eu recuo, vá, 30 anos
credo, 30 anos!!!
e recordo as palavras que a cristina do oito e a paula do dois disseram aos meus pais, junto à porta da sua loja:
- a gente até gosta deles, mas os gajos passam o dia a fazer corridas à volta da praceta!
é, se calhar eu diria que a génese desta coisa aconteceu por essa altura. um tempo em que com ajuda daquela fita métrica do meu pai - a grande, a que tinha 10 metros -
que o manel dente d'ouro fez o favor de atropelar quando registávamos a marca dum valoroso triplo-salto do paulinho maria do rio, mutilando-a em 3 pedaços desiguais
e também a passo
já que ali na curva junto do mário barbeiro, não dava muito jeito usar a fita
medimos o perímetro da praceta e passámos a fazer dela uma espécie de centro de alto rendimento do bairro.
quero acreditar que o que te aconteceu em paris teve origem lá nessa altura. mas já lá vamos.
da mesma forma que para algumas pessoas qualquer gajo que vá ao ófi-se sentâr comprar papel de facturas já é um «gajo que trabalha em computadores», também qualquer maluco que seja visto de ti charte, calção e ténis, a correr feito louco, é também referido por terceiros como «o gajo anda lá pelas maratonas», mesmo que as tais «maratonas» não sejam mais que, na melhor das hipóteses, uma meia organizada pelo avante ou, na pior, uma qualquer «légua da outurela».
eu tinha uma amigo que tinha feito uma maratona. e fazer uma maratona, mesmo que possa parecer um feito avulso e único, nunca pode ser visto, assim, como um tal «feito avulso e único». só quem lá anda a fornicar os calcanhares e os gémeos, na esperança que aqui e ali nos cruzemos com alguma gaja boa que nos alivie a alma
nunca cruzamos, porra!
é que percebe que por vezes, qualquer meia hora pode parecer um dia a correr. quanto mais 4 horas ali a dar à sola...
eu não sabia se iria dar muita importância a esta tua cena de colocares no teu palmarés a palavra maratona no plural, até dar por mim no domingo, a visitar, de vez em quando, o cabrão do sáite da maratona de paris, para ver se eles publicavam duma vez por todas os resultados, tentando assim perceber se tinhas conseguido mostrar àqueles ranhosos dos avecs quem é que realmente manda nesta gaita das corridas.
hoje, lá li o teu post e percebi que tinhas feito história.
recordei-me então
desculpa a comparação
da minha segunda meia, quando baixei uns 10 minutos ao tempo que tinha conseguido naquela primeira que terminou nos restauradores. e lembrei-me o quanto tinha ficado contente. caramba mano, não é só o teres feito um tempo daqueles, é mesmo teres dominado a coisa com uma catigoria que é teu apanágio!
há pouco, novamente in your honour, fui fazer um treinozeco de 12 cápa émes para me inspirar para esta minha chapelada. fui ao solinho, junto ao mar. um treino bonito, como sabes, mas um treino de betinho. nada que se compara com aqueles treinos que leio que fazes lá pela amadora ou que fazemos juntos, a fingir que ainda temos 14 anos, na eritreia do vale do jamor. ali sim, ali é que é a doer. agora na marginal, é bonitinho, repito, mas é um treino para betos. fico sempre com aquela sensação parva que algum daqueles putos, com que me cruzo ali pela zona onde os pescadores de carcavelos estão sentados no murete junto das suas canas e daqueles baldes da fassa bartolo carregados de isco, me vai fazer com os dedos um vê de «força aí!» juntamente com um «ó tio, ganda pernil!», topas?
bom , fiz o treino e, como deves imaginar, não era nada disto que eu queria escrever. eu sou chato e desato a pensar nestas coisas e tal... sabes, eu só queria mesmo que soubesses que quando te li fiquei, caramba, inchado de orgulho. por isso, e por outras coisas, quando te rever, dar-te ei um abraço por seres meu irmão, darei outro porque te roubaram aquele táimeque-se lá no estádio universitário, darei um terceiro pela cúmplicidade de termos aldrabado os dados para que o piquet figurasse na placa de inauguração do circuito turbo
em vez do pironi do brux ou do prost do bibita (ou dum qualquer rosberg, só deus sabe de quem)
e darei um abraço final mais apertado porque, foda-se!, ter uma irmão que corre maratonaS é realmente diferente de ter um que «sim, uma vez ele fez uma maratona». esta última dita com aquela importância rasca que se usa quando se diz «sim, lá em casa já consigo apanhar o segundo canal, se a antena estiver virada para o emissor de palmela e não para o da graça».
orgulho, foda-se!
credo, 30 anos!!!
e recordo as palavras que a cristina do oito e a paula do dois disseram aos meus pais, junto à porta da sua loja:
- a gente até gosta deles, mas os gajos passam o dia a fazer corridas à volta da praceta!
é, se calhar eu diria que a génese desta coisa aconteceu por essa altura. um tempo em que com ajuda daquela fita métrica do meu pai - a grande, a que tinha 10 metros -
que o manel dente d'ouro fez o favor de atropelar quando registávamos a marca dum valoroso triplo-salto do paulinho maria do rio, mutilando-a em 3 pedaços desiguais
e também a passo
já que ali na curva junto do mário barbeiro, não dava muito jeito usar a fita
medimos o perímetro da praceta e passámos a fazer dela uma espécie de centro de alto rendimento do bairro.
quero acreditar que o que te aconteceu em paris teve origem lá nessa altura. mas já lá vamos.
da mesma forma que para algumas pessoas qualquer gajo que vá ao ófi-se sentâr comprar papel de facturas já é um «gajo que trabalha em computadores», também qualquer maluco que seja visto de ti charte, calção e ténis, a correr feito louco, é também referido por terceiros como «o gajo anda lá pelas maratonas», mesmo que as tais «maratonas» não sejam mais que, na melhor das hipóteses, uma meia organizada pelo avante ou, na pior, uma qualquer «légua da outurela».
eu tinha uma amigo que tinha feito uma maratona. e fazer uma maratona, mesmo que possa parecer um feito avulso e único, nunca pode ser visto, assim, como um tal «feito avulso e único». só quem lá anda a fornicar os calcanhares e os gémeos, na esperança que aqui e ali nos cruzemos com alguma gaja boa que nos alivie a alma
nunca cruzamos, porra!
é que percebe que por vezes, qualquer meia hora pode parecer um dia a correr. quanto mais 4 horas ali a dar à sola...
eu não sabia se iria dar muita importância a esta tua cena de colocares no teu palmarés a palavra maratona no plural, até dar por mim no domingo, a visitar, de vez em quando, o cabrão do sáite da maratona de paris, para ver se eles publicavam duma vez por todas os resultados, tentando assim perceber se tinhas conseguido mostrar àqueles ranhosos dos avecs quem é que realmente manda nesta gaita das corridas.
hoje, lá li o teu post e percebi que tinhas feito história.
recordei-me então
desculpa a comparação
da minha segunda meia, quando baixei uns 10 minutos ao tempo que tinha conseguido naquela primeira que terminou nos restauradores. e lembrei-me o quanto tinha ficado contente. caramba mano, não é só o teres feito um tempo daqueles, é mesmo teres dominado a coisa com uma catigoria que é teu apanágio!
há pouco, novamente in your honour, fui fazer um treinozeco de 12 cápa émes para me inspirar para esta minha chapelada. fui ao solinho, junto ao mar. um treino bonito, como sabes, mas um treino de betinho. nada que se compara com aqueles treinos que leio que fazes lá pela amadora ou que fazemos juntos, a fingir que ainda temos 14 anos, na eritreia do vale do jamor. ali sim, ali é que é a doer. agora na marginal, é bonitinho, repito, mas é um treino para betos. fico sempre com aquela sensação parva que algum daqueles putos, com que me cruzo ali pela zona onde os pescadores de carcavelos estão sentados no murete junto das suas canas e daqueles baldes da fassa bartolo carregados de isco, me vai fazer com os dedos um vê de «força aí!» juntamente com um «ó tio, ganda pernil!», topas?
bom , fiz o treino e, como deves imaginar, não era nada disto que eu queria escrever. eu sou chato e desato a pensar nestas coisas e tal... sabes, eu só queria mesmo que soubesses que quando te li fiquei, caramba, inchado de orgulho. por isso, e por outras coisas, quando te rever, dar-te ei um abraço por seres meu irmão, darei outro porque te roubaram aquele táimeque-se lá no estádio universitário, darei um terceiro pela cúmplicidade de termos aldrabado os dados para que o piquet figurasse na placa de inauguração do circuito turbo
em vez do pironi do brux ou do prost do bibita (ou dum qualquer rosberg, só deus sabe de quem)
e darei um abraço final mais apertado porque, foda-se!, ter uma irmão que corre maratonaS é realmente diferente de ter um que «sim, uma vez ele fez uma maratona». esta última dita com aquela importância rasca que se usa quando se diz «sim, lá em casa já consigo apanhar o segundo canal, se a antena estiver virada para o emissor de palmela e não para o da graça».
orgulho, foda-se!
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