domingo, fevereiro 28, 2010

steitemãnt

eu não percebo muito de futebol. 

percebo de tabelinhas, de centros, de coisas como, passes em profundidade.


não percebo de túneis, de castigos, de comissões disciplinares.


o benfica se for campeão, é precisamente porque vence naqueles campos, naqueles jogos contra os leixões desta vida. 


é onde o meu clube tem falhado.


melhores anos virão.


(não tenho jeito para vigílias!)



sexta-feira, fevereiro 26, 2010

garôt'eu'vou p'rá califórniaaaaa

a razão porque o cristiano ronaldo não é o «meu» melhor jogador do mundo prende-se com questões de força e velocidade. ou seja, eu acho que se ele não tivesse tanta potência e velocidade não seria tão bom quanto o é.


ora esta tolice que eu acabei de dizer não é propriamente para dizer mal do moço. coitado, estaria o mundo do futebol satisfeito se todos os anos a senhora aveiro parisse um jogador daqueles.


o que eu quero dizer é que por tudo e por nada ele usa a velocidade. e se nuns casos ela é mesmo precisa, noutros há que um pouco de souplesse vinha mesmo a calhar. ora reperem no toque do yannick ontem uns segundo antes do golo do mendes. que maravilha! o moço poderia ter adiantado mais a bola, corrido e cruzado, não era? pois, mas não era a mesma coisa.


por essas e por outras que há bandas que só sabem trabalhar bem (?) no barulho. se atentarmos ao que os nirvana e os pearl jam (mais os primeiros que os segundos, é certo) fizeram ao rock, desgraçando-o irremediavelmente de 1991 em diante, verificamos que quando desatam a fazer coisas mais calmas se atrapalham, acabam por repetir clichés batidos e não conseguem disfarçar o quanto aquilo por vezes é mais fracote.


assim, eu não usei este texto para dizer que o cristiano ronaldo, os nirvana, os pearl jam e o grunge são maus ou desgraçaram o rock. é uma mera opinião pessoal e principalmente uma demonstração de gosto (se é bom ou mau isso não é para aqui chamado).


mas quero usar este texto para dizer que uma banda que faça, sei lá, quinze canções como o immigrant song tem que ter, pelo menos, uma mão cheia (sim, com cinco já apresentam serviço) de canções, mais calmas, com mais soupless onde demonstrem que mesmo a tocar devagar e com calma, mantêm um nível do caneco.


como aqui: ao vivo, sem rede, acústico, nu, cru. 



ah, já agora, repito aqui uma coisa que li numa revista acerca duma crónica dum concerto dos them croocked vultures: é por estas e por outras que não há multidões em concertos a gritarem «bill why-man» ou «tru-ji-llo» mas ainda há quem grite, grite e grite «john paul j'ones».

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

is she really going out with him



"...cause if my eyes don't deceive me,
there's something going wrong around here ."

vou para casa! e logo se vê se a gaja vai sair com o him ou não!



quarta-feira, fevereiro 24, 2010

mais, da sábado!

a revista sábado desta semana traz uma reportagem subordinada ao tema, pertinentíssimo, «como lidar com eles: quando os filhos dos seus amigos são insuportáveis».

estes gajos, esta revista é tão mazinha, tão previsível.

fico a aguardar a reportagem, muito, mas muito mais interessante: «como lidar com eles: quando os miúdos queridos, filhos de conhecidos insuportáveis, não têm culpa dos pais que lhes calharam em sorte. ou em azar, seja!»

é pior a emenda que o caramelo


avisei-a:
- acabaram os milka
caramelo, por isso, por favor, não compres mais por que se não eu como.
- mas olha que acabei por comprar aí uma tabelete também da milka, assim, que também deve ser boa.
- oh, merda! .... - depois de ver o raça do chocolate - ai, espera, não é de caramelo! tranquilo

passado uns instantes, já com mais uma tacinha de tinto lá de cima na mão esquerda:
- mooor...
- siiiiiim
- esta tabelete ainda é melhor. acho que nunca conseguirei diminuir nem peso, nem fome, nem nada!

terça-feira, fevereiro 23, 2010

all drifting together as a patent unique design



o tó borg (ou tó escuteiro ou tó....) tinha este álbum. eu arrependo-me - isto agora, que estou a cagar d'alto - de ter comprado, deixa cá ver.... pois, não estou a ver hipótese alguma de troca... recomecemos: eu arrependo-me de não ter carcanhol na altura para me aventurar na compra deste disco.

caramba, um éle pê só era comprado caso tivesse, sei lá, 3 singles pelo menos!

por isso ficou para trás.

olha, ficaram outros à frente.

é a vida.

parecem bandos de pardais...

com estas coisas dos reencontros via blog, facebook ou bar da esquina, descobri que há pessoas que ainda me tratam por jaime; outras julgam que eu já sou crescidote, optam por esquecer o tratamento da escola e metem ali um pedro à mistura; outras há que já nem admitem que usemos com elas as alcunhas de antigamente. é a vida.

troquei agorinha mesmo um email com um desses da velha guarda. um gajo que, com certeza absoluta, me beneficiou em tempos com uns calduços e uns inevitáveis carolos.

trata-me ainda por puto jaime.

gosto!

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

sa

algures entre 93 e 95, num desses verões em que já faz um calor do catano aí em junho, um disc jockey com uns colhões em condições, teve a coragem de ter projectado estas imagens (estas mesmo, atenção) e debitado estes sons lá pela sa da foz do lisandro.

às vezes é isto mesmo que eu tenho saudades: de dj com colhões. com colhões para não colocarem o down under e botarem o overkill; o she's so cold em vez do start me up; o quero-te em vez dos contentores; o we didn't start the fire em vez do in the middle of the night; o original sin em vez do mistify; o slippery people em vez do road to nowhere; o brass in pocket em vez do don't get me wrong ou, cá está, o sign (ou até o alphabett street) em vez do inenarrável e indancável kiss.



e claro, deviam perceber que todas, mas todas, mas todas as noites mesmo, é sempre melhor passarem o duel, o bette davis eyes e o pretty in pink em vez da ofra haza ou essas merdas em árabe ou cigano ou lá o que é!

buzzcocks

eu que nem ligo (não gosto, é verdade) a esta coisa das letras e da poesia quer nas músicas (mas gosto muito de letras, atenção) quer onde quer que seja, tenho que reconhecer que o panque roque o a niu ueive ou lá o que foi, tinham umas letras que estavam para a poesia como o twitter (é assim que se escreve?) está para os blogs: curtas e grossas.

vejam o ever fallen in lov....... dos buzzcocks. é preciso dizer mais alguma coisa?

you disturb my natural emotions
you make me feel like dirt
and i'm hurt
and if i start a commotion
i'll end up losing you
and that's worse




e continuo a achar «da maior importância» a forma como o pete shelley apresenta a canção, assim, não como sendo uma canção de amor (que é, foda-se!) mas como se estivese a «pede-se a proprietário do veículo 45-fg-78 estacionado junto ......»

se isto é resultado do castigo ao hulk, caramba, castiguem um hulk semana sim, semana sim!

mistérios do futebol português: varela (não servia ao sporting - ao tipo de jogo ou à táctica ou essas coisas -, segundo o paulo bento) e ruben micael (nome mais bíblico não seria possível, cum raio!) (não servia, pelos vistos, a ninguém! nem ao porto que andou a gastar uns tostõezecos com uns sul-americanos de muito, muito boa qualidade e tal....

sábado, fevereiro 20, 2010

leitos de cheia

leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....

alguém que se chegue à frente um dia e diga: sim, eu caguei para os que os técnicos me recomendaram, foi atrás do pilim que os votos me dão e deixei construir em leitos de cheia. sim, eu sou responsável por algumas das mortes que ocorreram.


leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....leitos de cheia, leitos de cheia, leitos de cheia....

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

escolas tailor made

ela atrapalha-se a falar em público com os adultos, ela nem sempre se recorda que não se deve começar frases com «é assim» ou «portanto», ela gere as reuniões de pais, dando-nos valentes pratadas daquelas leituras chatas «do que está nas folhas já distribuídas aos pais» mas, depois tem pormenores.

como hoje, acerca de um assunto que me toca profundamente (e que não interessa nada estar a falar em público).

são essas coisas, essas confianças, que nos deixam mais descansados quando os deixamos lá na sala de aula, não é?

terça-feira, fevereiro 16, 2010

too much time on my hands

é (também) disto que é feito o rock and roll. é divisão, é ser foleiro e bacano na mesma pose. é ser antiquado e estiloso no mesmo acorde de teclados. meu deus, se há banda que está ali - para alguns, note-se! - no limiar entre o brega e o rock, são os styx: a banda mais subvalorizada dos anos 70.

vejam este video: são foleiros os efeitos visuais? são (estão ao nível daquele, notável, vídeo da música da cacofonia dos fedorentos); o humor deles está ao nível do prédio do vasco? está; aquela fatiota branca do tommy shaw está ao nível daquele gajo que queria parecer-se com o nick rhodes? está; e se falarmos naquele fato-macaco, duma cor estranhíssima (verde? azul?) do james young, também poderemos dizer que houve ali alguma coisa entre 1978 e 1983 que rivaliza, em potência, com a moda feminina (principalmente) dos anos 90, a pior década da história.

porém, imaginem-se num carro, com isto a bombar, auto-estrada em direcção ao sul, lisboa partindo para parte incerta como diria o poeta, o calor a entranhar e tal.... e às tantas damos pelos nossos ombros a abanar de um lado para o outro, péun, péun, péun, péun... o botãozinho do volume ali a rodar para a direita e a garganta «...gáte, tu mâtx táimóf mái ends...»

ou quem diz na ae, diz, quem sabe, na catedral. naquele período em que ainda não está a dar rock da pesada. o povo ainda não invadiu a pista mas já há um cromo dos bons a abanar a carola. ainda todo o mundo muito lúcido e tal.... menos nós, pronto. que já vimos carregados com duas de esteva ou coisa assim, e temos um daquele copos de plástico com uma uiscalhada reles qualquer, cagamos para o que digam, invadimos o chão metálico e, de braços abertos - ah, porra, como eu gosto de bailar de braços abertos - naquele gesto batido em que cuspimos fora do copo uns mililitros de álcool sobre a blusa da gaja do lado, cerramos os olhos e «...and it's ticking away, ticking away from me....»



(estou com saudades de dançar)

thunderstruck (ou sandra straque para os amigos)

ontem conversa entre duas caixas - já mulheres feitas, longe de serem pitinhas, portanto gajas old school - do continente:

- oh, já sabes, veio também a carla, bebemos um copo, fomos ao dois e só depois é que fomos para casa.

reparem que o «fomos ao dois» está ali enxertado, assim, como quem diz «limpei a boca» após ter comido um ensopado de borrego.

meu deus, que saudades!


segunda-feira, fevereiro 15, 2010

depois dizem que é da idade

hoje, se tudo correr bem*, vou ao cinema.

tenho a certeza que me vou chatear** ***.

* se houver bilhetes, se chegarmos a horas, se descobrirmos um filme porreiro...
** com o foco (ó marreco, olhó foco!), com o som (ó marreco, olhó sonoro!), com as pipocas (ai que irritação!!!!!!!!!!!!!!); com os pais que levam crianças para o cinema (parecem as ciganas que levavam os putos para o lugar da fruta: ó sinhôr duarti, dêxe lá o m'nino mexer na frut'ávontadi!), com o ar condicionado a bombar fresquinho....
*** é que podia ser aborrecer ou maçar mas não, é mesmo chatear!

é uma filhadaputice, é certo, mas é giro escrever sobre pessoas que não nos lêem.


a frase do fim-de-semana, para mim, foi:

- e digo mais, se eu não fosse casado e não fosse português - e este pormenor é muito importante por isso o repito -, se não fosse português, a gaja que eu andaria neste momento a comer* era esta gaja que eu agora vou pôr a tocar.

(meu caro, percebo-te e, tudo bem, até concordo com a coisa.)
(* continuo a achar irrepreensível a certeza com que disseste «a gaja que eu andaria
neste momento a comer».)
(pezinhos mais giro, caramba!)

vamos apostar em como o hulk e o romeno do qual não me lembro agora o nome vão ficar de fora mais que o dobro dos jogos que este gajo apanhou?



digo mais, ainda os hei-de ver, aos dois, ali à porta da procuradoria-geral da república, juntamente com aquele casal de velhotes que de 3 em 3 anos aparecem naqueles programas/reportagens do 24 horas/diabo/nós por cá, a reclamarem lá dos empurrões aos stuarts e mais não sei o quê e tal...

domingo, fevereiro 14, 2010

ventarola

a questão não é nova para mim e por isso não é a primeira vez que penso no assunto - sim, também uso os miolos. raramente, é certo -. cada vez mais encontro pontos de desilusão nesta coisa de ser crescido.

tenho verificado que se há coisa que se vai perdendo com a idade é a capacidade de se encontrar motivos para nos ventarolarmos. e o que é isto? bom, todos - espero - conhecem a expressão «ganda ventarola!», não é? ora, ventarolar é isso mesmo, é a capacidade (possibilidade) de nos espantarmos com alguma pessoa ou situação.

antigamente era simples, éramos mais miúdos e as ventarolas pareciam estar ali ao virar da esquina: se o filipovic morava perto de nós, isso era uma ganda ventarola; se o pai do pedro lhe comprou um relógio digital (sem ponteiros, imagine-se! e em 1982.) que trazia um joguinho que consistia em apanhar o maior número possível de cocos que caíam do coqueiro, isso era uma ganda ventarola; se a teresa p. nos cravava um cigarro e retribuía com um beijinho, isso era uma ganda ventarola; se o mário, amigo dos meus pais tinha umas 24 cadernetas de cromos com as colecções completas, isso era uma ganda ventarola; se o paulo tinha estado num grupo, em tempos, no algarve, a contar anedotas até às quatro e meia (!) da madrugada, isso era uma ganda ventarola; se a rosa ia atrás de nós quando pegávamos no copo e nos dirigíamos para a varanda do seagull, isso era uma ganda ventarola; se o luis tinha visto os u2 em vilar de mouros, isso era uma ganda ventarola; se o carro do senhor carlos tinha um conta quilómetros que marcava 190 km/h, isso era uma ganda ventarola....

o tempo passa, todos nós, graças a deus, crescemos e relativizamos essas coisas todas. parece-me bem. contudo, há alguma inocência, alguma ingenuidade que se perde. ok, aceito que não há necessidade sequer de abrir os olhos de espanto se alguém nos conta que comprou um slk ou que ofereceram-lhe uma imperial no bar do hotel bairro alto. estou me marimbando para esses tiques desta geração que começa a ver que já não tem tantos cabelos para cobrir a careca como antigamente.

mas também não passemos do oito ao oitenta. sermos crescidinhos e não nos admirarmos com as diferenças da grossura da carteira do parceiro ou da parceira é algo que se exige a qualquer boa gente - quem diz grossura da carteira diz da quantidade de amigos do facebook (muitos deles com quem nunca trocámos 3 palavras) que já saíram nas páginas das revistas cor-de-rosa ou que têm blogs com mais de 249 visitas diárias - mas eu acho que há algo que não devemos perder que é a capacidade de ventarolarmos isto ou aquilo.

sinto-me francamente mais catraio quando ventarolo, mas sinto-me bem. gosto.

por isso, acho uma ganda ventarola quando descobrimos no facebook, não aquela pessoa que andamos à procura há 6 meses, mas precisamente uma outra, que já nem nos recordávamos que nos lembrávamos e que até nos mente, dizendo «estás na mesma»; acho uma ganda ventarola um livro de bd que me emprestaram, logo eu que nem ligo muito a esta coisa dos bonecos; acho uma ganda ventarola haver leitão, a preço decente, aqui perto da minha casa; acho uma ganda ventarola quando uma criança que não ia nada à bola connosco passa a alinhar com a nossa pinta; acho uma ganda ventarola quando, ao usarmos o nosso saca-rolhas mais simples, ele consegue, isso mesmo, sacar as rolhas com súplésse; acho uma ganda ventarola aos chás que tenho descoberto nos últimos meses; acho uma ganda ventarola ter finalmente chegado ao arc of a diver depois de alguns anos emperrado no talking back to the night e, estranhamente ou não, acho uma ganda ventarola que haja dois ou três personal produtores de ventarolas da minha vida que volta e meia, com alguns anos de intervalo pelo meio, tornem a espantar-me sem que eu tenha encomendado nada.

friday night lights - a 4ª


tomé,

terminou. vi o último há pouquinho por isso já podes tratar de te pôr a sacar a coisa e a vê-la de empreitada. confirma-se, é mesmo - lá está, pelo menos para mim - a melhor temporada de todas as séries que eu já vi.
meu menino, sabes bem do que é que eu gosto, não sabes? mesmo metendo ao barulho a primeira do prison break, a segunda do lost, a terceira do west wing, o studio 60, sei lá essas coisas todas - sabes, por exemplo, o quanto gostei da primeira do rome, não é? -, mesmo assim, acredita, esta é mesmo a melhor de todas. são 13 episódios imaculados. sério, não estou a exagerar, há ali momentos que eu nunca tinha visto em mais lado nenhum. não há heróis perfeitos, não há vilões obliterados, não há certezas, não há nada que corra bem....

olha, não sei o que te dizer. sei que em relação ao fnl, podes não concordar com a dimensão da minha excitação, mas tenho a certeza que depois de a veres - porque também a foste vendo nestes dois ou três anos - acredito, entenderás porque me tocou tanto.

abracinho

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

laura boa bunda

num livro que se está a revelar pior do que esperava, uma personagem como só o jorge amado (eimado, como diz a minha filha) sabe criar.

"jesuíno provara mais uma vez sua prudência e bom conselho quando sumira por uns dias, hóspede de tibéria, repousando no terno agasalho do calor de laura boa bunda, cujas nádegas eram famosas pelo tamanho e pela rijeza..."

o meu casal ventoso

começo a preocupar-me com a quantidade de vezes que entro na despensa para ir sacar «só mais um quadradinho» de milka caramelo.

garbanzos


a minha filha levou para escola, dentro dum saco, a sua plantação de garbanzos.

- ó pai, não estás a perceber. é só para eles tirarem uma fotografia e logo à tarde voltamos a trazê-la para casa...

neste mesmo dia, lá nos confidenciou que aceitou namoro com o francisco.

- combinámos que namoramos mas nada de beijos na boca. isso é só para o pai e para a mãe.

(eu gostava tanto tanto de escrever aqui umas coisas sobre este francisco mas, confesso, tenho pudor. não que seja algo de mal, longe disso. mas é uma história tão mas tão deliciosa - só vista! - que, apesar de puto charila, merece a minha maior discrição.)

ora, poder-se-ão interrogar o que raio tem uma informação (o grão) que ver com a outra (o namoro). aparentemente nada. mas se eu vos disser que ela não lhe ligava pevide e hoje, perante a felicidade cega do moço aquando da chegada da rapariga, teve que intervir da seguinte forma:

- para lá com isso dos abraços, pá! então eu tenho aqui o grão para te mostrar e tu nem queres saber... e blah, blah, blah...

olhei para ele. ele olhou para mim (é tãããããão querido!). fizémos um sorriso cúmplice:

- gajas!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

ontem

sabes, tenho saudades do tempo em que as pessoas diziam (ou pensavam): um blog, sério? que giro.

estou farto do tempo em que uma simples foto, assim, seca, sem texto nem nada, pode gerar comments (mesmo que não remetidos) tão rebuscados como: foleiro, parvo, armada aos cucos, tadinho, ai que seca....

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

vozes

recebo uma chamada, completamente imprevista. um amigo do intigamente. acho que nos conhecemos, sei lá, desde que ele nasceu, aí há uns 38/39 anos (nunca sei). não falava com ele, desconfio, há uns oito ou dez anos.

gostei muito.

(está com a voz igual à do irmão.)
(são tão giras estas viagens ao passado. desculpem-me as pessoas que têm menos que 30/35 anos. acreditem, isto só tem piada quando passamos aquela barreira dos 37/38, só após esse obstáculo é que aquela coisa do «ihhh, há tantos anos, pá....» funciona com mais piada. os que já lá chegaram, sabem do que eu falo. os que ainda não chegaram, acreditem que é verdade)

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

bloguices

alguém conta-me que outrem tem uma coisa chamada «questionário». digo não ser possível mas também não vou verificar. acrescenta-me esse alguém que é prática comum nos blogs. continuo a não entender isso.

então mas se as pessoas quiserem fazer perguntas ao blogueiro, não é mais confortável fazê-lo com um email?

(ahhhh, mas depois a pergunta não ficava publicada e a resposta também não. compreendo. venham agora dizer mal da «exposição» pública da elsa raposo, venham.)

somos todos tão portuguesinhos, meu deus. que bonitinho...

fazem-me rir os artigos, posts e panelerices que se escrevem sobre a marta leite de castro. que disse ter sido um erro crasso ter nascido em portugal e não no brasil. gosto ainda mais quando, a talho de foice, escrevem que a moça só quer e só sabe foder.

eu não compreendo que raio têm contra a senhora. provavelmente não compreendo porque não leio o que ela escreve (é jornalista, não é?) e não vejo regularmente os programas de tv que ela aparece. mas do que vi, não vi nada pior que, sei lá, a moça dos ídolos, a catarina furtado, aquele rapaz que vai a casa do ronaldo e escreveu sobre as drogas, a orsi fire (não é um erro, é uma piada interna) ou coisa assim.

no que respeita ao foder, continuo a não entender o mal que isso tem. será dor de cotovelo das meninas? ou será que, por um mero acaso, eu só li essa acusação em blogs escritos por meninas? é que não estou a ver os rapazolas "acusarem-na" ou dizerem mal dela pela frequência com que copula.

agora em relação ao que disse no jô, haja paciência! não sei o que é pior: se o que ela disse, se aquela defesa da pátria que depois se vê por aí escrita.

agora uma coisa eu sei, enquanto existia o boato que ela andava a engavetar o bacamarte do lizandro ele marcava golos como tudo. de lá para cá, não só deixou de os marcar, como até acabou por ir embora para frança, recebendo o clube uma pipa de massa. eu sugiro, por exemplo, que ela vá dar umas cambalhotas, por exemplo... sei lá, como o mariano gonzalez. era bom para todos.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

terça-feira, fevereiro 02, 2010

favoritos

às vezes um blog não é só, unicamente, o que lá está dentro.

tantas e tantas vezes olho para a barrinha dos favoritos e - desculpem-me a presunção bacoca e preconceituosa - dou comigo a... quê? mas escreve assim e ainda por cima gosta de... e do.... e lê o....?

agora imaginem as pessoas que me têm em consideração depois de verem este video que agora vou postar.

e ainda por cima, gosto!



olha lá o pezinho esquerdo a bater, péun, péun, péun....

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

vi o 2012...

... e gostei.

deveria-ter-se passado muita coisa esquisita na minha vida para eu já ter deixado de gostar de um filme daqueles, que tem como objectivo aquilo que aconteceu ontem: entreteu-me durante duas horas e pouco (eu, por mim, com 1h45 dava e sobrava para contar a história.) e no fim não sobrou nada. aliás, já nem me lembro da história.

há coisas que são para serem consumidas desta forma. assim, simples, como a chiclete dos táxi ou uma música dos black eyes peas. ouvem-se, mastigam-se e deitam-se fora.

(acho que cometi neste post uns 13 erros de português. desculpem, não sei fazer melhor. ou então, olhem, estou com sono.)