Um abraço e um beijinho especial para os meus amigos Pinto e Hélder, que no espaço de 5 dias, viram o seu clube ganhar aos dois últimos campeões europeus.
domingo, fevereiro 26, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Agarradinhos
Quando a minha filha não quer comer, tomar banho ou vestir-se, dou-lhe pouca importância. Normalmente, tento fazer com que nessas birras não bata com a cabeça nas paredes (sim a loucura chega a tanto), obrigo-a a comer ou a vestir-se, depois pego-lhe ao colo, abraço-a muito juntinho a mim e para atenuar a sua dor, canto-lhe canções como esta:
Tentou contra a existência do humilde barracão
A Cuca* de tal por causa de um tal João
Depois de medicada, retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exactidão
O lar não mais existe, ninguém volta ao que acabou
A Cuca* é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
A Cuca* errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou
Na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal.
e ela lá se acalma.
* Joana, no original. Cuca é um dos nomes como a minha filha é tratada cá em casa.
Atente-se na fotografia, a uma "poça" de baba no meu ombro, com um carreirinho a escorrer omoplata abaixo.
Tentou contra a existência do humilde barracão
A Cuca* de tal por causa de um tal João
Depois de medicada, retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exactidão
O lar não mais existe, ninguém volta ao que acabou
A Cuca* é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
A Cuca* errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou
Na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal.
e ela lá se acalma.
* Joana, no original. Cuca é um dos nomes como a minha filha é tratada cá em casa.
Atente-se na fotografia, a uma "poça" de baba no meu ombro, com um carreirinho a escorrer omoplata abaixo.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Piscina de fígado
Então agora não se vê ninguém a dizer que o Benfica só ganhou ontem porque o Liverpool não jogou um caracol? Ou porque não fez um ataque de jeito? Ou porque nem sequer o Moretto fez uma defesa digna de nome?
Se estou a menosprezar a vitória do Benfica? Não, não vão por aí. Eu estou é farto que se menosprezem vitórias, sejam elas à rasca, à rasquinha ou mesmo folgadas. Ganharam e pronto. Os cámónes que se aguentem à bronca!
(pré-comentário a possíveis comentários: não, isto não é ironia nenhuma e não, não estava a torcer pelo Liverpool. eu fico é em broa quando ouço dizer que o Benfica - neste exemplo - só passou a fase de grupos porque apanhou um fraco Manchester ou um acessível Lille. acho uma estupidez dos diabos. é que o que eu acho que se devia, eventualmente - atenção a este advérbio, ok? - escrever é que o Benfica ganhou, apesar de ter apanhado um fraco isto ou um fraco aquilo. mainada!)
Se estou a menosprezar a vitória do Benfica? Não, não vão por aí. Eu estou é farto que se menosprezem vitórias, sejam elas à rasca, à rasquinha ou mesmo folgadas. Ganharam e pronto. Os cámónes que se aguentem à bronca!
(pré-comentário a possíveis comentários: não, isto não é ironia nenhuma e não, não estava a torcer pelo Liverpool. eu fico é em broa quando ouço dizer que o Benfica - neste exemplo - só passou a fase de grupos porque apanhou um fraco Manchester ou um acessível Lille. acho uma estupidez dos diabos. é que o que eu acho que se devia, eventualmente - atenção a este advérbio, ok? - escrever é que o Benfica ganhou, apesar de ter apanhado um fraco isto ou um fraco aquilo. mainada!)
Crash, Boom, Bang!
Na escola preparatória, umas das brincadeiras favoritas que eu tinha com o Zé, o Dias e a Ana Maria (a maria-rapaz do grupo) era reinar à pedrada. Calma, não é nada disso que estão a pensar, era uma coisa tão simples e inocente (?) como colocar um gajo num extremo de recreio a mander pedras e calhaus a um outro que estivesse no extremo oposto. Uma brincadeira lindíssima, instrutiva, pedagógica e saudável.
Ora, tive um colega que um dia perguntou se podia brincar connosco, era o Vítor Maneta (isto é mesmo nome, não era alcunha). Tudo bem, dissemos nós, vais para o lado de lá e mandas pedras à gente. Quando ele então perguntou se a ideia era acertar na gente, nós, habituados à fraca calibragem dos nossos braços, dissemos ingenuamente que sim.
Ora o Maneta foi o gajo com a melhor pontaria que eu já presenciei em toda a minha vida. Na primeira tentativa gritou para mim, "ó Jaime, vou mandar-te uma pedrada à cara". E pronto, fiquei ali parado, a uns bons 20 metros dele à espera da dita cuja, para posteriormente me desviar.
Meus amigos, eu só me lembro de ver a gaja, a uns 5 metros de mim, numa velocidade do caraças, e no instante seguinte, senti-la a bater-me nas trombas. Ahhhhhhhhhiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!
Pergunta-me ele "então não era para acertar?". Eh pá, ó Maneta, era. Mas não sabíamos que conseguias assim com tanta calma, fónix!
Lembrei-me disto ontem quando vi o filme Crash. A única coisa que eu consigo dizer, é que o filme é uma pedrada nas trombas. Pimba!!!!
Não é à toa que foi escrito, adaptado e dirigido pelo Paul Higgis. Um senhor que se lembrou também de escrever o Million Dollar Baby e um porradão de argumentos para episódios da Thirtysomething (também foi um dos criadores do Walker - o Ranger do Texas, mas isso agora não interessa nada!)
Foi o mais fantástico filme que eu vi desde, sei lá, talvez o Heat. Ou o Traffic. Ou o As coisas que nunca te disse. Ou a Cidade de Deus. Ou O Jogo. Ou pronto, não interessa, é um filme "de caralho p'ra cima, prontos!"
Minha amiga Lénia, um avisozinho, se a ideia é continuares a recomendar-me filmes e músicas com que eu depois me apaixono perdidamente, podes tirar o cavalinho da chuva. Não me consegues por a gostar dos Radiohead nem dos tais que não chegaram a ser, ok? (ai que eu ainda mordo a língua, ai, ai!)
Ora, tive um colega que um dia perguntou se podia brincar connosco, era o Vítor Maneta (isto é mesmo nome, não era alcunha). Tudo bem, dissemos nós, vais para o lado de lá e mandas pedras à gente. Quando ele então perguntou se a ideia era acertar na gente, nós, habituados à fraca calibragem dos nossos braços, dissemos ingenuamente que sim.
Ora o Maneta foi o gajo com a melhor pontaria que eu já presenciei em toda a minha vida. Na primeira tentativa gritou para mim, "ó Jaime, vou mandar-te uma pedrada à cara". E pronto, fiquei ali parado, a uns bons 20 metros dele à espera da dita cuja, para posteriormente me desviar.
Meus amigos, eu só me lembro de ver a gaja, a uns 5 metros de mim, numa velocidade do caraças, e no instante seguinte, senti-la a bater-me nas trombas. Ahhhhhhhhhiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!
Pergunta-me ele "então não era para acertar?". Eh pá, ó Maneta, era. Mas não sabíamos que conseguias assim com tanta calma, fónix!
Lembrei-me disto ontem quando vi o filme Crash. A única coisa que eu consigo dizer, é que o filme é uma pedrada nas trombas. Pimba!!!!
Não é à toa que foi escrito, adaptado e dirigido pelo Paul Higgis. Um senhor que se lembrou também de escrever o Million Dollar Baby e um porradão de argumentos para episódios da Thirtysomething (também foi um dos criadores do Walker - o Ranger do Texas, mas isso agora não interessa nada!)
Foi o mais fantástico filme que eu vi desde, sei lá, talvez o Heat. Ou o Traffic. Ou o As coisas que nunca te disse. Ou a Cidade de Deus. Ou O Jogo. Ou pronto, não interessa, é um filme "de caralho p'ra cima, prontos!"
Minha amiga Lénia, um avisozinho, se a ideia é continuares a recomendar-me filmes e músicas com que eu depois me apaixono perdidamente, podes tirar o cavalinho da chuva. Não me consegues por a gostar dos Radiohead nem dos tais que não chegaram a ser, ok? (ai que eu ainda mordo a língua, ai, ai!)
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Olha lá o granel, pessoal!
Quando fui a Barcelona a primeira coisa que fiz foi perguntar, a quem já lá tinha estado, onde é que se podia acampar num sítio bom e barato. Todas essas questões foram feitas ao meu querido Monteirinho que, tudo muito bem e tal, muito prontamente, me indicou um parque de campismo porreiraço.
- E olha lá, ó Monteiro, e isso fica para que sítio, lembras-te?
- Eh pá, ó Pedrito, é lá para os lados do aeroporto.
Muito bem, pensei eu, lá para os lados do aeroporto, significa também que, em princípio, será fácil de encontrar. Vai-se até ao cais de chegadas e pergunta-se aos fogareiros catalães como é que se vai para lá.
A verdade é que a frase "é lá para os lados do aeroporto", não significava que o referido parque se localizava nas proximidades do aeroporto. Vim então a saber que a minha habitação nos 6 ou 7 dias seguintes, seria montada aí a uns 50 metros do local onde aterravam os aviões. Ora, para um casal que fazia a sua primeira lua-de-mel, estávamos então perante uma situação idílica e o mais romântica possível: acordávamos às 6h30 com o voo da Alitália sei lá para onde e adormecíamos, lá para as 2 da noite, depois da chegada da aerogare da Ibéria.
Um mimo, uma coisa do best.
Já para não falar da tenda que era uma grande merda e estava velhíssima. Dumas chuvadas torrenciais que caíram nas duas primeiras noites, na água que entrava na tenda e que nos deixava uns meros 37 cms quadrados de área seca para dormirmos. E das inúmeras vezes que gritei: eu mato o cabrão do Monteiro, fodaaaaaaaaaaaaa-se!
Lembrei-me disso quando hoje recebi um mail com fotos da casa do John Travolta. O dito senhor tem uma pista de aterragem dentro da sua propriedade - uma situação bem pior que a de Bracelona, onde sempre havia uns 50 metros a separar-nos da coisa, não é? - e estaciona os aviões (ter escrito esta palavra no plural, não é nenhum erro, ok? são mesmo vários) mesmo ao lado da casa.
Tudo bem, que um gajo deixa de ter filas nos check-in's, não é? Mas, consegue-se aguentar aquele vasqueiro todo?
- E olha lá, ó Monteiro, e isso fica para que sítio, lembras-te?
- Eh pá, ó Pedrito, é lá para os lados do aeroporto.
Muito bem, pensei eu, lá para os lados do aeroporto, significa também que, em princípio, será fácil de encontrar. Vai-se até ao cais de chegadas e pergunta-se aos fogareiros catalães como é que se vai para lá.
A verdade é que a frase "é lá para os lados do aeroporto", não significava que o referido parque se localizava nas proximidades do aeroporto. Vim então a saber que a minha habitação nos 6 ou 7 dias seguintes, seria montada aí a uns 50 metros do local onde aterravam os aviões. Ora, para um casal que fazia a sua primeira lua-de-mel, estávamos então perante uma situação idílica e o mais romântica possível: acordávamos às 6h30 com o voo da Alitália sei lá para onde e adormecíamos, lá para as 2 da noite, depois da chegada da aerogare da Ibéria.
Um mimo, uma coisa do best.
Já para não falar da tenda que era uma grande merda e estava velhíssima. Dumas chuvadas torrenciais que caíram nas duas primeiras noites, na água que entrava na tenda e que nos deixava uns meros 37 cms quadrados de área seca para dormirmos. E das inúmeras vezes que gritei: eu mato o cabrão do Monteiro, fodaaaaaaaaaaaaa-se!
Lembrei-me disso quando hoje recebi um mail com fotos da casa do John Travolta. O dito senhor tem uma pista de aterragem dentro da sua propriedade - uma situação bem pior que a de Bracelona, onde sempre havia uns 50 metros a separar-nos da coisa, não é? - e estaciona os aviões (ter escrito esta palavra no plural, não é nenhum erro, ok? são mesmo vários) mesmo ao lado da casa.
Tudo bem, que um gajo deixa de ter filas nos check-in's, não é? Mas, consegue-se aguentar aquele vasqueiro todo?
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Slows
Não me venham com coisas, slows são sempre slows. Para adormecer não há nada melhor. A minha filha que o diga. Não há noite que não adormeça com um ou outro cd, cheio de grandes baladonas.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Rock and rooooooooooollllllll
Ouço na rádio que os bilhetes para o concerto dos U2 no Brasil esgotaram em menos de nada. Foi rapidinho. O estádio leva 70.000 espectadores e, calculam os elementos da organização, cerca de 100.000 pessoas ficaram nas filas sem terem conseguido comprar bilhete algum. Impressionante, não é?
Mais impressionante ainda é o facto de o bilhete mais barato custar na ordem dos 16 contos. Meus amigos, nem queiram saber o quanto valem e custam a ganhar para os brasileiros, esses tais 16 contos. Fico siderado.
Por outro lado, os Rolling Stones vão dar amanhã em Copacabana um concerto gratuito.
E eu aqui, mais uma vez no lado errado do Atlântico.
Mais impressionante ainda é o facto de o bilhete mais barato custar na ordem dos 16 contos. Meus amigos, nem queiram saber o quanto valem e custam a ganhar para os brasileiros, esses tais 16 contos. Fico siderado.
Por outro lado, os Rolling Stones vão dar amanhã em Copacabana um concerto gratuito.
E eu aqui, mais uma vez no lado errado do Atlântico.
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Manias
Eu não tenho muita paciência para aquelas correntes dos blogs tipo, as 4 nuvens mais bonitas que já viste, ou a 3 costeletas de porco mais bem temperadas de sempre ou as 5 travagens bruscas mais longas, etc.
Mas quando o pedido é feito pelo Cruxe não consigo recusar. Por isso cá vai.
Vamos lá ver então, 5 manias, hábitos muito pessoais, ou coisas que tais:
1. Mapas
Sou fanático por mapas. Desde muito pequeno. Com 5, 6 anos, por causa dum jogo de dominó em que tinhamos de encaixar as bandeiras de países em fotografias das respectivas capitais, já sabia dizer uma boa quantidade de capitais mundiais. Mesmo aquelas mais difíceis como Haia (em vez de Amesterdão), Camberra (em vez de Sidney) ou, sei lá, Bona (em vez de Berlim). Depois vieram os mapas - tinham de ser de todos os continentes, não bastava um simples planisfério - depois os atlas, depois as enciclopédias geográficas, etc. A coisa chegou ao ponto de no 9º ano ter chumbado aí com umas 6 ou 7 negativas, um 3 - se calhar a Ed. Física - e um 5 a Geografia. Não queiram saber a catrefada de tralha que tenho lá por casa: guias, mapas, livros de viagens, recortes de revistas, etc. O Google Earth é portanto o meu santo graal.
2. Percursos turísticos
Ok, vem no seguimento da anterior, quando os meus amigos querem ir ao estrangeiro, faço-lhes uns percursos turísticos. E sou meticuloso. Muito. Adiciono fotos aéreas, preços, marco hotéis, peço os nomes dos gajos das recepções dos hotéis, etc. Não que já tenha visitado muita coisa. Nada disso. Mas eles aproveitam-se do meu gosto pela coisa e até para sítios onde não estive lhes faço rotas. É óbvio que quando regressam, obrigo-os a trazerem mapas dos sítios onde estiveram. Quer tenha sido do Feijó, de Tenerife ou das Maldivas.
3. Unhas
Odeio assitir a pessoas a cortar as unhas. Odeio cortar unhas perto e à vista de outras pessoas. Odeio unhas grandes e pintadas. Odeio.
4. Pés
Uma mulher com pés bonitos é meio caminho andado. Para quase tudo.
5. Perfumes
Gosto de perfumes, quanto mais antigos melhor. Se vou a uma casa-de-banho que tenha frascos de perfumes, cheiro-os a todos. Adoro sentir as diferenças: os mais fortes, os mais suaves, os mais frescos, etc.
E cada vez que vou ao supermercado, vou ao Jovan Musk Oil (um perfume usado por metade das pessoas da minha geração) só para me lembrar daqueles tempos.
6. Tratar os empregados de mesa por Sr. Jorge.
Quando tinha aí uns 13 ou 14 anos, o pessoal lá do Rainha tinha por hábito, durante os intervalos, ir beber ginginhas para a taberna da esquina. Ok, éramos parvos, concordo. Começámos por ir dois ou três e, passados uns dias, já éramos para cima de 20. Chegou uma altura em que o taberneiro não nos deixava entrar todos ao mesmo tempo. Era aos molhos de 5, para assim dar tempo de lavar os copos e passar um pano pelo balcão. Para nos armarmos em valentes, batíamos a palma da mão no balcão de mármore (lembras-te, senhor engenheiro Pedro Quadros?) e dizíamos para o filho do taberneiro: ó Jorge, bate aí 5, pá! Bem aviadas, óvistes? (volto a dizer que éramos parvos).
Continuo até agora a chamar Jorge ou sr. Jorge - conforme a idade - os empregados da restauração. E sim, eu continuo parvo.
Desculpa lá, ó Cruxe, mas não passo esta merda a mais ninguém.
Mas quando o pedido é feito pelo Cruxe não consigo recusar. Por isso cá vai.
Vamos lá ver então, 5 manias, hábitos muito pessoais, ou coisas que tais:
1. Mapas
Sou fanático por mapas. Desde muito pequeno. Com 5, 6 anos, por causa dum jogo de dominó em que tinhamos de encaixar as bandeiras de países em fotografias das respectivas capitais, já sabia dizer uma boa quantidade de capitais mundiais. Mesmo aquelas mais difíceis como Haia (em vez de Amesterdão), Camberra (em vez de Sidney) ou, sei lá, Bona (em vez de Berlim). Depois vieram os mapas - tinham de ser de todos os continentes, não bastava um simples planisfério - depois os atlas, depois as enciclopédias geográficas, etc. A coisa chegou ao ponto de no 9º ano ter chumbado aí com umas 6 ou 7 negativas, um 3 - se calhar a Ed. Física - e um 5 a Geografia. Não queiram saber a catrefada de tralha que tenho lá por casa: guias, mapas, livros de viagens, recortes de revistas, etc. O Google Earth é portanto o meu santo graal.
2. Percursos turísticos
Ok, vem no seguimento da anterior, quando os meus amigos querem ir ao estrangeiro, faço-lhes uns percursos turísticos. E sou meticuloso. Muito. Adiciono fotos aéreas, preços, marco hotéis, peço os nomes dos gajos das recepções dos hotéis, etc. Não que já tenha visitado muita coisa. Nada disso. Mas eles aproveitam-se do meu gosto pela coisa e até para sítios onde não estive lhes faço rotas. É óbvio que quando regressam, obrigo-os a trazerem mapas dos sítios onde estiveram. Quer tenha sido do Feijó, de Tenerife ou das Maldivas.
3. Unhas
Odeio assitir a pessoas a cortar as unhas. Odeio cortar unhas perto e à vista de outras pessoas. Odeio unhas grandes e pintadas. Odeio.
4. Pés
Uma mulher com pés bonitos é meio caminho andado. Para quase tudo.
5. Perfumes
Gosto de perfumes, quanto mais antigos melhor. Se vou a uma casa-de-banho que tenha frascos de perfumes, cheiro-os a todos. Adoro sentir as diferenças: os mais fortes, os mais suaves, os mais frescos, etc.
E cada vez que vou ao supermercado, vou ao Jovan Musk Oil (um perfume usado por metade das pessoas da minha geração) só para me lembrar daqueles tempos.
6. Tratar os empregados de mesa por Sr. Jorge.
Quando tinha aí uns 13 ou 14 anos, o pessoal lá do Rainha tinha por hábito, durante os intervalos, ir beber ginginhas para a taberna da esquina. Ok, éramos parvos, concordo. Começámos por ir dois ou três e, passados uns dias, já éramos para cima de 20. Chegou uma altura em que o taberneiro não nos deixava entrar todos ao mesmo tempo. Era aos molhos de 5, para assim dar tempo de lavar os copos e passar um pano pelo balcão. Para nos armarmos em valentes, batíamos a palma da mão no balcão de mármore (lembras-te, senhor engenheiro Pedro Quadros?) e dizíamos para o filho do taberneiro: ó Jorge, bate aí 5, pá! Bem aviadas, óvistes? (volto a dizer que éramos parvos).
Continuo até agora a chamar Jorge ou sr. Jorge - conforme a idade - os empregados da restauração. E sim, eu continuo parvo.
Desculpa lá, ó Cruxe, mas não passo esta merda a mais ninguém.
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Strange love *
Eu, no fundo, sou é um insatisfeito dos diabos com o raio dos concertos. Nunca, mas nunca consigo sair satisfeito dum espectáculo musical. Ou é porque os gajos tocaram esta e não tocaram aquela, ou é porque o som estava marado, ou porque o baterista fez isto, enfim, tem de haver sempre algum grão na engrenagem.
Mas a coisa que mais me irrita é apaixonar-me por um disco ao vivo e depois, quando vejo essa banda em palco, esperar sempre que toquem da mesma forma que eu as ouvi lá na aparelhagem de casa.
Por isso eu quis que os U2 se tivessem parecido com o Under a blood red sky ou com o Live Aid; que os Depeche Mode - em 1993 - se tivessem parecido com o concerto da Pasadena; os Rolling Stones - em 1990 - tivessem tocado da mesma forma que no Still Life ou, pelo menos, como no Love you Live; que o Thunder Road do Springsteen soasse igual ao do Live 75-85; etc, etc, etc.
Mas pronto, tudo bem, como disse uma amiga minha, "seria pior, se não os chegássemos a ver". E, mais tarde, acabo por reconhecer que foram momentos do caneco.
Isto vem a propósito do concerto de ontem. Eu quis deixar passar propositadamente 24 horas, antes de estar aqui a cagar postas-de-pescada. Eu acho que foi um grande concerto. O som esteve, na maior parte do tempo muito bom; o pessoal correspondeu muito bem; o Martin Gore mostrou que também sabe cantar daquela forma à António e os Filhos do João (blhagr!); o Dave Gahan é o melhor frontman (isto não quer dizer "melhor vocalista", ok?) das bandas lá do meu tempo, consegue agradar a gajos e gajas (o que não é para todos) apesar de usar botins de tacão alto à lá sr. Almeida do Bes de Paço de Arcos (quem conhecer a peça, sabe o que isto quer dizer); duma vez por todas, eu tenho é de me mentalizar que os Depeche Mode são como duas bandas: pré e pós Violator.
Ontem as canções que foram tocadas, do Violator inclusive para trás, bateram aos pontos as dos quatro discos seguintes (é verdade que deste último grupo, deixaram alguns trunfos no bolso: Condemnation, Judas, Free love, coisas que podiam puxar para os coros de multidão). E não há nada a fazer contra isso, não é?
Resumindo e concluindo: foi muito, mas muito melhor que o concerto de Alvalade; em Julho lá estaremos outra vez e venham os Eagles, os Stones (uma vez por ano, pelo menos) e o George Michael para então poder morrer em paz.
* Esta escapou-se-lhes, não foi miúda?
Ingalzinhas
Quem conhece a minha filha sabe bem que é a cara chapada da mãe. Quem conheceu a mãe quando era bebé, diz que as semelhanças são arrepiantes.
Vejam este vídeo e tirem as vossas próprias conclusões.
Dizem os entendidos: o paizinho não passou por ela!
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Good evening Pasadeeeeeeeeenaaaaaa
Esta vai ser a melhor música que eu logo não vou de certeza ouvir:
I’m not going down on my knees,
Begging you to adore me
Can’t you see it’s misery
And torture for me
When I’m misunderstood
Try as hard as you can, I’ve tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now I’ve got things to do
And I’ve said before that I know you have too
When I’m not there
In spirit I’ll be there
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
I’m not going down on my knees,
Begging you to adore me
Can’t you see it’s misery
And torture for me
When I’m misunderstood
Try as hard as you can, I’ve tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now I’ve got things to do
And I’ve said before that I know you have too
When I’m not there
In spirit I’ll be there
Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these
Understand me
Ajudem-me por favor
Já não bastava ter isto em cima da mesinha de cabeceira, a minha mulher lembrou-se agora de andar a ler o último livro da Clara Pinto Correia. Pior, disse-me esta manhã que estava a adorar. Que até já tinha passado a barreira mítica das primeiras 50 páginas (a minha bitola para saber se continuo a ler um livro ou o deito para o olho da rua) e já ía, feliz da vida, na 58.
E eu ando já desesperado pela net a tentar encontrar o site onde possa fazer download dos papéis para pedir o divórcio e, raio, não consigo encontrá-los em sítio nenhum.
De costas voltadas
Nos 10 primeiros minutos do jogo do Clube contra o Braga, o ataque esteve demolidor (só não esteve foi concretizador, mas isso já é outra coisa). Jogadas bonitas, passes porreiros, bolas ao ferro, etc.
Depois os parvos dos Superdragões decidiram deixar de estar de costas voltadas para o campo e deu no que deu.
Da próxima vez deixem-se estar. Ou melhor, vejam pela televisão ou ouçam o relato lá na telefonia dos vossos porsches. Mas não agoirem, ok?
Depois os parvos dos Superdragões decidiram deixar de estar de costas voltadas para o campo e deu no que deu.
Da próxima vez deixem-se estar. Ou melhor, vejam pela televisão ou ouçam o relato lá na telefonia dos vossos porsches. Mas não agoirem, ok?
domingo, fevereiro 05, 2006
Bota-abaixo
Enquanto fujo ao Herman a cavalo do meu comando televisivo, paro por instantes na RTPn. Estão dois senhores de copo de vinho na mão a falar sobre a respectiva pinga.
E as palavras que eles utilizam são tão engraçadas que eu às tantas perco-me, distraio-me e não sei se a conversa é sobre felácios - para os menos entendidos, é o chamado broche! - se sobre a pinga em si: frutado, duro, tem madeira, cresce bem na boca, grande, sabor a tinta da china, boa cor, ácido, morno, aroma de boca, fortificado, pouco espesso, aveludado, abocado, aberto, mole, pequeno, robusto, untoso, viscoso, longo.
Mas estes gajos estão a falar de pichotas ou é mesmo de vinho. É que para mim, o vinho só tem dois termos: "bebe-se!" ou "carrascão". Para mim, chega-me!
E as palavras que eles utilizam são tão engraçadas que eu às tantas perco-me, distraio-me e não sei se a conversa é sobre felácios - para os menos entendidos, é o chamado broche! - se sobre a pinga em si: frutado, duro, tem madeira, cresce bem na boca, grande, sabor a tinta da china, boa cor, ácido, morno, aroma de boca, fortificado, pouco espesso, aveludado, abocado, aberto, mole, pequeno, robusto, untoso, viscoso, longo.
Mas estes gajos estão a falar de pichotas ou é mesmo de vinho. É que para mim, o vinho só tem dois termos: "bebe-se!" ou "carrascão". Para mim, chega-me!
Herr Man
A meu ver, a Sic anda a desperdiçar o melhor trunfo possível para as suas manhãs ou até mesmo das suas tardes, estou a falar do Herman José. O Herman Sic deixou de ser um programa de variedades para o público de Domingo à noite, aquilo é actualmente um espectáculo para empregadas domésticas e reformados ávidos por um par de pernas mais torneadito que o habitual (sim, agora que deixaram de mostrar mamocas ao léu...).
Do visual do apresentador, nem comento, não vou por aí. E também já me cansei daquele discurso que nos tempos do Tal Canal é que aquilo era bom. A coisa é bem mais simples: o que me confrange nos programas do Herman é que os anteriores eram sempre, mas sempre melhores que os posteriores.
Pior ainda, o humor praticado é idêntico àquele que se vê nesses tais programas televisivos das manhãs e das tardes.
Do visual do apresentador, nem comento, não vou por aí. E também já me cansei daquele discurso que nos tempos do Tal Canal é que aquilo era bom. A coisa é bem mais simples: o que me confrange nos programas do Herman é que os anteriores eram sempre, mas sempre melhores que os posteriores.
Pior ainda, o humor praticado é idêntico àquele que se vê nesses tais programas televisivos das manhãs e das tardes.
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Ó stôre, posso sair mais cedo?
Este governo continua com as suas tolices. Agora foi o Ministério da Educação. Então não é que o Gui Portões veio dar uma aula a meninos do secundário?
A minha pergunta é a seguinte: foi contratado em part-time ou foi ao abrigo dos mini-concursos?
Pois, pois, agora culpem a tal empresa de informática!
A minha pergunta é a seguinte: foi contratado em part-time ou foi ao abrigo dos mini-concursos?
Pois, pois, agora culpem a tal empresa de informática!
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Roberto Severo
Logo no primeiro jogo com a camisola dos girondinos o Beto marcou dois golos. Tenho duas dúvidas:
- aquilo é o Bourdeuax ou é o Real Madrid?
- os golos foram marcados a favor ou na própria baliza?
- aquilo é o Bourdeuax ou é o Real Madrid?
- os golos foram marcados a favor ou na própria baliza?
Las piedras rolantes
Domingo à noite, na Sport Tv, vai ser transmitido um concerto dos Rolling Stones.
Antes e depois do concerto, há uns gajos que vão andar atrás duma bola em forma de melão.
Touch down!
Antes e depois do concerto, há uns gajos que vão andar atrás duma bola em forma de melão.
Touch down!
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