quinta-feira, novembro 29, 2007

e não os podemos extinguir?

um amigo, velho companheiro da naite, manda-me periodicamente mails com anedotas, más e anti-benfiquistas e/ou anti-sportinguistas.

apanhar com estas coisas logo pela manhã, é, convenhamos, um acto de real aferição das qualidades resistentes dum ser humano.

dália*, minha querida, estás perdoada, podes voltar a enviar os tais videos de gajas no fornicanço que me (nos) entupiam a caixa de correio.

* nome francamente fictício.

efeitos secundários

a melhor coisinha que aconteceu desde que o abramo..coiso deu com o mourinho de frosques: o andré vilas boas está a comentar a bola na sport tv.

muita, muita atenção ao senhor. querem perceber porque é que o zé mário tinha sempre a lição tão bem estudada? pois, ponham as orelhas, os ouvidos, os tímpanos, o canal auditivo todo em conjunto neste senhor.

respeito.

piscina de fígado

pois, pois.... não, não estou a ver do que é que o senhor está a falar.... quatro a quê?.... nah, nada disso. que eu tivesse dado conta foram foi três a um.

sim, sim, três a um. demos três a um ao trofense no arranque da liga intercalar.

é verdade... três a um ao trofense. e o adriano até marcou dois e tudo.

quatro a um, foi o que disse? pois, não estou a ver....

como lhe digo, não vi. não dei por nada.

terça-feira, novembro 27, 2007

eque sepensive milque

entro numa pastelaria, peço uma sandocha de fiambre e um quarto de vigor.

pedem-me um euro e vinte cêntimos pelo leite.

enquanto mastigo desato a fazer contas. às tantas reparo que estou de boca aberta com o bolo alimentar à mostra.

ca nojo!

é que às tantas começo a fazer contas à antiga e vejo que aquela garrafinha custou-me duzentos e quarenta paus. duzentos e quarenta????? fónix!

estou a tentar engolir o raio da comida quando chego à previsível conclusão: novecentos e sessenta e dois escudos o litro.

pergunto se não se terão enganado no valor. dizem-me que não que é mesmo assim. vêm-me à memória os litros e litros de whisky que levei numa garrafa para dentro do dois, da kapital, do plateau... vou passar a trazer um pacote da parmalat aqui, assim, junto ao telefone.

bolas, uma terra como esta, com tanta vaca à solta, não admira que andem todas montadas em valentes serie seis cupê.

deves!

foto finish

não há uma única minha fotografia escolar - pronto, estou-me a cingir aos anos da primária - em que não apareça com a boca rebentada por causa do cabrão do herpes.

não quer dizer que se a boca se apresentasse limpinha nas fotos a coisa melhorasse muito. mas gaita, dá sempre um aspecto, vá, mais asseado, pronto.

a minha filha não tem esse problema. até ver o raça do vírus ainda não deu sinais de andar lá por dentro. por isso, não há registos fotográficos lá da escola, com a miúda apresentando a sua boquinha lixada.

ontem recebemos as fotos deste ano escolar. ai filha*, desculpa lá a sinceridade, mas estás com ar de peido. estás feiinha, pá.

queres que te rasgue as fotos** para não te envergonhares da coisa?

* este "ai filha" tem de ser dito no tom utilizado pela clotilde maluca. senhora que merecerá três posts em dias futuros.
** descansa que as entrego à tua avó. para ela, qualquer cocó na tua fralda era algo bonitinho...

sing this with me, this is forty




entraste nos enta e eu nem te mandei um presentinho nem nada. quarenta biscas. nem pareces. para mim continuas com os dezoito que tinhas lá no antigamente. caraças, pá. continuas gira de morrer.

dizem que essa tua cena com o belloto vai de vento em popa. sou contra, como deves imaginar. é a vida. bom, sabes onde eu moro, não sabes?

qualquer coisa, apita.

p.s.: zé, se estiveres aí desse lado do ecran, controla-te. sei muito bem para onde estás a olhar. perverso! olha para outras, esta aqui é minha!

sim, denominar-me de parvo é a atitude mais correcta* - parte III

gosto de dizer, com pronúncia espanhola - galega talvez -, saragoça.

(sabe bem à boca. xaragoxa, tentem lá. para quem conheceu a peça, é mais ou menos como o príncipe dizia "senhor josé". aquilo saía algo como xenhor xoxé. tentem. sabe bem, pá)

* pois, se não és tu, não é mais ninguém, ó ricardo.

sim, denominar-me de parvo é a atitude mais correcta - parte II

gosto de dizer a palavra hipócrita.

(há qualquer coisa de saboroso quando enchemos as bochechas, quase um sopro, na parte em que dizemos "...pó..".)

sim, denominar-me de parvo é a atitude mais correcta - parte I

gosto da palavra drageia.

por nada em especial. gosto, pronto.

segunda-feira, novembro 26, 2007

crime at little star boarding-house

anda por aí um blog, bestial, diga-se de passagem, sobre os melhores programas de televisão de sempre. é uma cena a meias com a time-out e tal...

a minha opinião acaba por ser, mais coisa menos coisa, idêntica à da maioria dos inquiridos da minha geração: tal canal, zé gato, etc...

contudo, eu sou capaz mesmo de nomear o melhor programa de todos. a noite de 31 de dezembro de 1990 para 1991 viu nascer o melhor programa de tv da minha geração. o tal canal foi muito bom, o hermanias, foi aquela classe, o casino royale foi algo incompreendido. nessa referida noite o herman decidiu exceder-se e criou o crime na pensão estrelinha.

e nunca um programa teve tantos textos decorados, tantos "e lembraste quando o gajo faz de emigrante em berlim?.... e lembraste....", tanta coisa.

nunca.

já aqui disse que é um crime isto não haver em dvd. deixo aqui uma das coisas que eu encontrei no iu tub. é o felisberto lalande, um senhor que não consegue dizer os éles.

sublime.



p.s.: à medida que vou vendo isto, vou descobrindo mais coisas pequeninas que adoro neste programa. reparem por exemplo, nas interjeições que o vítor de sousa vai dizendo (ui!... eh!...) isto é divino, meus amigos.

divino!

por falar em coisas que a minha mãe dizia

cheguei até a desenhar rabos e algarismos. cheguei até a pronunciar as palavras em voz alto para ver se existia alguma similaridade sonora. mas entretanto desisti. nunca consegui entender uma frase, um dito, que a minha mãe dizia

a senhora não morreu. eu é que como já não vivo com ela, nunca mais a ouvi dizer.

e que era: nariz no cu, faz trinta e um!

a novidade

a minha filha não gosta de leitão.

(yessss!)

como me diza a minha mãe: mais fica. deixa à borda do prato!

taime aute

sim, é boa! quando estou com ela na mão, tenho a sensação que estou a ler blogs.

eu, compro!

p.s.: a secção "mentiras para dizer aos turistas" é uma delícia.

justiça

é justo referir que o expresso está muito bom.

(não me consigo alongar sobre este tema. a minha aferição baseia-se no tempo que passo de volta daquele calhamaço. neste momento em cada cinco números do jornal, quatro deles merecem o dinheiro que pago por ele.)

(para mim, chega. até ver, continuarei a comprar. a comprar e a ler que era algo que não fazia anteriormente, quando me cingia ao sousa tavares e ao freitas lobo. exemplo? ler com atenção o artigo/entrevista sobre a guerra peninsular. no cartaz, salvo erro - eu com o nome dos suplementos sou pior que com o nome dos programas de tv)

é uma pena

a revista do inatel, tinha (pelo menos) em tempos uma secção de passeios. o jornalista ia dar uma voltinha e tal - a pé ou de carro - e depois contava ali a sua impressão sobre a coisa.

motivado por um desses artigos, este irmão lembrou-se de me seduzir a descobrir um passeio que vinha descrito num dos últimos números da revista.

a coisa passava-se ali na zona de mafra, uma coisa pertinho e tal, 500 paus de gasosa para cada um, estava solinho não é? - ai como o povão é adepto do heliotropismo - e lá fomos nós.

o passeio revelou-se uma valente merda. os sítios eram uma merda, os "lugares frescos e húmidos" não passavam de pântanos com pneus e fogões a apodrecerem, a vegetação rica não era mais que cardos e azedas, etc., etc....

por vingança, ainda fomos até à venda meter umas trouxas no bucho enquanto dizíamos asneiras alto e em bom som para quem quisesse ouvir a nossa indignação.

é o que faz confiar nos relatos duma única pessoa, digo eu.

a revista sábado lembrou-se de fazer uma reportagem sobre os 12 lugares mais bonitos de portugal. estão lá coisas previsíveis - meritoriamente previsíveis, acrescento - e outras que nunca ouvi falar. contudo há lá uma coisa que me fez espécie - adoro este "fazer espécie" -: a fraga da pena.

eu volto à capa, regresso para o início da reportagem e releio o título para ver se não me enganei. sim, são 12. o título refere os 12, e não 12. portanto para os editores, qualquer outro lugar que surgisse já seria relegado para 13º lugar.

acreditem, eu, eventualmente, colocaria a fraga da pena naquela lista, se em vez de 12 estivesse lá 120. e mesmo assim, teria de retirar o artigo "os" e advérbio "mais".

vão por mim, colocar lá a fraga da pena
estou a fazer contas de cabeça e, num raio de, sei lá, 50 quilómetros, encontro aí uns 7 lugares mais bonitos que a fraga. de caras? de caras, de tronco, de membros, de tudo!
não é uma parvoíce - o lugar é bonito, sim - mas é um erro, pronto.

nos doze mais bonitos? haja paciência e justiça!

sexta-feira, novembro 23, 2007

suavemente

eu exijo aqui três comentários. pelo menos três. e os visados comentareiros saberão muito bem quem são.



deixem-se de merdas, tive um trabalhão do camandro para fingir que estávamos todos novamente em 1982. não me interessa, só sei que não deve haver, sei lá, cinco pessoas no mundo que tenham tido o trabalho de espetar uma coisa no iu tube só para que vós, meus valentes colegas de bar, se dignem ouvir esta perolazinha.

vá, escrevam-me qualquer coisa. mesmo que seja algo decepcionante como, por exemplo: "iá, bacano!" ou mesmo "ó parvalhão, estamos-nos cagando para esta música".

mas escrevam.

vá estou aqui à espera.

picalm

e há dois dias, ao deitar, a minha mulher diz-me o seguinte:
- tens de me dar aqui umas bombadas!

e eu comecei a esfregar as mãos de contente e tal mas afinal, quando viro a cara, ela estava com um objecto cilíndrico na mão. mau, tu queres ver que ela foi à sex-shop?

não tinha ido.

afinal o tal objecto cilíndrico era o picalm.

catano pá, ficou cá uma pedrada de bálsamo no ar.....

ó gonçalves, aquilo meu amigo, já estás a ver o filme todo, não já? parecia que estava a dormir em casa do senhor flávio
"que deus tem". já não é a primeira vez que a trato por flávio e tudo. será que é melhor explicar-lhe que o homem, apesar de ter feito umas massagens "ó xô flávio, dê-ma aqui um jeitinho no joelho, fáxavor...." a meia população lá do bairro, era um senhor com agá grande e não era ligado a paneleirces nem nada?

gajos da bola

ontem, naquele programa da rtpn sobre a bola, o freitas lobo e o bruno prata.

talvez um dia se perceba o que é se significa estarem estes dois meninos a falar sobre bola, assim, ao mesmo tempo. que coisinha superior, pá.

e que bom seria se a sic acabasse com aquela coisa do jogo falado* e a rtp pegasse no enooooooorme david borges e o pusesse a moderar este programa.

porque realmente: o jogo falado é ridículo, o trio de ataque é bacano - há pessoas que nunca perceberam que o daniel é muito bom e que é muito difícil encontrar três adeptos assim tão independentes e ao mesmo tempo tão doentes. ou pelo menos, simplesmente dependentes desta gaita desta doença que todas as pessoas da bola graças a deus têm que é a parcialidade - mas este da rtpn com o freitas lobo é o melhor dos que se falam duma coisa que cada vez se fala menos que é: isso mesmo, falar de bola, de jogadas, de golos, de fintas...

p.s.: há dois programas sobre os quais me recuso falar: aquele da tvi com o querido manha e um na rtpn que tem o daniel serrão e afins....

* tens razão, ó anónimo. eu sou muito fraquito e não consigo atinar com os nomes dos programas. é o dia seguinte, pois claro que é!

e agora?

o prd tem um blog?

(imagine-se, o prd!)

e agora? sim, agora que já está tudo inventado. o que é que se pode esperar mais do mundo?

gosto!

quinta-feira, novembro 22, 2007

democrática

meu deus, se na altura já houvesse net e se eu tivesse feito um print desta página, tudo teria sido diferente.

ainda dizem mal do avanço tecnológico.

boaventura




eu bem lhes digo que não, que há histórias que não dão para transpor para o papel, mas há sempre uns quantos que insistem:
- ó jaime, tu tens de lá pespegar com a história do boaventura, e eu até lhes digo "mas aquilo é coisa que tem de ser contada com gestos" mas eles não ligam nenhuma. cá vai.
a coisa passou-se há uns 12 ou 15 anos. o meu grupinho dessa altura tinha ido passar um fim-de-semana à terra da minha mãe. no regresso, tínhamos combinado parar em coimbra para jantar. éramos uns quatro ou cinco carros.

eu, parei ali nas redondezas do largo da portagem, e fomos, visconde da luz adiante, até ao tal restaurante.

às tantas reparo que até os cinco que compunham o meu carro, se tinham dispersado: a minha namorada, a irmã anica e o mariano, seguiram à frente. eu e o joão, irmão da namorada, ficámos para trás.

- ó joão, o pessoal?
- ihhh, pois é. ficámos a olhar para as montras e distraímos-nos.
- que barraca. sabes onde fica o restaurante?
- não. mas sei o nome. acho que era democrática ou democracia ou coisa assim.

e ali por volta do santa cruz, aproximámos-nos dum polícia - alto, bigodaça, barriga proeminente - e eu, começo então o famoso diálogo:

eu: boa noite, xô guarda, pode-me dizer onde fica o restaurante democrática?

(silêncio durante uns 40 segundos)
(eu olho para o joão, o joão para mim e o polícia em silêncio. impavidíssimo, diga-se de passagem.)

eu: democrática, não era joão?
joão: isso, democrática.
eu: pois, de-mo-crá-ti-ca, não é?
(mais silêncio)
joão: democrática, democrática. é isso pá, era mesmo isso: democrá-ti-ca!

(mais silêncio)
(às tantas)

eu: ó xô guard..
psp: CALMA!
eu: desculpe!

(medo)
(mais medo e mais silêncio)
(olho para o joão)
(o joão olha para mim)

eu: pronto, se não sabe eu...
psp: CALMA!

(e pega no seu uólqui-tólqui e pressiona o botão)

psp: alô central, aqui boaventura, escuto.
(crhhrrrhhrrrrr)
central: alô boaventura, aqui central, escuto

psp:
alô central, aqui boaventura, pergunto: onde fica restaurante democrática?(atenção à falta de artigos nas frases.)
(crhhrrrhhrrrrr)

central: alô boaventura, aqui central, pergunto: porquê?
psp: alô central, aqui boaventura, informo: porque não me recordo.(crhhrrrhhrrrrr)central: alô boaventura, aqui central, informo: junto praça oito de maio, numa perpendicular rua da sofia

(boaventura sorri e abana a cabeça para cima e para baixo como se já estivesse a ver tudo.)
(crhhrrrhhrrrrr)
psp: alô central, aqui boaventura, afirmativo! já visualizei mentalmente a localização do estabelecimento.
(crhhrrrhhrrrrr)
central: afirmativo!

sem olhar para nós, o guarda boaventura, ordena:
- sigam-me.

(medo e alguma esperança)

e começamos a caminhar, precisamente no sentido da praça da portagem, ou seja a direcção oposta à rua da sofia.

lá andámos, sempre atrás do agente da autoridade, os três num silêncio tumular.

e eu sem perceber o porquê deste andar para trás olhava para o joão, num misto de medo, de ambiente twin peaks, de sei lá o quê...

ali por volta do arco do almedina,
num repente, o boaventura dá meia volta, nós parámos também sobressaltados com medo de chocar nele e é então que ele fala:
- vocês vão a com'a'quem vai sempre nesta direcção, passam pelo local onde nos encontrávamos, atravessam a praça oito de maio, passam a cgd, entram na rua da sofia, que é logo aquela que começa logo ali e, uns metros à esquerda, há uma rua pequenina onde está localizado o restaurante que os senhores procuram.

estou ainda para saber, porque raio andámos aqueles 150 metros para trás. será que a ideia do boaventura era fazer-nos apanhar balanço?


(fiquei com medo de olhar para o joão e nem me atrevi a olhar para trás)
(eu achava que aquilo era motivo suficiente para me escangalhar a rir durante 13 dias)
(pelo sim, pelo não, só me ri da coisa já no famoso democrática. aliás de-mo-crá-ti-ca!)

penalty

a inglaterra não vai ao europeu.

estará o ricardo condenado a ter de defender penaltys doutras selecções?

estou a ver as coisas muito más para ele, estou estou!

úuupiá


ter tomado a sapiente decisão, há coisa de seis anos e tal, de me ter deixado indrominar pela minha mulher trouxe-me uma coisa ou outra, aqui e ali, digamos, inusitada. dentre elas, coube-me em sorte, por exemplo, ter familiares finlandeses, imagine-se.

por causa desses pormenores, desses activos que adquiri, vejam lá por exemplo, se ser possuidor desta informação é ou não de suprema importantância:

hyypiä lê-se úpiá e não ípiá como ouço por aí.

vale?

bom, estive aqui a pensar e afinal esta não é sequer uma informação importante. pronto, é uma informação engraçada, digamos. vá lá, é uma informação curiosa, pronto. também não?

têm razão, informações importantes são aquelas que dizemos a uma gaja no plateau e ela responde:
- a sério? que giro. e o teu pai tem essa penthouse duplex no parque das nações, é?

now, that's what i called quite good

há coisa de 18 anos, fui com o mira - o melhor escultor de areia do mundo - mamar uns canecos à chafarica, ali para os lados de são vicente - descansa bic, eu prometo que um dia faço um post sobre a casa da lina, o chafarica, o graça, o noites de luar, o ópera e todos esses antros de mesinhas de 40 cms de altura, por onde nos embebedávamos ao ritmo de latas de coca-cola cheia de pedrinhas que faziam tschica-tschica .

nessa noite, aproveitando um fim-de-semana sem pais e tendo em consideração a dimensão da cardina que carregava no bucho, achámos por bem que eu devia ir dormir a casa dele.

pelos vistos não aprendemos bem a lição já que ele, que sempre foi um gajo com a cabeça completamente marada devido ao pó do mármore das esculturas que andou a snifar durante a sua vida, lembrou-se de abrir uma 75 cl do redondo, sua terra natal, para calcar melhor as cervejolas que tínhamos do estômago.

às tantas só me recordo de estar deitado no chão do seu quarto, muito zonzo, a olhar fixamente para duas tiras de fita isoladora preta, coladas em x, num canto do tecto:
- ó mira, para que é que serve aquele x ali em cima no cantinho, pá?
- para as pessoas que cá vêm a casa, perguntarem isso mesmo.
- ahhh....... és espertíssimo, sabes? olha, vou ali vomitar e já venho, tudo bem?
- vai à vontade.
- entretanto, mete um disquinho para animar a coisa.


meteu este:



este disco anda agora no meu carro. comprei-o há uns 3 ou 4 anos. quando apareci com ele em casa, a minha mulher disse:
- compraste? não havia necessidade. também o tenho. está no escritório.
- pronto, ouvimos então em estéreo.

eu acho que não ouço música. eu tenho impressão que agora meto discos para activar saudades.


geração calimero

se a geração do queiroz ficará conhecida como a geração de ouro, eu sugiro que a do scolari seja homenageada como a geração calimero.

p.s.:
1) tira-me do sério ver o pepe e o deco de camisola com umas quinas ao peito.
2) o pepe é um jogador do catano!
3) esta qualificação foi deprimente. estamos lá porque andámos todos às cavalitas do cristiano. curiosamente um jogador que, meus amigos, eu definitivamente não gosto. não gosto, não gosto, não gosto. e gostava que ele estivesse sempre na minha equipa. é esquisito mas é verdade. gostam da celine dion? - quem gostar, cale-se por uns instantes - não gostam, pois não? mas conhecem muita gente que cante como ela? pois, sinto o mesmo em relação ao cristiano.
4) a desculpa "não se pode pedir muito a um grupo de jogadores que só se reúne durante dois ou três dias antes de cada jogo" é muito tacanha, não é? quando eles fazem grandes jogatanas - contra a bélgica, por exemplo - isso sucede porquê? por sorte?
5) podemos ou não, pedir que também joguemos um bocadinho bem?
6) não? não podemos? pronto, ok.

terça-feira, novembro 20, 2007

pronto, só dez ou vinte pessoas é que perceberão o post, mas cá vai

que merda é esta?

então o gajo faz uma pirâmide no teledisco - é que é uma pirâmide descarada, pá! - e não nos paga direitos de autor sobre a coisa?



acho mal!

pára tudo!

há certezas absolutas que o mika não é mais que os dragostea picasso mas em inglês?

a sério? têm a certeza?

hum!.....

elis e tom


há coisa de 18 anos, a minha namorada sugeriu (reparem bem neste sugeriu. raça da miúda!) que eu lhe oferecesse no dia de aniversário este disco. como era boa chavalita, adicionei também uma colectânea da mesma senhora.

na altura, confesso, não liguei muito ao conteúdo da coisa. aquilo entrava, tudo bem, mas não entranhava. percebi na altura que ainda não tinha chegado a minha hora elis regina.

felizmente já chegou há um dois ou três pares de anos. curiosamente a hélice regina, como era conhecida na década de sessenta por causa do movimento giratório de braços que constantemente fazia em palco, tem o pendor de me afectar positivamente aos bochechos.

ou é por causa dum dvd em que aparece com aquele cabelinho que é um tesão, ou é por causa da forma como canta um certo atrás da porta ou é ainda como descubro esta ou aquela canção que me toca nesta partezinha que temos ali acima do rego do rabo.

em boa hora cheguei a este elis e tom. aconteceu, há uns dois meses. acreditem, pode parecer um exagero, mas ouço este disco, seguramente, mais que três vezes por dia. porquê? porque tenho de compensar todos os anos em que tive acesso a ele e não lhe toquei. ou pelo menos em que não lhe toquei devidamente.


desculpa ana, tinhas razão: eu deveria ter saída de tua casa naquela tal noite com uma cópia deste disco. eu sei que tu sabias que mais cedo ou mais tarde haveria de gostar. mas tens de contar também com a minha teimosia. vale?


boazona? nahhhh

bem sei que o pessoal por vezes exagera. há aqueles que são crucificados por acharem a cláudia mergulhão (aquele abraço, irmão) um valente naco e há outros que desprezam as qualidades bélicas da alexandra lencastre.

tenho um amigo que diz que a gaja dos mupis da langerie não vale o caco e que ainda tem de comer muita chicha para ser uma gaja, digamos (sic) booooa!


a pergunta que eu faço é a seguinte:
- ó carlos, vê lá bem isto com cuidado, que raio de chicha é que tu te referias quando dizes que ela tem em defeito na sua eventual descuidada roda dos alimentos?

segunda-feira, novembro 19, 2007

black betty

a sic notícias tem um programa chamado caras notícias.

não sei o que é, não sei quem apresenta, não sei se já vi, não sei se não vi, não sei rigorosamente nada.

sei é que tem um teaser, um anúncio, sei lá, uma gaita que passa de vez em quando a anunciar aquela rubrica, com o black betty dos ram jam que eu acho um pedal do caneco.

e uma música daquelas puxa logo a seguir uma valente saudade do 2001....

ai....



eu dou em doido...

... com este começo todos os dias e durante, sabe-se lá, quanto tempo.



ahhhhhhhhhh!

domingo, novembro 18, 2007

bosingwa

quando a nossa selecção tem um jogador cujo nome, para eu o escrever correctamente, tenho de o googlar, é porque alguma coisa anda mal.

mais a sério: se o porto arranjar um defesa direito de jeito - o seitaridis, porque não? - eu voto para que o zé bosingwa seja o extremo-direito da equipa.

quaresma

eu tenho para mim que não é bem nesta altura que tem lógica o quaresma jogar pela selecção.

foi mais quando ele estava em forma. lembra-se, mais coisa menos coisa, daquela altura do mundial, meu caro luis filipe?

(pronto, mas isto é mais a minha opinião, quer-se d'zer!)


fuiiii fuiu

o ronaldo ficou triste porque assobiaram a selecção. diz ele que anda há 5 anos a jogar em inglaterra e que lá não é nada assim.

tadinho.

eu sugiro que caso eles percam contra a finlândia que o rui rio faça um são joão para celebrar a coisa. agora assobios quando jogam mal? nahhh, nem pensar, coitados dos rapazes.

anúncios

bolinhas, azevinho, iluminações, pais natais pendurados, coisas dessas em pleno novembro (e até mesmo em outubro que eu bem vi), é francamente um exagero.

mas não sei o que direi do "eu vou!" que já anda por aí a anunciar o rock in rio de 2008!

estou a ficar com medo...

... daquela quantidade estúpida e pornográfica de prendas que as pessoas teimam em oferecer à minha filha no natal.

é proibido proibir

eu exijo que os gajos que andaram a foder o campo dos trangénicos se organizem, faça uma paliçada à volta dum belo quintal assim ao estilo da aldeia do astérix e que crie uma feira com barraquinhas geridas pelas empresas fechadas pela asae.

que porra, se ainda permitem - e bem - que se venda tabaco, porque raio não deixam o raio dos estabelecimentos abertos, permitindo que estes afixem na entrada o reclamo:

consumir aqui, pode matar!

e quem quisesse morrer, ia.

a ginginha do rossio? talheres de pau na sangria? roulottes de coiratos? assadores de castanhas em barro? qual é o mal, caralho? quem foram os benditos que permitiram estas exageradas leis? bem sei que eles só cumprem, isso mesmo, a lei, mas porque raio não fecham eles o grupo parlamentar do psd?

binya

a pergunta que eu faço é a seguinte:

- vai ver muita gentinha a arrepiar caminho ou não?

nota: se eu acho 6 jogos muita fruta? nem eu nem nenhum benfiquista acha. andamos é muito mal habituados, essa é que é essa.

saudade

saudade não, muita saudade.

indignações

quem foi a ignóbil alma que teve a peregrina e estúpida ideia de vender embalagens de fiambre em fatias encarquilhadas?

indignações

- há alguma abertura fácil que seja realmente fácil?

de caras:

control 0 - 24 hour party people 10

notas:
- e esta mania parva de fazer os filmes a preto e branco "porque sim!".
- e esta mania do antão estar convencido que se pode fazer um filme da mesma maneira que se faz um teledisco.
- e o gajo que faz de curtis faz-me mas é lembrar o stephen morris.
- e não incluir o heart and soul parece-me francamente uma forma do holandês me querer irritar.
- e o love will tears.... que em 1982 me parecia algo superlativíssimo, agora, francamente tem aqueles sintetizadores que me fazem lembrar música de solistas de casamentos.
- e eu sei é que devia ter visto este filme era há 25 anos, pronto!
- e se calhar eu devia era ter visto isto no cinema, assim com um bom sonoro e tal.
- e oh nápoles, não vás na minha cantiga. vai ver o filme à confiança que eu sei que vais gostar. tranquilo.

sexta-feira, novembro 16, 2007

kamasutra? talvez!

quando a ingenuidade reinava na minha vida - não que já não ande por aqui mas já não reina, pronto! - eu julgava que o ponto alto de ter uma companhia feminina connosco era, seguramente, aqueles agarranços, aquele pousar da cabeça dela no nosso peito, eventualmente o ficar ali abraçado a elas durante um porradão de tempo, enquanto víamos placidamente a chuva a cair lá fora - assim, ao estilo do amanhã de manhã das doce - ou repousávamos os olhos na televisão, observando calmamente filmes com pares românticos.

afinal se o andré cajarana (tony ramos) e a carina (elisabeth savalla) do pai herói - que já tinham sido o márcio e a lili no astro - conseguiam estar tempos imensos deitados e abraçados na cama a conversar e a sacar beijinhos é porque aquilo era realmente muito bom (bom no sentido de ser doce e tal).

quando anos mais tarde comecei a praticar essas coisas, verifiquei que aquilo é tudo uma valente treta: ou as cabeças delas após uns 2 minutos pesam cumó caraças aqui sobre o pulmão direito, espremendo até à exaustão a pleura; ou se nos deitamos sobre o feminino e suave ventre enquanto nos fazem festinhas no couro cabeludo ficamos com o pescoço todo dorido por estar com ele tanto tempo dobrado; ou ainda, se decidimos abraçá-las em cadeirinha, às tantas, o braço que fica posicionado sob o corpinho delas - por mais magras que sejam - acaba por ficar num estado de paralisia tal que necessitamos duma massagem do ombro até à mão para conseguirmos mudar o canal com o comando.

andámos pois, anos e anos, em rodas de amigos recolhendo informações sobre a localização do clitóris ou sobre a existência do ponto gê de gato e nunca nenhum mais rodado nas coisas das junções de corpos nus nos deu truques e dicas sobre a forma perfeita de encaixar numa gaja.

simplesmente porque não há uma forma perfeita.

ou se com aquela que tínhamos namorado no acampamento das berlengas, o cotovelo podia ficar assim, já com a outra que decidiu dormir connosco
- eu disse dormir, ok? - naquele inter-rail que passou por bucareste, o cotovelo não tinha problema nenhum mas o raio do joelho magoava-lhe a coxa esquerda.

porque é um mistério do camandro as diferentes maneiras que os casais encontram para se encaixarem debaixo dos edredons. mas consegue-se. e é realmente bom cumó catano quando ali após umas quantas semanas descobrimos o conforto desta ou daquela posição. é mesmo misteriosa até porque eu acho que se a conseguisse descrever não o conseguia.

eu sei lá, sei que há um pé que fica assim, que um dos ombros quase que se inverte e recolhe sob a omoplata, que aquele joelho encaixa ali naquela concavidade lá em baixo...

é um mistério sim.

convenhamos, uma retanchada é bem mais simples de dar não é?

schleppp!!

sensivelmente a partir de que idade é razoável deixarmos de lamber as tampas dos pacotes de iogurtes?


40?

45?

não me digam que já não posso fazer isso?????

quinta-feira, novembro 15, 2007

adeus

uma pessoa nunca será considerada com tal, até ter tido o prazer (ou a dor) de receber (ou enviar) o adeus do eugénio de andrade, pois não?

mesmo que isso
(só) (ou apenas) tenha acontecido aos 20 anos, não é?

quarta-feira, novembro 14, 2007

pontapé no olho

no tempo em que havia música de vanguarda - e que não havia essas paneleirices de lhe chamar alternativa ou independente - uma das minhas bandas favoritas eram, obviamente, os bauhaus.

nesse campo, nessa diocese digamos, havia os joy division - os new order ainda só tinham o movement. disco que eu nunca achei grande espingarda - os cure - que até ali, ao pornography, eram fantásticos - e os bauhaus.

destes todos os únicos que tive oportunidade de ver ao vivo foram os bauhaus.

a coisa aconteceu no atlântico e, posso-vos assegurar, foi a maior concentração de pano negro e rímel que eu já assisti em toda a minha vida.

na altura em que os fui ver, confesso, já os seus discos estavam meio arrumados mas, gaita, assim que o malandro do daniel ash pôs a palheta no raio das cordas, minha nossa senhora, que arrepio do camandro.

e depois havia o murphy, não é? bom, não é preciso dizer mais nada, pois não?

só para terminar: fui ver o concerto sozinho, a certa e determinada altura, uma miúda vestida de nossa senhora de fátima, mas onde o branco original estava substituido por negro, lembrou-se de me pedir para lhe construir um charutão de bezegol. lá recusei simpaticamente - careta! -, alegando que jesus podia estar a ver aquilo lá de cima e não gostaria, certamente, de ver a mãe a fumar brocas. sorriu, deu-me um beijinho com aqueles lábios negros - blhec! -, piscou-me o olho - obviamente negro! - e disse-me ao ouvido que o daniel ash lhe entrou corpo dentro em sonhos e a possuiu ao som do passion of lovers. ela sorria mas eu estava com pena daquilo, porra. ao som do passion of lovers? coitada. se ainda fosse ao som do bela lugosi's ainda vá que não vá. ainda me pediu para ir com ela e uns amigos ao incógnito. fui para casa.

eu por mim, depois do quarto e último encore, não tinha apenas o olho chutado mas sentia-me completamente desconjuntado. concerto do camandro!

faz hoje nove anos que isso aconteceu.

respeito!


férias - orientações

- o que é que fazias se eu saísse de casa?
- comprava um gê pê ésse.
- então nem compravas um vibrador nem nada?
- não, só precisava mesmo dum gê pê ésse.


realmente, um gajo a pensar que vale alguma coisa na cama e afinal ela só precisa de nós como meros orientadores rodoviários.

está bonito, está!

férias - oinc oinc oinc

assim, ao estilo daquelas estatísticas - "há 1034 minutos que o léo não cede um fora do lado esquerdo - de quem ataca - do campo, nos lances ocorridos antes do intervalo, e com equipas com verde claro no equipamento, oriundas de localidades a sul do tejo" estúpidas dos jornais desportivos:

- em sete refeições nas férias, três delas foram de leitão.
- duas delas foram no mesmo dia.
- uma dessas de leitão soube-me um tiquinho a pato*.
- por medo ou por distracção, acompanhei sempre com cerveja.

- já estou com saudades de leitão.

* sim, sim, oh palhação, o teu foi, de caras, o que estava melhor. meu paneleirão de merda. deves pensar, deves... deves!

aguinha

- não foste pedalar?
- já não cheguei a tempo..
- mas foste atá à piscina, não foi?
- sim, mas foi mais naquela de justificar a toalha que outra coisa...

férias - baía

depois, mais tarde, descobri que a bar tinha mais exemplares doutros números da mesma revista.

numa delas havia uma entrevista ao grande baía. não consigo entender porque raio tratam de fazer produções fotográficas numa revista de relógios com o slr - eh pá, já que tens um carro desses, se calhar era boa ideia trazeres para tirarmos umas fotos com ele, não era? - do rapaz como pano de fundo? sou só eu o único a estas ideias meio rascas? ou está aqui uma das justificações porque eu nunca tive problema nenhum em ir a um casamento numa renault express de dois lugares?

já agora - e não estou a dizer mal, atente-se - a namorada dele julga que se chama victoria, não é?

férias - cerveira

entro num dos quartos onde dormi nestas férias e dou de trombas com uma revista com a cara do luís filipe vieira.

quem é que consegue dar uma retanchada de jeito na mulher, com uma revista destas a menos de 4 metros?

férias - comparações

alguém tem dúvidas que o rui santos é, mais coisa menos coisa, o tarik, só que mal vestido e com óculos feios?

eu não tenho.

férias - beirut

que ninguém tenha dúvidas, tentar andar na fnac de coimbra ao som dos beirut tira o tesão a um gajo.

aquilo faz ao sistema reprodutor a mesmíssima coisa que a radioactividade de chernobyl fez aos pobres ucranianos - e não só.

falam, falam dos delfins mas acreditem que há muitas mais bandas que devem uns anos ao criador!

férias - eos400d

fomos de férias: eu, ela e a sua máquina fotográfica (e mais aquele charutão que tira fotos assim de pertinho).

todos gostámos.

o abracinho que a minha filha nos deus no regresso foi inatingível.

sexta-feira, novembro 09, 2007

supé católicos

por falar nos nomes supé católicos, o meu pai tem um supé católico e ao mesmo tempo supé-chique. chama-se espírito santo. chiquésimo, não é?

habitualmente, havia umas quantas clientes que lhe perguntavam:
- ôssa, que engraçado, tá a ver? espírito santo, que engraçado mesmo. tem alguma coisa a ver com os espírito santo?
- tenho! tenho lá conta.

superior!

bilhós*

ver pessoal e vender castanhas quentinhas sob um calor de 25 graus não é bem uma coisa que rime muito bem.

eu por um lado tenho pena deles. por outro acho que se deviam era dedicar à geladaria.

meus amigos, isto não é tempo para castanhas.

*em trás-os-montes um bilhó é uma castanha assada já devidamente descascada. era assim que a minha avó trindade - um nome supé católico, trindade da ressurreição. ou seja, não lhe chegava possuir o pai, o filho e o espírito santo, tinha também de ter o filho ressuscitado. - me tratava: anda cá meu bilhózinho da avó.

mistééééériiiiiooooooo

mora junto a mim um desportista do jet set.

nunca o tinha visto ao vivo. sabia, pois, que ele existia por vê-lo na tv e nas rubistas cor-de-rosa.

de um momento para outro vi o gajo ali perto da estação. depois, uns dias mais tarde, volto a cruzar-me com ele no mesmíssimo local. na semana seguinte a mesma coisa.

reparem que ele não estava parado. a coincidência é tal que eu cruzo-me com ele em andamento, mas a cena acontece no mesmo local.

e comentei isso com a minha sogra:
- eh pá, sabe aquele gajo que não paga lá o condomínio e que é um caloteiro do caraças? cruzei-me com ele, ali no prédio do pê ésse, por três vezes. em dias e horas aleatórias.
- isso quase que é bruxedo!

hoje voltei a vê-lo. agora adivinhem? sim, no mesmo local.

e eu não sei se é a maçonaria que está por detrás disto, se é a opus dei, se é coisa do dr. sousa martins ou do padre américo. eu sei é que isto anda a acontecer. é um mistério.

tenho para mim que o rodrigues dos santos é menino para escrever um livro sobre isto.

férias


parece que é amanhã que arrancamos.

parece que é sempre por estas alturas que ficas mais ternurenta, bem comportada, gira, fofinha, doce, amiga

- hoje eu é que ponho a meja, tá bem paijinho?

esperta

(queria dizer uma ou outra palavra ou expressão que ela agora utiliza e que achamos gira dita ela. ó môr se leres isto, espeta aí um comment dos teus e descreve lá o que é)

tudo.

e fazes isso só para nos arreliares. só para que partamos com o coração apertado por te deixarmos.

estúpida!

antes da leitura deste post de cáca, suplico-vos o rápido visionamento deste anúncio. é uma coisa pequena, vá, vejam lá.




tá visto? lembram-se da coisa? não sei se este é igual ao que passou em portugal lá para o final da década de oitenta mas para o efeito tanto se me faz. eu queria era recordar-vos esta cena do stu-stu-stu-studio line! compreendido? ok, vamos então ao post.

o sá, meu camarada de tropa, foi seguramente o maior mentiroso que existiu na europa - confesso que não tenho dados relativamente aos outros continentes - rivalizando apenas, que eu me lembre, com o vale e azevedo, personagem, como todos nós nos lembramos, tinha uma incompatível relação com a verdade. o sá era do género de ter tudo, de já ter visto tudo, de conhecer tudo, etc...

pequenino, mandão, natural de vila verde, bom companheiro para as cervejas, era um amigalhaço dos melhores. a nossa passagem pela guerra implicava passarmos a noite em branco, já que os nossos serviços eram de 24 horas, eu como chefe do centro telegráfico ele como chefe do centro de mensagens. isto de ser chefe pode parecer pomposo mas não é. éramos uns reles 2º cabo que tínhamos de estar ali a noite toda a despachar um telex,
de hora a hora, para a marinha. por isso, até aí às duas, três da matina a coisa era normalmente regada com uma grade de minis, adjuvado por pão e paio que o casimiro trazia de carregal do sal.

esses simpósios eram normalmente acompanhados por uns vídeos de filmes de porrada - sim, não estão a ver o pessoal a papar ciclos do truffaut ou coisas da nouvelle vague, pois não? - ou simples música para adormecer. e o sá, intervinha sempre que possível, entremeando as suas observações com valentes tangas.

lembro-me num sábado, no intervalo dum marítimo-porto, surgir um anúncio na tv, salvo erro da martini, em que um casal sai duma sessão de cinema. na saída, sobre a entrada do cinema, vislumbra-se o título do filme, days of thunder. o sá disse logo: o meu irmão tem aquele filme. ora, naquele tempo, os filmes chegavam aos clubes de vídeo, com cerca de seis a nove meses após sairem de cena. e o days of thunder ainda andava pelas salas de lisboa.

- eh pá, ó sá, estás a fazer confusão. não é este o filme.
- é é, carago. com o tom cruise e tal...
- ó sá, mas não podes ter isso em vídeo. isso ainda não há em vídeo.
- olha-me este meu. vale uma aposta?

esta última frase era sempre acompanhada por um batimento rápido das suas mãos e, para nós, era sintomático que ele estava a aldrabar. se ele dissesse "vale uma aposta?" era certinho que a tanga andava no ar.

numa noite, aí por volta das 2 da matina, já com o centro todo lavadinho e com os soldados a dormir, estava eu e o sá calmamente a fumar umas cigarradas e a ouvir umas cassetes. tinham sido gravadas em casa dum amigo que tinha um gravador denon, garantindo por isso uma suprema qualidade e um som cristalino. a cassete em questão continha coisas do steve mcqueen e mais uma mão cheia de slâuzadas do fil cólins.

diz-me o sá:
- ó jaiminho? som do carago, pá. isto é um cd?
- não, é mesmo cassete. mas é uma tdk de metal e foi gravada numa valente bomba dum amigo meu.
- que maravilha. dire straits, não é?
- não, sá. isto são os prefab sprout.
- hummmm, acho que o meu irmão tem isso. sabes, ele tem tudo. é uma coisa impressionante. ele tem mais de quatro mil discos....
- lá estás tu com as tuas tangas....
- ó jaiminho, juro-te, pá!
- pronto, tá bem!
- olha, só dos dire straits tem para aí uns dez ou doze éle pês.
- doze, sá? mas os dire straits só têm aí uns 5 ou 6 discos.
- pois.... não sei... sabes, ele também tem muita coisa repetida. e é gajo para ter em éle pê e em cd. ele compra coisas que já nem se lembra que tinha comprado anteriormente.
- ok, sá, já percebi que o teu irmão tem tudo.

mais tarde

- e isto jaiminho? são os genesis?
- não, é o phil collins. é a solo.
- acho que o meu irmão tem este disco.
- deve ter, se ele tem tudo...
- não é um com a cara dele na capa?
- ó sá,
curiosamente, todos os discos do phil collins são com uma foto da cara dele na capa.
- ahhhhhh.
- mas ajudo-te, esta música é do disco que tem o sussudio, estás a ver sá?
- então não sei, dos genesis e do phil collins eu conheço tudo. sussudio? claro que sei. até anda aí um anúncio dum gel com essa música. su-su-sudio láine. certo?
- sá, vê se dormes!

quinta-feira, novembro 08, 2007

bravissimo calciatori





tu bem me avisaste:

- não é bem seres parecido. vê lá bem o que é que eu te quero dizer. mas essas barba... tu estás um autêntico gattuso!

e eu entendi, claro.

mas espero que também entendas e já te o disse na feira:

- não é bem o seres parecido. é dares ares.... o penteado e tal.... e estavas de fato, sem gravata.... um autêntico allenatore dell'internazionale. para mim, é! para mim és o roberto. e olha que me custa dizer isto porque como deves saber

não sabes mas eu conto-te

este gajo - e se calhar mais o platt, o vialli, o lombardo careca e tal - vieram às antas ganhar-me uma eliminatória da taça das taças nos penaltis. fiquei tão desiludido que até fui para o shopping dos olivais desanuviar e chorar com as pontes do clint eastwood. imagina só!


38, porra! fazes-me sentir velho. sim porque eu estou fino, seu cabrãozinho. és o máiór!

tarikada

eu juro que gosto do miúdo, juro que sim.

ele é duma simpatia extrema. a sério, pá. sem ironias. mas gaita, eu vejo os jogos do clube. e da mesma forma que os benfiquistas se recordam com saudade do golo do beto contra o united e
com ardor por tudo o resto que ele fez, também eu tenho a memória muito fresca.

talvez isto passe com o tempo e venha acabar por tirar o chapéu ao africano como há dois anos tirei ao pepe.

até lá, há lances que continuam a fazer-me acordar de noite com vontade de fazer xi-xi.



percebem?

palavras são palavras

eu não quero os jogadores de futebol capazes de darem palestras sobre cambiantes. não nada disso. mas gostava, francamente, que pelo menos não amuassem quando jogam mal nem inventassem respostas complicadas quando lhes fazem perguntas simples no flaxe interviú.

o quaresma amuou porque lhe disseram que anda a jogar mal. tadinho, parece que só lhe podem fazer festinhas na cabeça quando ele faz malabarismos. acredita ricardo, tenho para mim que te fazia falta um ou outro joguinho na bancada depois dum vermelhinho mostrado nas ventas. não deves gostar de comer valentes sarrafadas, pois não? pois, aos outros também lhes faz dói-dói quando lhes acertas com os pitons em sítios esquisitos que não os gomos da chincha. verdade, pá. pede ao meireles que te dê um biqueiro no joelho e vais ver que dói.

nem todos podem falar com a humildade do helton ou com a calma do baía

por falar em baía, a mulher dele queria chamar-se victoria beckam, não era?

nem todos têm a curiosidade verbal do registra rui costa. ainda assim, o meu favorito é o lisandro. é seguramente a pessoa que melhor imita o tony silva "eidis en entlemen, yo soy el cantante tony silva, creador de toda lá musica ró". experimentem ouvir da próxima vez.

comandante

aquí se queda la clara
la entrañable transparencia
de tu querida presencia
comandante che guevara

um nasceu em buenos aires e outro em rosário. ambos tratamos carinhosamente por comandante.


um era ernesto guevara

gosto de dizer arnesto. aliás conta-se que houve um homem que quis dar aos seus filhos, nomes começados pela três primeiras letras do abedecário. assim nasceram o arnesto o biriato e o cebastião.

o outro é luis oscar.

o comandante do meu clube lembrou-se de ser aquele senhor que eu considero o melhor jogador do nosso campeonato.

pronto, não sei se é o melhor. mas quando joga bem e está com pernas para isso - nem sempre, nem sempre - tem atitudes que me deixam a babar aqui do canto da boca.

e aqui à atrasado lembrou-se de estar presente num dos melhores golos que o clube marcou este ano.

pode isto parecer pirraça com o golo do marroquino frente ao marselha. mas não, já disse aqui que o golo é fabuloso. mas sabem como é que eu sou. eu sou mais de gostar de golos que passem por muita gente.

como este. também uma coisa fantástica do tarik, mas é antecedido por um roubo de bola - uma coisa que eu gosto sempre - e um molho de passes e fintas de encher o olho.



entretanto, se repararem bem, o comandante anda sempre por ali.

um passo à tua frente*

a ana paula** era a maior fã dos duran duran que o rainha chegou a conhecer. além de ter um penteado como o do jonh taylor e de ser parecida com o nick rodhes, lá por volta de 1981, andava exposta no pátio da escola com uma ti charte preta com uns limões estampados juntamente com as palavras "squeeze deeze pleeze".

a minha burrice para as línguas não me permitiu compreender que aquilo era um cumbite (na reinação, claro) para o pessoal lhe espremer os marmelos - neste caso os limões. eu ali, apenas vi o nome da banda que cantava o is that love.

a minha cabeça, associada à burrice que mencionei atrás, nunca me deixou distinguir com sapiência os squeeze, os split enz e os xtc***. tenho sempre de fazer um esforço monumental - sim, monumental, mesmo! - para me recordar que no teledisco do cool for cats aparece o jools holland com um charutão do caraças e, sendo assim, estamos perante os squeeze. quando quero pôr a cabeça sintonizada nos xtc, tenho de me recordar que numa cassete de video que os meus primos de cascais tinham gravada do passeio dos alegres - ou já era no festa é festa? - aparecia o hungry like the wolf seguido do senses working overtime. é então que a minha memória vai deste senses para o general and majors que dava na jukebox do príncipe até ao disapointed, já no tempo da universidade. fazendo então as contas estamos perante os xtc - uma espécie de extasy. e, finalmente, por exclusão de partes, os split enz eram os do outro lado do mundo, lá da terra dos kiwis: são os do i got you, são os dos manos dos crowded
hey now, hey now, don't dream is over house e são também os deste one step ahead que eu adoro de morte.



* nem todas as louras são burras. algumas são burríssimas. (aquele beijo, pá!)
** ainda assim, a melhor coisa que esta miúda fez, foi ter arranjado emprego na crêperie do pão de açucar da estados unidos, fornecendo umas doses extra de fiambre e queijo quando lá íamos comer. abençoada sejas, estejas lá onde estiveres
*** um dia faço um post sobre a razão porque também tenho dificuldade em distinguir os foreigner dos loverboy

respeito!!!!



e claro, aquela gargalhada final é simplesmente viciante!

quarta-feira, novembro 07, 2007

gloria

porquê esta hoje?
ora, porque sim!

porque qualquer dia é um dia bom para o hooker e o morrison


desculpa, cuca

pronto, bem sei que nos fornicaste umas férias que ansiávamos há uns bons 5 meses. bem sei aquilo que tiveste foi uma virosezeca de cáca que te atirou para a cama por um par de dias. mas ainda assim estou envergonhado.

sabes, fiquei com aquele pensamento parvo e pouco lúcido que nos tinhas feito ruir o raio dos dias de descanso. os tais dias que eu e a mãe tanto queríamos curtir. como se fosses tu a culpada do estupor do vírus tivesse escolhido esse corpo bom para passar uns dias

pois, bem sei que não tiveste culpa nenhuma e também sabes que estas coisas que dizemos, estes desabafos "caraças mais à miúda que nos lixou as férias" são, isso mesmo, desabafos.

olha, já está tudo tratado, vão ser diferentes mas vão
também ser férias. ainda assim, desculpa. um dia, quando fores mais crescida, eu conto-te porque é que estou envergonhado. não, não é nada disso que estás a pensar. eu conto-te, juro. vá, quando tiveres aí uns 18 anos, eu conto. até lá, não. fica um segredo só meu e teu, pode ser?

por causa de doenças, médicos, dói-dóis, picas, pontos, febres e coisas dessas, acredita, por causa disso, a gente prescinde seja lá do que for.

um dia explico isto melhor. até lá, desculpa mas estou mesmo envergonhado.

acordei com esta...

... e não há maneira dela sair-me da mona.



desculpem-me os contestatários e os fãs ridículos (onde eu, se calhar, me incluo) mas enquanto houver alguém a cantar versões de músicas do chico, essa versão será sempre melhor que o original. e eu gosto dele até ao tutano mas ainda assim..... ele é assim - num exagero se calhar parvo e estúpido, o bob dylan da música brasileira: não há uma única versão de coisas dele piores que o original.


(já agora, a elba ramalho tem as melhores pernas da humanidade)

tarik

uma vez o nandinho, no alverca (gare), marcou três golos ao sporting. nessa semana não se falou mais nisso.

o que andas a fazer de bom, lá com a equipa, é meritório, sim senhor, tenho de bater palmas e tal mas, meu amigo, não chega para fazer esquecer aquelas perdidas, assim, só com o guarda-redes pela frente

há também umas outras perdidas valentes, essas de baliza aberta mas, como só são vistas e lamentadas por nós portistas, ninguém sabe delas. tu sabes do que eu estou a falar não sabes?

meu caro unifinta, perdoa-nos a exigência doentia, somos capazes de bater palminhas quando um dos nossos corta uma jogada do adversário mandando um petardo para a bancada mas também somos aqueles que, como eu, não se importaram com a partida do diego e não se importam que ele ande a ganhar prémios atrás de prémios lá na alemanha. compreendes?


olha, fazemos assim, dá-me, sei lá, três épocas a fazer 12/15 jogos como este e depois conversamos. não sou capaz de chamar bom jogador a um gajo que faz um golo destes por época, vale?


mas foi bom, pá, foi bom!

terça-feira, novembro 06, 2007

fazer um o-ó

no sábado, quando à noite se despedia da sua tiazinha de estimação

eu vi a mulher preparando outra pessoa, o tempo parou para eu olhar para aquela barriga...

e da marta que aí vem, dizia-lhe, enquanto lhe fazia uma daquelas inatingíveis festinhas na cara:

- sabes tia, agora vou fazer um grande o-ó para poder ser linda como tu!...

(ohhhhhhhh, silencioso e colectivo dos que assistiam à cena)

- vá, vai lá dormir.... vai dormir com a tua marta!

ai miúda, pá! às vezes és tão doce, caneco!

segunda-feira, novembro 05, 2007

só me faltava mais esta

esta coisa dos miúdos adoecerem naqueles dois dias que antecedem a partida para férias dos pais, pode muito bem ser apontada como culpa do sócrates, não pode?

não?

e do governo, na generalidade? também não? mau...

então.... sei lá.... culpa do brejnev, pode? também, nãããããoooo??????

que gaita. então é do santana, pronto!