sexta-feira, novembro 27, 2009

lustro

disseram-me hoje de manhã ao ouvido que este blog fez ontem cinco anos. pelos vistos, para o ano já vai para a escola primária. espero nessa altura já escrever um português em condições sem o asneiredo do costume.

a ver vamos.

por ora, e para verem que eu também sou um homenzinho em condições, sempre a propósito, fica aqui uma canção mûto, mûto bonita que está dentro dum album chamado lustro.

isto está tudo ligado, pessoal, vão por mim.


sexta-feira, novembro 20, 2009

simpatias inacabadas

a fortuna, o destino - a gratidão também, é certo - e algumas outras coisas que para aqui não são chamadas, querem, quase à força, instalar-me no campo pequeno para ver os massive attack.

ora ataques destruidores e campo pequeno, juntos na mesma frase, é coisa que me arrepia desde aqui, do sítio onde tenho as placas e os parafusos, até ali, pertinho da atlas.

deixem-se lá disso. há praias que não são para o meu pé. para adormecimentos já me chegam os actifed amiúde. sinceramente, tento evitar os lorenins musicais.

(vá, sou um puto de coisas comerciais, não se zanguem, gosto do protection por causa da tracey thorn e uma outra cantada por uma preta. não, já não encontro tanta beleza para a elizabeth frazer.)


quinta-feira, novembro 19, 2009

está tudo velho



esta coisa da idade tem que se lhe diga. comenta-se, à boca cheia, a passagem dos 40, a andropausa, a menopausa ou, sei lá, a simples pausa. por tudo e por nada, em conversa de amigos e não só, comentamos as transformações que ocorrem no nosso corpo.

mas afinal, quando é que somos realmente velhos? antigamente, quando era miúdo, eu olhava para pessoas de trinta e tal anos e considerava-os, uns verdadeiros adultos, pais de família, responsáveis e mais não sei o quê. os primos afastados de sessenta e tal anos, já se configuravam como velhos retintos. caramba, agora aos quarenta, essa percepção altera-se por completo. repete-se aquela sensação que temos quando voltamos, trinta e tal anos depois, àquele corredor onde andávamos de triciclo e julgávamos ter, não os
reais 3 metros de comprimento mas, sei lá, uns 15 ou 20. aquilo antigamente, visto do assento do triciclo era compridíiiiiiiiiiiissimo.

ora bem, não são bem os cabelos brancos - o meu sobrinho com 12 anos já tinha mais cabelos brancos que o clooney (sim, estou a exagerar) -; não são aqueles barulhos/sons que fazemos quer ao sentar, quer ao levantar das cadeiras ou dos sofás - principalmente esses modernaços onde literalmente nos afundamos -; não são as dores de estômago - essas já vêm da adolescência; podemos referir a proeminente barriguinha ou o gosto da taça de tinto às refeições e aí já sou capaz de dar o braço a torcer. mas convenhamos, não nos transforma em velhos, cum raio!

eu acho que o barómetro, o instrumento que nos diz realmente se estamos mesmo velhos ou não é a televisão. sim, disse bem, a televisão. a verdade é que em vez de parar uns meros 15 décimos de segundo em cada canal de documentários quando faço zapping, tenho reparado que nalguns estou a demorar mais do que devia. pior, esta semana dei por mim a gastar mais que 20 minutos num documentário sobre as obras de construção do estádio dos dallas cowboys.

é isso mesmo. percebemos, duma vez por todas que atingimos uma certa plataforma etária, quando já fazemos aquela figura que os velhos faziam, pespegando-se no gradeamento de protecção das obras do metro da alameda, ali junto à extinta nova rede, e entupindo a nossa passagem. a diferença de 1998 para agora, está claro, é, digo eu, na existência de tv cabo que nos permite ver ali, com uma definição porreira, a construção da barragem do não sei quê , dum tunel de boston ou a remodelação do metropolitano de nova iorque (lá está, obras do metro).

quarta-feira, novembro 18, 2009

é da gripe, na certa!

a sic noticiava hoje a preocupação dos velhotes que se mascaram de pai-natal em relação à gripe a. tudo bem, é compreensível. um gajo está ali horas a aturar as birras dos pais que querem ter fotos dos petizes empoleirados no velhote e depois apanham de tabela com o raio da quarentena que os impede de irem passar o reviralho com o resto dos amigos.

agora não percebo é porque é que estava lá escrito pais natal e não pais natais? será que eu é que li mal a coisa e o senhor queria era dizer país natal?

nunca se sabe, nunca se sabe.

(nunca se sabe ou nunca se çabe?) (olha, agora deu-me uma branca.)

simplezinho

tenho um amigo que é escultor de areia, conheço alguns cozinheiros, um outro - de quem, ora bem, não sou propriamente amigo, mas como já me convidou para o ser através do facebook, já me pagou uns jantares em portugal e na sua casa no estrangeiro, para todos os efeitos, vá lá, pronto, sou amigo - é fotógrafo.

três pessoas, três profissões distintas.

é curioso verificar, como se comportam quando têm que efectuar acções, fora do horário de trabalho, que fazem parte das suas próprias tarefas profissionais.

nunca vi o meu amigo escultor, a fazer castelinhos para a filha na praia mas deve proporcionar uma inveja do catano nos pais das crianças das redondezas. e lá em casa, como serão as refeições dos cozinheiros? também a coisa lhes sairá mal?

acabo de ver no facebook
umas fotos duma apanha de azeitona, captadas pelo tal fotógrafo profissional. sem luzes, sem esperas, sem produção nenhuma, apenas com o enquadramento, vá lá, digamos, de quem sabe da poda.

que maravilha!

(é tão difícil fazer coisas simples, não é?)

estaremos trocados?

têm a certeza que a sexta-feira 13 não foi ontem?

terça-feira, novembro 17, 2009

and i am a fool once more

quando o mike fleetwood se viu perante a saída do bob welch, chegou à beira do lindsey e ofereceu-lhe emprego.

o moço avisou então o calmeirão: ó mike, sabes, eu a minha maria fazemos parte dum todo. é o chamado factor vip (vem incluído no pacote). para onde eu vou, ela também vai.

o mike lá lhe disse que «pronto, traz lá a gaja».

trouxe.

e com isso trouxe coisas boas e criou também o primeiro big brother em formato banda de rock de toda a história da música.


segunda-feira, novembro 16, 2009

significados que o meu pai me ensinou e eu nunca mais esqueci: tramela

filhadeputadeestrofemaismaisbemconseguida: a gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia



sem fantasia



não me interessa repetir aqui o óbvio: que é um disco importante na nossa vida por isto, por aquilo e pelo tanto mar.

adiante.

eu gosto deste vídeo não apenas porque é um óbvia repetição dos concertos do canecão de 1975 mas por tudo o resto. aqui tudo é perfeito. não sei se havia hipótese de ficar melhor, provavelmente sim. mas como dizem os parolos «o óptimo é inimigo do bom» (mas desde quando, porra?)

ele não surge assim, como que ao acaso. mas dá ideia que sim. mas não, na realidade ele aparece, precisamente, quando ela diz «vem, por favor não evites, meu amor meus convites...»

ele não entra por uma das laterais do palco, ele vem da própria plateia. assim, como um fã inconsequente que vai ali ao micro avisar que a adora ou como se ali fosse pedir, encarecidamente, ao proprietário do opel corsa, de 1985, (daqueles com rabinho) bórdô, o favor de comparecer junto ao mesmo.

ele vem magro, enxuto, seco de carnes. a camisa é limpa, alva, imaculadamente passada a ferro e, certamente, engomada nos colarinhos: duros, abertos, alipotentes.

a mão dela segurando-lhe a sua mão esquerda, ali, firme mas ao mesmo tempo distraída do uso da forma, soltando-o para abrir os braços e lhe dizer que o quer todo para ela.

«ai eu quero te dizer, que o instante de te ver...

e não há uma nota mais alta do que devia, e não há um esganiçado inoportuno, e não há nada que perturbe aquela subida, aquela escalada de emoções: é tudo - falsamente - sereno, «e agora que cheguei, eu quero a recompensa, eu quero a prenda imensa dos carinhos seus» é tudo tão óbvio, é tudo - e apesar de tudo - tão sofrido «só vim te convencer que eu vim p'ra não morrer»

domingo, novembro 15, 2009

surpresa boa



o dave gahan estava um bocado para o cansadote, não estava? quantas vezes utilizou ele aqueles 8 metros de passadeira que entravam pela plateia?

sexta-feira, novembro 13, 2009

waiting for the night

quando há cerca de 20 anos o david bowie veio dar o seu primeiro concerto em portugal decidiu - como já tinha sucedido com os restantes concertos da sua tourneé - deixar ao gosto dos espectadores as escolhas das músicas que iria cantar. tinha um grupo dumas 30 ou 40 canções e dentre essas, por votação na rádio ou lá o que foi, o povo dizia «quero esta, quero aquela» e não se pode dizer que as coisas sairam defraudadas.

dir-me-ão que o david bowie já estava velho e mais não sei o quê e que por isso, já tinha que fazer render a coisa para conseguir encher o estádio.

amanhã, os depeche mode vêm cá fazer o seu terceiro bailarico mas, ao contrário do bowie, tocam realmente o que lhes vai na bolha sem darem cavaco a mais ninguém.

ora, eu bem sei que isto não é propriamente o «quando o telefone toca» com o fabuloso patrocínio das lojas frineve, mas ainda assim, há coisas que não consigo compreender.

aceitar-se-ia, uma vez que lançaram um disco há pouco tempo, que a coisa fosse ali bem batida no songs of the universe, quer o povo gostasse quer não gostasse. tudo bem, nada contra. o que eu não entendo é como é que então, das 21 canções da setlist, apenas 4 (porreiro!) são deste disco e deixam coisas tão, mas tão, mas tão boas e imaculadas como o peace ou o jezebel. não entendo, confesso.

mais, o meu espanto é acentuado porque o peace é mesmo single deste disco.

(bom adiante.)

volto a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. se há mistério que eu não compreendo - a par, talvez, da contratação do secretário pelo real madrid - é a habitaul inclusão desta canção nos inúmeros concertos destes gajos. a gravidade acentua-se quando se verifica que, por exemplo, ao longo de todas as tours que já fizeram, já foi tocada mais vezes que o people are people, o freelove, o see you, o the things you said, o judas ou, credo, o question of lust. pergunto, alguém me consegue identificar 5 pessoas que me digam «ihhh, vão tocar o fly, ganda ventarola!» conseguem? pois, suponho que não.

dressed in black no regresso do encore. mas que merda é esta? estamos a brincar com a tropa?
nos regressos do encore, tocaram nesta tour: a question of lust, somebody ou o shake the desease, isto só para falar nos últimos 10/15 concertos. pergunto, porque caralho decidiram nos últimos quatro mexer onde realmente não deveriam mexer? se a ideia - já tínhamos entendido - era colocar alguma coisa cantada pelo martin gore, caramba, então que deixassem ficar o anódino somebody (já não a consigo ouvir, confesso. peço perdão se ofendo alguém.), agora o dressed in black?

dou de barato as outras escolhas. há quem goste de umas, há quem goste de outras, é normal. infelizmente, nem todos pensam como o rick astley que disse acerca do here and now «é um concerto onde só cantamos coisas que as pessoas gostam. não vamos buscar fundos de catálogo obscuros e festinhas ao ego. é divertir e dançar», por isso, temos pena, mas coisas sagradas como o strangelove, o strangelove ou o strangelove, lamentamos mas têm que ir à loja ali ao lado.

mas tudo bem, aceito. agora não peçam é para ficar indiferente ao facto de terem retirado do final do concerto - mas quem é que decide estas coisas? - o waiting for the night, que faria aquele momento de calmaria antes de sairmos em direcção ao senhor das castanhas que está ali por volta da escultura do daciano.

mas...

mas, a minha querida karla é que disse a coisa mais importante acerca dos depeche mode: «se eles não viessem era bem pior.». isto é uma bela e reflectida verdade. principalmente com estes gajos que no espaço de 3 anos já cancelaram 2 concertos na nossa terra.

e por isso, sim, por isso eu tenho é que me deixar de merdas e agradecer aos santinhos o facto de em quase 15 anos ter oportunidade de pela terceira vez ver estes malandros.

eu não sou fã desde o início. gostávamos deles - do see you, claro - como quem gostava, sei lá, do non-stop erotic cabaret. para nós era igual. a coisa comigo desenvolve-se, bem no fim dos oitentas, empurrado, claro, pelo music for the masses e, obviamente, pelo 101. daí para a frente a coisa foi sempre a abrir. e merecem.

não teremos os subvalorizados dada (meu deus, mas para quando um concerto qualquer, mesmo que num reles bar da praia de carcavelos?), não teremos os the bravery mas, teremos oportunidade de ir ao bar sacar uns traçadinhos quando o gomo estiver a fazer das suas.

eu estou para aqui a baldar umas postas de pescada mas é irritação de momento. eu sei é que amanhã, sim, amanhã vou ficar que nem um puto, ali aos saltos, a assistir aos malabarismos daquele que eu considero o melhor frontman do mundo (sim, eu sei que o jagger ainda está - e bem - no activo). e se dúvidas houver, tomem atenção ao que ele fizer no question of time, no enjoy de silence, naquele momento «music, literalmente, for the masses» que é o never let me down again, e, obviamente, quando já de tronco nú, estiver à beira do palco, com a mão em concha atrás do coirato esquerdo, apontando o microfone para o povo com a mão direita a puxar a malta a gritar riiiiiiiiiiiiitxautentâtxfaid!

por isso, como ele já não anda de 501 brancas, justinhas, para espevitar a bilha, como tamém eu não tenho barriga para poder ir de tronco nu e um mero colete à lá empregado do nicola, terei mesmo que arrancar, assim, à bruta, os botões dos punhos da minha camisa preta e bazar para o pavilhão depois de duas sandes de leitão da meta, para então armar-me em dave, ali durante o período exciter tour com as mangas da camisa desfraldadas sore as mãos.

In Chains
Wrong
Hole To Feed
Walking In My Shoes
A Question Of Time
Precious
World In My Eyes
Fly On The Windscreen
Sister Of Night (sung by Martin)
Home
Miles Away / The Truth Is
Policy Of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy The Silence
Never Let Me Down Again


Dressed In Black
Stripped
Behind The Wheel
Personal Jesus


esta, bem sei, não irão tocar, mas dava um final e pêras, não era? bom, alguém que tenha conhecimentos que me faça o favor de chegar aos senhores este humilde e sério pedido.


terça-feira, novembro 10, 2009

oh roberto, foda-se pá!




(e nestes casos fico sempre, mas sempre sempre a pensar, quando é que eles realemente desistiram? é que, na verdade, quando a coisa sucede, quando acontece mesmo o tal «long way down» já eles desistiram há uns bons tempos..)

(foda-se! passo-me com estas merdas!)

segunda-feira, novembro 09, 2009

bácoro




descobri que de quinze em quinze dias, à sexta-feira, há aqui uma casa que vende sandes de leitão. não é um leitão fora de série, também não é um leitão de se deitar fora. é leitão, pronto!

aguardo, religiosamente, a chegada do dia 20 de novembro!

depeche mode: ponta da situação

esta é só uma ponta da situação. a outra ponta (final) espero fazer umas horas antes do concerto. porém, até ver, tenho a dizer o seguinte:

- os malandros decidiram retirar o waiting for the night do final
do concerto, eventualmente daquele «número» em que o dave dá um beijinho na mona do martinho. estúpidos!) andou ali tão bem a fechar a latin america tour leg e tal, mas quando entraram na alemanha, boca! desapareceu.

- continuo a não compreender a inclusão do fly on the windscreen. é daquelas canções que já existiu, salvo erro, no setlist de alvalade em 1993 e ninguém percebe porque é que eles insitem nela: é má, é datada, é feia, ninguém sabe a letra... dá ideia que é um pagamento duma promessa qualquer à nossa senhora da ladeira.

- o set list não é assim tão "mau como tudo". é certo que há pessoas que ainda vão lá à espera de ouvir o just can't get enough - o que é de lamentar -, outras esperam o pedalão do strange love - o que é de louvar - nenhum dos grupos sairá feliz. é a vida.

- felizmente não abusam muito deste último disco. tocam, digamos qb.

- infelizmente, o exciter - que não é mau de todo - é colocado de parte.

- definitivamente, os pontos altos serão: personal jesus e o never let me down again. eu, além desses, gozarei muito, mas muito mesmo com o a question of time.

- o world in my eyes esteve fora durante muitos concertos da américa e está de volta (yeahhhh).


domingo, novembro 08, 2009

mijinha

solidifica-se cada vez mais a solução para as vontades de mijar que ocorrem durante os jogos do clube: é ir quando o bruno alves pega na bola para ir marcar um livre directo.

cada sachadela, cada minhoca!

sexta-feira, novembro 06, 2009

a memória é uma coisa muito gira, não é?

leio por aí, escritos benfiquistas, zombando com esta coisa da saída do paulo bento.

ora o moço, que para alguns (aí cerca de 70%) dos sportinguistas foi um alívio tão grande ter saído porque já não suportavam ter que o defender - assim mais ou menos do tamanho do alívio que tiveram quando o ricardo abalou para espanha - não se pode dizer que tenha tido um trajecto assim tão, tão mau.

vamos lá ver: ficou sempre em 2º lugar, ganhou duas taças e duas supertaças de portugal e andou, mais ou menos (não muito mais, é certo), pela europa e tal..

pergunto aos inflamados e zombadores benfiquistas: durante o período de tempo em que o bento foi treinador do sporting, que títulos vocês ganharam? uma supertaça e uma taça da liga, certo? quantos 2ºs lugar? nicles! e mesmo assim, ainda houve um ano em que nem ao 3º lugar chegaram. se é para gozar, cum raio, gozem, sei lá, com o professor neca, ou coisa assim!

e já gora, a quantos treinadores, durante esse mesmo período, pagaram vocês valentes indemnizações?

(ainda por cima, quando ele veio de espanha, foram estúpidos os suficiente para não lhe abrirem as portas. estavam, pelos vistos, muito bem guarnecidos. estavam estavam...pelo uribe ou o ednilson não era?)

terça-feira, novembro 03, 2009

santa inocência


uma vez por ano (ou época) eu entusiasmo-me, grito golo e assusto a minha filha.

tudo começou há cinco anos com um caralho dum filha da mãe dum soberbo golo do rui costa e, paulatinamente, a coisa tem continuado.

armada aos cucos com a alegria de ainda estar acordada, a minha filha, lá foi vociferando vivas em voz alta: ehhh, o clube do pai ganhou, viva, viva!

às tantas tive pena dela: nem percebe o que é ser-se do clube do pai nem percebe o que é ser do scp (graças a deus).

mas pronto, dou o desconto, dentro de dez anos estará a fumar brocas com um energúmeno qualquer ali do núcleo da juve leo de tires, após o qual chegar-me-à a casa às 3 da manhã, depois de ir mandar bocas e impropérios a um bettencourt qualquer, à chegada da sua equipa à portela de sacavém.

é gozá-la enquanto posso, aqui à minha beira, a brincar com pecinhas de madeira e a construir estruturas de arranha-céus.

gosto tanto do senhor nuno luz. é um jornalista do caraças

eu não tenho meo. nem sei ver futebol sem ter carregado previamente no botão do mute e colocado umas músicas meio decadentes ali daquele período que vai desde não sei quantos até 31 de dezembro de 1989.

mas contem-me quem tem: o benfica tv é mais ou menos assim?


segunda-feira, novembro 02, 2009

mania dos chouriços

continuo a não entender porque é que se dá tanta importância e valor aos golos que nascem de petardos de fora da área.

principalmente quando se parecem com livres directos, marcados sem barreira.

(o histerismo que os senhores da sporttv ontem exteriorizavam após a marcação do golo do manu, era, no mínimo, patológico.)

(mas pronto, lá está, isto sou eu que tenho a mania que eu golo de jeito é aquele que é antecedido de pelo menos uns 3 ou 4 bons passes ou, pronto, de 4 ou 5 fintas do caneco!)

mania de você

eu sou por manias. todas elas parvas, claro. ora se são manias...

agora ando com a mania que o próximo treinador do clube há-de ser o villas boas. e olhem que não é uma mania recente, tenho-a, pelo menos desde 2006.

mas pronto, também ainda não desisti de julgar que o latvala vai ser um dia campeão do mundo.

lá está, manias!

xô sérgio

de maneiras que ao que parece finou-se o antónio sérgio.

de maneiras que ao que parece também fica bonito escrever qualquer coisa com aquele ar de «as inúmeras janelas que ele me abriu para o mundo musical e blah, blah, blah...»

lamento mas não me incluo nesse lote. a culpa, claro, não é do antónio sérgio, coitado.

bom, vamos por partes: se há grupinho "irritanchi à beça" no panorama da fauna musical portuguesa, são, obviamente os antigos vanguardas, posteriormente indies e actualmente alternativos. se há grupo com maior percentagem - cerca de 95% - de pessoas com aquele ar «isto aqui é que é bom, aquilo aí que tu ouves é foleiro e menor» são estes que referi atrás. sei do que falo, frequentei essas «zonas zoológicas» e realmente aquilo cansa. cansa porque tem coisas (musicais) muito, muito más.

pior, confundem alegria com brejeirice e confundem brejeirice com mediocridade. poderia dizer que os metaleiros e os clássicos (antena 2) também são um bocado assim. aceito, tudo bem. mas os alternativos metem essa malta toda num cantinho.

o problema é que entretanto essas pessoas crescem e não mudam. ora eu não peço que mudem de gostos, mas peço, cum raio, que deixem de vez a atitude pedante.

já não temos 16 anos. já lá vai o tempo em que ter uma t-shirt com a foto do garlands ou do porcupine era um santo e senha para se ser «aceite».

ora, todo esse grupinho, está hoje de luto pela morte do senhor sérgio. é claro que o senhor sérgio não tem culpa nenhuma das atitudes pedantes dos seus seguidores. não podemos culpar o menssageiro pelo efeito da mensagem. longe, muito longe disso e é certamente uma afronta eu falar sobre esta coisa no mesmo texto sobre o antónio sérgio. mas não resisti, confesso. foi mais forte que eu.

eu lamento a morte do antónio sérgio porque lamento o desaparecimento duma característica que ele tinha ao qual eu tiro o chapéu. ele foi o último dos moicanos, o último dos radialistas da sua geração (e da geração dos que punham discos na rádio quando eu ainda não tinha pêlos nas partes de baixo - nem nas de cima!) que não trabalhava com playlists. se há coisa que eu odeio são programas com playlists. ou melhor, eu tenho é pena de não haver mais programas daqueles em que os senhores que iam lá pôr música, pegavam num molho de discos escolhidos previamente e «olha, hoje toco estes.» assim, sem mais, apenas porque lhes deu na veneta.

e por isso, caramba, aqui fica a minha chapelada ao antónio.

(e não há um caralho dum vídeo no you tube com os xutos a tocarem o som da frente!)