para cima e para baixo em direcção ao carro. sim, sim, essas que tinham depois lá aqquele rabo e.... - chama-se rita g.

bom, o resto... ora... usem o gugal, caramba!

danger danger

1990,1991, cassetes fuji transparentes, tropa, perfume photo do lagerfeld, baladas rock, noitadas no rtm de sapadores, chouriço assado com álcool da enfermaria, rádio marginal, camisas cor-de-rosa, miguel simões, hotel california, cassete do mestre de cascais, seagull, feira da ladra, bba, oeiras... danger danger don't walk away!



fala-se muito, fala-se muito das bocas de sino e das golas dos anos setenta, ou daquela coisa das calcinhas justas nas pernas dos anos oitenta - quem tenha mais de 32 anos e nunca tenha tido uma peça de roupa com uma cor fluorescente (rosa, verde, azul ou amarela) que atire a primeira pedra -, mas eu julgo que desprezamos muito as calças em balão («tem calça valone,?» como me disse uma vez um preto na feira da ladra), os enchumaços naquela camisas das miúdas, ou até as botas sendra quem impestaram os anos noventa. pois é, quando o ridículo está já muito longe já não temos tanta vergonha em admiti-lo.

estes danger danger compravam roupa onde meio mundo do rock fm também comprava. olha para estes gajos ou olhar para qualquer elemento dos guns, dos white lion, dos great white, sei lá dos poison, dos tesla ou dessas coisas assim, era a mesma coisa. os cabelos, os tiques com os cabelos, tudo isso era igual.

ainda assim, apesar de cara de maus, eram bons meninos. neste disco, por exemplo, têm por lá uma dedicatória e um agradecimento todo sentido aos paizinhos que os colocaram no mundo.

eu nem gosto desta versão acústica. a que eu gosto é esta aqui. mas esta são meros desenhos animados que algum bacano colocou para ilustrar a música. se alguém conhecer e souber onde anda este teledisco, pronto, que se acuse!

quarta-feira, setembro 24, 2008

eu não disse que este posts era só balelas?


é oficial: eu sou um vidente activo do prison break, cisan fór, por causa do fichtner.



p.s.: pudera, numa série sem grossas de jeito!

eh pá, alembra-me aquela coisa lá dos gajos dos abba, estás a ver?

por razões que agora não interessam nem ao menino jesus - sim, esse das palhinhas deitado - sou obrigado a ouvir o flashing lights do kanye west.

não estão a ver bem a coisa? bom, é esta musiquinha aqui.



bom, bem sei que eu encontro semelhanças em coisas muito estranhas. um dia até hei-de encontrar semelhanças na verticalidade do general eanes com a dos outros políticos portugueses, por exemplo. adiante. é que cada vez que ouço essa tal cena do west, aquilo tem por lá uns acordes com uns sintetizadores que associo a uns outros que existem nesta cena do chess.



sou estranho, não sou?

parvo? ok, aceito! (mas também convenhamos, há desculpas bem piores para um gajo colocar um video como o do flashing lights)

linda quê, filha?




- e não contas ao pai quem vimos na saída da natação?
- .....
- quem foi, filha?
- ....
- conta lá.
- ...
- então não foi o jack?
- foi.
- viste o jack? e estava preso lá na casota dele?
- não, estava mesmo na rua, não foi filha?
- sim. e eu fiz-lhe muitas festinhas. e ele deu-me umas linda belas.
- linda-belas?
- sim, assim com a língua dele na minha cara.

alguém por aqui escreveu, e com muita piada, da filha que em vez de gaveta dizia raveta. o pior é que como era dito com aquela pronuncia do norte, saía um cómico «rabeta». agora pergunto, «a níbel de trocas de letras, este 'linda belas' em vez de lambidelas tem uma grande cachet ou não tem?»

ah, bom!

terça-feira, setembro 23, 2008

quando for crescido vou ter o cabelo como o itan óque

não vejam o before sunrise. pode ser que gostem e não entendam muito bem porquê! se viram e não gostaram, pronto, paciência, se calhar também não perceberam muito bem porquê.

segunda-feira, setembro 22, 2008

lapas, louras e longas!

lembram-se da ji qiu? teve aquele número duplo das férias que estava porreiro. houve depois um outra ainda que saiu já mesmo durante as férias e que também estava bem bom. houve também uma com uma entrevista bem porreira do qual já nem me lembro qual era... ah já sei, a do júlio machado vaz, é isso! bom, vocês sabem, está assim uma revista e pêras desde lá aquele dia em que o sonhor domingos decidiu pegar nas rédeas da coisa.

mas eis senão quando - que início de parágrafo do catano, hein! - bem perto do fim deste número, dou de trombas com a dona filomena mónica.

pronto, entornou-se o caldo. já não bastava aturar a dona rebelo pinto quando - sem querer, sem querer - abro a maxmen - ou será a éfe agá éme? - tinha de levar logo com a seca da dona mónica.

bom, com alguma sorte, no verso do artigo estará um reclamo qualquer e é rasgar logo de início para que o momento de leitura - normalmente no dabliu cê - não me corra mal.

ai vardemari, diz obrigado ó senhôri!


...o professor, refira-se, nem tinha deixado os jogadores saírem do relvado sem antes agradecerem aos adeptos...

esta frase faz parte duma notícia do jornal record que eu li hoje lá ao almoço. e gostei tanto, mas tanto dela que não consigo evitar a publicação.

é que isto é tal e qual como antigamente, quando as mães dos ciganos (e não só) obrigavam os filhos mais mal educados a dizerem obrigado lá ao senhor duarte do lugar da esquina, pela pêra podre - ou não - que tinha acabado de oferecer ao petiz.

falar falar

gostava de entender, qual delas, realmente, eu gosto mais. o my foolish friend não havia em éle pê, tinha-o o vizinho num single que infelizmente foi-se deteriorando com o tempo (não fui eu, pá!). mas tinha-o também a sofia. como também tinha o lifeline, atente-se.



agora o it's a shame é outra louça. é mais o pedal que aquilo tem. e é mais também porque tem um teledisco como não se via na altura.



as orelhas de abano não foram imagem de marca exclusiva nos anos oitenta, são intemporais. foram famosas na minha rua as do malogrado "tonico", também conhecido, no meio, como "punico" e não penico como muitos alvitram.

a dúvida da noite

«então, você vai assim nesta estrada. e tem assim... pronto... uns, como é que hei-de dizer... uns desvianços!»

pois aqui é que está o busílis da questão. ele disse desvianços ou desviantes? e escreve-se desvianssos ou desvianços?

(se souberes, responde, ok?)

quam sabe por altura dos jogos olímpicos

jantar de homens. saída nocturna. mais de 12 horas seguidas sempre a roquanderolar. regresso a casa muito devagarinho. o pensamento vai para aquelas coisas estatísticas «já não tens idade para isto. o corpo já não aguenta. só conseguirás recuperar, talvez em 2010.» chegada a casa de manhãzinha. filha a ver desenhos animados. estores já levantados e tudo. a minha mulher olha para o meu estado e avisa «o próximo, agora, só em 2009!».

tem mais esperança que eu. fico contente.

a4*

o professor lá do meu clube apontou o dedo a uma certa (uma verdadeira, digo eu!) apatia da equipa frente ao rio-ave. eu eu concordo!

o professor lá do meu clube refere-se também a uma grande penalidade não assinalada. curiosamente eu concordo que tenha havido grande penalidade mas não concordo que ele se tenha referido a ela. a não ser que quando haja coisas daquela em «sentido contrário» ele também a elas aluda quando falar lá no flache interviú.

* não, não é o nome de uma auto-estrada. tb não é o tamanho daquelas folhas de fotocópias. é a resposta que o povo dá quando se pergunta a quantos pontos estamos da liderança.

quinta-feira, setembro 18, 2008

um sufoco de vida

e às tantas, lá na reunião de pais, a educadora levanta um pouco o véu em relação ao que vai suceder neste ano lectivo e informa-nos que uma das actividades daquela salinha laranja, consistirá em convidar os pais a irem lá explicar às crianças as suas respectivas profissões.

e a minha imaginação voou directamente na dificuldade (ou facilidade, conforme o talento de quem o pratica) que algumas das mães presentes terá, em explicar aos petizes que:

- às 8h00 já tem de estar acordada porque a empregada, louca como todas, já tem «os meninos» lavados, penteados e comidos, prontos para serem transportados, por ela, até à escola.

- às 10h00 está, pelos cabelos, porque ali em frente à garrett é cada vez mais difícil estacionar para conseguir comer um pequeno-almoço decente.

- às 11h30 tem de estar no élss ende requete clâb porque o raio do pê tê decidiu que não dava sessões da parte da tarde.

- às 13h30, a efigénia já tem o almoço pronto lá em casa.

- às 15h00 tem de repousar num spa da linha porque às 16h30, imagine-se, tem de estar na escola, de jipe* atestado, a recolher os meninos.

* são horríveis estas estradas do concelho!

reunião de pais

acabo de chegar de mais uma reunião de pais das crianças lá da escolinha da minha filha.

perguntam-me «e então, que concluis?»

bom, concluo-o que é francamente horrível e pornográfica a quantidade de mulheres que pintam as unhas dos pés!

(meu deus, tenho penas dos petizes!)

meta vs mari

ontem, já cansado e cheio de sono, carreguei sem querer num botão lá do computador, onde me permitia sacar o novo disco dos metallica.

sem querer, porque vá-se lá a saber porquê, li metallica e assimilei marillion.

lá cancelei a coisa. mas mesmo assim aquilo ainda esteve a sacar uns longos e vergonhosos 17 segundos.

estou com medo do que me possa acontecer.

quarta-feira, setembro 17, 2008

signo? peixes, claro!

andrea de cesaris



[...] a popular joke often told during the 1981 season was to suggest that andreas's car number was 8 to allow the marshals to know it was him when the car was upside down. [...]

[...] driving for mclaren in 1981, the paddock rumour of the time was he was causing so much damage to his cars that his mechanics refused to repair them. in 14 races he crashed or spun off six times, a single point at Imola was not enough to convince the resurgent mclaren team to keep him on. it was at this point that the nickname "andrea de crasheris" was coined. [...]

ó costa calado, entendes agora aquilo que eu te falei sobre o de cesaris?

modernaço

pronto, é oficial, passei a gostar dos keane!

pois, podem começar a gozar mas a verdade é que me deu para isto. sim, não sei como é que isto me foi acontecer, mas, pronto, já está e não há mais nada a fazer.

estou a ficar modernaço é o que é! já não fui a tempo de gostar dos oasis, ainda consegui gostar, mas pouco, assim de raspão dos blur, contudo os coldplay, por exemplo, já eles iam lá ao longe e eu ainda nem sequer tinha esboçado nenhum movimento para gostar deles. pronto, é a vida.

quem sabe se um dia ainda gostarei dos radiohead?



bom, mas convenhamos, gostar dos keane é algo muito além, porra! estou mesmo contente, estou modernaço. venha de lá o brinco na orelha!

e pelas minhas contas, se não for ao baeta entretanto, consigo chegar a abril de cabelo comprido o suficiente, para entrar nos quarenta de rabo de cavalo e com o cabelo bem repuxado para se verem, nitidamente, as minhas entradas na testa.

moderno!

criados a bagaço e pancada!

falo com uma amiga pela net e digo-lhe, na rénação, «ontem, foste uma má mãe.»

e fico a pensar que realmente esta coisa de se ser pai, de se ser bom ou mau pai, de se ser boa mãe, é uma das modernices mais mal (ou bem, pronto) que se inventaram nos últimos quinze anos. pronto, vá lá, desde que começou a sair a pais & filhos.

antigamente, não se pensava nisso, ora! quanto muito, dizia-se que o puto era reguila ou difícil. um gajo via um pai a arrear num filho e tinha pena do pai. se uma professora dava umas reguadas com a 5 olhos num aluno, tinha-se pena da professora porque tinha de o aturar e por aí fora.

ou era o raça do miúdo que não sabia estar quieto, ou era a miúda que só sabia desarrumar, ou eram ambos que não respeitavam os pais.

confesso, isto assim é bem mais difícil. cheguei a pai com duas décadas de atraso.

lá está, estou no sítio certo na altura errada!

p.s.: antes que venha daí a avalanche de comentários - sim, com este blog, mais de 3 comments já é uma festa. 5 é, sem dúvida, uma avalanche. ai que inveja das minhas queridas co-bloggers que têm 50, 70 ou 90 comentários. deve ser tão giro. - moralistas, eu estou a brincar!

com papas e bolos se enganam os tolos

anteontem, pelo telefone da mãe:
- pai, vamos às bolas*, vamos?
- mas ó filha...
- ohhhh, vamos pai, vamos lá.
- ....
- sim?
- mas hoje, filha?
- sim, hoje, vamos.
- o pai está tão cansado...
- vá, vem para casa para irmos.
- ...
- vamos no carro da mãe.
- ...
- se formos eu apanho umas flores e dou-te depois um ramo com elas, sim?

* é o espaço infantil da ikea. devemos ser a única família que vai à ikea só para usufruir dos serviços de baby-sitting.

terça-feira, setembro 16, 2008

uh! ah!, uh, ah!

por falar em iu tubes, se me encontrarem a cena do 'paris' em que o fabrice luchini aparece a dançar o land of thounsand dances, também vos ficaria muito gratos.

iu tube na pré-história

mas não há maneira de se encontrar o i'm falling da j.geils band, no raio dos iu tubes desta vida, para se conseguir fazer um post de jeito, porra?

conversas parvas (sim, entre homens!)

Quim diz:
a cuca? esta melhor?
Pedro diz:
sim, duas colheradas de xarope e ficou fina
Quim diz:
a dani é q nem p isso...
Quim diz:
viroses
Pedro diz:
ohhhhh
Quim diz:
tb esta com febre
Pedro diz:
quantos anos tem?
Quim diz:
3
Pedro diz:
pois, é fodido, já ne está na garantia nem nada!
Quim diz:
népia
Pedro diz:
ela é como as coisas da sony, passam os dois anos da garantia e desatam a avariar
.

é um fartote!

eu não quero errar. nestas coisas de contas e matemáticas nunca foi grande espingarda. mas, ainda assim, pelas minhas contas, eu desconfio que, com esta de agora, e só contabilizando 2008, já é a 5ª vez que a minha filha está grávida.

disse-nos no sábado que eram gémeos.

hollywood fosters. acreditem, não vão lá.

ora imaginem que vão às meninas e, à entrada, a dona do bordel lhes avisa «é só para avisar que as miúdas hoje estão com pouco asseio e é natural que apanhem uma venérea qualquer.» e ainda assim vocês vão e comem. quem é que aqui foi burro? a senhora ou vocês? vocês, não é?

imaginem então que entram no hollywood fosters e o empregado que os indica a mesa lhes diz logo de chofre o seguinte «isto é a altura do jantar, está a começar a encher e temos pouco pessoal. vai demorar»

reparem no seguinte. não estamos num banco ou numa casa de ferragens. não estamos num local onde à hora do almoço haja funcionários que tenham de sair para também comer. não, estamos precisamente, imaginem, num restaurante onde é precisamente o local onde à hora das refeições a coisa deveria estar ao rubro. bom adiante.

e perante aquele alerta, paramos um tiquinho, olhamos em redor, vemos que afinal a ocupação está a pouco mais de meia casa, pensamos que isto são comidas que é só colocar na chapa e servir e acabamos por entrar.

mas as coisas começam realmente a demorar.... e a demorar... e a demorar e lá chega então o menu kid para a mais pequena. um hamburger muuuuuuito seco acompanhado por mas batatas acabadinhas de sair do lume mas que, incrivelmente, chegaram frias.

muito tempo depois, - mas muito mesmo - lá chega o resto da comida. novamente a carne muito seca, as batatas frias, o queijo uma bosta e o bacon a roçar o cru.

a miúda, claro, já farta daquilo, a passar-se dos carretos completamente, eu também já cheio de sono, pedimos a conta e bazámos o mais depressa possível.

curiosamente quando pedimos a conta, esta veio rapidinho. e o rapaz, coitado, ainda disse «o menu da menina tem direito a um gelado». eu com receio que quando ele chegasse à mesa já viesse derretido, preferi recusar.

desculpem-me mas não entendo. aquilo é comida que estará, seguramente congelada. as batatas idem idem. é só fritar e servir. a carne também é só grelhar - acção que nem 2 minutos demora, porra - e servir. fico a pensar que mesmo gastando um impensáveis cinco minutos em cada mesa que estivesse à frente de mim, eu teria, seguramente, tempo de sobra para esperar, comer, arrotar e pagar, mesmo antes de me ser servida a primeira imperial.

e o burro sou eu? és! arhhhhhh!....

(será que aquilo afinal é como aquele cinema que havia na praia da vitória, uma coisa de indianos, em que o senhor que vendia os bilhetes era o mesmo que nos levava aos nossos lugares e que tratava da projecção do filme? será que o gajo que me levou à mesa do restaurante é o mesmo que cozinha e que depois lava a louça?)

é óbvio que cheguei a casa e tive de mamar mais meia litrada de chá de camomila.

segunda-feira, setembro 15, 2008

lonely planet

quase sem querer
sim, os cabrões dos velhos já se tinham abarbatado aos jornais desportivos
dei por mim a ler um suplemento do jornal público. ao que parece houve aí um maduro (terão sido os únicos?) que se lembrou de fazer uns guias de viagens sem ter viajado. ao que parece também, os tais guias não foram feitos duma forma muito católica.

eu gosto de guias. gosto delas porque um gajo quando vai a algum sítio tem de começar por algum lado, não é? mas não faço deles nenhuma bíblia. odeio de morte as revistas de viagens. continuo a achar que aquilo são é revistas de fotografia. portanto, a qualidade das revistas de viagens, para mim, dependem da qualidade dos fotógrafos. agora para decidir se vou para aqui ou ali, meus amigos, nem pensar. além do mais, nunca vi um hotel, uma pensão, uma merda qualquer das que são anunciadas nas revistas que eu diga «eh pá, muito bem, serve para a minha bolsa»

por isso, até prova em contrário, das duas três: ou vou às cegas só com um clique aqui ou ali na net, ou pergunto a amigos (e isto não dá, claro, com todos), ou confio em fotos domésticas. coisas de profissionais, para decidir destinos, lamento, não confio.

guias de viagens, prefiro aqueles feitos por mim (para mim e para quem também quiser apanhar).

chiuuuu!

espero que os portistas se calem bem caladinhos em relação ao diabo vermelho que foi dar um abraço ao bandeirinha, em relação ao presidente que foi pedir desculpa ao xôr árbitro e finalmente no que respeita ao facto de, castigado ou não, esse mesmo presidente não poder ter ido onde foi.

repito, é bom que fiquem caladinhos. nunca saberemos quando precisaremos de utilizar estes actos para futura jurisprudência.

por outro lado, estou já mesmo a imaginar o macaco dos sd a olhar para o migalheiro do seu porsche e a imaginar quantos apertões de pescoço pode ele dar num dia que lhe dê na real gana.

a ver se vou a casa dos meus pais lá buscar umas coisas antigas - mesmo nos momentos mais sossegados


comprado na feira por dois pintores.


altamente lá de cima

se o gonçalves não terminava uma marcor sem que me batesse violentamente com a palma da sua mão nos meus costados e dizia-me: jaiminho, fuôda-se, esta tua márcuór foi tuótil!

e se eu já gostava de dizer tótil, para o resto da vida passei a associar esta palavra aos elogios que o gonçalves - um nobre traficante da sé, gente de abraço e gajo que nos outorgava a amizade a troco duma mão na testa durante o gregório - me dava durante os lavores militares.

sim, é verdade, acabamos por nos entregar às coisas insignificantes porque é com essas que nos vamos vinculando ao passado.

eu até sou dos que julgo que estas palavras "mais modernas", pronto, já estão dissimuladas por todo o país. no entanto há uma ou outra que acaba por ser mais utilizada aqui ou ali.

no norte há uma que eu adoro ouvir. muito mais que 'tótil', muito mais que 'cinco estrelas', ainda mais que 'topo de gama', a minha favorita ao ouvido é mesmo aquela que a filha lá dos donos da cobertura daquele prédio da joão xxi disse quando a loira lá do querido lhes disse para tirar as vendas dos olhos:

- fuôgo, está altamente!

tá quietaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

entendo agora aquela polémica do sousa tavares acerca das crianças nos restaurantes. ele estava era a resguardar os pais das crianças e não os outros das mesas ao lado que as aturam. devia ser proibido levar crianças a restaurantes, não porque incomodam os clientes mas sim porque os pais não conseguem comer em condições!

agora, desculpas-te!

eu gostava até de intitular isto de "é a puta da idade" mas eu acho que é mais vergonha que outra coisa.

ontem num mero almoço de aniversário

devo ter bebido três imperiais - eu acho que foram só duas. ou pelo menos só me recordo de duas. - mas cheguei a casa com uma má disposição do catano. era um misto de barriga às voltas, com a cabeça a moer e mais umas duas vírgula sete toneladas de sono.

brufen, dormida e mais meio litro de chá de camomila para alourar os pêlos do estômago e quatro horas depois estava quase como novo. assim novo estilo 43.345 quilómetros.

mas como quem não dança segura a criança o meu medo principal é como raio eu vou conseguir aguentar um grupo de seis homens bêbados, depois de uns quilos valentes de leitão - a evolução burguesa dos jantares/simpósios do macho português passa dos jantares de bifes com champinhons nos anos oitenta, para a picanha dos anos noventa e vai evoluindo à medida da folha de salários do momento. enquanto pudermos, leitão e cabeça de burro, será a ementa do momento - e vinho tinto, jota bê e sabe-se lá o quê mais.

terei ainda corpo para isto? e alma? alma sei que tenho, pô! mas corpo?

esperemos que aquilo de ontem esteja relacionado com o raio da maio neze - cariño, o nome deste creme é uma homenagem à tua família? -. arrumar-me depois de nem meio litro de cerveja não é um problema físico. é uma vergonha nacional.

revolta serena

desde que os senhores da zon me disseram que podia andar a sacar o que quisesse sem me preocupar com limites de trânsito, tráfego ou lá o que eles quiserem chamar, que ando, dia após dia, a gastar net deus dará.

e bem vistas as coisas isto é mais coisa menos coisa, parecido com aquela sensação de andar a passear numa discoteca com bar aberto mesmo com os balcões semi atafulhados com clientela.

no meio dumas coisas do prince - em breve falarei da coisa - lembrei-me de clicar numas palavrinhas que diziam adicionar o link à lista de downloads - pronto, as palavrinhas não são bem assim mas vocês sabem do que falo - e acabo de descompactar um ficheiro que continha os grandes êxitos dos quiet riot.

a coisa é realmente idêntica, a gente mete-se a mamar shots de golden strike porque é docinho e só quando vomitamos duas horas depois é que reparamos que já duas horas antes tinhamos razão: qualquer cerveja bem tirada, mesmo que só custe uns míseros euros - que não pagamos porque é bar aberto - sabe melhor que uns caros, parvos e gregoriantes shots.

quinta-feira, setembro 11, 2008

To-lenço*




a única memória que eu tinha de toledo estava relacionada com uma soneca que todos nós fizemos, numa estúpida decisão de regressar de benidorm, demasiadamente cansados para fazermos mil e poucos quilómetros durante a noite, após um dia inteiro nos escorregas lá do sítio.

prometi que lá voltava e assim aconteceu, há coisa de dois anos, já devidamente atrelado pela minha mulher e a minha filha.

num dos chopingues centâres lá do burgo, curiosamente propriedade do senhor belmiro lá da senhora da boa hora, existe um supermercado onde comprei um porradão de coisas, entre elas as muito procuradas papas da cerelac. ao pagar, estendo o meu mb e, já de bê i na mão, fiquei a aguardar que a menina mo solicitasse. tal não foi o meu espanto quando a catraia me disse:
- passaporte, por favor.
- passaporte? tenho é aqui o bê i. não preciso de passaporte.
- sim, mas eu necessito do passaporte para conferir a tua identidade.
- sim, eu sei. mas eu sou português e não necessito de passaporte. pode ser feito com o bê i.
- não, para estrangeiros tem de ser com o passaporte.
- está bem. mas para estrangeiros que não pertençam à cê é é.
- não, aqui pedimos para todos os estrangeiros.

e a fila lá na caixa ia aumentando... e aquilo eram para lá de sete da tarde... e o povo queria mas era ir para casa e não ter um cabrão dum chico português a entalar-lhe a ida ao supermercado... e às tantas eu já pensava que aquilo tudo era para os apanhados....

- ó chica, não estás a ver bem a coisa, eu não preciso do passaporte. tu verificas a minha identidade aqui com o meu cartão ou então chamas lá quem tu quiseres que eu não tenho, nem preciso de andar com o passaporte quando venho aqui à tua terra.
- tem que ser com o passaporte.

e às tantas já se aproximava um simpático segurança, atraído pelo aumento de volume de som de uma certa pessoa**

- que passa?
- que passa, é o caralho! é aqui a tua colega ou lá quem lhe deu formação que não sabe para que serve um bê í e emperrou com a agulha no disco, na parte em que diz «passaporte».
- tem que ser com passaporte!
- bom, olha, telefona lá para a caixa central que eu daqui não saio.

e telefonou.

- ela diz que tem de ser com passaporte.
- mas eu sou português, foda-se! estão-me a dar baile, porra?
- lamento, tem de ser com passaporte!
- mas isto é só aqui no supermercado? é no bairro? é em toda a vossa cidade? olha, diz lá à menina da caixa central que tem de me vir cá explicar isto direitinho.

e veio. e veio também com a mesma conversa da colega da caixa mas com um ar mais pedante, mais dado a formação de vendas e relações humanas.

- sim, ela está certa. tem de ser com passaporte.
- mas não entendes que eu sou de portugal? cê é é, pá! não estás a ver? 1985? filipe gonzalez, mário soares? mosteiro dos jerónimos? assinatura? canetas e tal? fronteiras livres? népia de passaportes?
- tem que ser com passaporte! estrangeiro, tem de ser com passaporte?
- mas diz-me lá porquê?
- porque é mais difícil de falsificar que os cartões de identidade?
- ahhhhhhh, achas mesmo? ó filha, tu com quaisquer 300 ou 500 sacos, compras um passaporte falsificado ali na buraca ou coisa assim, entendeste? e vens-me com conversas de falsificações....


lembrei-me que a minha filha estava à nora com fome. o burburinho era idêntico àquele das provas da margarina becel. procuro na carteira, pego em dinheiro, pago e aviso a chefa.

- vamos ali à caixa central para eu fazer uma reclamação.
- de acordo.

e fomos, nós os três portugueses, o segurança e a chefa. lá chegados a menina entrega-me uma caneta e um papelinho, daqueles de escrever recomendações e sugestões para enfiar na caixinha de acrílico.

e é nestas alturas que eu me lembro do que a jei lou disse acerca do seu bronx «difícil não é sair do bairro. difícil é tirar o bairro de nós». e eu, calha de caminho, sem sequer me apetecer que o bairro saia de mim:

- ó estúpida do caralho, mas tu pensas que eu sou da lourinhã ou sou algum «fecha a roda», é? que merda é esta, foda-se? mas estás-me a dar baile? estás a gozar com o meu país? foda-se, não me fodas! estás-me a querer comer o prói e eu a ver? mas então eu peço o livro de reclamações e tu dás-me um papel de sugestões? estás armada em parva?

e o segurança
- acalme-se, acalme-se...

e a minha mulher
- perdes sempre a razão quando se te baixa o chinelo...

- mas acalmo-me o caralho! então não vês que a gaja está a dar-me baile? eu quero é o livro que é referido ali naquele aviso. ali, que diz que tem um livro de reclamações da secretaria lá do caralho da comunidade de castilha-la mancha, foda-se!

e a menina pega no telefone e faz uma chamada "para um colega lá de cima", segundo ela.

- lamento a confusão mas afinal o bê i também serve.
- ai também serve? ai sim? que bonitinho. ficaram foi todos com cagufa da queixinha no livro, não foi? havia era de te obrigar a ires ali para a caixa, à frente dos teus clientes e passares os produtos todos pela máquina, um a um, para aprenderes. como não vou a tanto, fazes o favor de passar para cá o dinheiro e pago aqui mesmo com o mb!

e à medida que ela ia inserindo os produtos, um a um, sem pistola de scanner nem nada, eu continuava a foder-lhe os cornos, conversando com o segurança.

- vês, tão armada em forte, tão armada em mete nojo com os portugas, mas agora arma-se em coninha de sabão. querias dar baile à gente? está bonito, está...
- calma, calma, tranquilho.
- ó meu querido, eu estou tranquilho, pá. agora não suporto é estarem-me a comer o cu e eu não poder gozar também, porra!



no dia seguinte, a minha mulher, sozinha, numa loja de roupa. a mesma história:
- tem de ser com passaporte!
- ai......

depois de umas conversas para cá, outras para lá. a justificação do bê i e tal... e às tantas a menina da loja, olha para uma coisa no visa:
- que quer dizer «dra.»?
- olha, é doutora. porquê?
- doutora, «médica»?
- sim, se for bom.... pode ser!
- ahhh, então tudo bem. pode pagar sem passaporte.

conclusão, "a níbel" de relações comerciais, em toledo, além de estúpidos também conseguem ser provincianos!


* alcunha que um meu professor de sociologia colocou ao actor sérgio viotti, que na novela meu bem meu mal, se chamava toledo. era um gajo ricaço que andava sempre bem vestido, com uns lenços de seda ao pescoço e tinha como esposa, a fressureira boazuda da isis de oliveira, ou seja, a mimi toledo.
** sim, eu!

nas silabas ou letras trocadas...

... há umas quantas que ela diz que me deixam à nora:

- colimão em vez de comilão
- celerac em vez de cerelac
- ovo mau em vez de lobo mau
- ovelha maia em vez de abelha maia
- ...
e a minha favorita
- bruta em vez de gruta!

esta última dava uma frase de grande níbel: «com a clotilde? oh, foi
por detrás, lá na bruta, sempre à bruta!»

há onze anos

saudades de saltar num concerto. ali, assim, bem juntinho às grades. e quando saltámos o iwf, porra!, saltamos com todas as energias acumuladas por aqueles anos todos de espera.


há onze anos


igualdade 1

por mais que me custe, porque como sabem gosto deles p'ra caralho, ainda me custa ver o deco e o pepe na nossa selecção.

diferença 3

após dois jogos, a albânia lidera um dos grupos de qualificação para o mundial de futebol* ** *** ****.

* mundial de futebol masculino.
** ainda por cima, o nosso grupo.
*** aqui, confesso, estou um bocado envergonhado por ter nascido num país que está num grupo de qualificação liderado pela albânia.
**** a albânia, foda-se? pátria do enver hoxha? que vergonha!


diferença 2

houve um guarda-redes da selecção* que admitiu ter errado lá num lance do jogo.

* da selecção portuguesa, atente-se!

diferença 1

antigamente, perdíamos e eu ficava entre o chateado e o "que se lixe!"

agora, perdemos e eu estou francamente fodido!

quarta-feira, setembro 10, 2008

olha aqui, vês, ainda me dói e tudo, pá

acerca daquela coisa do cristiano rodriguez (acho que se deve ler rórdigués) que o benfica denunciou lá com ajuda dumas cameras de filmar que o eles lá tinham no estádio - que raio de qualidade de imagem é aquilo, pá? mas eles filmaram aquilo em super 8? - tenho o seguinte a declarar:

- ó nuno gomes, não me fodas, pá! mas alguma vez aquilo é uma agressão? repara, agressão??? mas está tudo bêbado? eu mostro-te o que é uma agressão.



vês, isto é uma agressão. agora um biquito no calcanhar? tem juízo, foda-se! nem mereces ser chamado de gajo do norte? o pascoaes, teu conterrâneo, deve estar a dar voltas na tumba, pá!

vá, tudo menos aquela gaja ali!

não sei explicar muito bem a coisa ou então é coisa que não merece muita explicação. a verdade é que há vozes que demoram mais tempo que outras a entranhar.

o steve hogarth entro logo à primeira. o peter gabriel ainda por cá anda, o ricky ross é mesmo catchy e até o justin currie me deixa muitas saudades. mas pronto, são vozes que para mim funcionam como instrumentos.

outras há que me deixam logo petrificado como se estivesse a ouvir o guincho do giz na ardósia. ou são enjoativas ou são, simplesmente irritantes. não significando que sejam más. mas isso já são outros trezentos.

há ainda outras vozes que fui enjoando e só recuperei anos depois: o robert smith o morrisey, etc..

a tracy thorn é uma das que enjoei logo de início. vinte e poucos anos depois curei-me. com ajuda dum cd da minha mulher que está alojado na minha telefonia do carro há um bom par de meses (record mundial da especialidade), peguei depois no mundo da net e saquei o resto da discografia.

quem sabe se um dia me curarei do tom yorke ou do liam gallagher, quem sabe. até lá, aguardemos com esperança. gosto de alargar os meus gigas de música a consumir pela noite e viagens fora.

até lá fico com a minha última conquista: ebtg.



(tadinha, afinal eram inofensivos)

terça-feira, setembro 09, 2008

para acabar de vez com o baía!

a minha ideia não é obviamente defender o baía. o moço, da minha idade, sabe onde anda e sabe que anda por cá há tempo suficiente para entender como é que as coisas se passam.

e as coisas passam-se assim:
- há umas coisas que aconteceram há cerca de seis anos. nessa altura o scolari não convocou o baía.
- estava no seu direito, obviamente. ele lá sabe porque é que acha o ricardo melhor que o baía. e, até eu achei isso. em certas alturas da sua carreira, o montijense era bem melhor que o balizas.
- o que ninguém nunca compreendeu foi porque é que em tantas convocatórias que o brasileiro efectuou, não houve uma única em que o seleccionador chamasse o baía para ver como é que ele era lá no meio do grupo. caramba, eu aceito que ele julgue que o quim era melhor que o baía, não aceito é que julgasse que o bruno vale - um dos que convocou e utilizou - fosse melhor que o guarda-redes portista.
- não esquecer também, para os mais distraídos, que o baía foi considerado o melhor guarda-redes da liga dos campeões. vale?
- ora, assim sendo, obviamente, era natural a estranheza e indignação por parte do guarda-redes, dos portistas e do restante milhão de adeptos que não são benfica ou sporting. para estes últimos, tudo o que aparentemente fosse contra o fcp, seria bom para o país. ou seja, o falhanço do ricardo com o luisão foi bom para o país, o falhanço contra a grécia também e já neste europeu, os diversos falhanços - vide alemanha, por exemplo, foram bons para o país, presumo!
- concluía-se que a não utilização só poderia estar relacionada com assuntos extra-futebol.
- e na altura foi tudo mera espaculação, já que o seleccionador não fala sobre os não convocados. uma atitude, diga-se, corajosa!
- diz o baía, e bem, que não adiantou mais comentários nessa altura, para não bulir com o desempenho da selecção e muito menos dos guarda-redes convocados.
- passados seis anos, há então umas declarações, onde o guarda-redes diz que a atitude do seleccionador foi covarde.
- houve então alguns que lhe apontaram o dedo devido ao taimingue destas declarações, aludindo ainda à falta de elegância das mesmas, pelo facto do acusado estar já fora de portugal.
- o que eu sempre estranhei, foi ninguém aludir, após as declarações do antigo guarda-redes, o facto das mesmas virem no seguimento de um livro, onde ele é acusado, isso sim, de ser elemento perturbador dos balneários por onde passou.
- os mais distraídos saberão que quem escreve uma coisa dessas não o faz apenas para inventar, é seguramente porque sabe de alguma coisa. e se o sabe é porque lhe foi transmitido pelo seio do seleccionador.
- assim, criticam o baía por ter cão e por ter gato. se se calasse, estava a concordar com o livro. se falasse, era pois um covarde. teremos, então, de exigir, repito, exigir ao baía que seja um bom cristão. que receba um estalo nas ventas e que amoche e ofereça a outra face.

eu gostava que esses jornalistas também se calassem, se houvesse outros jornalistas que os acusassem de serem péssimos elementos nas redacções dos jornais. calavam-se?

às vezes, quase sempre, confesso, acertas!

ecologia

olha que esta! apesar de serem sempre às 8 da manhã (da madrugada, digamos) eu sempre fui a todas as aulas de ecologia. a professora era bestial, séria e tal, sem grandes baldas, mas das poucas lá na faculdade que se lembrou de saber que havia uma palavra chamada pedagogia. ainda assim, apesar da matéria ser maçuda como tudo eu lá participei e tal. não era, obviamente grande aluno, mas lá deu para fazer o semestre dispensando a exame tudo.

não aprendi grande coisa é certo, mas sempre fiquei a saber que "o ambiente que nos rodeia" é a mesma coisa que o "hall de entrada".

não fiquei a saber de onde vinham o dinheiro para abate de sobreiros, nem sequer soube pormenores dessa coisa de quioto e tal...

estou aqui a pensar e noto também que não dou importância aos anúncios televisivos da reciclagem. estava eu convencido que não era necessário.

ora, eu quero aqui acusar o facto de haver certas embalegens de leite que anunciam lá que devem ser depositadas no ecoponto amarelo. outras há, do mesmo género, que dizem que o ecoponto é o azul. a sociedade ponto verde diz que devem ser no amarelo. meus amigos, ou voltam a pôr lá apenas o vidrão - no chão não, no vidrão - e o resto é tudo à balda para o lixo, ou metem um senhor lá nos ecopontos a dizer "ora faxavôr, é neste... é naquele...é naqueloutro" ou então a asae que tome conta disto e me envie uma cartinha que decida, duma vez por todas em que raio de ecoponto devo eu colocar as embalagens de leite, porra!

haja paciência!

sexta-feira, setembro 05, 2008

não é bem ser a mesma cara. é mais, sei lá, dar ares de...



há qualquer coisa de olímpico no
actual penteado do miguel veloso. corrijam-me se estiver errado, por favor.

ondaças

pronto, não digo para sarfar, que é assunto do qual só percebo a qualidade dos rabos femininos das eventuais espectadoras*.

mas convenhamos, isto dava cá umas carreirinhas à maneira, não dava?


* miss reef, obviamente.

quinta-feira, setembro 04, 2008

the stranger




um par de anos depois do prec, mais ou menos na altura em que o joel branco andava a dizer que o mundo era uma bola de algodão, andava outro joel a fazer um molho de canções que desarriscaram do primeiro lugar do top amaricano aquela estopada das pontes sobre as águas e mais não sei o quê.

um disco perfeito!

(mas perfeito mesmo, caraças!)
(não digo que tenha havido muita "foda" - que as houve, atenção - mas tenho poucas dúvidas que tenha havido muito roça-roça, mas muito mesmo, ao som deste disco)


bobo da corte vermelha

uma em cada três crónicas (as outras duas são sobre as falcatruas do jnpc) do rap no jornal a bola são sobre o suposto golo do petit contra o clube.

neste domingo, volta a aludir ao tal lance, ao mencionar que estranhou um golo como o do cardozo ter sido validado. diz ele que é um acto raro.

meu caro rap, ponha-se na fila porque no guichet onde se apresentam essas queixas há gente à frente.


lava mais branco

o que se passa com a foto do alvim na campanha da vobis? está tão lavadinho, com tão bom aspecto e tal...

e o cabelo, já viram o cabelo? nem chungoso, nem lustroso, nem oleoso...

photoshop, não?

quarta-feira, setembro 03, 2008

deve ser da mudança do tempo

aconteceram umas coisas giras neste sábado na luz, não foi?

- o tal senhor que decidiu dar uns amassos ao bandeirinha.
- aquela plantação de cãibras, do meio da segunda parte em diante.
- o cotevelinho malandro do luisão
- a violação involuntária* do senhor vieira.
- ...

e o senhor delgado ainda não escreveu nada sobre o assunto?

* o que é uma violação involuntária? é quando nos empurram quando estamos lá nas canzanas?

alcoentre

a percepção que tenho é que o prison break se está a tornar numa espécie de dallas mas em mau.

vamos lá a ver se nos entendemos. a coisa começa porque há um moço, muito bem apessoado e tal, que decide fazer uma tatuagem "full body" com esquemas duma prisão que ele mesmo ajudou a reconstruir. a ideia era sacar de lá o mano, injustamente preso.

e durante uns quantos episódios andámos ali a ver que mais ele iria tirar da manga (da pele, neste caso) para conseguir os seus intentos. foi giro ver os enigmas que aquelas tatuagens lá tinham escondido.

umas quantas épocas depois, vemos que o espírito inicial está completamente perdido. quando o enchimento de chouriços já não chega para preencher episódios e entreter a malta, parte-se para o pior dos piores. ou seja, os bons afinal são maus, os maus afinal - então não se estava logo a ver? - eram bons, etc. e neste aspecto eu até dou de barato. pronto é a história que dá as suas cambalhotas. o que me tira do sério e me dá vontade de partir para outra - série, claro - é quando os autores alargam a coisa para cima e para os lados: afinal os maus são maus porque há uns ainda mais maus que os controlam e, umas quantas temporadas depois, verificamos que esses que estavam acima dos maus têm ainda outros maus mas mais maus que mandam neles. no fundo é algo que já vimos no lost.

bem sei que nem todas as séries são como o west wing. já não falo dos sopranos porque não vi. mas quando a ideia é contar uma história ao longo de duas dúzias de episódios e não uma história por episódio, a coisa tem mais que se lhe diga. fazer isto não em duas dúzias mas em quatro temporadas já é coisa bem mais difícil.

então, tratamos de ressuscitar mortos e coisas assim do género.

ontem, além duma ressureição, assitimos lá no prison break ao apagar, tal qual uma elsa raposo, das tatuagens que eram um dos principais personagens da série. e pronto. os maus que foram bons e depois voltaram a ser maus e agora são bons outra vez, estão novamente unidos por mais uma causa qualquer. e mesmo alguns personagens que deviam andar ali nas redondezas nas temporadas anteriores, afinal, como que por magia, só surgem nesta quarta temporada.

pronto, não vos peço coerência, isto não é a música no coração, eu bem sei. mas se calhar era melhor começar a ver que há coisas que já deviam ter terminado. ou pelo menos, não serem tão pretensiosas.

bye bye, scolfield.

nota final: infelizmente eu estou aqui a cagar postas de pescada mas no fundo continuarei a ir, às tantas da noite, ver se o episódio já está disponivel lá no fórum para eu o sacar e ver na noite seguinte. sou um parvo. tenho dito!

eu não tenho apenas seis coisas na minha cabeça


so if you take, then put back good
if you steal, be robin hood
if your eyes are wanting all you see
then i think i'll name you after me
i think i'll call you appetite.

patrício josé,
onde tens andado? tenho saudades tuas, pá.

a culpa é tua que me fizeste recordar isto.

terça-feira, setembro 02, 2008

então:


férias com crianças não são férias são trabalhos de monitores de colónias de férias. com o calor do verão, cerveja tem de ser "mines". o i am legend afinal até é um filme porreiro, bolas! adorei p'ra caraças o wish you were here do mike gayle, ele é definitivamente o meu escritor. mais uma vez adiei a hipótese de olhar para o céu alentejano de atlas astronómico na mão. para não variar, culpa do raio do luz lunar. o october road ficou despachado, grande banda sonora. sobre a série falarei noutra altura. maya mistic magnum, um dos grandes responsáveis por mais dois quilos de banha na minha barriga. coimbra ainda é...coimbra! pedalar naquelas rectas e planuras alentejanas, à tardinha, com o coverdale a entranhar-se pelos nossos ouvidos adentro, ui! ainda é aquela base. deixa saudades. fui mais vezes a portalegre numa semana que em 39 e tal anos de vida. não esquecer de evitar 'tipo' e ' não tem mais nada', podemos-nos viciar. os mecânicos de biclas lá no alentejo, além de bons, têm a mania de não nos quererem cobrar os serviços de afinação dos carretos. li pela terceira vez o catcher in the rye - desta vez até li em português para que não restassem dúvidas - e continuo a não a entender o que de especial tem o raio do livro. lá terminei a primeira série do 24. caneco, se não fosse o raio do canastrão do kiefer, até que a coisa se tornava mais interessante. mas não é má. aceito. não lhe encontrei foi o fuss que meio mundo encontra. rio de vide, concelho de miranda do corvo, filha da puta de leitão mais bom. de caralho para cima, atenção, hã? a níbel de tinto, para se beber nas férias, não há dúvidas, é consumir da adega cooperativa de gouxa. temos de ir buscar outra vez o jacob adriaanse para se conseguir ganhar um jogo ao sporting? por falar em bola, eu não quero agoirar, mas nunca esquecer que o henrique flores foi despachado do real madrid, porque o clube madrileno contratou um tal de secretário, "a nódoa", como era conhecido pelos super-dragões. ora um gajo que é trocado pelo secretário, tss,tss... e para a judar na engorda, pequenos-almoços diários, corridos a duas sandes mistas - com manteiga, claro - e mais uma leitada com chocolate no kentidoce de góis. esqueçam as paneleirices de se ir aos picos da europa e tal. se a ideia é dar uso à direcção assistida, ide até ao vidual, colmeal, cepos, unhais, barragem de sta. luzia, fajão, merdas assim. ora pegamos em routes pela serra e continuo em roots lá na serra. fui, após já nem sei quantos anos, ver onde nasceu a minha avó beatriz lá em janeiro de baixo. eu nunca a conheci. ela de mim, só me sentiu sob a pança da minha mãe. é bonito estar no meio deste passado. férias igual a revistas cor-de-rosa. gostei de ver o ronaldo em grandes linguados lá à gaja, enquanto dava as costas ao pinto da costa. gosto de ver as tias e as sobrinhas lá nas fotos das festas algarvias. é mesmo obrigatório vestirem assim tão mal? entre o estilo burberrys da ihola! (estavam à espera que escrevesse !hola! não era? pois, para mim aquilo nunca será o ponto de exclamação invertido. para mim é iola e mainada!) e o estilo manta rota da flash, prefiro sempre o espanhol. até porque, pessoalmente, o estilo revista flash, caras, vip e não sei mais o quê, é no fundo um descendente do saudoso catálogo ramirez & raul, mas em mais caro. os tudors são realmente uma série do catano, mas às tantas, ficamos ali meia série à espera da autorização da anulação do casamento do gajo. não se podia pôr aquilo em, sei lá, apenas dois episódios de espera? e por que raio, decidiram enxovalhar o rei português daquela maneira? havia necessidade? caneco, se a ideia era inventar, faziam-no com outro país qualquer, não era? estive em coimbra e esqueci-me de ir às pizzas da montarroio. (maldito catálogo de bicicletas. eu bem disse que não o queria levar lá do balcão da loja) que porra, já não vou àquelas scott de dez mil euros, nahh! além disso não gosto de biclas de estrada. mas caneco, há ali umas coisas na casa dos cinco mil euros que são um mimo. adoro vê-la, cada vez mais crescida e com pelo na venta, a debater-se com dois pratos (eu disse pratos, não disse pires) de caracóis e refilar quando eles teimam em se esconder lá na casinha deles. além dos gelados magnum - mini, miniaturas, grandes, granjolas, etc - diários que eu mamava, há a considerar também aqueles restos de gelado que a minha filha, graças a deus, não queria. o meu sobrinho - um sacana que uma enfermeira, há coisa de 16 anos lá para os lados da bissaya barreto, se lembrou de me colocar nos braços - deu-lhe de chegar aos 182 centímetros de altura. além disso, mesmo magro e seco, tem músculos que eu nunca tinha visto na vida. pelo menos no meu corpo. vai á merda, sim meu querido? a ideia é lavar o carro para se ir de férias ou lavar o carro quando se vai para o trabalho? e porque raio as férias são sempre em sítios com tanto pó e palhinhas que se agarram aos sapatos e ao chão alcatifado das viaturas? parece que a melhor ideia é um ipod de 80mb. pronto, ouve-se no carro como se estivesse em casa. espetamos para lá tudo o que temos lá pelas gavetas. vamos ver, vamos ver. bucho no lago verde, aquele restaurante que fica junto à barragem lá de pedrógão. catano, ainda dizem que não há comidas perfeitas. os maranhos também estavam muito bons. agora o bucho... ui. ao nivel dos borilhões que comi em monsanto no ano passado. ir à terra da minha mãe de férias faz-me saudades do tempo em que tinha férias em setembro. aliás, para mim, férias é em setembro. fazemos o bronze nos fins-de-semana de junho, julho e agosto e usamos o setembro para a engorda. e à noite já fazemos as saídas de pulouvâr pelas costas, assim à beto do deck, com as mangas a servirem de cachecol. mas sempre de chinelame nos calcantes.